Amarrações, amarrações de Santeria

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Amarrações, amarrações de Santeria

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Os santos são adorados em diferentes formas nas mais diversas religiões. Na religião da santeria, os santos são vistos como deidades ou espíritos. Tanto podem ser espíritos de antepassados ancestrais já há muito falecidos, como podem ser espíritos da natureza.

O sacerote que pratica a religião da santeria é chamado de santeiro, e se for uma sacerdotisa será chamada de santeira, tal como nas religiões brasileiras os sacerdotes são pais de santo ou mães de santo, e tal como na religião crista existe o padre.

A religião da santeria é uma religião iniciática, ou seja:

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é uma religião de culto fechado a quem apenas podem aceder aqueles que foram escolhidos e convidados a entrar nos seus terreiros e templos, sendo que os seus sacerdotes devem passar por um processo iniciático de aprendizagem que demora 3 anos e decorre ao longo de 3 níveis de ensinamentos secretos.

A religião da santeria acredita em um único deus, e porem também acredita que esse deus distante e todo-poderoso tem uma serie de entidades que lhe prestam serventia, e que essas entidades ou espíritos controlam diferentes aspectos da natureza.

Também se acredita que esses espíritos e entidades habitam e manifestam-se na natureza,  e estão em todas as coisas da natureza, assim como guiam e controlam diferentes aspectos da vida humana. Essas entidades podem estar presentes no mar, no vento, na montanha, na arvore, no leão, na serpente, da gazela, no pássaro, nas nuvens, nos rios, no mar, no fogo, na chuva, na água, na madeira, no ferro, na pedra, nas estrelas, no sol, na lua,  no céu e na terra, e em todas as coisas da criação.

È a essas entidades que apelam os sacerdotes santeiros, assim como também invocam aos espíritos dos antepassados ancestrais já falecidos – que habitam no mundo dos mortos e dos espíritos – pois que se  acredita que é  através do mundo das aparições e dos mortos que se pode encontrar resposta e solução aos problemas deste mundo dos vivos..

A santeria sendo uma religião fechada atraiu muitos preconceitos e equivocos sobre o fato de que certos animais são oferendados em sacrifício no decorrer de rituais.

Qual o motivo desse tipo de oferendas?

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Explicam os santeiros que na crença da religião da senteria o sangue oferendado em rituais é uma forma de «moeda» de troca espiritual entre este mundo dos vivos e o mundo do Àlem, seja:

Entre o mundo dos mortos, ou o mundo dos espíritos.

Ou seja:

Faz-se um negocio com as entidades espirituais, pagando-se ás assombrações com o sangue das oferendas, para que as entidades e aparições – tendo aceite esse negocio – então venham a este mundo e pratiquem as tarefas e os fins para que foram invocados. Muitos acham esta noção algo incomum, e porem a própria religião hebraica prevê a noção de sangue enquanto um elemento de comunicação com Deus e com os espíritos, pois olhai que na Biblia assim está escrito:

Porque a vida está no sangue; pelo que vos tenho dado o sangue para o derramardes sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.

Levítico 17:11

Pois então:

já na religião hebraica encontra-se a noção de que o sangue é um tributo a Deus e aos espíritos, através do qual – e da sua oferenda num altar de Deus – se alcançam benesses espirituais como a da expiação dos pecados. Como se pode comprovar, a oferenda de sangue está prevista ate na Palavra de Deus – no Antigo Testamento – e não é nada daquilo que as más publicidades lançam sobre a santeria.

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Note-se que os santeiros e santeiras são normalmente grande especialistas nos segredos místicos da ervanária, ou seja:

Os santeiros conhecem as propriedades ocultas e esotéricas das plantas, flores e ervas, e usam-nas com frequência na feitura dos seus rituais mágicos como ingredientes da sua magia milenar.

A amarrações, ou as amarrações de amor da santeria podem ser de natureza variada e podem variar de acordo com as diferentes necessidades de diferentes indivíduos.

As amarrações – nas amarrações de santeria –  podem ser usadas ​​para encontrar o amor verdadeiro, para fortalecer um amor, para trazer de volta um amor, para remover obstáculos ou intromissões a um amor, para fazer a pessoa amada assumir um compromisso amoroso, para atrair uma pessoa desejada para fins sexuais, para conquistar um amante, ou até mesmo para separar casais.

Nas amarrações, muitas das vezes o sacerdote santeiro celebra cerimonias em que usa de ervas místicas secretas, defumações, oblações e libações agradáveis aos espíritos de cemitério, sendo que todos esses preparativos são celebrados de forma a atrair alguém a sentimentos de luxuria, de paixão e de sexo. Da mesma forma são feitas oferendas de galo negro e outros tributos agradáveis aos espíritos. Estando os espíritos invocados, eles são canalizados para incorporar e fazer encosto na pessoa amarrada, e dessa pessoa as entidades e aparições não vão sair nem desencostar, e vão todas as noites trabalhar na sua alma, ate que essa pessoa amarrada pelas amarrações se entregue mansamente ao mandante dessas amarrações.

Quer amarrações ?

Escreva-nos!

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Amarrações, amarração da garrafa de Eucaristia

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Amarrações, amarração da garrafa de Eucaristia

agua-bentaNestas amarrações, são usadas no ritual 7 garrafas de vinho de eucaristia que já tenham sido usadas para servir em homilia de igreja.

O vinho de eucaristia é um vinho santo, sendo que é produzido conforme as regras do Redemptionis Sacramentum. Mais sobre este vinho Eucarístico está descrito também no Missal Romano nº 323

Nestas amarrações, assim se faz:

Nessa amarração, eis que na garrafa de vinho de Eucaristia é vertido sangue fresco de oferenda de galo negro acabado de ser oferendado. Nesses amarrações, o galo negro deve ter sido criado desde nascença para a exclusiva finalidade de ritual de oferenda a ritual de bruxaria, e deve ser galo sem qualquer imperfeição e totalmente negro.

Nestas amarrações, quando isto é feito devem-se arder 6 incensos de chamamento aos espíritos, que são incensos raros provenientes do Egipto, ao mesmo tempo que se fazem entoar litanias ocultas de são Cipriano, e se fazem arder 6 velas negras ungidas em gordura de animal sacrifical.

Nestas amarrações, tudo isto deve ser feito 66 minutos depois da meia-noite, e depois deve ser sepultado ás 3 da madrugada em cemitério junto de uma campa ainda fresca.

Nestas amarrações assim deve ser feito, pois a hora das 3 da madrugada é a hora certa, pois que é a hora em que os espíritos do outro-mundo mais se aproximam e se manifestam neste mundo dos vivos, especialmente através de assombrações. Por isso: não estes rituais se não for um sacerdote treinado nas artes do oculto, pois poderá acabar sendo vitima de possessão por assombrações, e isso pode levar a situações de fatalidade em si ou nas pessoas que você ama.

Nestas amarrações,tudo isto deve ser repetido ao longo de 7 noites.

Porquê 7 noites?

Porque assim está escrito na Palavra de Deus:

«São necessários sete dias para a vossa consagração – ao espirito de Deus – »

Levítico 8,33

Pois então:

Se 7 dias são necessários para consagrar alguém a Deus, então 7 noites são necessárias para consagrar alguém á bruxaria!, e depois disso em 7 dias a bruxaria manifesta-se !

Em resultado:

Nestas amarrações, conforme o sangue oferendado na garrafa de vinho de Eucaristia é depositado por 7 noites em cemitério e junto da sepultura fresca, pois 7 noites depois da amarração estar feita, então espíritos e assombrações serão conjurados a vir a este mundo, e a infestarem a pessoa amarrada de poderosa infestação espiritual.

Pois assim sendo:

Fantasmas – o que são fantasmas3Nestas amarrações, 7 dias apos a amarração estar feita então a infestação espiritual irá assombrar essa pessoa, o lar dessa pessoa, a vida dessa pessoa e a alma dessa pessoa, sempre sem cessar, até que essa criatura possuída por espíritos acabe por ceder e se entregar a quem lhe mandou amarrar.

Olhai:

Nestas amarrações, a pessoa não terá consciência que foi embruxada, pois que a bruxaria é algo invisível conforme o espirito é invisível, e por isso a feitiçaria não vai atuar na mente consciente da pessoa, mas sim no seu espirito e em espirito, e por isso a pessoa acabará cedendo sem saber porque é que cedeu!, mas ela cederá!

Quer amarrações?

Quer amarração?

Consulte-nos!

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Magia negra

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Magia negra

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Magia negra

MAGIA NEGRA, GOETIA, ARS GEOTIA 

Goetia ou “Ars Goetia” – a magia negra – é uma ciência oculta que provem dos ensinamentos que Deus passou ao rei Salomão, e através da qual o Senhor concedeu a Salomão a sabedoria que permite invocar tanto anjos como demónios e todo o tipo de espíritos. Dessa forma o rei Salomão erigiu o maior reinado de todos os tempos na história do povo judeu. A arte da Goetia tem por fundamento basilar os conhecimentos secretos da kabalah hebraica, outro conhecimento oculto que Deus também concedeu não apenas a Salomão, como também a Moisés. Como assim se pode comprovar, magia negra ou Goetia é uma ciência oculta relacionada com as tradições misticas hebraicas, que falam de Deus e do poder que Deus concedeu para operar no domínio das invocações aos espíritos.

Na doutrina espiritual e mística do «caminho dos santos», o fenómeno espiritual a que vulgarmente se chama «magia negra», não passa senão da invocação das maldições de Deus, (maldições essas intercedidas através de um santo de Deus, e apelando a poderosos espíritos que estão sob autoridade do Senhor e ao seu serviço), para neste mundo gerar um certo efeito e um favorecer um certo fim. Assim, ao passo que a magia branca, consiste na invocação das bênçãos de Deus através de um santo de Deus, já a magia negra consiste na invocação das maldições de deus através de um santo de Deus.

Até jesus amaldiçoou uma figueira, assim demonstrando que a Deus não cabe apenas gerar bênçãos mas também gerar maldiçoes, pois que Deus é Senhor de todas essas coisas do espirito ( Marcos 11,12-14;20-25) Até o profeta Eliseu lançou a maldição das 2 ursas (2 Reis 2,24)

Até Moisés lançou uma maldição de 10 pragas sobre o faraó do Egipto. Deus – Ele mesmo – ordenou que se lançassem bênçãos a uns e maldiçoes a outros (Deuteronómio 11,29) Deus – Ele mesmo – nos seus mandamentos decretou que os sacerdotes não lançassem apenas bênçãos mas também as maldiçoes (Números 5,23;29-30)

Então:

Magia negra é justamente isso, que é conjurar as maldiçoes de Deus, ao passo que a magia branca é conjurar as bênçãos de Deus, e tudo isso decorre da Palavra de Deus conforme descrita na Sagrada Escritura

E como funciona a magia negra, ou esse apelo ás maldições de Deus, conforme professado na doutrina do caminho dos santos?

Pois para entende-lo, então observe-se que as escrituras revelam:

Certo dia, os anjos apresentaram-se a Deus, e entre eles foi também Satã

Job 1,6

Desta forma se sabe que Deus é senhor de todas as coisas, e que sob a sua autoridade estão não apenas anjos, mas também demónios, e que essas forças podem por isso ser invocadas em nome do Senhor com grande poder e terríveis efeitos, sendo que no caminho dos santos a isso se chama de ….

Magia negra.

Nas escrituras está revelado que enviou Deus espíritos maus se apossaram do rei Saul para o fragilizar e vencer, assim como ali está revelado que a mando de Deus espíritos maus levaram o rei Acab á derrota e á morte, assim como também está revelado que a mando de Deus espíritos mausgeraram discórdias junto de Abimeleque, e está igualmente revelado que com a anuência de Deus Satã devastou a vida de Job, a fim de testar a sua fé.

Pois assim sendo:

Foram mais de uma vez, e muitas foram as vezes, que Deus não hesitou em usar espíritos maus ao seu serviço, atestando-se assim que Deus pode fazer uso não apenas de anjos, ( magia branca), mas também de espíritos maus e demónios, ( magia negra), para fazer cumprir a sua vontade

Que Deus é senhor de bênçãos, contudo também é senhor das mais temíveis maldições, eis que tal sabemos pois que assim foi revelado:

«Eu sei que o rei do Egipto não vos deixará ir, se não for obrigado por mão forte. Portanto, vou estender a mão e ferir o Egipto com todas as maravilhas que farei no país»

Êxodo 3, 19

Pois assim se sabe:

através de um santo de Deus, ( como foi Moisés),s e podem cumprir não apenas as bênçãos de Deus, como as suas maldições, e as suas maldições são terríveis e tudo podem revolver e forçar a suceder, pois que assim esta escrito:

«Tú [ Deus] és terrivel! Quem pode resistir á tua frente, quando ficas irado?»

Salmo 76,8

Que as maldições de Deus são um sinal do seu enorme poder, também sabemos pois que assim está escrito:

Todas estas maldições cairão sobre ti, perseguir-te-ão e atingir-te-ão, até seres exterminado, porque não obedeceste a Deus (…) Essas maldições serão para sempre um sinal e um prodígio

Deuteronómio 28, 45-46

Pois por assim ser sabemos:

as maldições de Deus são um sinal e um prodígio que atesta do seu poder, e por elas muito pode ser alcançado pois que…. quem poderá desobedecer-lhes?

Que por último sabemos que Deus é senhor não apenas de bênçãos e amor, mas também de maldições poderosas, assim o sabemos pois que assim foi revelado:

Cristo resgatou-nos da maldição (…), tornando-se Ele próprio maldição por todos nós

Gálatas 3,13

Nas doutrinas cristas mais ortodoxas, Deus é por vezes encarado apenas como um Senhor de amor, mas um Senhor quase «impotente» perante o mal, pois que o mal parece actuar livremente diante de Deus sem que Ele nada possa fazer.

E porem:

Nas doutrinas cristas que vão beber directa e fielmente ao judaísmo, (como no «Caminho dos Santos»), uma tal noção é firmemente negada, pois que se defende que Deus não é Senhor apenas de «algumas» coisas, mas sim Senhor de «todas» as coisas, e por isso «todas» as coisas sem excepção, (incluído anjos bons e anjos maus, e por isso incluído magias brancas ou negras), tudo isso está sob o poder e autoridade de Deus, e por isso eis que para todas essas coisas Deus pode e deve ser invocado.

E mais provas disso observais, pois que assim está revelado:

Quando operou os seus sinais do Egipto (…) lançou contra eles o fogo da sua ira: cólera, furor e aflição, anjos portadores de desgraças

Salmo 78,43;49

Foi através de anjos maus, ou anjos portadores de desgraças, que Deus feriu o Egipto a fim de vergar o coração endurecido do faraó e assim libertar o povo de Deus. Pois tanto através de anjos bons, ( magia branca), como de anjos maus, ( magia negra), pode Deus actuar e fazer prevalecer a sua ordem em defesa do oprimido, do ferido, do magoado.

