Bruxa Évora – conheça mais sobre a bruxa Évora

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Bruxa Évora – conheça mais sobre a bruxa Évora

 

Antes demais, devemos aqui esclarecer:

Não existe apenas uma bruxa Évora, querendo isto dizer: existiu uma primeira e original bruxa Évora, que foi aquele que se encontrou com São Cipriano, conforme foi descrito na obra de são Cipriano. Porem: dai em diante os ensinamentos dessa primeira e original bruxa Évora foram – de geração em geração – passados a outras bruxas, sendo que essas também assumiram o titulo de bruxa Évora, pelo que – com o passar dos seculos – o nome de bruxa Évora passou a não ser designação para apenas a primeira e original bruxa Évora, ( aquela que se encontrou com são Cipriano, conforme descrito na obra do santo ), mas sim a expressão «bruxa Évora» passou a designar toda uma escola de ensinamento oculto que foi fundado pela bruxa Évora, e que dai em diante tem passado de bruxa em bruxa, perpetuando-se ao longo dos seculos. Mais se explica: acreditam os crentes e ocultistas que a original bruxa Évora – sendo que ela ainda vive em espirito e como espirito – ela vai-se acostar ou comunicar espiritualmente com as novas bruxas que ela escolhe, e que através desse acostamento espiritual ela não apenas transmite os seus conhecimentos á pessoa escolhida, como através dessa pessoa ela – ainda hoje, e passados seculos – continua a trabalhar neste mundo, e dessa forma neste mundo operando as suas artes místicas.

Vida e origens da bruxa Évora
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Templo de Diana, ruinas do milenar templo Romano de veneração á deusa, em Èvora

Évora, a cidade de Portugal com um imenso passado místico, terra onde foram venerados os Deuses pagãos e onde ainda hoje se encontra o Templo de Diana, terra de lendas de mouras encantadas onde foram vividos os ensinamentos dos místicos árabes e dos magos do oriente, e foi aí nessa terra que a bruxa Évora viveu.

A bruxa Évora foi uma bruxa poderosa, uma bruxa cuja a fama e feitos ecoam pelos seculos da historia ate aos nossos dias, uma bruxa que conquistou fama e temor tanto em Portugal como no Brasil, e que possuía cadernos com escritos ocultos onde se podiam encontrar poções, formulas, bruxedos, encantamentos, rezas, e muito mais. A magia da bruxa Évora gerou lendas e mitos em Portugal, e acabou seculos depois por ser assimilada nas religiões afro-brasileiras e ameríndias.

A bruxa Évora foi por isso uma bruxa centenária e poderosa, guardadora dos segredos dos feitiços do oriente, esse mesmo oriente de onde vieram os 3 magos que Deus convidou para irem abençoar Jesus.

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bruxa de Èvora

A bruxa Évora não era daquelas bruxas jovens e sedutoras, mas sim era uma mulher já idosa, uma mulher já desprendida e desapegada dos interesses carnais, e era por isso uma anciã repleta de sabedoria acumulada ao longo de toda a uma vida. Nas religiões afro-brasileiras, o arquétipo da Bruxa Évora é representado na figura da preta velha, ou seja: senhora matriarcal, mulher mãe e avó, senhora de grandes sabedorias cultivadas ao longo da uma longa vida, e a quem se deve recorrer para abrir caminhos com o uso dessa sua sabedoria.

Nos seus tempos de infância, sabe-se que a bruxa Évora era neta de uma cartomante e sobrinha de uma quiromante. Na verdade, dizem que os seus pais morreram quando ela tinha 7 anos, e que daí em diante foi criada por uma tia que era curandeira, bruxa e cartomante, e que essa tia lhe passou todos os seus ensinamentos mágicos. Quando essa tia faleceu, deixou-lhe por talismãs 7 moedas de ouro de um Califa Mouro, uma pedra de Àgata com inscrições em Àrabe, e uma medalha de prata com o nome do profeta.

Porque recebeu a bruxa Évora esses 3 talismãs?

Muita gente não sabe, mas a bruxa Évora era uma mulher de pele ligeiramente mais escura que a pele branca dos portugueses da Idade Média. Isso sucede, porque dizem que a bruxa Évora tinha origens árabes ou mouras, e que trazia consigo os ensinamentos místicos e ocultos dos árabes, dos mouros e das civilizações da Suméria, do Egipto e da Babilónia.

Por isso mesmo, á bruxa Évora também lhe chamavam de «Moura Torta», e ao ouvir o nome de moura torta, as pessoas arrepiavam-se benziam-se, fazendo o sinal da cruz. Nas conversas murmuradas, dizia-se algo do género:

«O diabo tem muitos nomes, Satã ou Lucifer.

Aqui em Évora o Diabo tem uma amiga, a bruxa,

que para ele, faz tudo o que ele quer »

Sendo de origens mouras, a bruxa Évora falava fluentemente tanto árabe como português, assim como sabia ler, sabia escrever, sabia olhar as estrelas com a ciência da astronomia e astrologia, sabia rudimentos de ervanária e farmacêutica natural, pois que nessa altura os povos Árabes e Mouros estavam culturalmente bem mais avançados que os europeus da Idade Media. A bruxa Évora era por isso uma mulher com conhecimentos, e naqueles tempos era raríssimo uma mulher saber ler e escrever, pois que a maior parte da população europeia da Idade Media era iletrada, e no caso das mulheres, essas estavam praticamente proibidas de ler e escrever.

Episodio lendário da vida da bruxa Évora
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Capela dos Ossos, em Èvora

A bruxa Évora tinha um gato chamado Lusbel, e andava sempre acompanhada de um mocho que ficava sempre pousado no seu ombro. O gato e o mocho acompanhavam sempre a bruxa, que caminhava descalça e de trajes humildes, e muitas das vezes descalça.

Conta-se que indo assim descalça, a bruxa Évora frequentava procissões cristãs, apesar de muitas das vezes não ser bem aceite pelos cristãos, que a temiam. Ela também rezava á porta da igreja, e cuidava de santos e relíquias. Porem, os padres cristãos temiam o poder da bruxa Évora, e muitas vezes incitavam o povo contra ela. Certa vez, a bruxa Évora estava assistindo a uma procissão, e o padre pregador incitou a multidão contra ela. Quando a multidão tentou agarra-la, ela misteriosamente sumiu!, e no lugar onde ela estava, ficaram apenas um monte de ossos. A multidão benzeu-se arrepiada, e não voltou a tentar importunar a bruxa. Curiosamente, seculos mais tarde,  em Évora seria erguida a famosa capela dos ossos. 

Trabalhos ocultos e temidos da bruxa Évora

A bruxa Évora vivia em isolamento como uma ermita, habitando em terra erma nos arredores de Évora, e não se lhe conheceu marido.

Nos cadernos mágicos da bruxa Évora, constavam os vários instrumentos de bruxaria que a bruxa Évora usava:  o altar, os frascos de ervas e pós místicos, o giz consagrado, a faca, o cutelo, a vara de cedro, a lanterna, o fogareiro, o defumador, o braseiro, o bastão, o ídolo de chifres, o cálice, o pentagrama, o crânio, o caldeirão, etc.

Também haviam vários demónios catalogados no seus cadernos, junto com as adequadas e secretas formulas para os invocar, esses demónios eram alguns como: Abalan, príncipe do infernos; Asmodeu; Abigor; Alocer; Amon; Bel; Bune; Caim; Furfur; Hécate, deusa infernal ; Lúcifer, o maioral; Satã, rei dos infernos; assim como vários incubus e sucubus invocados para trabalhos amorosos e de fertilidade.

( Veja também: Dicionário de demónios e Demonologia)

Incubus e Sucubus são demónios que levam a tentação ao homem e á mulher através da sexualidade. Acredita-se que esse tipo de demónio infesta a pessoa durante o sono, materializando-se na forma de um belo homem que traz a tentação da carnalidade á mulher, ( no caso do Incubus), ou que se materializa numa numa bela mulher que aparece ao homem, ( no caso da Subucus), para com ele ter momentos de êxtase erótico. Escusado ser á dizer que a vitima desse tipo de demónios nada se lembra quando acorda, ou então tem apenas a agradável sensação de ter tido um maravilhoso sonho erótico. Porem, cuidado: esse tipo de demónios é «vampírico», querendo isto dizer: esses demônios ao infestarem eroticamente a sua vitima, eles alimentam-se sugando a energia vital do ser humano, motivo pelo qual a pessoa depois poderá sentir que após o sono, anda a acordar com a sensação de uma estranha fraqueza, quando nada o justifica.

Por vezes, os demónios podem mesmo possuir temporariamente – durante a noite – o corpo do marido ou esposa, assim acedendo ao leito conjugal através de uma possessão demoníaca desse conjugue, usando esse corpo para ter sexo com a sua vitima. Depois da copula ter sido consumada, dizia-se que o demónio  feminino , ( Sucubis), recolhia o sémen do homem para com esse ir realizar aparentes milagres de fertilidade, que afinal são operados através da copula com demónios, ou ate mesmo para enfeitiçar o homem num procedimento de amarração amorosa.