E se fé houver, então também tal coisa pode ser feita e vosso favor quando sofreis, e eis que tais coisas clamadas pelos santos de Deus a Deus, são isso mesmo:

é clamar a Deus para que tal como através de um dos seus santos, (como foi Moisés, e como é são Cipriano), então anjos de desgraça amaldiçoem a alma daquele que vos feriu, para que ela sendo vergada e vencida então se submeta a vós, e para que nas coisas em que sois sofredores então possais ser vitoriosos através do terrível poder de Deus .

E por isso e em verdade:

esta é a lei de Deus á qual é licito recorrer com fé, e pela fé sermos respondidos.

E mais assim é revelado:

Eu enviarei diante de ti o meu terror (…)

Êxodo 23,27

Pois assim se sabe:

Deus é não apenas Senhor de maravilhas, como Senhor dos maiores terrores, e assim Deus é amor mas também é ira, Deus é bênção mas também é maldição, Deus comanda anjos de luz como anjos de terrores, Deus é Senhor de magias brancas ou negras, e Deus é Senhor de todas as coisas.

E assim:

em clamor e fé todas essas coisas lhe são possíveis de pedir através dos seus santos, tal como foram por Ele manifestadas através de um santo como foi Moisés.

E que Deus é Senhor tanto de santas maravilhas como é também Senhor de terríveis feitos, eis que assim está escrito:

Qual Deus é como Tu? Quem é santo como Tu, ó Magnifico, TERRIVEL em proezas (…)?

Êxodo 15,11

Pois assim se atesta:

o Senhor é Senhor não de apenas «algumas» coisas, mas sim de «todas» as coisas, pois que:

Todas as coisas neste mundo e no Outro mundo Lhe pertencem, e por isso apelar a tudo aquilo que vem de Deus, ( sejam as suas santas maravilhas, como as suas proezas terríveis; sejam os seus anjos bons como os seus anjos maus; seja a sua magia branca ou a sua magia negra), é apelar a Deus em toda a magnifica extensão do seu poder tal e conforme as escrituras assim o revelam.

E em verdade eis que assim está escrito:

Se não me ouvirdes (…) mandarei contra vós a maldição

Malaquias 2,2

Assim sendo:

como negar que se o Senhor é amor e compaixão e por isso gerador de bênçãos, (magia branca), também ele é Senhor de vinganças e maldições, ( magia negra), e que todas essas coisas estão sob o seu magnifico e terrível poder? E como assim negar que ao Senhor  apelar em todas estas coisas, é apelar a Deus conforme a sua Palavra?

E por isso mesmo, assim está revelado:

Deus é um fogo devorador.

Deuteronómio 4,24

E mais assim também está revelado:

O senhor é TERRIVEL

Eclesiástico 43, 29

Pois então:

Não penseis por isso que porque Deus é amor…. que Deus é fraco, pois que olhai:

Se Deus é amor porem Ele também é terrivelmente poderoso, e saiba-se assim que de Deus provem não apenas bênçãos entregues por espíritos bons, ( magia branca), como também Deus é Senhor da ira e de maldições entregues por espíritos maus, ( magia negra), e sobre todas essas coisas Deus é Senhor, e todas essas coisas podem a Ele ser clamadas através dos seus santos, tal como o foram através de Moisés.

Dizem alguns:

Mas Deus não quer nada com «magia negra», e por isso como podem vocês estar falando ao mesmo tempo de «Deus» e de «magia negra»?

Pois assim afirmamos:

«Magia branca» é apenas e somente o apelo a Deus ás suas «bênçãos», e «magia negra» é apenas e somente o apelo a Deus ás suas «maldições», pois que olhai:

Deus é Senhor tanto de «bênçãos» como de «maldições», pois que Deus é Senhor não apenas de anjos como de demónios, pois que Deus é Senhor de todos os espíritos e acaso haverá espírito algum que possa agir, existir e operar sem que Deus o permita?,pois acaso poderão haver espíritos tão ou mais poderosos que Deus que escapem ao Seu poder?

Pois assim cremos neste caminho de santo:

Deus é Senhor de todos os espíritos, e Deus é Senhor de todas as coisas, e por isso não existe espírito algum que possa sequer mexer um dedo sem Ele deixar, e por isso seja magia branca ou seja magia negra eis que nenhuma dará fruto sem Deus, e porem com o consentimento de Deus toda ela florescerá com portento.

E quem assim duvida, pois então assim se diz:

Olhai que assim revelam as escrituras:

1-Um espírito mau vindo de Deus possuiu o rei Saul, a fim que se cumprisse o destino de David (1 Samuel 18,10;19,9)

2-Deus enviou um espírito mau entre Abimelec e os senhores deSiquem , a fim de os dividir (Juízes 9, 23)

3-Satã com o consentimento de Deus desceu e amaldiçoou Job, para que nele se cumprissem os desígnios da fé( Job 1,6;2,1)

4-Amaldiçoado por Deus foi também o faraó do Egipto mediante Moisés, para que assim se cumprisse o projecto de Deus para o seu povo (Êxodo 3, 19; 6,1)

5-Um espírito mau e de mentira infestou os profetas de Deus a mando do Senhor, para que eles enganassem o rei Acab e ele morresse numa guerra ( 2 Crónicas 18,20-22)

6-Anjos maus e portadores de desgraças comandos por Deus foram enviados pelo Senhor para gerar as pragas que se abateram sobre o faraó do Egipto (Salmo 78,43;49)

7- Satã foi enviado directamente por Deus, para tester a fé de David, e por isso o demónio por ordem de Deus insinuou-se-lhe para o levar a fazer o recenseamento (2 Samuel 24,11; Crónicas 21,1)

Em resumo:

Perante tantos e tamanhos testemunhos na palavra de Deus, como se pode negar que Deus comanda não apenas anjos bons, mas também que Deus comanda todos os espíritos e demónios, e assim:

Como negar perante tamanhas evidencias que Deus tem poder ate mesmo sobre Satã e todos espíritos maus?…. e como negar que todas as coisas, tanto os espíritos bons como os espíritos maus, estão sob autoridade do Senhor  e podem por Ele ser usados para fazer cumprir a sua vontade e os seus projectos?

Pois então:

Haverá porventura alguma coisa que escape ao controle e á ordem do Senhor?, e será o Senhor um Senhor não de «todas» as coisas, mas apenas Senhor de «algumas» coisas?

Pois assim sendo:

Como negar então que as escrituras nos revelam incontáveis exemplos de como Deus usou sob sua autoridade tantos anjos como demónios?, e que por isso Ele mesmo praticou exemplos seja de «magia branca» como de «magia negra»?

Pois então:

Como negar então que sejam anjos, sejam demónios, sejam quetipo de espírito for, porem todos os espíritos estão ao serviço de Deus seja em bênçãos ou em maldições, ou seja:

Seja na «magia branca», ou seja na «magia negra»?

Pois então:

Todos estes espíritos podem realizar as suas obras com a autorização de Deus, e porem sem o seu consentimento nenhum deles vencerá em coisa alguma.

E por isso:

Se ate mesmo Deus usa tanto espíritos bons, ( a magia branca), como espíritos maus, ( a magia negra), para através dessas forças fazer cumprir a sua obra….então como poderia Ele condenar a invocação destes poderes, se é o seu próprio ensinamento que ensina sobre a existência destas praticas?, e se é Ele mesmo que aponta para o seu legitimo uso?

Pois então:

Se ate mesmo Deus assim actua usando-Se seja de magia negra e seja magia branca, ( leia-se; usando de seja bênçãos e seja maldições operadas seja através de anjos ou seja através de demónios e todo o tipo de espíritos), então como pode tal ser mau?, se Deus Ele mesmo assim o pratica?

Olhai por isso:

Cuidai de observar estes assuntos não de forma simplista, pois que Deus é misterioso, e a sua obra não cabe no mero e pequeno entendimento humano.

A magia negra e o exemplo de Balaão, um santo de Deus que a praticou

Um dos exemplos bíblicos de um santo de Deus, que havendo sido abençoado por Deus praticou tanto a magia branca, ( as bençaos de Deus), como a magia negra, ( as maldições de Deus), foi Balaão.

Balaão celebrava magia branca, ( as bênçãos de Deus), e as magia negra, ( as maldições de deus), e contudo jamais as usou senão com autorização de Deus, pois que reconheceu que toda a magia branca ou negra apenas poderia operar os seus fins através de Deus, pois que assim está escrito:

Balaão respondeu aos enviados de balac:« Ainda que o rei Balac me desse o seu palácio cheio de mouro ou prata, eu não poderia desobedecer á ordem de Deus , em coisa nenhuma , grande de ou pequena»

Números 22, 18

Assim se sabe que apesar de praticar ma magia negra e branca, Balaão apenas o fazia  sob obediência de Deus, pelo que foi tido com um santo de Deus, pois que assim foi revelado:

Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem de olhos penetrantes, oráculo de quem ouve as palavras de Deus e conhece a ciência do altíssimo. Ele vê aquilo que o Todo Poderoso mostra

Números 24, 3-4

Mais se sabe que Balaão foi um santo de Deus, pois que sobre ele desceu o espírito santo, e pois que assim está escrito:

Então o espírito de Deus desceu sobre ele [ Balaão]

Números 24, 2

Pois que mesmo praticando magia negra e magia branca, Balaão como são Cipriano foi tido como um santo de Deus por aceitar Deus no seu coração com fé e temor, e por jamais praticar a sua magia sem que o fizesse com autorização de Deus, pois que assim está escrito:

Eu não poderei ir contra a ordem de Deus, fazendo o mal ou o bem por contra própria

Números 24, 13

Contudo, também se sabe que Balaão ao assim agir, assegurou que todas as magias negras ou brancas por si praticadas, firmavam-se estabeleciam-se, pois que assim está escrito:

Fica abençoado quem abençoas, e fica amaldiçoado quem amaldiçoas

Números 22, 6

Também se sabe que Balaão praticou a magia negra e a magia branca com fé e conforme os saberes mais ancestrais das escrituras, e por isso as bênçãos ou maldições por si intercedidas edificavam-se, e isso sabemos pois que assim esta escrito:

Então Balaão disse a Balac: «Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me sete bezerros e sete carneiros novilhos e sete carneiros.» Balac fez cconfome balaao tinha pedido, e os dois oferecram em holocautos um bezerro e um carneiro sobre cada altar

Numeros 23, 1-2

Por ultimo, e apesar de balaao exercer a magia negra e a magia branca, eis que se atesta que ela era verdadeiramente um santo do Senhor, popis que ele profetizou a vinda de Jesus a este mundo:

Eu vejo-O mas não é agora; eu comtemplo-o, mas não de perto: uma estrela avança de jacob, um ceptro levanta-se em isarael

Numeros 24,17

Pois por tudo isto de sabe que a magia negra e a magia branca podem ser celebradas com a anuência de Deus e sob a autoridade de Deus,  e que assim fazendo-se, podereis ver maravilhas produzidas em todos os aspectos das vossas vidas.

E pergunta-se: estarei praticando o mal ao fazer uso da magia negra?

Noutras doutrinas não saberemos o que vos responder, e porem na doutrina do «caminho dos santos», ao clamar pelas maldições de Deus em favor do vosso sofrimento e em vossa justa defesa, não estais senão fazendo aquilo que assim está revelado:

Tudo existe até hoje conforme as tuas normas, pois todas as coisas Te servem a Ti

Salmo 119,91

Pois assim se sabe que todas as coisas existem conforme a Lei de Deus, e todas as coisas servem a Deus e são por Deus comandadas. E por isso assim se sabe que tanto anjos bons como anjos maus, tanto espíritos bons como espíritos maus, e por isso tanto magia branca como magia negra…. todasessas coisas estão ao serviço de Deus e servem a Deus, e sobre todas essas coisas Deus tem poder. E por isso, assim está revelado:

Eu enviarei diante de ti o meu terror (…)

Êxodo 23,27

Pois assim se sabe que Deus é não apenas Senhor de maravilhas, como Senhor dos maiores terrores, e assim Deus é amor mas também é ira, Deus é bênção mas também é maldição, Deus comanda anjos de luz como anjos de terrores, Deus é Senhor de magias brancas ou negras, e Deus é Senhor de todas as coisas.

E assim, em clamor e fé todas essas coisas lhe são possíveis de pedir através dos seus santos, tal como foram por Ele manifestadas através de um santo como foi Moisés.

E assim se o fizerdes em vossa defesa através de um santo de Deus, num altar a um santo devotamente dedicado, e com fé no vosso coração….eis que apenas estais usando o poder de Deus em toda a sua extensão, pois que assim está escrito:

A Mim pertencem a vingança e a represália

Deuteronómio 32,35

Assim, como negar que se o Senhor é amor e compaixão e por isso gerador de bênçãos, (a magia branca), também ele é Senhor de vinganças e maldições, ( a magia negra), e que todas essas coisas estão sob o seu magnifico e terrivel poder? E como assim negar que ao Senhor apelar em todas estas coisas, é apelar a Deus conforme a sua Palavra?

Apenas aqueles que julgam que Deus sendo amor…. logo é fraco, é que assim o poderão pensar, pois que os que lendo os saberes directamente provindos da Torah hebraica e das escrituras judaicas, facilmente verão que ali está escrito:

O senhor é TERRIVEL

Eclesiástico 43, 29

E mais assim está revelado:

Dizei a Deus: «como são terríveis as tuas obras! (…) que toda a terra se prostre na tua presença!»

Salmo 66,3-4

Pois assim se sabe que as obras de Deus podem ser de amor, mas elas também podem ser de maldição e de poder inigualável, pois que elas são terríveis.

E são terríveis as obras do Senhor, pois que sobre o seu poder tudo se verga, e tudo Ele comanda, seja na terra ou no céu, sejam anjos ou demónios, seja magia negra ou magia branca.

Sobre tudo isso Deus tem poder, e tudo isso pode ser clamado através de um santo de Deus, e como podem quaisquer dessas coisas existir e funcionar, ( seja magia branca ou magia negra?, seja a bênção de anjos ou a maldição de demónios?), sem a anuência e o poder de Deus?

Acaso julgais que Deus apenas reina no céu, mas que é impotente na terra ou nos infernos?

Acaso julgais que Deus não tem poder sobre todas as coisas, e que todas as coisas por isso Lhe podem ser clamadas e através d’Ele operar?

Se assim pensais, então tenhais uma fraca imagem de Deus, e Deus não é fraco, mas sim Senhor de todas as coisas….tanto de magia brancas, como mais mais terríveis e negras.

Para saber mais, e desmistificar preconceitos, leia também: religião de Santeria

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Teosofia- Teomancia- Kabalah-Gematria

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Teosofia- Teomancia- Kabalah-Gematria

Astrologia1

A Teosofia  é um estudo esotérico que se debruça sobre os mistérios divinos.