Pois a bruxa de Évora tinha a fama de ter domínio sobre essa e outras classes de demónios, motivo pelo qual grandes foram os seus centenários e imemoriais feitos mágicos em assuntos de amarrações amorosas e assuntos de fertilidade.

bruxa-evoraA bruxa Évora fazia os seus trabalhos há hora da meia-noite, e depois pela noite caminhava pelos campos e pelas ruas desertas de Évora, sempre acompanhada do seu gato, e com o mocho pousando no seu ombro. Ninguém se lhe ousava cruzar-se nessas noites, pois que já se sabia que algo ia acontecer em consequência de uma bruxaria da poderosa bruxa.

Tanto de dia como de noite, ela caminhava com roupas simples, um avental, e murmurando rezas estranhas que ninguém compreendia, mas que causavam arrepios a quem com ela se cruzava e logo se afastava com temor, não fosse algo de errado suceder!

Quando os padres a procuravam para a tentar prender ou molestar, ela cobria o corpo com um unguento secreto por si preparado, e dizia:

«O tordo e a garriça são o galo e a galinha de Nosso Senhor»

E a verdade é que esses padres que lhe queriam mal, jamais a conseguiram apanhar nem prende-la enquanto ela usou deste encantamento, e do seu secreto unguento!

A bruxa Évora preparava as suas sopas no seu caldeirão, e sobre elas realizava encantamentos, sendo que depois vertia um pouco de sopa para o chão, oferendando e partilhando esse alimento com deuses e espíritos da antiguidade, e apenas depois consumia as suas refeições.

Diziam que tinha boas relações com espíritos diversos, tais como espíritos da natureza, assim como com os Deuses da antiguidade, (deuses da Babilónia, dos Fenícios, dos Sumérios, dos Egípcios), e ate mesmo com Lucifer.

outra faceta da bruxa Évora: medica dos pobres e bruxa dos ricos 

A bruxa Évora era também a médica dos pobres que não tinham recursos para recorrer dos médicos que apenas serviam os grandes senhores da nobreza, fazendo aos pobres remédios, unguentos, poções, servindo de parteira, e tratando casos de infertilidade.

Porem – hipocritamente e ás escondidas – as senhoras da alta nobreza procuravam-na para tratar de diversos assuntos, depois de muito terem andado na igreja prostradas aos pés dos padres, fazendo orações, e chorando lagrimas amarguradas ajoelhando-se nos adros das igreja, tudo sem qualquer solução. Por isso, essas mesmas senhoras nobres que durante o dia rejeitavam a maldiziam da bruxa Évora, porem na penumbra do por do sol iam ter com a bruxa para lhe pedir ajuda nas suas aflições, tais como auxilio em casos amorosos, ( em amarrações amorosas), ou em assuntos de fertilidade para conseguir engravidar, quando dos médicos das cortes da realeza já não lhes davam nem mais cura, nem mais esperanças.

Já nesses casos, a bruxa de Évora era compensada com boas somas financeiras, que ela fazia questão em gastar naquilo que mais gostava, ou seja: tapetes do oriente, tapetes mouros valiosos e que vinham das terras longínquas que ainda lhe corriam no sangue das suas veias, pois que ela era meia-moura, meia-portuguesa.

Para alem disso, diz-se que a bruxa Évora tinha um rico tinteiro de prata, assim como pena e materiais de escrita valiosos, um autentico tesouro com os quais elaborava os seus escritos ocultos nos seus cadernos místicos. Sendo descendente de mouros, (pois na altura os mouros eram muito mais cultos e avançados que os Europeus da Idade Media), ela sabia ler e escrever, coisa que – na Idade Media – não era normal para uma mulher, nem acessível á maioria da comum população europeia.

Em resumo:

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gravura medieval de uma Bruxa

embora socialmente rejeitada á luz do dia pela nobreza pomposa, porem á noite ela era bem compensada por essa mesma nobreza pomposa que lhe ia pedir os favores dos espíritos, e por isso ela embora vivesse uma vida simples e de ermita, a bruxa Évora tinha uma boa vida, e viajou em peregrinação para Santiago de Compostela, assim como foi á sé de Braga pagar promessas, e não passava necessidades, apenas receava os padres e pregadores itinerantes, que invejando a sua reputação junto do povo e dos nobres, a queriam apanhar num qualquer ardil que lhes desse desculpa para a encarcerar  na prisão, na tortura ou na fogueira. Exemplo disso, é que certa vez lhe enviaram um príncipe que tinha sido gravemente ferido numa batalha contra os Turcos, e a bruxa Évora curou o príncipe com os seus remédios e feitiços, apenas para depois logo ser expulsa por um pregador itinerante que ali estava presente, dizendo que ela praticava artes diabólicas e era uma bruxa comerciante vendedora artes do diabo. Pois na verdade o príncipe sobreviveu á morte que o aguardava, e foi a bruxa Évora que o salvou, e porem: assim se vê a hipocrisia do mundo !! , e a bruxa Évora bem que o sabia !!

Bruxa Évora em Portugal e no Brasil 

Quando se iniciou a época dos descobrimentos de Portugal, que se estendeu a Africa, ( Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, ), á India, ( Goa), á China, ( Macau), então os marinheiros portugueses atravessando o Atlântico, levaram para o Brasil as lendas de bruxa Évora e de são Cipriano, sendo que, ( diz a lenda), o espirito da bruxa Évora, ( pois que a ela já havia falecido seculos antes!), viajou habitando acostada, ( ou incorporada), nalguns desses marinheiros dessas Naus que descobriram o Brasil, e algumas lendas dizem que com ela foi o Diabo na proa de uma Caravela, apesar de na proa dessa mesma Caravela estar hasteada a bandeira com a Cruz de Cristo, pois para onde vai Deus também vai o diabo, e a bruxa Évora era espirito que fazia pacto com todos os espíritos, fossem espíritos de Deus ou do Diabo, fossem espíritos de mortos ou de vivos, fossem espíritos de divindades milenares.

Já no Brasil, a bruxa Évora, ( que já tinha falecido, e por isso era apenas espirito desencarnado), acostou em certos feiticeiros índios – e mais tarde em certos sacerdotes africanos –  e esses, ( quando entravam em transe), começaram a receber ensinamentos da bruxa, pois eles começavam falando de um reino distante com um rei chamado Afonso Henriques, ( coisa que eles desconheciam por completo !!),  onde haviam mouros e lutas contra Árabes, e de uma terra chamada Évora, e eles, ( de inicio), nem compreendiam que mensagens estavam a receber, e que estavam falando, ( sem saber), eram sobre Portugal, e provinham da Bruxa Évora.

Bruxa Évora trabalhando ainda nos dia de hoje

Pois dai em diante ela continuou o seu trabalho neste mundo através desses sacerdotes africanos e feiticeiros Índios, pois que se diz que por ela ser tao magnifica parteira, curandeira, feiticeira e auxiliadora de boas causas, então ela persiste neste mundo trabalhando, só que agora já não em carne e osso, ( pois que ela já é espirito desencarnado), mas sim  trabalhando em espirito, ou seja: indo acostar-se a alguém que ela escolhe para ser seu discípulo ou discípula neste mundo, e através de quem ela decide trabalhar e operar neste mundo. 

Porem, cuidado:

Apesar de bruxa Évora ser magnifica parteira, curandeira, feiticeira e auxiliadora de boas causas, porem ela continua com o seu olhar afiado e sabedoria oculta!, pelo que a bruxa Évora, ( conforme há seculos atras ela fez em Évora enquanto estava viva), ela assombra e faz infestar com possessões demoníacas todo aquele que lhe for contactar para com ela zombar!, para testar a sua sabedoria com ceticismos!, ou que vá com más intenções! Nesse caso, há hora das 3 da madrugada, ( ou um pouco antes ou depois), as aparições e assombrações conjuradas pelo espirito da bruxa Évora passarão a infestar a vida desses incrédulos.

Por isso:

A bruxa Évora pode ajudar com prodígios quem a invoca com reverencia, assim como pode mandar assombrar casas, lares, pessoas e famílias com todo o tipo de assombrações, quando é tratada com desrespeito.

Dizem que no mundo dos espíritos, são Cipriano e bruxa Évora são companheiros eternos!, e que ambos continuam praticando as suas artes neste mundo através daqueles em quem eles decidem ir-se acostar, e comunicar os seus ensinamentos.

Com ela, ( com a bruxa Évora), a seu tempo causas resolvem-se, e elas resolvem-se sempre com aquela sabedoria de uma bisavó carregada de seculos de sabedoria, e por isso – passo e passo e paulatinamente, como quem tem seculos de sabedoria pesando sobre si – então eis que com paciência, sem pressas nem arrufos ou intempestividades, tudo se resolve, nem que seja pelos caminhos mais incompressíveis, inesperados e imprevistos.

Diz uma antiga sabedoria popular:

«Lá vai a bruxa Évora com o seu gato feiticeiro

De dia trabalha no mato, de noite no seu candeeiro»

Reza de rezadeiras populares.

Leia também: sobre são Cipriano e Bruxa Évora

Quer verdadeiros trabalhos de magia de bruxa Évora e São Cipriano?