 

A Teosofia dedica-se ao estudo das leis de Deus, ou das leis do mundo espiritual e das esferas celestes.

Os que conhecem a Teosofia,  conseguem comunicar com espíritos de mortos e anjos, espíritos de luz e espiritos terrenais, fazendo-os actuar no sentido de obter certos resultados na vida das pessoas, sendo essa a esfera dos seus trabalhos místicos.

A Teosofia diverge da teologia, porquanto a teologia limita-se a estudar filosoficamente as doutrinas espirituais sobre as quais se debruçam as suas reflexões.

A Teosofia,  enquanto um sistema de conhecimentos espirituais e celestes, é também um conhecimento de teor teológico;  Contudo  a Teosofia possui depois uma «praxis», ou uma vertente de aplicações ao mundo físico, ou seja, possui um leque de conhecimentos com implicações muito praticas e muito objectivas na vida das pessoas. A Teosofia, ao contrário da Teologia, não só se limita a ser um estudo apenas teórico ou «passivo» dos assuntos espirituais, mas é uma ciência esotérica que permite fazer uso dos conhecimentos espirituais para realizar tarefas místicas e trabalhos esotéricos com consequências muito objectivas.

A Teosofia possui uma vertente teórica e uma vertente pratica.

Uma das vertentes da «theoria» na Teosofia, é a Kabalah, ou seja, a ciência de Deus, ou seja, o estudo das Leis de Deus ou das Leis que regulam o mundo espiritual.O estudo desta ciência é fundamentalmente baseado nos textos sagrados e em todas as verdades místicas e sabedorias magicas que estão subtil ou secretamente inscritas naqueles textos bíblicos e outros directamente relacionados, mas que são secretos e por isso não são aqui revelados.

Uma das vertentes da «praxis» na Teosofia,  é a Gematria, hoje em dia vulgarmente denominada como «Numerologia», sendo que esta é uma técnica muito pratica para dois fins: por um lado, é um instrumento de descodificação dos segredos ocultamente inscritos nos textos sagrados, ao passo que por outro lado, é um instrumento muito pratico de produção profética, pois permite conhecer e mesmo dominar de forma objectiva as leis e realidades espirituais que afectam a nossa existência terrena e física.

No seu todo, a, Kabalah e Gematria constituem um saber hebraico milenar denominado Teomancia,  que é uma complexa ciência esotérica, a chamada ciência das leis de Deus, ou ciencia das leis e mecanismos do mundo espiritual.

A origem da numerologia cabalística remonta os tempos dos sábios da Babilónia e do Egipto dos faraós, fazendo parte do ensino dos Grandes Mistérios.

Na Grécia antiga os filósofos iniciados, ( alguns dele que tiveram mesmo contactos culturais com o Egipto), também trabalharam através da numerologia com a finalidade de conhecer as Leis espirituais que regulam e governam o mundo espiritual, bem como a vida terrena.

Moisés, que tinha tido acesso aos conhecimentos esotéricos e mágicos da corte Egípcia que frequentou e onde estudou, ( sendo um conhecedor profundo dos mistérios da teologia e do misticismo, conhecimentos entre os quais se encontrava a Numerologia Mística), foi ele mesmo o escolhido para receber as Leis e as palavras de Deus, tanto aquelas que o povo deveria conhecer, como aquelas que são secretas e contem verdades divinas ocultas.

Presentemente coexistem vários sistemas numerológicos, mas a verdade é que toda a numerologia descende da cabala, ou kabbalah, que é uma ciência esotérica com mais de 3.000 anos dedicada ao estudo das sagradas escrituras e das realidades espirituais

A NUMEROLOGIA CABALISTICA vem sendo usada há milhares de anos, e hoje não é raro vermos artistas alterando o nome segundo os padrões da NUMEROLOGIA.

Também empresários buscam na Numerologia orientação frente ao competitivo mercado, fazendo da Numerologia uma estratégia de vendas.

Enfim, a NUMEROLOGIA não é uma crendice vulgar, mas uma ciência esotérica aceite pelas classes cultas de todo o mundo.

Muitas vezes encontramos explicações sobre a numerologia onde se diz que os números possuem um poder sobre as pessoas.

Isso é uma mentira bondosa, dita ao não-iniciados, para lhes tentar dar uma explicação lógica sobre esta ciência esotérica, sem contudo revelar os verdadeiros segredos dessa mesma ciência.

Na realidade, e não podendo entrar em mais detalhes, apenas posso dizer que os números não possuem em-si e por-si qualquer poder, mas antes eles são representações desses poderes, leis e essências espirituais que governam a vida espiritual e a vida física.

E entender o que os números representam dentro dum determinado contexto,( num texto Bíblico, num nome de uma pessoa, numa data de uma evento, etc), permite ter acesso ao conhecimento dessas leis e essências divinas que nos governam, podendo assim saber o passado, o presente e o futuro e até mesmo usar os mecanismos espirituais de Deus a nosso favor, desde que por boas causas.

Pelos números, (enquadrados num certo contexto), podemos assim aceder a um conhecimento de realidades espirituais, podemos receber mensagens do mundo espiritual, podemos entender a leis divinas que orientam as nossas vidas, podemos saber sobre coisas, acontecimentos, eventos, etc.

Da mesma maneira que um físico,( como Einstein), usou os números de forma cientifica ,( a matemática avançada), enquanto um instrumento de representação abstracta de realidades fisicas que ele estudava, (realidades atomicas e subatomicas, cosmicas, temporais, etc), para assim as entender e depois manipular…. Também os números tem a mesma aplicação no plano espiritual. Por eles conseguimos entender a mecânica das realidades divinas, o entendimento de Deus, a criação espiritual de Deus, as Leis espirituais que governam este mundo e outro, o que já sucedeu e o que vai suceder, etc….

Podemos mesmo usar esse conhecimento sobre as Leis divinas a nossa favor, da mesma forma que um electricista usa as leis do electromagnetismo para trazer luz a uma casa, ou que um engenheiro aeronáutico usa a lei da gravidade e da física para construir uma avião que voa bem e que nos transporte para onde desejamos.

A Numerologia Bíblica ou Cabala, é secretamente chamada de «Gamatria» ou «Gematria», e é o estudo das palavras quando “traduzidas” em números e vice-versa. Ou seja, o estudo do sentido oculto de letras, palavras e frases através da numerologia.

As palavras e/ou frases possuem distintos valores numéricos e estes valores numéricos configuram valores que sinalizam acontecimentos, sinais, mensagens, etc… ou representam essências divinas e Leis espirituais de Deus.

Trata-se de um conhecimento secreto transmitido de forma codificada ao homem através das sagradas escrituras, um conhecimento dado directamente por Deus.

Em Êxodo podemos ler que Deus escreveu a Sua Lei pela Sua própria mão e a entregou a Moisés.

Nessas palavras divinas escritas pela própria mão de Deus, encontram-se mensagens e conhecimentos acessíveis todos aqueles que lêem os textos sagrados, mas depois e para alem disso, encontram-se igualmente , a um nível mais avançado e mais profundo, um conjunto de conhecimentos codificados e ocultos por detrás da letra do texto bíblico, apenas acessíveis a quem tem a «chave» que permite descodificar e conhecer esses saberes ocultos. Em bom rigor , a Gematria é um método numerologico, magico e esotérico, utilizado no estudo das escrituras, de forma a retirar destas os secretos ensinamentos de Alta Magia que neles se encontram ocultamente inscritos.

Imensas referencias á Numerologia Cabalística, mais ou menos discretas, podem ser encontradas estão na Bíblia Sagrada.

Provavelmente você já ouviu falar de Abraão. Abraão foi o rico e poderoso patriarca das mais seguidas e poderosas religiões do mundo: Catolicismo, Judaismo, Protestantismo e Islamismo.

Porém, Abraão não tinha esse nome.

Deus muda o nome do sacerdote caldeu Abrão para Abraão, ao instituir o pacto entre eles.

E não só isso, muda também o nome de sua esposa, Sarai, para Sara.

Esse pacto pode ser visto em Gênesis 15, e as mudanças de nome, nos versículos 5 e 15.

Seria essa mudança, por ordem de Deus, omnipotente, omnisciente, omnipresente e todo poderoso criador…. Um mero capricho repetido ao longo dos tempos e em vão? Não. As intenções de Deus ao mudar os nomes das pessoas conforme o seu papel e o seu destino tem claramente uma intenção divina muito bem dirigida e reiterada ao longo de diversas situações. E isto demonstra o poder e o papel dos nomes, das letras e dos números no saber divino e espiritual de Deus.

Em Apocalipse podemos também ler que futuramente os eleitos de Deus que serao salvos, receberao tambem um novo nome, um nome ainda secreto e desconhecido.

Ainda em Gênesis, pode se ver a mudança do nome deJacó, para Israel (Gen 32:28).

No Novo Testamento, também pode se ver que Jesus Cristo, muda o nome de alguns apóstolos, por exemplo, Simão, que se torna Pedro, e Lebeu, que se tornaTadeu.No mesmos livros, podemos ver como o nome de São João Batista é alterado logo á nascença para estar em conformidade com os planos de Deus, e é também possível encontrarmos em Isaías o nome que Jesus deveria de receber, caso não houvesse sido mudado para Jesus, de forma a que ele assumisse as profecias e fosse verdadeiramente filho de Deus.

Em todos estes exemplos podemos ver como o nome é de extrema influencia no papel que uma pessoa vai desempenhar na sua vida.

O próprio nome de Deus contem uma essência divina extremamente poderosa.

Em Génesis podemos ler que Henoc foi o primeiro a conhecer e a invocar o nome, ( secreto), de Deus e por isso Deus esteve com ele. Aliás, em todo o texto Bíblico o conhecimento e inovação do nome secreto de Deus é uma chave de poder espiritual, e a Sua Palavra é fonte de vida eterna, ou seja, na sua palavra está a ciência de Deus e a fonte da sabedoria espiritual.

Por aqui podemos reconhecer o poder dos nomes e das palavras, enquanto instrumento que representa saberes e essências divinas.

Esses são alguns exemplos remotos da existência da Numerologia Cabalística.

Na verdade a numerologia é uma derivação da Gematria, um ramo da Cabala, que utiliza o alfabeto hebraico como base.

A numerologia actual seria então uma adaptação dos princípios da Gematria para o alfabeto romano.

 

A raiz da Cabala e das «Sephirot»

A raiz de toda a pratica cabalístico – numerológica é a Ain Soph , que em hebraico significa «sem limites».

Na cabala, esta noção corresponde á própria noção de «Deus», ou seja: um ser sem limites, infinito e eterno; um ser que sempre existiu e que não foi gerado por nenhuma causa,  mas que por outro lado é a causa geradora de todas as causas e logo de todos os efeitos; um ser sem substancia física mensurável nem quantificável; um ser que precedeu a própria existência, que gerou a existência,  e que por isso transcende a própria existência.

A noção é de tal forma abstracta, que é difícil apreende-la sem algum esforço intelectual, e de resto, os cabalistas desde logo avisam que Deus é totalmente incompreensível á mente humana, tal é a vastidão e complexidade da sua essência.

È por isso impossível á mente humana conceber racionalmente esta noção de «Deus», e tudo o que podemos fazer é tentar entender as manifestações de Deus na sua Criação.

È aí que se fala então das «Sephirot».

As «Sephirot» são emanações de Ain Soph, ou de Deus, que se conjugam entre si para formar a «Arvora da Vida».

A «arvore da vida» estudada pelos cabalistas, é um conjunto esquemático que representa as citadas emanações de Deus, ( as «sephirot»), actuando como que uma formula que permite equacionar e assim conhecer as leis e forças espirituais que tanto regulam o mundo celestial , como influenciam a nossa existência no mundo físico.

Uma das razoes pelas quais os cabalistas avisam que a mente humana não consegue alcançar o conceito de Deus,

é porque para estes Deus corresponde á noção de «não ser»,

o que nitidamente constitui um conceito incompreensível e para alem dos limites cognoscíveis da mente humana.

 

Eis que se tenta abordar essa noção terrivelmente abstracta de «não ser», através dos seguintes postulados:

 

Antes do universo existir, nada existia.

E contudo, de acordo com as mais avançadas teses quânticas e cosmológicas,

foi a partir desse «nada» que se gerou a energia primordial que atingindo um ponto crítico, «explodiu»,

dando origem ao «big bang» que gerou todo o universo.

 

Ora, eis que se eleva a primeira pergunta:

 

Se nada existia antes dessa dita energia,( que atingindo um ponto critico, deu origem ao universo),

então de onde veio essa energia?

Como pode o «nada» gerar «algo»? Como pode o «não ser», dar origem ao «ser»?

 

Eis que é nesse «não ser», que os cabalistas encontram: «Deus».

 

Para certos cabalistas, «Deus» é essa causa e ser primordial,

um ser que por nada foi gerado, um ser que se auto – gerou,  e um ser que assim gerou toda a existência.

 

Deus está por isso para alem dos limites da própria existência, pois ele já existia antes da existência e gerou tudo o que existe.

 

E se Deus existe para alem do ser, então ele é o «não ser» que deu origem ao «ser».

 

Outro conceito cabalístico que reforça a noção do «não ser», é fundamentado com o seguinte argumento e consequente principio:

 

Se se diz que «Deus é espírito», na verdade é que do ponto de vista do nosso universo físico,

«Deus», ( ou aquilo a que chamamos espírito),  não é, de facto “nada”, ou seja:

Ele não se pode medir, nem pesar,  nem quantificar; Ele não é feito nem de matéria,  nem de energia, ou seja:

ele não é por isso nem mensurável, nem definível , á luz dos padrões do mundo físico.

 

Logo, «Deus»  é por isso «nada»,

ou pelo menos um «nada» de acordo com aquilo que existe dentro dos limites do nosso universo material.

 

Um dos exemplos que ajuda a entender melhor esta principio da «não manifestação», ou «não ser», reside na própria astronomia e física quântica.

 

Senão veja-se:

 

De acordo com os mais avançados estudos astronómicos, sabe-se que o universo esta em constante expansão;  no entanto,  nada existe fora do universo, pois o universo é tudo o que existe.

 

Mas se assim é,  pergunta-se:

 

Se nada existe fora do universo, para onde se esta ele a expandir?, uma vez que fora dele não há “nada”?

 

È precisamente nessa noção de «nada»,  que encontramos a noção cabalística de Deus:

esse «nada» é algo que nós simplesmente não conseguimos entender, porque os limites da nossa estrutura cognoscível não conseguem alcançar algo que é feito de «nada», ( que não pode ser medido nem quantificado, que não é feito nem de matéria nem de energia), algo absolutamente infinito e totalmente eterno.