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são Cipriano e Bruxa Évora, Historia de são Cipriano e Bruxa Évora

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são Cipriano e Bruxa Évora, Historia de são Cipriano e Bruxa Évora

 

a conversão de são Cipriano

são Cipriano - o mago dos magos

São Cipriano – o mago dos magos

são Cipriano, conhecido como «o feiticeiro» ou «o mago dos magos», é o santo padroeiro de todos aqueles que lidam a trabalham nos ofícios do espirito, do místico e do oculto.

são Cipriano nasceu na cidade de Antioquia, situada entre a Síria e a antiga arabia.

Seus pais desde cedo observaram que Cipriano tinha grande talento para as artes místicas e do espirito, sendo que o destinaram ao sacerdócio dos deuses, onde Cipriano aprendeu a ciência dos sacrifícios aos deuses.

Aos trinta anos, são Cipriano fez uma viagem pela Babilónia para aprender as artes da astrologia e numerologia, assim como os mistérios dos segredos da magia dos Caldeus, povo do qual também os hebreus absorveram imensos conhecimentos místicos.

Nesses tempos, são Cipriano aumentou os seus conhecimentos mágicos, e entregou-se completamente ao estudo da magia a fim de conseguir estreitos laços com deuses e demónios, levando ao mesmo tempo uma vida libertina e profana. Nesses dias, são Cipriano fez tamanhos feitos mágicos que alcançou a fama de «o feiticeiro dos feiticeiros» e o «mago dos magos», sendo que pessoas de todos os cantos do mundo lhe entregavam as suas demandas, pagas que eram a peso de outro, motivo pelo qual são Cipriano era um senhor de considerável fortuna e poder.

Entretanto, Eusébio – que havia sido um antigo colega de estudos –  converteu-se ao cristianismo, e andava sempre tentando fazer Cipriano converter-se a Jesus Cristo. Certo dia Cipriano e apos tanta evangelização de Eusébio, então são Cipriano aceitou converter-se ao cristianismo, havendo logo distribuído todos os seus bens e fortunas pelos pobres, e aceitou ser batizado junto com Aglaide, o apaixonado de Justina. Justina vendo o arrependimento de Cipriano e Aglaide comoveu-se com aqueles dois exemplos de fé, cortou os seus cabelos em sinal de sacrifício, e repartiu também todos os seus bens pelos pobres.

Dai em diante Cipriano viveu com Eusébio, a quem considerava como seu pai espiritual.

Muitas vezes Cipriano foi visto prostrado por terra, cabeça coberta de cinza, implorando perdão aos céus e rogando a todos os fiéis que implorassem para ele a divina misericórdia de Deus.

Pelo seu sentido arrependimento, Cipriano foi aceite como faxineiro do templo cristão, onde serviu com humildade ao mesmo tempo que evangelizava e convertia inúmeros pagãos. Servindo-se do seu famoso escrito «Confissão», Cipriano fez públicos os seus pecados e excessos, assim servindo de exemplo de conversão em Cristo para todos os novos cristãos.

Por tamanho exemplo de humildade, de busca de redenção, de arrependimento e de obra de evangelização, são Cipriano recebeu os sacramentos do sacerdócio e rapidamente ascendeu a bispo.

Porem os milagres de são Cipriano e a santidade de Justina estavam convertendo inúmeras pessoas, motivo pelo qual tudo isso chegou ao conhecimento das autoridades do império romano, que mandaram prender o santo e a santa. São Cipriano e santa Justina foram apresentados a juiz, e forma torturados cruelmente sem porem jamais renunciar á sua fé, sendo que por isso forma condenados á morte. A sentença foi cumprida 26 de setmebro,  e são Cipriano foi degolado. Mais tarde, no tempo de Constatino o Magno – primeiro imperador cristão – os restos mortais de são Cipriano foram trasladados para a Basilica de são Joao Latrao, em Roma, no Vaticano, onde ali repousam até aos dias de hoje.

Sobre a obra oculta e magica de são Cipriano, assim se sabe:

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, (…)

Os manuscritos de S. Cipriano e os apontamentos da Bruxa Évora que foram encontrados na sua velha arca, foram levados para Roma e arquivados na Biblioteca do Vaticano.

Estes preciosos documentos estão em língua hebraica, os quais foram traduzidos por grande sábios, tirando deles grandes proveitos para bem da humanidade»

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum, Pag 22, 25

 

são Cipriano antes da conversão

Porem, muito antes da sua conversão, sabe-se que são Cipriano quando era ainda feiticeiro foi considerado o maior de todos os feiticeiros, e nesses tempos são Cipriano fez-se passar por padre para praticar as suas artes em sossego e ate mesmo angariar segredos mágicos, pois assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Ai! Ai!– disse o pastor – serás porventura o bispo de Cartagena, ou será Cipriano, o feiticeiro?