 

Ain Soph representa esta noção filosófica e teológica de Deus criador, ao passo que as «sephirot» da cabala representam as forças e energias que emanam de Ain Soph e que, por um lado regulam e regem o mundo espiritual, ao passo que também influenciam a nossa existência.

 

Para as religiões politeístas, as «sephirot» são vistas na forma de Deuses, ao passo que para a astrologia as «sephirot» são entendidas como as varias e diferentes forças emanadas dos corpos celestes e que influenciam as nossas existências.

 

Cada cultura, assim como cada religião, tende a observar as «sephirot» da forma que lhe é mais agradável: alguns tendem a representar estas forças e energias na forma de Deuses com características mais ou menos humanas, outros tendem a ver as energias das «sephirot» como emanações dos astros.

 

Seja como for, estas forças espirituais existem, e podem ser equacionadas e estudadas.

 

Segundo os cabalistas, elas podem mesmo ser usadas a favor de quem conhece estas leis e energias, da mesma forma que as leis e energias do mundo físico podem ser usadas pelos cientistas a favor do homem.

 

Segundo os cabalistas, os números podem também ser usados e aplicados a fórmulas esotéricas, (numerologia), para entender e manipular estas forças espirituais a nosso favor, da mesma forma que os números também podem ser usados nos cálculos matemáticos para entender e manipular as forças, leis e energias do mundo físico a nosso favor.

 

Matemática e numerologia são para os cabalistas duas faces da mesma moeda, ou seja:

os números aplicados ao estudo e manipulação do mundo físico, é o processo ao qual chamamos: «matemática» ;

os números aplicados ao estudo e manipulação do mundo transcendental ou supra-fisico é o processo ao qual chamamos: «numerologia».

 

Os vários ramos da Cabalah

 

Existem 4 ramos da Cabalah:

 

Cabala pratica debruça-se sobre a esfera das operações magicas e rituais esotéricos
Cabala dogmática debruça-se sobre o estudo do próprio sistema cabalístico
Cabala literal ramo da cabala que estuda os valores numerológicos das palavras
Cabala oral ramo da cabala que se ocupa do estudo da arvora da vida e as suas «esferas»

 

 

 

De todos estes ramos da cabala, emanam poderosas técnicas místicas.

Porque é imprescindivel conhecer o poder da palavra e os segredos da Kabalah?

Pela palavra Deus realizou a sua obra, criando tudo o que existe.

O poder da palavra esoterica é tão grande, que em Génesis podemos ler que Deus confundiu essa palavra aos homens, assim mantendo secreto esse magnifico saber, de forma a que o homem nao pudesse realizar obras tão maravilhosas como as do próprio Deus

Pela palavra, (hebraica), Deus falou com o homem, através de Abraão e Moisés.

Pela palavra o homem fala com o homem, e assim se desenvolveu a sua sapiência

Por isso, também pela palavra, o homem pode falar com os mais poderosos espíritos da luz ou das trevas, encomendando-lhes fins e propósitos.

Contudo, o homem apenas o pode realizar pela palavra das línguas misticas que os velhos e ancestrais espíritos reconhecem com poder de lei e que respeitam.

Pois esse conhecimento, o saber das velhas e ancestrais línguas magicas, é mantido secreto pelos verdadeiros magos e magas, feiticeiros e feiticeiras. È uma chave poderosíssima, revelada apenas aos herdeiros destes saberes, saberes ancestrais herdeiros da sabedoria do rei Salomão.

Num feitiço verdadeiro, ao elemento místico que foi preparado para realizar as devidas conjurações dos espíritos, ( desde pós e essencias misticas raras, ao sangue e a outros elementos esoterico-liturgicos), junta-se em sede de um ritual, a palavra mística, secreta, poderosa, ponte entre mundo fisico e mundo espiritual, toda ela uma força invocatória que molda a conjuração e nomeia as entidades convocadas, ao passo que formuladora de obrigações e estipuladora de fins.

Assim os espíritos cumprem com os fins invocados.

Nestes 2 elementos, reside a força de um feitiço, e o poder de uma profecia para abençoar ou amaldiçoar.

 

A  Kabalah, a magia negra e a magia branca.

 

As «Sephirot» da «arvore da vida» Kabalista, representam as varias forças e energias espirituais que existem, e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico), como tambem sobre as nossas vidas.

 

São forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto, a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos das ciências místicas hebraicas.

No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdo da arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), e Binah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach (Vénus), Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte de luz.

Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos demagia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direito da arvore da vida.

O pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut (Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) e Kether ( Neptuno),  tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de  comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito.

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Origem da Kabalah

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Fontes teológicas hebraicas e origem da Kabalah

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Segundo a astrologia na perspectiva de alguns cabalistas, os astros são formas de manifestação, ou de deus e da vontade divina, ou da natureza e das suas energias, ou das forças espirituais e das suas leis, no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Assim está escrito:

 

Deus disse:« Que existam luzeiros no firmamento do céu,

para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos;

e sirvam os luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra»

Génesis 1, 14-15

 

Assim interpretam os seguidores da Astrologia Kabalista, que Deus criou os astros com duas funções declaradas:

 

I

uma função natural:  que é aquela que a astronomia estuda e que nos revela os calendários segundos os quais a nossa vida é regida;

II

uma função espiritual: que é aquela que a astrologia kabalista estuda, e por via da qual a Luz e força que emana de  Deus ilumina a terra e as nossas vidas, guiando-nos através das trevas .

 

Existem 4 ramos da Cabalah:

 

 

Cabala pratica Debruça-se sobre a esfera das operações magicas e dos rituais esotéricos
Cabala dogmática Debruça-se sobre o estudo do próprio sistema cabalístico
Cabala literal Ramo da cabala que estuda os valores numerológicos das palavras
Cabala oral Ramo da cabala que se ocupa do estudo da arvora da vida e as suas «esferas»

 

A teosofia fundamentada na Kabalah e concretizada através de Gematria, permite desvendar os segredos das Leis espirituais e do mundo espiritual, assim como obter revelações proféticas.

No entanto, para quem pretende entender os fundamentos ontológicos e etiológicos destas ancestrais ciências místicas, convêm que conheça os pilares teológicos que sustentam a sua existência.

Por isso mesmo, esclarecem-se aqui as fontes fundamentais do saber teológico hebraico.

Os conhecimentos religioso e místicos hebraicos, advêm de 5 grandes fontes:

*      Tora

*      Talmud

*      Midrash

*      Kabalah

*      Zoahr

Os fundamentais conhecimentos religiosos hebraicos, advêm de duas fontes fundamentais:

uma fonte de tradição escrita, e outra de tradição oral.

 

A fonte de tradição escrita é a Tora, e a de fonte oral é o Talmude.

 

A Tora, é constituída pelos cinco primeiros livros da Bíblia, aquilo a que os cristãos denominam de Pentateuco. Nesses cinco livros reside o texto central do Judaísmo. A Tora, segundo descrito pelos hebraicos, é formada pelos seguintes livros:

*     בראשית, Bereshit – No princípio , ou Génesis

*     שמות, Shemot – Os nomes , ou Êxodo

*     ויקרא, Vaicrá – E chamou , ou Levítico

*     במדבר, Bamidbar- No ermo , ou Números

*     דברים, Devarim – Palavras , ou Deuteronómio

 

Se a Tora concerne á tradição escrita por via da qual os ensinamentos espirituais foram facultados aos hebreus, por outro lado o Talmud respeita á tradição oral por via do qual esses mesmos conhecimentos foram transmitidos ao Homem, e passados de geração em geração.

Segundo os saberes místicos hebraicos, as leis de Deus foram reveladas a Moisés não apenas por via escrita (a Tora), mas também através de um conjunto de conhecimentos transmitidos oralmente, e que devem de ser igualmente transmitidos pela via da oralidade de pai para filho, de mestre para discípulo.

O Talmud acabou sendo uma obra que compila discussões, comentários, tradições, lendas, histórias, saberes religiosos e místicos hebraicos acumulados ao longo dos tempos, por via desta tradição oral.

O Talmud assistiu á sua elaboração e compilação desde o Sec. I ao V d.C.

Para além da Tora e do Talmud, alguns dos saberes místicos e teológicos hebraicos fundamentais, podem também ser encontrados no Midrash.

Essa é uma obra que consiste numa narrativa que se formou, também ela, com fundamento na tradição oral (Talmud), que foi sendo criada a partir do Sec. I d.C. e que acabou assistindo á sua primeira compilação escrita por volta de 500 d.C., no livro Midrash Rabbah.

O Midrash, é etimologicamente composto por dois termos hebraicos: “Mi” que significa “quem” e “Darash” que significa “pergunta”. Significa por isso: «quem pergunta», ou «aquele que pergunta», revelando o próprio nome que se trata de um processo de investigação e procura de sabedoria.

O Midrash foi sendo aprofundado no seio das sinagogas, com a finalidade de adequar as escrituras á vivência prática (familiar, social, etc), das comunidades Judaicas, por vezes ao longo de momentos históricos difíceis.

O Midrash foi sendo desenvolvido com o objectivo de fazer uma investigação e interpretação mais aprofundada das Escrituras, tentando mesmo formular uma união entre a tradição oral e a tradição escrita.

O Midrash comporta uma série de «Midrashim» (plural de Midrash, significando que são uma série de textos «Midrashicos»), que foram agrupados no Sec. V, sendo essa complicação denominada por Midrash Rabbah. Cada texto (Midrashim), é uma visão interpretativa relativa á escritura sobre a qual se debruça.

Outra das fontes de conhecimentos místicos, esotéricos e mitológicos do saber teológico hebraico, é a Kabalah.

A Kabalah consiste num sistema religioso e filosófico, no qual se acredita que as Escrituras contêm um conjunto de segredos espirituais ocultos, ao qual apenas conseguem aceder aqueles possuidores de determinados métodos que são a «chave» que permite decifrar e aceder a esses saberes.

A Kabalah afirma deter esses métodos, sendo que esses consistem em processos numerológicos.

A kabalah ensina que cada letra, cada palavra, cada número e cada passagem das Escrituras, encerram significados e sentidos ocultos, que uma vez desvendados, permitem aceder a preciosos saberes espirituais.

A Kabalah é a vertente mística do Judaísmo, sendo que uma das suas obras fundamentais é o texto «Sefer Yetzirah» (Livro da Luz), que consta ser anterior ao Sec. XIII, embora existam outras obras que se acreditam serem anteriores ao Sec. VI.

Por ultimo, falamos brevemente do Zohar.

O Zohar, é um dos mais relevantes trabalhos que emanam da Kabalah, é uma das obras mais relevantes do misticismo hebraico.

O Zohar não é propriamente um livro, mas tal como a bíblia, é antes um conjunto de livros. Neles, muitos saberes místicos sobre a origem do mundo e da humanidade, sobre Deus, sobre as almas e a espiritualidade, etc. são revelados.

O Zohar debruça-se sobre a Tora, proferindo sobre os cinco textos (em Aramaico e Hebraico), comentários místicos.

Alega-se que o Zohar terá aparecido em Espanha por volta do Sec. XIII, contudo sendo-lhe atribuída a autoria a um rabino do Sec. II.

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Astrologia- os signos e o amor

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Astrologia- os signos e o amor

Astrologia e amor

Cada signo do Zodíaco, regido que é por influências celestiais e forças espirituais distintas, tende a viver o amor de formas diferentes.

Claro que esta breve analise astrológica da correspondência entre signos e o amor é muito sumaria, porquanto uma pessoa não se reduz aos parâmetros gerais de um signo zodiacal, mas antes é um conjunto muito mais vasto, contingencial e particular de influencias que apenas um aprofundado de estudo de astrologia pode determinar.

Contudo, em linhas gerais, eis como cada signo sente e responde ao amor:

 

Carneiro Corajoso, dono de franqueza, por vezes descai para a impulsividade. È um signo de força e de luta na vida. As paixões ou interesses tem de estar bem acesos e vivos, ou perde-se o interesse e a chama do carneiro apaga-se. Gosta de alcançar, de ter ou de possuir, vive com essas metas presentes consciente ou inconscientemente. È permeável a fortes paixões. Tem de ser regularmente prendado com motivos de interesse, ou arrefece. 
Touro Pode ser extremamente sensual, mas também ciumento, podendo nalguns casos tornar-se possessivo. Quando ama, fá-lo com profunda sinceridade. Sabe ser paciente, mas também pode cair na teimosia ou obstinação. Os nativos de Touro necessitam de muito amor, muito calor, de alguma loucura mas compensada com segurança ao mesmo tempo, assim como de coisas bonitas á sua volta.
Gémeos  Necessita de estabilidade, assimila bem tanto informação como circunstancias, no entanto pode tender a dispersar-se. È flexível e adaptável, o que faz dos nativos deste signo sobreviventes, e que sobrevive vence. Gémeos necessita de segurança, mas não de sufoco. È na dualidade que se encontram as chaves de Gémeos.
Caranguejo Tem necessidade de protecção, acabando por procurar o pai, ( se é mulher), ou a mãe,( se é homem), nas suas parcerias. È sensível, mas tal qualidade em excesso pode fazer o nativo deste signo descair para o capricho. Os nativos de Caranguejo necessitam de um ninho, de um «porto de abrigo».
Leão É organizado, e também orgulhoso. È individualista e poder descair para o autoritarismo. Os nativos de Leão são exigentes e reivindicativos. Não se deve rivalizar nem competir com Leão, mas antes aceitar os seus pontos fortes, omitindo os restantes. È passional e sexual, é tendencialmente fiel, ciumento, idealista. È honrado e leal, capaz de grandes sacrifícios. Tem necessidade de um amor incondicional, leal e á prova de bala.
Virgem Gosta da ordem, foge do caos, é prestável, dedicado e pode-se contar com os nativos do signo Virgem. È dono de uma lógica muito particular, mas pode tender a cair num criticismo excessivo. È algo desconfiado, e por vezes vai armazenando interiormente sentimentos ou situações, ate explodir. È sensual e sensível ás necessidades da outra pessoa. Prefere uma relação segura a uma paixão arrasadora mas que resulte em consequências incalculáveis.
Balança È sociável, e contudo por vezes algo indeciso. Procura a harmonia, fugindo do que é desagradável e cause grandes convulsões. Gosta das coisas bem claras e formalizadas. O amor liga-se com estabilidade, por vezes decaindo para um conformismo. È um amante apaixonado, que contudo pode dar por si olhando para fora do relacionamento mesmo não sendo essa a sua intenção. Por vezes tem a sensação de algo lhe ter escapado na vida. O nativo de Balança necessita de partilhar sonhos e projectos, mas nunca de ser obrigado a sair do equilíbrio que tanto deseja.
Escorpião Possuidor de uma grande vontade e solidez de ideias, dono de grande tenacidade, tem as suas fronteiras rigorosamente definidas. Se mal tratado, pode ser profundamente destrutivo. È uma personalidade sólida, e altamente sensual. A sexualidade é um principio vigente dos nativos de escorpião. Se por um lado pondera os seus próprios impulsos, por outro lado é passível de se deixar cair nas mais ardentes paixões. O escorpião pode “divagar” fora dos limites de um relacionamento, mas não aceitará que lhe façam isso.Os nativo de escorpião deve sentir que é fundamental e necessário, ao passo que os seus ciúmes podem ser explosivos. Uma relação com um puro escorpião acaba sendo tão fatigante quão apaixonante.
Sagitário È bom e generoso, podendo descair para a vaidade ou excessiva domínação. Ama de perdidamente de cada vez, como se fosse a ultima. Idealista, é consequentemente ingénuo e pode cair em paixonetas. Detesta prisões, mas pode viver muito bem dentro dos limites de um relacionamento, desde que se não lhe lembre que ele esta feliz mas dentro de certos limites. As paredes devem ser de vidro para os nativos de Sagitário, de forma a dar-lhes a sensação que vivem em liberdade. Se levado a isso, Sagitário pode ser umnidificador, construindo ninhos em diversos locais, de forma a preservar a sua liberdade, ao mesmo tempo que obtendo a sua própria estabilidade interior
Capricórnio  É de extrema perseverança, sobrevivendo em condições onde outros morreriam. Gosta de controlar as situações, e tem franca necessidade de ternura e é orgulhoso. Pode possuir uma forte sexualidade, sendo que também por isso a sua maturidade emocional pode vir tarde. Ou cai num desenfreado ritmo de situações amorosas, ou finca alicerces num sólido e duradouro amor. O nativo de Capricórnio nunca deve ser ferido no orgulho, e necessita que sejam afectuosos com ele, que deixem a criança dentro dele sair para fora, que o amem como ele é.
Aquário  É capaz de despir a sua camisa para ajudar o próximo, é capaz de tudo dar para auxiliar. Pode no entanto cair em desregramentos e vai ao que deseja por muito que custe. È original. È inteligente e analisa-se bem. Pode cair em rupturas sucessivas, mas também ser fiel na relação em que se encontrar confortável. Tende a possui uma concepção muito própria da liberdade e do que é um relacionamento.
Peixes  È dedicado e intuitivo. Pode mesmo ser misterioso, e ate cair no abuso do que lhe dá prazer. Pode ser um romântico incurável, sofrendo por amor, ao mesmo tempo que cai em infidelidades e é por cima disto tudo sedutor. Deve-se estar preparado para aguardar com serenidade as suas fugas, pois se assim for ele voltará. Tende a procurar um sentido profundo ou escondido nas coisas, ou então a fascinar-se pelo que lhe agradou mesmo que não saiba porque é que lhe agradou. È vulnerável, “morre por amor” mas também “mata por amor”. Pode ser inesperadamente humano e amigo, sendo que necessita que sejam pacientes com ele.

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Astrologia

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A astrologia

ASTROLOGIA E CABALA HEBRAICA

 

Astrologia: Oráculo é uma resposta dada por um deus ou espírito a uma questão que lhe é colocada. A resposta de um oráculo traduz-se em revelações sobre o que vai suceder de forma a que um fim seja atingido, e a essas dá-se o nome de profecia. Uma religião é um conjunto de preceitos ou práticas por via das quais se comunica com um deus, seres celestes ou divindades. A astrologia, é um meio de produzir oráculos. Segundo a religião sibilina e de acordo com as tradições babilónicas e hebraicas, a astrologia é um processo de astromancia, ou seja: uma forma de ler nos corpos celestes a manifestação de entidades espirituais ou forças celestes.

 

A astrologia não dita futuros, antes ela revela as influências astrológicas e as forças espirituais que estão presentes nas nossas vidas e que tendem a fazer com que a nossa existência assumam certos rumos.

No entanto, a todos nós foi concebido livre arbítrio, ou liberdade de escolha. Pois assim está escrito:

Não digas:

«Foi por culpa do senhor (….)»

Desde o principio, Deus criou o homem e entregou-o ao poder das suas próprias decisões(….)

Ele pos-te diante do fogo e da água, e poderás estender a tua mão para aquilo que quiseres

Ecl 15;11-16

Se é verdade que somos influenciados por tendências, por eventos, por estados psicológicos, etc.; no entanto, também é verdade que perante tais tendências, somos livres de optar pelos caminhos que desejamos percorrer, fazendo de uma situação favorável uma derrota, ou transformando uma situação desfavorável uma vitoria.

E tanto assim é, que tambem está escrito:

 

Na desgraça o homem pode encontrar salvação,

enquanto que na fortuna pode provocar a ruína

Ecl 20;9

 

 

A astrologia é um meio de analisar essa esfera de influências celestes e forças espirituais que actuam sobre as nossas vidas, e de em conformidade com essas realidades espirituais, desvendar os bons caminhos que devemos seguir de forma a alcançar as nossas metas e ter paz, harmonia e felicidade na nossa vida.

A astrologia ao debruçar-se sobre o mundo das influencias celestiais que actuam sobre as nossas vidas e que geram as tendências que regem a nossa existência, pode-nos facultar um mapa que nos permite fazer o trajecto da nossa vida pelos melhores caminhos, evitando acidentes, infortúnios, revezes, contratempos, angustia, perdas e dor, ao passo que revelando os rumos que conduzem á felicidade.

Os astros podem representar as forças espirituais que regulam e influenciam este mundo, sendo que por eles Deus pode falar á sua criação. Disso mesmo podemos encontrar prova nas escrituras. Assim está escrito:

Alguns magos do oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram:

«Onde esta o rei dos Judeus recém nascido?

Nos vimos a sua estrela no Oriente e viemos para Lhe prestar homenagem»

Mateus 2,1-2

Pois foi através de um astro, que Deus revelou a vinda do Seu Filho, ( ou de um grande profeta, como queiramos entender de acordo com a nossa fé), ao mundo.

Foi estudando esse astro e a sua significação espiritual oculta, que os magos souberam ler a boa nova inscrita nos céus.

 

Astrologia ocidental

 

A astrologia ocidental é realizada através de cálculos de natureza astronómica, ( com recurso a tabelas de efemérides astronómicas), e a sua pratica é fundamentalmente baseada no “mapa astral” , que é equacionado a partir do momento em que uma pessoa nasce ou um certo evento ocorre; esta prática astrológica fundamenta-se na existência de 12 signos e 10 influencias celestes essenciais, e é tecnicamente sustentada nos conhecimentos e princípios astronómicos ocidentais.

Segundo esta técnica astrológica, o posicionamento cientifico – astronómico dos corpos celestes é fonte de influencia sobre pessoas e eventos.

A Astrologia ocidental centra-se fundamentalmente na astrologia natal, ou seja: no Mapa Natal de uma pessoa, ou o Mapa de Nascimento, aquilo a que comummente se chama: Horóscopo, ou Carta Astrológica.

O mapa natal descreve o posicionamento dos astros no momento do nascimento de uma pessoa, e dessa forma consegue determinar o mapa de influências celestiais que actuaram, ( e irão actuar para sempre), sobre essa mesma pessoa quando ela tomou contacto com o mundo pela primeira vez.

Nesse mapa é definido o «signo solar» e o «ascendente» de uma pessoa , ou seja:

O signo solar: é aquilo a comummente chamamos «o signo de uma pessoa», e corresponde á posição do Sol no momento do nascimento dessa pessoa. Para realizar o cálculo do signo solar, necessitamos da data de nascimento de uma pessoa. Por esse meio, é verificada a influência do astro que fundamentalmente irá reger a existência dessa pessoa
O ascendente: é calculado com base na hora em que uma pessoa nasceu. Um dia tem 24 horas, ou seja: 1440 minutos. E num determinado dia, uma pessoa pode nascer em qualquer uma dessas horas e minutos, o que faz com que seja muito difícil que 2 pessoas tenham nascido na mesma data, e exactamente na mesma hora e mesmos minutos.O signo que esta a nascer no horizonte Leste na hora em que uma pessoa esta também nascendo, é o signo ascendente dessa mesma pessoa. Esse «signo ascendente» traduz a outra influência celestial que ira influenciar a vida dessa pessoa. Na verdade, esse signo revela as condições de nascimento de uma pessoa, assim como influenciará o seu comportamento externo para o resto da vida. A forma como alguém reage ás circunstancias e o meio que a rodeia, é revelada no seu ascendente.

 

A astrologia numerológica Kabalística.

  

A astrologia kabalista, é um processo místico de origem hebraica , por via do qual as esferas de influencia astrológica, ( os astros e os signos), são representados nas «Sephirot», ou as esferas espirituais da árvore de vida.

 

Cada uma dessas esferas representa as diferentes forças espirituais que actuam sobre o nosso mundo e assim que geram influencias e tendências sobre as nossas vidas.

Cada uma dessas esferas é uma emanação de Deus, e muitas culturas as viram de formas diferentes: como deuses, como anjos, etc.

A astrologia kabalista funciona através de processos de calculo matemático-numerologico, ( aquilo que no ocidente se chama numerologia, e que nas ciências hebraicas se denomina de Gematria), por via dos quais, analisando a data de nascimento de uma pessoa, ( assim  como outros elementos como: o nome, a hora e local de nascimento de uma pessoa), se conseguem determinar tanto as forças celestiais que marcaram o nascimento de uma pessoa, assim como sob que esferas de influencia espiritual é que alguém se encontra a determinado momento.

Para calcular o signo solar e o ascendente zodiacal no Horóscopo de uma pessoa, alguns dos astrólogos de influencia Kabalista usam os processos da astrologia ocidental.

Acreditam esses que no momento em que tomamos contacto pela primeira vez com o mundo, sejamos profundamente influenciados pelas energias e forças cósmicas que nos rodeiam.

 

No entanto, para calcular as forças espirituais que estão actuando na nossa vida a dado momento, ( num determinado ano, num certo mês, ou num certo dia ou determinada hora), muitos dos astrólogos da escola numerológico – kabalista usam um processo numerológico.

 

Fazem-no, pois acreditam que o conjunto das forças espirituais que existem, assim como a forma como essas influências espirituais actuam nas nossas vidas, transcende os limites da astrologia ocidental.

 

Acreditam por isso algumas escolas de pensamento da astrologia Kabalista, na mais clássica teosofia hebraica, assim como na sua definição de forças espirituais.

 

Professam essas escolas de pensamento, que todas as forças espirituais que actuam sobre nós emanam de Deus, e são manifestações de Deus.

 

E como tal, as suas Leis e dinâmicas obedecem aos princípios da Kabalah hebraica, e logo o entendimento sobre a forma como elas estão presentes e regem as nossas vidas apenas pode ser revelado por essa ciência hebraica e o seu cálculo numerológico.

 

A astrologia Oriental:

 

A astrologia ou a astromancia, é classicamente entendida como um processo oculto segundo o qual é possível ler o futuro nos astros.

 

A astrologia teve o seu berço no médio oriente, através dos magos e sacerdotes Persas, que usavam esta ciência oculta para prever o futuro e avisar quando era boa altura para realizar certos actos, ( um casamento, uma sementeira, um divorcio, uma guerra, um negocio, uma conquista, etc), ou quando era altura de evita-los.

 

A astrologia é contudo uma ciência oculta universal, que existiu em culturas que nem sequer se cruzaram, e que contudo chegaram ao mesmo tipo de conclusões sobre a influência dos astros nas nossas vidas: na civilização Azeteca, a astrologia era também praticada com os mesmos fundamentos que regiam a civilização Persa.

 

A astrologia defende que o momento em que uma pessoa foi concebida influencia para sempre essa mesma pessoa, uma vez que as forças celestiais que actuaram sobre ela nesse preciso momento ficarão gravadas na sua essência e serão por isso determinantes no resto sua vida.

 

Ao mesmo tempo, a astrologia também defende que as forças celestiais estão constantemente exercendo influencias sobre as pessoas, sendo que a combinação entre as características de uma pessoa, com o tipo de forças que estão sendo exercidas sobre ela, vão ditar a forma como os eventos se poderão suceder na vida dessa mesma com um elevado grau de probabilidade.

 

Muitos astrólogos alertam que a astrologia não faz imperar destinos, mas antes lança avisos sobre o que esta para suceder ou sobre os problemas que sucederam, de forma a que as pessoas possam ultrapassar um problema de forma eficiente.

A astrologia não é por isso um meio para revelar verdades absolutas e fatalistas, mas antes faculta uma espécie de mapa que cada um pode usar de forma a chegar onde deseja pelos caminhos mais fáceis e céleres, evitando obstáculos e maus caminhos.

 

A astrologia segundo a Cabala:

 

Os astrólogos que exercem astrologia através das técnicas de cabala, ( ou astrologia cabalística), defendem que Deus manifestou-se junto do homem através de duas formas:

pelo próprio homem, e pela natureza.

 

Tais astrólogos defendem que junto do homem, Deus revelou-se ao através das escrituras e dos seus profetas; Contudo, pela natureza, Deus manifesta a sua vontade através da sua criação, ( a mesma natureza), essencialmente por via do seu expoente celestial: os astros.

 

Na bíblia Deus é chamado de «senhor dos espíritos»,

mas também de «senhor dos exércitos dos céus».

 

Ora, o «exércitos dos céus» é um conceito interpretável de duas formas:

 

*      por um lado «exércitos do céus» são os espíritos celestiais que habitam no mundo dos espíritos;

 

*      ao passo que por outro a expressão «exercito dos céus» representa as constelações estelares que habitam os céus e que deus governa, ou seja: os astros.

 

Pois assim está escrito:

 

Naquele dia ele julgará no céu o exercito do céu, e na terra os reis da terra

 Isaías 24,21

 

Vi Deus sentado no seu trono, e todo o exército de Céu estava de pé á direita e á esquerda de Deus

1 Reis 22,19-21

 

Manasses (…) prostrou-se diante de todo o exercito dos céus e adorou-o

 2 Reis 21, 1-6

 

«Exercito dos céus» é uma expressão ora usada ora para designar os anjos ou seres celestiais que habitam junto de Deus, ( como vemos tanto no livro de Isaías, como no I Livro de Reis), ao passo que também é usada para referir os astros, tal como podemos observar no II Livro de Reis a propósito de Manassés.

 

Os astros e as forças celestiais que emanam de Deus são os sentidos nos quais esta expressão é usada nas sagradas escrituras, sendo que a única coisa que diverge na sua avaliação positiva ou negativa, é a forma como encaramos estas forças: não as devemos idolatrar, mas apenas considerar como emanações provenientes de Deus.

 

Assim, entende-se que os astros ,( e assim os signos do Zodíaco), podem ser formas de manifestação desses seres ou forças celestiais, por via dos quais esse seres ou energias exercem influencia nas nossas vidas.

 

Aparentemente a Bíblia encerra uma forte contradição entre os astrólogos do oriente e os profetas de Deus.