Cipriano ouvindo estas palavras, disse para o pastor:

Sossega, sossega, pastor, que não sou o feiticeiro, mas o bispo de Cartagena.

(…)

– Segundo a nossa doutrina – disse no fim o falso bispo – perdoados estão os teus pecados (…) no fim da confissão, são Cipriano, fingindo-se bispo disse ao pastor

Obra de são Cipriano, «a erva magica e suas propriedades», pag 288

Pois assim se ficou sabendo:

São Cipriano fez-se passar por clérigo, para ganhar a confiança dos gentios e para exercer as suas artes magicas.

Cipriano foi conhecido pelo «mago da fenícia», ou «o grande mago fenício», pois que é nas artes da magia fenícia que Cipriano é instruído, e são essas artes de magia fenícia que são ministradas a Cipriano, ou seja, Cipriano fica desde jovem conhecedor dos segredos do culto aos Deuses fenícios conforme eles eram ministrados nos templos pagãos da Fenícia, templos esses a quem até Salomão havia prestado culto e aprendido com os seus segredos ocultos.

Cipriano não se limita aos seus estudos no sacerdócio de magia fenícia, e desejando aprofundar os seus estudos ocultos,viaja pelo Egipto e pela Grécia, angariando conhecimento com vários mestres e sacerdotes místicos; Cipriano estuda desde as mais ancestrais técnicas astrológicas, á numerologia hebraica, e demais artes místicas e mistérios sacrificiais.

A sede de conhecimento místico de Cipriano era insaciável, e por isso contam-se historias lendárias de como ainda sendo bruxo, Cipriano – não hesitando em fazer o que quer que fosse para aprender segredos místicos – Cipriano fez-se passar por clérigo para obter conseguir obter segredos mágicos de fieis tementes a Deus, numa sede imparável por saber oculto que não se refreava diante de nada para aprofundar o saber místico.

Cipriano é conhecido no seu tempo como o «mago da fenícia», ou «o grande mago fenício».

O império fenício era um império essencialmente de natureza marítima e comercial, sendo que os fenícios eram os maiores e mais prósperos comerciantes do seu tempo.

O império fenício expandiu-se em rotas comerciais que vão desde a antiga Canaã – nas zonas litorais do Líbano, Síria e norte de Israel – mais para norte – até Chipre e Turquia – e mais a sul por toda a costa mediterrânica, passando pelo litoral Egípcio, por Cartago, pela Itália, pela Grécia, por Marrocos, estendendo-se até á península ibérica – onde mais tarde surgiram os reinos de Portugal e Espanha –  . O alfabeto fonético fenício é considerado o ancestral de todos os alfabetos modernos, assim se demonstrando o grau de elevação cultural deste povo. A civilização fenícia – tal como a Canaanita – era conhecedora de grande e profundos conhecimentos esotéricos, religiosos e místicos, sendo as mais conhecidas das suas cidades aquelas mencionadas na Bíblia, ou seja: Tiro, Sídon e Biblos. Os deuses fenícios foram adorados também pelo rei hebraico Salomão, que se diz ter ficado – tal como Cipriano – detentor dos seus segredos, e assim ter sido o mais próspero rei do seu tempo. Serve isto para explicar o meio histórico e religioso em que Cipriano viveu, e que lhe permitiu ter acesso aos grandes segredos místicos dos Fenícios, dos seus deuses e das suas práticas esotéricas e religiosas.

 

são Cipriano e seu Pacto com Lúcifer.

Assim está escrito na obra de são Cipriano:

Eu, respondeu Lúcifer, aposso-me de Cipriano já que já morreu e ele é meu, em corpo e alma. Assim o temos ajustado

Obra de são Cipriano, Capitulo «são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, ficando são Gregório vencedor e são Cipriano derrotado», Pag 295

Mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

– (…) Respondeu Cipriano, não sabes que pertenço a Lúcifer, porque firmei pacto com ele, e por isso não posso entrar no céu, onde só entram (…) aqueles que não seguem o caminho do inferno? Então retira-te da minha vista, quando não, usarei dos meus poderes e das minhas artes diabólicas

Obra de são Cipriano, Capitulo «são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, ficando são Gregório vencedor e são Cipriano derrotado», Pag 295

Pois assim sabe:

Cipriano tinha pacto com Lúcifer, e esse pacto é de corpo e alma, e dá poderes e artes infernais.