No entanto, a contradição não diz respeito ás ciências místicas que estão em causa, ( a astrologia do oriente ou a Cabala Hebraica), mas antes uma questão do ângulo teológico através do qual se observam essas ciências, ou seja:

 

O que os hebreus contestavam, é que os astros fossem adorados per se, ou seja por si mesmos e como se eles mesmos fossem alguma espécie de deuses que governassem este mundo; ao contrario, o que os teólogos hebreus defendiam, é que os astros fossem estudados enquanto emanações da criação divina, assim como enquanto meios de manifestação e influencia neste mundo terreno dos seres celestiais de Deus.

 

Segundo a primeira interpretação caía-se numa idolatria dos corpos celestes , ( que obviamente são apenas sois, planetas e luas, longe de se configurarem como seres divinos, mas antes sendo objectos da criação, tal como é uma pedra ou uma arvore), enquanto que segundo a outra interpretação, estava-se estudando a forma como Deus e os seus seres celestes actuam neste nosso mundo físico, ou seja: fazendo-o por vezes através dos corpos celestes, tal como o fizeram pela natureza ao longo da historia, como por exemplo, quando as pragas de gafanhotos atingiram o Egipto, ou quando um vulcão exterminou uma cidade, (Sodoma e Gomorra), ou quando o mar engoliu a terra, ou quando pelo fogo Deus se manifestou a moisés.

Os teologos Hebreus defendiam que não era por Deus se ter manifestado dessa forma através desses elementos da natureza, ( pragas de gafanhotos, vulcões, mares ou fogo), que se devia adorar nem os gafanhotos, nem um vulcão, nem o mar, nem o fogo. Essas são formas pelas quais Deus e os espíritos se manifestam junto de nós e assim nos  influenciam, e por isso, não se devem adorar os meios pelos quais os espíritos divinos se manifestam junto de nós, mas sim os espíritos divinos.

 

È com essa perspectiva que os astrólogos cabalísticos observam os céus e praticam astrologia:

olhando os céus não como que se os astros por si mesmos possam influenciar as nossas vidas, ( pois esses não passam de planetas, luas e sois astronomicamente reconhecidos), mas sim como meios através dos quais Deus e os espíritos divinos revelam como se vão manifestar em nos, da mesma forma como o revelaram pelas escrituras.

 

Por isso assim os praticantes da astrologia fundamentada na calabah, acreditam que pelas escrituras e pelos astros, é possível aceder ás leis de Deus e ás leis do mundo espiritual, e á forma como essas tem implicações no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Na verdade, as 10 esferas da «Arvora da vida», traduzem cada uma delas as mesmas forças e influencias representadas na astrologia ocidental pelos signos zodiacais e corpos celestes.

 

Assim, cada uma dessas esferas representa uma das emanações de Deus na criação, cada uma das esferas representa cada uma das forças espirituais que regulam e influenciam a nossas existência.

 

Aquilo que os astrólogos acidentais traduzem em signos zodiacais ( cada signo representa cada tipo de força e influencia celestial que opera sobre as nossas vidas) a astrologia kabalista e as técnicas astrológicas orientais de natureza hebraica traduziram no conceito de «sephirot».

 

Eis uma relação entre os corpos celestes presentes no Zodíaco da astrologia ocidental, (bem como os respectivos signos do zodíaco que regem), e as 10 esferas constituintes da «Arvore da Vida» kabalista:

 

sol tiphereth Leão
lua yesod Caranguejo
mercurio hod Gémeos, Virgem
Marte Gevurah Carneiro
Vénus netzah Touro, Balança
Júpiter hesed Sagitário
Saturno binah Capricórnio
Plutão daath Escorpião
Urano hokmah Aquário
Neptuno kether Peixes

 

Rejeição rabínica da astrologia:

Quem prossegue a linha ortodoxa do Judaísmo, não aceita a astrologia, pois assim esta escrito em Deuteronómio

«Ele [Deus e o seu mandamento] não esta no céu».

Dt 30:12

Assim esta pois escrito no Midrash Deuteronómio Rabbah (8:6) :

« A Tora nao se coaduna com a arte que estuda os céus»

O Talmud Babilónico parece sugerir que os Hebreus não consultem um astrólogo.

Outra passagem do TB – Pesachim 113b – afirma claramente que os Judeus nao devem consultar astrólogos.

Assim também está escrito em Deuteronómio:

«Tu pertenceras inteiramente a Deus. As nações que vais conquistar ouvem astrólogos e adivinhos»

Dt 18:13

Pois assim se afirma que a astrologia não será consultada pelo povo de Israel.

 

Aceitação rabinica da astrologia:

 

Parte da religião hebraica aceita que os astros possam influenciar os destinos das pessoas ou das nações, (uma vez que eles são apenas manifestação do reino de Deus ou de Deus), no entanto afirmam que a aliança estabelecida entre Abraão e deus elevou os filhos de Deus acima desse determinismo celeste e lhes concedeu livre arbítrio.

 

Uma passagem de Tosefta (Kiddushin 5:17) afirma que a bênção prometida a Abraão era o dom da Astrologia.

O Midrash, ( Ec. Rabbah 7:23 no. 1),a certa altura confirma que Salomão dominava as ciências da astrologia.

De acordo como o Talmud,( BT Avodah Zarah 5a),não só Deus revelou a Adão o conhecimento sobre todas as gerações vindouras da humanidade, ( um conhecimento divinatório que por alguns foi relacionado com a astrologia), como Abraão possuiu conhecimentos sobre os destinos de todos os homens, e por isso todos os lideres e reis do mundo o procuraram pedindo pelos seus serviços adivinhatórios ou astrológicos. Esta versão rabínica, leva a pensar que o patriarca Abraão era um astrólogo que foi contactado pelo Deus HYHV.

 

A aceitação rabínica parcial da astrologia:

 

Contudo, ao contrário das mitologias que conduzem á aceitação da astrologia devido ao patriarca Abraão, há também tradições que afirmam que Abraão previu através das suas adivinhações que não teria um segundo filho, ao que Deus lhe respondeu:

« Afasta-te da tua astrologia, pois para Israel não há planetas nem constelações que ditem a sorte!»

Pois o nascimento de um segundo filho do patriarca Abraão para alguns dá a ideia de que a astrologia é invalida, ao passo que a outros dá a ideia de que a astrologia é apenas inconsequente face á vontade de Deus quando Ele assim o quer, mas que no restante das situações é valida –TB Shabbat 156ª

Enquanto que certas fontes afirmam que Abraão foi um astrólogo, o Midrash Génesis Rabbah afirma claramente que Abraão não era um astrólogo, mas antes um profeta – Génesis Rabbah x liv. 12 –

 

A astrologia segundo a Cabalah

 

Segundo a astrologia na perspectiva dos cabalistas, os astros são formas de manifestação, ou de deus e da vontade divina, ou da natureza e das suas energias, ou das forças espirituais e das suas leis, no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Assim está escrito:

 

Deus disse:« Que existam luzeiros no firmamento do céu,

para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos;

e sirvam os luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra»

Génesis 1, 14-15

 

Assim interpretam os seguidores da Astrologia Kabalista, que Deus criou os astros com duas funções declaradas:

 

I

uma função natural: que é aquela que a astronomia estuda e que nos revela os calendários segundos os quais a nossa vida é regida;

II

uma função espiritual: que é aquela que a astrologia kabalista estuda, e por via da qual a Luz e força que emana de Deus ilumina a terra e as nossas vidas, guiando-nos através das trevas .

 

Assim sendo, pelos astros a astrologia defende que é possível obter revelações sobre o passado, o presente e o futuro, uma vez que deus ou o mundo espiritual se manifestam neste mundo terreno através dos seus elementos celestiais.

 

Acredita assim a astrologia que o criador ( deus), comunica e assim se manifesta junto da sua criatura (o homem), através da sua criação, ou seja: a natureza no seu esplendor magnânime do cosmos.

 

Segundo a kabalah, ( a ancestral ciência oculta hebraica), as leis do mundo espiritual foram reveladas por deus a Moisés e aos seus iniciados através das sagradas escrituras, sendo que para obter revelações sobre tais leis e verdades se utiliza a Gematria ou a numerologia.

 

A Gematria, ( ou a numerologia), segundo a Kabalah, constitui assim uma ciência mística através da qual é possível extrair das escrituras verdades ocultas que deus revelou apenas a alguns iniciados.

 

A kabalah acredita também que a Gematria, ( numerologia), é também um processo oculto ensinado por deus ao homem e que, permite obter conhecimento sobre as leis do mundo espiritual, assim como obter através desse revelações sobre o nosso mundo e as nossas vidas..

 

A astrologia realizada através do processo numerológico (numerologia), é um processo através do qual se procura conhecer as verdades sobre as leis do mundo espiritual, assim como das suas implicações nas nossas vidas, combinando a numerologia e a astrologia.

 

A combinação entre astrologia e numerologia parece inovadora mas não é, pois na verdade essa correspondência é milenar e podemos encontrar exemplo dela nas sagradas escrituras.

 

Foi através de um astro (a estrela de Belém), que deus manifestou o nascimento de Jesus neste mundo, mas foi contudo através das profecias das escrituras que deus revelou a vinda de Jesus a este mundo.

 

Os textos sagrados revelam assim através deste exemplo, que em combinação, as escrituras e a astrologia revelam verdades ocultas sobre o passado, presente e futuro de uma forma inigualável.

 

Na astrologia – numerológica, a data de nascimento de uma pessoa é processada e resulta em números.

Esses números correspondem e traduzem as forças e essências celestiais que estiveram presentes no momento de concepção e nascimento dessa pessoa e que irão influenciar essa mesma pessoa para toda a sua vida.

 

Neste tipo de processo, as energias e forças astrais que marcam uma pessoa desde o dia do seu nascimento ate ao dia da sua morte ( e que a astrologia traduz através dos «signos»), são traduzidas e simbolizadas não por «signos» mas sim por «números», de acordo com a ancestral tradição hebraica da kabalah e Gematria .

 

O processo de cálculos é complicado, mas na sua essência corresponde exactamente á astrologia.

 

Os números são a forma como a numerologia Kabalística e a Gematria simbolizam as forças, energias e entidades celestiais.

Usam-se os números e cálculos numerológicos para entender e usar a nosso favor as leis do mundo espiritual , da mesma forma que os números são também usados nas ciências, ( por exemplo: na matemática ou na física quântica), para entender e usar a nosso favor as leis do mundo físico.

 

Toda a ciência oculta possui uma linguagem simbológica através da qual representa as forças e essências celestiais.

 

A astrologia utiliza uma linguagem esotérica na qual usa os «signos» para representar essas forças espirituais e celestiais que actuam sobre o Homem.

 

Na numerologia, essas forças espirituais traduzem-se em «números», que por sua vez tem uma correspondência directa com os «signos» astrológicos e vice versa.

 

São processos distintos, pois a astrologia tem origem em culturas orientais que assim desenvolveram essa ciência oculta, ao passo que a numerologia Kabalística nasceu na cultura hebraica que abordou o estudo das realidades celestes de uma forma intimamente ligada ás sagradas escrituras.

 

No entanto, ambas as ciências ocultas correspondem exactamente ao mesmo objecto de estudo, e as suas técnicas estão perfeitamente interrelacionadas.

 

Da combinação entre os saberes da ancestral astrologia oriental, e dos mistérios da milenar e oculta kabalah hebraica, ( numerologia), advêm o mais poderoso instrumento de leitura das nossas vidas.

 

Abaixo pode-se verificar a correlatividade entre a astrologia e a Kabalah, consultando o esquema da astrológico na sua correspondência mais elementar com as «Sephirot» da «Arvore da Vida» cabalista.

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O que são Profecias e Oráculos?

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O que são Profecias e Oráculos? 

profecias e oraculos

Uma profecia, é uma previsão resultante de inspiração divina, ou seja, revelada a um profeta por espíritos, por um deus ou por uma divindade.

Um Oráculo é a resposta dada por uma divindade a quem a consulta.

No caso da cultura judaica, os Hebreus acreditam que o espírito do deus Javé fala através da boca dos seus profetas,

tal como se acreditava noutras culturas,( nas sociedades helénicas, nas religiões da antiguidade Egípcia, Fenícia, Cananita, Suméria, Babilónica, etc), que os espíritos dos deuses falavam através dos seus videntes, sacerdotes e profetas.

Um profeta, é por isso aquele que faz revelações através da inspiração de uma divindade, ou seja, que produz Oráculos.

Na Bíblia, tanto no livro de Números, como no II livro de Crónicas, como na epistola dos Actos dos Apóstolos, é visível , ( desde o antigo testamento ao novo), que as escrituras revelam que um acto de profetização ocorre quando um espírito entra no corpo de um pessoa e fala através dessa pessoa.

Senão vejamos o que esta escrito:

“Dois homens tinham ficado no acampamento: um deles chamava-se Eldad e o outro Medad.
Embora estivessem na lista, não tinham ido á tenda.
Mas o espírito pousou sobre eles e começaram a profetizar”
Num. 11,26

“Então o espírito de Deus apoderou-se de Zacarias
(…) ele dirigiu-se ao povo e disse:
«Assim diz Deus (….)»
2 Cron. 24, 19-20

“Havia uma jovem escrava que estava possuída por um espírito de adivinhação,
fazia oráculos e dava muito lucro aos seus patrões”
Act Ap. 16,16-17

Nestas passagens podemos observar como a profecia é realizada quando um espírito, (nalguns casos o espírito de Deus,

noutros casos outro tipo de espírito), «pousa» sobre uma pessoa escolhida e fala através dela, fazendo revelações a

quem as procura, ou seja, profetizando e realizado oráculos.

Para os hebreus, um verdadeiro profeta era aquele que recebia mensagens do espírito de Deus, assim como para os povos

pré-hebraicos e pré-cristaos, profeta era aquele que recebia mensagens dos espíritos dos deuses.

 

Quais os métodos de contacto com espíritos e de profetização?

 

Eis que assim o entendendo, nos debruçamos sobre 5 métodos

de realização de profecias e de contacto com os espíritos:

 

I

VisõesPara os hebreus, o espírito de Deus habitava no Templo de Jerusalém, assim como para os Greco-Romanos o espírito de Zeus habitava nos templos que lhe eram erguidos. Como podemos observar através do Livro de Daniel, o espírito de Deus muitas das vezes faz revelações,(Dn 7,1; 13), através de visões nocturnas, ( chamadas «sonhos», contudo inspirados

por um espírito ou divindade), assim como na cultura helénica

também os espíritos dos deuses transmitiam mensagens oníricas a quem pernoitava

no templo de um deus ou deusa. Como podemos observar através das escrituras, Moisés falou com o espírito de Deus que se manifestou na forma de um fogo,

ao mesmo tempo que quem procurava oráculos nos templos de Zeus, também podia encontrar respostas divinamente inspiradas pelo deus através das labaredas do fogo, que causavam visões ou revelações em quem as observava.II

Contacto com os espíritos – necromanciaNo livro de Oseias é revelado que os profetas usam varas para receber mensagens do espírito de Deus, ( 4, 11-12), ao passo que essas mesmas varas foram também usadas por Moisés para fins sobrenaturais ( Ex 4,1-5); sabemos igualmente, que essas mesmas varas e pêndulos eram também usadas por sacerdotes de templos egípcios para obter revelações dos espíritos,

assim como ainda o são em templos orientais nos dias de hoje. As Tábuas de Ouijá, são também um dos actuaismeios de contacto com os espíritos, que seguem a tradição das mais ancestrais técnicas de necromancia.III

Tarot – o lançamento de sortesEm vários livros do Antigo Testamento é declarado que os videntes usavam o

«lançamento de sortes» (Pv 16,33; Jn 1,7; Is 34,17; Jz 20, 9-21) para obter respostas

do espírito de Deus, e também essa era uma pratica espiritual comum na antiguidade como ainda hoje é através do uso de instrumentos como o lançamento das cartas do «Tarot».IV

Numerologia – kabalahA tradição mística hebraica acredita que os textos bíblicos contem mensagens divinas ocultamente inscritas nas escrituras e que, essas mensagens revelam a verdade sobre as leis de Deus que regulam tanto o mundo físico como o mundo espiritual. Trata-se nesse caso da Ciência de Deus, a Kabalah, uma forma de aceder a verdades transcendentais (Ec 42,18-19; 39, 1-3; 50,27-28)

Para decifrar e perceber essas mensagens, os místicos hebraicos possuem um instrumento denominado «gematria», um processo análogo á numerologia. A numerologia deriva precisamente dessa técnica mistic hebraica, e é um processo atraves do qual se usam os números como forma de aceder ao mundo espiritiual. Da mesma forma como as ciências da natureza usam os números para entender as regras e fenómenos do mundo físico, a numerologia usa os números para simbolizar forças, entidades e mecanismos do mundo sobrenatural, e assim perceber os leis e fenómenos do mundo espiritual e a forma como essa realidade transcendental afecta as nossas vidas. Assim, por via desse instrumento, acredita-se ser possível aceder a verdades celestiais,

assim como a revelações proféticas.V

Astrologia

Também outras religiões da antiguidade acreditavam que os deuses se manifestavam não num livro,

( como era a crença dos hebreus), mas antes através da natureza. Certas culturas da antiguidade, ( Persa, Babilónica, Fenícia, Egípcia, etc), acreditavam que o criador, ( ou criadores), falava com as suas criaturas através da sua criação, ou seja: a natureza. Assim as culturas da antiguidadacreditavam que através da criação dos deuses, ( anatureza), esses mesmos enviavammensagens ás suas criaturas, ( os humanos), usando o universo como meio para o fazer.

Os deuses são seres espirituais transcendentais e poderosos, que podem fazer espelhar as suas mensagens, avisos, pedidos e exortações através dos corpos celestes. E assim, entendiam essasculturas, que o estudo e contemplação dos corpos celestes podia revelar verdades proféticas sobre a vontade divina, e dessa crença nasceu a astrologia.

 

 

Em resumo:

 

Estes são 5 meios clássicos de contacto com os espíritos e realização de profecias:

Astrologia, Numerologia, Necromancia, Visões, Tarot.

 

Quais e quantos são os dons espirituais?
Seja porque meios for, (possessão, lançamento de sortes, visões, numerologia, astrologia, etc), tanto as escrituras, como as tradições espirituais da antiguidade, são unânimes em atestar aquilo que é uma profecia ou um Oráculo:

trata-se de uma forma por via da qual os espíritos, ( seja o de Deus, ou o de Deuses), falam connosco através de pessoas que conseguem ser a «ponte» entre o mundo dos espíritos e o nosso mundo terreno.

 

Prova disso possuímos tanto nas sagradas escrituras, como nas tradições religiosas da antiguidade.

A profecia e o Oráculo, são como sempre foram, a forma através da qual os espíritos falam connosco, e actuam nas nossas vidas.

O espírito traz mensagens sobre o que vai acontecer, pois muitas das vezes o espírito fará tais eventos suceder.

Um oráculo é uma resposta que um espírito ou uma divindade faculta aos humanos que procuram o auxílio ou a orientação dessa mesma entidade espiritual.

 

O oráculo, ou a resposta desse espírito, é facultada através de um mensageiro humano que mantêm um

diálogo com o espírito consultado e serve de meio de comunicação entre a divindade e os humanos.

 

Na teologia hebraica, os oráculos eram realizados através de profetas, sendo esses pessoas com a capacidade de comunicar com os espíritos.

Assim, quando lemos os textos bíblicos acima inscritos, facilmente entendemos que o acto de profetizar sucede quando um espírito «desce» sobre uma pessoa, e essa pessoa acaba sendo possuída pelo mesmo. Assim, a pessoa que contactou ou foi contactada por espíritos, acaba falando ou operando em nome desses espíritos. No fundo, a pessoa que é capaz de estabelecer esse contacto e esse dialogo com os espíritos, acaba convertendo-se numa «ponte» entre o nosso mundo terreno e o «outro lado», ou o mundo espiritual. Esta realidade não é sequer um conceito original dos povos hebraicos. Esta realidade existia muito antes, e os sacerdotes e sacerdotisas dos templos dos Deuses da antiguidade pré-hebraica, eram precisamente isso:

uma «ponte» entre o nosso mundo e os espíritos ou a divindade que representavam ou com a qual comunicavam. Os oráculos praticados nos templos das divindades Egípcias, Gregas, Babilónicas, Fenícias, Cananitas, Amonitas, etc… eram realizados segundo essa premissa:

o sacerdote que profetizava o oráculo era alguém que possuía a capacidade de contactar e dialogar com a entidade espiritual ou com o Deus que representava.

 

Nas sagradas escrituras, podemos observar que existem 9 tipos de dons espirituais.

Assim está escrito:

 

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para utilidade de todos.

A um, o espírito dá a (….) sabedoria;

a outro a (…) ciência segundo o mesmo espírito(…);

a outro (…) a fé;

a outro (….) o poder das curas (…);

a outro, o poder de fazer milagres ;

(…) a outro, a profecia (…);

a outro, o discernimento dos espíritos (…);

o outro o dom de falar línguas (…) ;

a outro ainda o dom de as interpretar (…)

 

1 Co 12, 7-10

 

Estes são por isso os 9 dons espirituais:

 

I

A sabedoria

( conforme Jb 29,12-13; Sl 119, 89-99; Es 7,9-10)II

O conhecimento sobre as ciências espirituaisIII

A fé ( conforme Hb 11,1 ; 8-9)IV

O poder das curasV

O poder dos milagresVI

O dom da profeciaVII

O poder de sentir, ver e dialogar com os espíritos e o mundo espiritualVIII

O dom de falar línguas espirituais ( conforme 1 Co 2,13; 14,2)IX

O dom de interpretar as linguagens do espírito ( conforme 1 Co 2,13; 2 Co 12,4)

 

A profecia, é na verdade o mais precioso dom do espírito.

Sobre a profecia, dizem as escrituras:

 

Aspirai aos dons do espírito, principalmente o da profecia

 1 Co 14,1

 

A profecia é por isso o mais elevado dos dons espirituais, e dele se diz:

 

Aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola.

 1 Co 14,3

 

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Profetas Magos e Milagres

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Profetas Magos e Milagres

profetas

 

Os milagres de mestres e profetas.

 

Jesus fez milagres e profecias, pois tinha com ele o poder do espírito de deus.

 

Sabe-se contudo que outros homens o longo da história também fizeram milagres,

porque igualmente possuíam consigo o poder de outros espíritos:

 

I

 

O deus grego Asclépio era venerado com um espírito que favorecia grandes cura e realizava grandes milagres.

Os sacerdotes do seu culto, (principalmente estabelecidos em Epidauros),

deixaram provas documentais de incontáveis milagres e curas que sucederam a quem procurava a ajuda deste espírito.

As curas eram normalmente realizadas naqueles que pernoitavam no templo e

a quem o espírito comunicava mensagens na forma de sonhos. O facto é que depois de abandonarem o templo,

essas pessoas viam-se curadas.

 

II

 

Também na Grécia, Apolónio de Tiana, um filosofo e curandeiro itenerante, era conhecido pelo

seu milagroso poder de cura, assim como pelos exorcismos que realizava.

 

III

Hanina Bem Dosa, foi também um famoso curandeiro Galileu. Também ele curou imensas pessoas,

entre as quais o filho do fariseu Gamaliel.

 

IV

 

O palestiniano Honi, mais que uma vez serviu os hebreus convocando chuva quando as secas ameaçavam

as vidas dos hebreus. Certa vez ele terá convocado o fenómeno com tanta força, que os habitantes de Jerusalém foram

para o monte do templo devido á força das águas invocadas.

 

V

Jamnés e Jambrés, dois dos mais celebres magos ao serviço do faraó,

( os mesmos que defrontaram Moisés),

fizeram inúmeros prodígios que todos observaram a olhos vistos, facto que ficou registado para a historia.

 

 

VI

 

Outros profetas que viveram no tempo de Jesus realizaram milagres e curas,

tal como os evangelhos o mostram ( Mt 12, 27-29)

 

VII

Por volta de 30-33 d.C., entrando em Jerusalém por altura das festividades da Páscoa,

Jesus fez profecias relativas á destruição do Templo de Jerusalém,

e de facto, elas vieram a ser cumpridas.

Dizem os factos históricos que na verdade, em 70 d.C., o templo foi arrasado pelas forças militares Romanas,

tal como Jesus havia profetizado.

 

 

Estes são apenas alguns exemplos que a historia nos faculta de como os milagres,

profetas e mestres sempre existiram e realizaram tremendos feitos a favor de quem procurou a sua ajuda espiritual.

 

Todos estes exemplos históricos atestam que foram inúmeros os homens ao longo da historia,

usaram o poder dos espíritos para realizar milagres e profecias

com um tal sucesso, que os seus feitos são conhecidos ainda hoje.

 

 

 

 

As curas e os milagres do mestres e profetas da antiguidade.

 

Como podemos verificar nos evangelhos, as curas de doenças e outros problemas sucede porque

essas doenças e problemas variados advêm de males espirituais que afectaram uma pessoa.

 

Um mal atinge espiritualmente uma pessoa, e colateralmente afecta outros aspectos da sua vida, como a saúde ,

o seu comportamento, etc.

 

Nas escrituras podemos verificar que Maria Madalena teve sete demónios dentro dela e que por isso,

teve comportamentos pessoais problemáticos; o possesso de Gerasa tinha fortes espasmos, condutas violentas

e ia habitar em cemitérios ( Mc 5; 1-20); uma criança mandava-se ao fogo ( Mc 9,22), etc

 

Diz-se que as pessoas acreditavam em milagres porque nesses tempos eram ignorantes; contudo na verdade

verificamos que não era assim, pois na bíblia vem expressamente descrito que uma das pessoas que Jesus curou

era um epiléptico. Isso bem demonstra que as pessoas não eram ignorantes, e sabiam perfeitamente distinguir

entre um epiléptico, ( uma pessoa que sofria de uma doença, hoje em dia tida como psiquiátrica), e uma

pessoa possuída por demónios. No entanto, em ambos os casos Jesus curou.

 

Se os milagres que existiram na antiguidade fossem apenas uma questão de mera ignorância, nem as pessoas

saberiam distinguir entre ambos os estados,( uma doença clinicamente visível, ou um mal espiritual), e muito

menos os autores dos evangelhos o poderiam ter relato com um tal rigor.

 

Mais: Os evangelhos descrevem a história de uma mulher que «sofrera muito nas mãos de médicos e gastara

todos os seus bens, continuando a piorar cada vez mais» ( Mc 5,26), mas que procurando Jesus, se curou.

 

Os evangelhos mais uma vez revelam que as pessoas na antiguidade não procuravam a ajuda dos espíritos quando

padeciam de doenças por mera ignorância, pensado que deviam ir a um profeta ao invés de procurar a

sábia ajuda de um médico.

 

As pessoas de então agiam como as de hoje, e quando estavam doentes procuravam os médicos como fazemos

hoje em dia, ou seja, não actuavam com superstição ignorante. O facto é que em certos casos, o medico não

consegue resolver aquilo que é do domínio dos espíritos, e disso são prova os milagres.

 

Por tudo isso, as desculpas que alegam que os milagres apenas sucederam por ignorância de quem viveu na antiguidade,

estão por isso afastadas quando analisamos as escrituras e verificamos, tanto que os seus próprios autores sabiam bem

o que eram estados clínicos e não os confundiam com possessões, como que as pessoas na antiguidade não confundiam

os problemas de saúde com os problemas espirituais e actuavam tal como nos o fazemos na actualidade.

 

Se os milagres não são apenas o produto de crendices, muito menos de processos psicológicos

nem fruto da ignorância, como sucedem estas curas?

 

A verdade é que, por muito que se queira negar, de facto existe um mundo físico e um mundo espiritual.

 

As forças espirituais podem entrar no nosso mundo e afectar negativamente as nossas vidas, assim como se

pode fazer uso dessas mesmas forças espirituais para obter auxilio e curar problemas.

 

Uma das provas mais fortes que podemos encontrar sobre a existência desse mundo espiritual e da sua

influência no nosso mundo, são os milagres. Por eles encontramos prova da manifestação de forças neste mundo que

ultrapassam completamente a nossa compreensão, e que a ciência não pode entender. Podemos não ver o ar, mas

quando o vento derruba arvores e destrói casas, como negar a evidencia que o ar existe e que flúi em

correntes termodinâmicas? Neste caso, ( como no caso do mundo espiritual), somos forçados a concluir que pelo efeito que vemos,

conhecemos a causa, apesar de não podermos ver a causa.

 

Jesus falou desse mundo espiritual referindo a palavra «ru’ah», uma palavra hebraica

que significa simultaneamente «espírito» e «vento».

 

A correspondência grega da palavra «ru’ah» é «pneuma». E no evangelho de João, o termo grego é usado

para descrever aquilo que Jesus disse sobre o mundo espiritual:

«O vento sopra por onde quer, assim acontece com que nasceu dos espírito».

Jesus esta declarando que os espíritos são realidades invisíveis como o vento, mas que contudo são tão reais como

o vento e que, essas mesmas entidades interagem com o nosso mundo da mesma forma como o faz o vento:

constantemente a ao sabor dos seus desejos.

 

Pois na verdade o vento é como o mundo espiritual: não o podemos ver, mas podemos senti-lo

nas nossas vidas todos os dias. Não podemos vê-lo, mas nega-lo é impossível.

 

 

 

 

Jesus, o Mago

 

Na suas curas, ( por muito que desagrade aos teólogos mais ortodoxos), a verdade é que Jesus usou processos mágicos.