 

são Cipriano e seu Pacto com Deus

Embora são Cipriano tenha feito pacto com o demónio, porem dele o santo se livrou para ser um servo de Deus, pois que assim está escrito na obra de são Cipriano:

Dizia são Cipriano, num capítulo de seu livro, que numa sexta-feira, passando por lugar deserto, viu tantos fantasmas em volta de si, que tremeu de susto, e perdeu todas as forças para lhes poder resistir, porem os fantasmas eram bruxas que se queriam salvas.

Logo se chegou uma delas a Cipriano, e disse:

– Salva-nos (…)

– Como vos hei-de salvar?

– Como te salvaste tu, infame?

(…) Cipriano viu diante dele 14 bruxas (…) todas escravas de Lúcifer (…)

– Que desejas? – Perguntou Cipriano

– Queremos salvar-nos, e sermos como tu, escravas do Senhor – Responderam elas em coro

Obra de são Cipriano, versando sobre «Poderes Ocultos», capítulo 11º, Pag 184-185

Pois assim se sabe:

As bruxas são escravas de Lúcifer, e bruxas jamais deixam de ser bruxas, e porem: bruxas  também podem ser escravas do Senhor se assim quiserem, e se forem salvas conforme são Cipriano o foi.

 

são Cipriano e os mistério dos dois Deuses

Assim se pode ler na obra de são Cipriano:

o teu Deus é antigo o Rei dos Céus, e eu sou o rei dos infernos. Ele dá a lei aos seus vassalos, e eu dou-a aos meus 

Obra de são Cipriano, Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do diabo, capitulo 7º, pag 260

Então: aqui se afirma que existem dois deuses, um deus dos céus em um deus dos infernos, ou seja, um deus do sol e um deus da lua e dos demais astros obscuros, e isso se confirma pois mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

[ disse são Gregório a são Cipriano ] O deus que tu adoras é Lúcifer, e o que eu adoro é um Deus poderoso que criou o Céu e a Terra e tudo mais que o sol domina

Obra de são Cipriano, Capitulo «Os mistérios da feitiçaria, são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica», pag 294

Então: o deus de são Cipriano é um deus, e disso não há dúvida, pois que até mesmo são Gregório o reconhece e o aceita, dizendo a são Cipriano: «o deus que tu adoras é Lucifer».

Já porem:

a questão é que o deus que são Cipriano adora quando diz que crê em Deus, poderá não ser o Deus dos cristãos, que é o Deus que tudo criou e que é o Deus do Céu e do Sol, mas antes é o Deus que domina sobre a lua, sobre os espíritos e sobre a magia, ao contrário do Deus que tudo criou e que é o Deus que – segundo são Gregório – domina sobre o Sol, ou seja, é o Deus da luz, e da Criação.

Assim sendo:

Quando são Cipriano diz crer e adorar a Deus, eis que se coloca um mistério:

ele está-se referindo ao Deus do Sol? – aquele de que fala são Gregório – ou ao Deus das trevas, da lua, dos mistérios do espirito e da feitiçaria?

Eis mistério que tem deixado muitos seculos de debates acalorados entre aquele que defendem que são Cipriano é mártir do Deus cristão, e outros que professam que são Cipriano é mártir de Deus, e porem não do mesmo Deus que os cristãos, ou seja, de um outro Deus, o segundo Deus.

 

são Cipriano e a Bruxa Évora

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Bruxa de Èvora

Frei Antão de Assis era grande estudioso de fenómenos mágicos e de feitiçaria, havendo sido esse frei que descobriu a velha casa abandonada onde morou Lagarrona, a bruxa de Évora.  Dessa casa existente na localidade de Évora em Portugal – onde tambem ali perdura o templo pagão de Diana no centro da cidade –  hoje só há ruinas, pedras sobre pedras, uivos de lobos e chacais, sendo que é um local de arrepiar, um local diabólico e infestado de assombrações e espíritos, e foi – justamente –  aí que o frei encontrou os manuscritos da bruxa Évora.

Num dos cantos dessa casa assombrada estava a figura de um ser estranho – meio monstro, meio homem, como um cavalo-homem – e uma estátua de uma mulher-serpente repousava noutro canto, uma magica figura e deusa propicia a bruxarias.

Essa casa era um antro de feitiçaria onde nas paredes estavam desenhadas caracóis, rãs, escaravelhos sagrados, símbolos do Egipto, tudo isso em gravuras espalhadas por esse antro de feitiçaria. O chão era negro, e no chão estavam escritos saberes que Lagarrona, a grande bruxa, deixou para passar os seus segredos a quem os soubesse interpreta-los.