 

Nalgumas das curas que Jesus realizou, Jesus diz palavras com poder e peso mágico, que curam.

 

Ora, isso é uma das características do processo mágico:

 

o poder da palavra que invocada com e com sabedoria do divino,

faz realizar fins milagrosos.

 

Disso é prova o evangelho de Marcos .

O evangelho de Marcos , apesar de ser um texto escrito em grego,

nele constam as palavras que Jesus usou originalmente quando fez os milagres.

Essas palavras, ao contrario do

restante texto que se encontra escrito em Grego, estão escritas em Aramaico,

de forma a conservar a noção do poder

das palavras misticas que Jesus usou para realizar as suas curas através de processos espirituais.

 

Quando realizou ressurreição da filha de Jairo, Jesus tomou a rapariga pela mão e disse:

«Talitha qûm».

E a rapariga levantou-se, apesar de estar morta.

 

Quando realizou a cura do homem surdo-mudo, ( Mc 7, 31-37), Jesus disse no momento da sua realização:

«Effathá»,

e o homem ficou curado.

 

Em todos estes exemplos de curas milagrosas,

a palavra original de Jesus em Aramaico é transcrita no

Evangelho de Marcos, apesar do mesmo estar totalmente escrito em Grego.

 

Aqueles que possuem conhecimentos sobre as ciência ocultas, sabem que o uso de poderosas palavras ou

fórmulas místicas, são a chave de um trabalho espiritual.

 

A manipulação do mundo físico através da palavra mística que convoca o forças espirituais para as fazer actuar

nesta realidade, é o processo mais comum da magia.

 

No evangelho de Marcos, a palavra usada por Jesus e que funciona como processo magico ou espiritual

foi fielmente transcrita e respeitada pelo autor do sinóptico sobre a vida de Jesus.

 

A noção da palavra magica associada aos processos místicos, é profundamente respeitada por Marcos na sua

versão da obra e vida de Jesus.

 

 

 

 

Jesus, o exorcista

 

Jesus era um mestre e professor da lei de Moisés, que nas sinagogas falava sobre a sua

visão das escrituras e do reino de Deus.

 

Contudo, Jesus era também um exorcista.

As suas curas foram obtidas não só através da palavra magica

que invocava as mais poderosas forças espirituais, (magia),

como os evangelhos revelam claramente

Ele andava de terra em terra realizando exorcismos, e foram esses exorcismos, ( Mc 1,39)

( e das curas que resultaram), que muita fama Lhe deram.

 

Nos evangelhos podemos ler que Jesus expulsou muitos demónios e assim realizou muitas curas e que por isso,

multidões o procuravam de tal forma

que ele não conseguia entrar nas cidades (Mc 1, 45)

 

 

No entanto os exorcismos não era vistos sempre com bons olhos:

se bem que as pessoas gostavam de ficar

curadas por via dos exorcismos que Jesus praticava,

contudo o exorcismo é tido como um processo por via da

qual uma pessoa entra em comunicação com demónios para lhe pedir ou impor algo, ou seja:

é o mesmo que magia negra.

 

A Magia negra acontece quando se entra em contacto com demónios para se pedir algo, ou para se lhes ordenar algo;

A Magia branca sucede quando se entra em contacto com entidades espirituais celestiais para lhe pedir algo.

Ora, se Jesus entrou em contacto com entidades celestiais, ( Deus), também entrou em contacto directo com demónios,

e fê-lo para vários para vários fins:

 

*      desde expulsa-los (Mc 1,23-26; 32-34)

*      a falar com eles e pedir-lhes silêncio sobre a sua identidade divina (Mc 3,12)

*      a autoriza-los que entrassem em animais, como porcos (Mc 5, 12-13)

*      etc.

 

O exorcismo neste aspecto é um processo de magia negra,

e a verdade é que Jesus praticou-o diversas vezes.

 

Mais que isso:

Na época de Jesus, os exorcistas costumavam fazer uso de complexos processos e rituais místicos

para proceder á expulsão de um demónio;

Jesus, ao contrario, entrava em contacto directo com os demónios e falava com eles directamente, (Mc 1,25)

ordenando-lhe aquilo que bem quisesse.

E em consequência desse diálogo directo, os demónios obedeciam-lhe.

Ora, segundo as crenças e saberes teosóficas hebraicas,

este acto de contacto directo e dialogo com demónios é uma pratica de «magia negra».

 

Por isso mesmo, depois de Jesus fazer um exorcismo,

as escrituras revelam que as pessoas pedem a Jesus que ele abandone a sua aldeia.(Mt 8,28-34)

Fazem-no, porque Jesus praticava uma forma de trabalho espiritual que era considerado perigoso e impuro,

tão perigoso e impuro como o conceito que hoje temos da «magia negra».

 

Jesus não expulsava demónios através de fórmulas e processos mais ou menos inatingíveis e incompreensíveis;

Jesus expulsava demónios comunicando directamente com eles e falando-lhes.

 

Ora, o próprio acto de comunicar com demónios e falar-lhes, (seja para que efeito for),

é um acto de magia negra.

E isso preocupava profundamente quem assistia á sua obra, e tanto assim foi que acusaram Jesus de expulsar demónios

por estar possuído e em pacto com o próprio demónio (Mt 12, 27-29).

A própria mãe de Jesus,( bem como seus irmãos),

também disseram que Jesus estava «fora de si», ( Mc 3,21) e tentaram apanha-lo de forma a faze-lo parar com as suas

actividades exorcistas.

 

Em Actos de Pilatos, ( também conhecido por Evagelho de Nicodemo), afirmam sobre Jesus:

«É um mago», ( I,1), «um feiticeiro»( I,12) .

Não o faziam por maldade, mas sim porque entendiam que as suas praticas espirituais eram controversas,

pois Jesus usava de processos, impuros, ( «magia negra», ou o contacto directo com demónios para os fazer obedecer),

para fazer o bem.

E fazer o bem usando as entidades do mal,

Era, ( e é), considerado como «feitiçaria».

Disso mesmo atestam diversas fontes rabínicas,

revelando que Jesus no seu tempo foi visto como alguém que realizava

prodígios que eram tidos como «fruto de magia» (b. Sanh 43ª; b. Sanh 107b; sanh. 107b)

 

Tudo isso porque os hebreus entendiam, ( com razão), uma coisa simples:

 

Jesus estava entrando em contacto directo com os demónios e falando com eles,

( para os expulsar das pessoas espiritualmente enfermas, para os fazer obedecer á sua vontade, etc),

ou seja, Jesus estava invocando e comunicando com demónios para atingir um certo fim , como por exemplo:

exorcismos ou curas.

E isso, (usar demónios para conseguir um certo fim), constituía, ( como ainda constitui),

um perigoso acto místico, algo considerado impuro e que hoje em dia é descrito como:

«magia negra».

 

Foi por ela, ( a magia negra,

ou a capacidade de entrar em contacto com demónios para os obrigar a realizar certos fins),

que, com autoridade, Jesus contactou com espíritos malignos,

Jesus fez os demónios obedecerem-lhe e assim, curou muitas pessoas,

realizando alguns dos mais históricos milagres e prodígios da humanidade.

 

Salomão não só foi o maior dos reis Hebreus, como também foi um Mago.

Salomão foi um mago de enorme sabedoria, que tinha poder sobre as forças demoníacas,

e as usava ora para edificar a sua obra neste mundo, ora para curar e fazer o bem.

Também Jesus usou as forças demoníacas para realizar o bem, assim como Salomão. E assim disse Jesus:

 

«E aqui está, quem é maior que Salomão»

Lc 11,31

 

È o próprio Jesus que alude a Salomão,

comparando-se e afirmando-se superior a este,

pois também Jesus, ( tal como Salomão), exerceu poder sobre os espíritos da trevas, para assim obter resultados neste mundo.

E ao processo espiritual que consta em usar as forças das trevas, (obrigando-as a obedecer),

para realizar actos neste mundo, chama-se:

«Magia Negra».

 

 

Destino dos profetas:

 

Jesus curou 10 leprosos,( Lc 17, 11-14), e apenas 1 voltou para lhe agradecer.

 

Este facto bíblico revela que lamentavelmente, muitas pessoas tendem a procurar avidamente o profeta

quando estão padecendo de um tormento, para logo depois de curadas desdenharem dele,

ou ate mesmo mancharem o seu nome com calunias e difamações;

 

Jesus curou inúmeras pessoas, expulsou demónios e fez milagres de ressurreição.

No entanto, muitas das pessoas que viveram nesse dias, disseram:

 

« È um homem que engana um povo» (Jo 7,12).

 

O profeta, por mais milagres que faça, está sempre sujeito à calúnia e à difamação.

 

Mais ainda pode esperar o profeta:

 

apenas 1 dos leprosos curados por Jesus voltou a Jesus para lhe agradecer,

enquanto que os outros 9 nada fizeram para o defender

quando ele foi acusado se ser uma fraude, um impostor, um homem que «engana o povo» (Jo 7,12).

 

Por isso, a missão do profeta é sempre ingrata.

 

Quem abraça essa missão, não pode apenas ter um dom espiritual,

( como Apolónio, Hanina ou Honi) ou um profundo conhecimento das ciências ocultas,

( como Nostradamus possuía da Astrologia e da Cabalah),

pois apenas o dom ou a sabedoria não chegam. È preciso um profundo sentimento de missão

e desejo de cumprir a sua tarefa, pois a historia já ensinou que o profeta raramente é pago com gratidão.

 

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O Sibilismo

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O Sibilismo

A Religião Sibilina

sibilismo, sibilas

Em religião, um profeta é uma pessoa quem tem contacto directo com um espírito ou uma divindade.

O profeta consulta uma divindade, fazendo-lhe perguntas ou pedidos. As respostas doa divindade, são dadas atraves dessa mesma pessoa, pela sua boca. Por isso mesmo, o termo «profeta» etimologicamente advem do Grego: προφήτης – ou: aquele que fala em lugar (do deus)

Embora nas religiões Abraamicas o profeta seja uma pessoa que fala com Deus e através de qual deus fala á sua criação, a noção de «profeta» não é um exclusivo das culturas hebraicas, e é alias bem mais antiga e vasta que a acepção das teologias monoteístas.

Os profetas já existiam nas religiões Helénico -Românicas, nos Oráculos Délficos, nos templos da Grécia Antiga, na religião Persa, as Sibilas, etc.

As sibilas existiram em diversas culturas: persa, libanesa, hebraica, délfica, etrusca, etc.

As sibilas era mulheres que na antiguidades prediziam o futuro por meio de oráculos.

Um oráculo é uma resposta dada por uma divindade a quem a consulta.

sibilas

As sibilas consultavam divindades (espíritos), recebendo deles mensagens sobre o passado, presente e futuro, e eram por isso profetisas.

Na Pérsia existiu uma profetisa chamada Sibilina Babilónica, e ela profetizou os feitos de Alexandre O Grande.

Na Líbia, havia uma Sibila de Amon, que num templo de Amon (Zeus), que aconselhou Alexandre O Grande aquando da sua conquista do Egipto.

No templo de Apolo, em Delfos, também existia uma Sibila de grande poder, procurada por pessoas de todo o mundo.

Em Roma, existiu também uma Sibila Etrusca, que foi consultada por César. Existiu também um Livro Sibilino, um conjunto de oráculos provindos da Sibila de Cumas, compilado pelo Rei Tarquinio 534 a.C. – 509 a.C..

sibiladecumas

A sibila de Cumas era natural da jónia, ( Turquia), e o seu dom profético revelou-se desde o seu nascimento. A sibila de Cumas profetizava as suas revelações em versos.

A ela estão ligadas profecias de inestimável valor e surpreendente veracidade, sobre a grande mudança que sofreu o império romano, assim como sobre o nascimento de Jesus e o Cristianismo.

As sibilas praticavam as artes da adivinhação através do contacto com espíritos, fazendo-a através de diversos métodos. Alguns deles ainda hoje são conhecidos: piromancia, necromancia, leituras de pêndulos e varas, incorporação, etc.

As sibilas na cultura greco-romana eram consideradas como profetisas inspiradas por Apolo.

Na antiguidade, o dom da «adivinhação» era visto como uma capacidade divina, que alguns possuíam. Essas pessoas que tinham o «dom» de contactar com os espíritos, usavam diversos rituais como forma de invocar as divindades e também de receber delas as respostas ás suas questões. A «mancia», é o termo Grego que exprime a capacidade de prever o futuro com recurso á comunicação com o mundo espiritual. A objectivo da «mancia», é por isso obter conhecimento sobre a vontade do mundo espiritual relativamente ao ser humano, de forma a poder auxilia-lo e ajuda-lo.

As Sibilas , ( também conhecidas por Pitias ou Pitonisas), consultavam Apolo usando métodos de incorporação, e o seu templo principal situava-se em Delfos,; Afrodite era consultada pelas suas profetizas na ilha de Chipre, onde se situava o templo de Pafos, através de meios necromânticos, usando as entranhas e os fígados de vitimas sacrificiais; A Deusa Atena era consultada atraves de um oráculo de ossos e conchas; O deus Asclépio, ( responsável por lendárias curas inexplicáveis milagres no campo da saúde), possuía o seu Templo em Tebas, e era consultado por incubação, ou seja, atraves dos sonhos;

Na Idade media, a Sibila de Cuma foi considerada a profeta da vinda de Cristo ao mundo. Na capela Sistina, Miguel Ângelo pintou a Sibila de Cuma entre os profetas do Antigo Testamento.

Diz-se que os livros Sibilinos, (9 livros proféticos escritos pela Sibila de Cuma), contem revelações espantosas, (inclusive sobre o nascimento de Jesus quase 5 séculos antes deste ocorrer), e que, estando religiosamente guardados no Templo de júpiter, eram consultados pelos monarcas em ocasiões especiais que assim o exigissem.

Pitonisa-en-Delfos

Diz a Historia que os 9 livros foram destruídos, ( 6 deles pela própria Sibila de Cuma, e os restantes 3 no Sec V d.C.), e contudo alguns místicos alegam possuir o saber profético inscrito nesses livros. A esse movimento religioso chama-se «Sibilismo», ou seja: a crença nas Sibilas que produzem oráculos ou profecias através do contacto com divindades; o termo «sibilismo» também se aplica á doutrina religiosa dos cristãos que vêem nos livros sibilinos as profecias relativas á vida de Jesus.

No entanto, o Sibilismo é na verdade um termo cuja a amplitude transcende o cristianismo na sua etiologia e ontologia tanto histórica como teológica. O Sibilismo no seu sentido mais profundo, é uma crença religiosa que professa a sua fé nas profetisas que, contactando com divindades ou espíritos, profetizam oráculos reveladores e infalíveis, abençoando ou condenando em nome da entidade espiritual com que comunicaram.

 

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