Durante seculos os segredos dos pergaminhos mágicos da bruxa de Évora – descobertos por Frei Antão de Assis – ficaram conservados na torra do castelo de Malta, pois o frei apos os encontrar traduziu-os para Português e conservou-os fechados a sete chaves.

Diz a lenda que a bruxa Évora mesmo depois de morta ainda hoje encarna em serpente que ronda as ruinas da sua casa, matando todos aqueles que ela não considerar dignos de ali pisar nessas ruinas e ler aquilo que resta dos saberes ali inscritos.

Certa vez são Cipriano , o mago da Fenícia, encontrou-se com a bruxa Évora numa caverna onde pernoitava durante as suas viagens. Esse encontro sucedeu há meia-noite, e a bruxa evora – a maior das feiticeiras – pediu a Cipriano passagem por aquela gruta.

Pois então, olhai que assim está escrito na obra de são Cipriano:

Cipriano teve de se levantar para dar passagem á bruxa Évora, quando escutou estas palavras:

– Ò Lucifer, Filho da Luz, ergue-te e vem a mim, Lagarrona, para que eu vença a Cipriano da Antioquia, já que rompendo com a prática da feitiçaria se converteu á fé cristã. Eu, a bruxa Évora, consolo as esposas infelizes, traídas e escorraçadas, assim como curo e trago dinheiro, e porem são Cipriano hoje nada mais faz, pois apenas hora e dorme –

São Cipriano apesar de convertido ainda praticava a magia, e porem aceitou o atrevimento da da bruxa Lagarrona, e disse:

– Estás fazendo o feitiço da forma errada, velha bruxa, e pelo demónio, apenas eu te posso ajudar.

– Pelos Deus Lucifer, eu tenho as formulas corretas! Que erro é este ? – Perguntou a bruxa de Évora

– O feitiço que andas tentando fazer é o feitiço de amor, que leva pele de cobra, e raiz de urze, que deve ser queimada em nome de Belzebu, o Baal das Moscas.

– Sim, esta falando certo. Mas onde esta o meu erro ? – Indagou a bruxa Évora

– É porque não usaste o ingrediente principal, que tua mãe a bruxa Bambina te revelou – disse são Cipriano

– Tu és um pagão ainda, Cipriano ! E qual é esse ingrediente ?

– É a raiz de arruda, planta protetora e que traz sorte – disse são Cipriano, fazendo o sinal de Satã.

Comprovando que afinal são Cipriano apesar de já convertido porem ainda era o grande feiticeiro da Fenícia, a triste bruxa sentiu-se vencida e desatou a chorar.

são Cipriano apiedou-se da bruxa, e disse-lhe:

– tu eras capaz de mil feitiços mas não o do amor, mas agora aprendeste. Agora pergunto-te: és capaz de praticar a magia Fenícia?

Cipriano perguntava isso pois a ele foram administrados todos os segredos dos deuses Fenícios, como Baal e todas as demais divindades masculinas e femininas dos panteões pagãos. Passados muitos anos apos esse estudo, são Cipriano aprendeu com Satanás, numa sexta-feira, as praticas da bruxaria, e por pena da grande bruxa de Évora – também ela sabia e magnânima feiticeira – Cipriano iria ensinar-lhe os segredos de Pompeia, dos pós de amarração, dos pós de cascavel e de sapos, e da sorte.

Ate o raiar do dia os dois riscaram fórmulas e fizeram preces demoníacas.

De repente, o demónio apareceu. Trazia fórmulas certas e corretas, revelando a são Cipriano e á bruxa de Évora como evocar os espíritos dos mortos, e ficaram os dois donos da grande sabedoria da magia negra.

Dessa forma, são Cipriano e a bruxa de Évora viveram uma vida de exercício das mais ocultas artes mágicas, ficando imortalizados na historia por serem os maiores feiticeiros de todos os tempos.

Muitos anos mais tarde apos a noite deste encontro, Cipriano morreu degolado em Roma, e a bruxa Évora também foi lapidada nas ruas escuras do lugarejo Português.

Porem, a memoria desses dois maiores bruxos de todos os tempos é lendária, e perdura ate aos dias de hoje.

Obra de são Cipriano, Capitulo sobre «a Vida, e episódios da vida de são Cipriano», versando sobre «Encontro de Cipriano com Lagarrona», Pag 40-41

Os escritos de são Cipriano foram alguns conservados na torre do Tombo em Portugal, e outros no Vaticano, ao passo que os manuscritos da bruxa de Évora foram traduzidos pelo frei Frei Antão de Assis e são ainda hoje conservados em segredo.

Saiba mais sobre a vida e obra da bruxa Évora. Leia: tudo sobre a bruxa de Évora

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