Lúcifer, Satanás, a magia negra e a bruxaria

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   Lúcifer, Satanás, a magia negra e a bruxaria

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As bruxarias de magia negra como as amarrações, são feitas com recurso a contacto com espíritos de trevas, a invocações de demónios. Ora, ficam aqui alguns conhecimentos sobre demónios e demonologia, tal conforme usados em bruxarias de magia negra.

Fique a saber quem é o Diabo, quem é Lucifer, quem é Satanás – que na verdade são demonios diferentes mas que vulgarmente se confundem como sendo o mesmo – , e quais são os principais demónios a que recorrem as bruxas e bruxos em bruxarias de magia negra, incluindo nas amarrações amorosas, ou nas bruxarias para separar casais, etc.

Existem várias descrições demonológicas sobre a esfera, a natureza e a hierarquia do reino infernal. Aquela que na magia negra se sabe ser a mais verosímil, é a seguinte:

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A santa Trindade do Inferno

Na magia negra sabe-se que existe uma santa-trindade no inferno – que governa o reino subterrâneo do submundo ou o Hades – tal conforme no céu existe uma santa-trindade que governa o reino celestial. Essa santa-trindade é composta por:

Belzebu, Lucifer e Astaroth

Belzebu – Belzebu é mencionado por Jesus nos evangelhos, em Mateus 10:25, 12:24, 27 , Marcos 3:22, e Lucas 11:15-19

Na verdade, o nome Belzebub provem de Baal- Zebub, o nome de um antigo Deus canaanita, e que significa BAAL È PRINCIPE, ou SENHOR DO SANTUARIO. BAAL é o demónio retratado no filme «O Rito», que é baseado numa historia totalmente verídica.

Ou seja: quando se fala de Belzebu, está-se a falar do antigo Deus de nome BAAL. Na antiguidade Belzebu foi conhecido pelos homens como um Deus de nome Baal, que era tido como um Deus igual ao Deus Javé dos hebraicos, de tal forma que o povo hebraico durante muito tempo cultuou ambos como se fossem o mesmo. Baal significa SENHOR, ou LORDE, sendo que Balaat significa SENHORA, ou RAINHA.

Sucede porem que a linha religiosa mais ortodoxa dos hebreus via com maus olhos o culto a Baal, e desagradava-lhes que esse culto tivesse tanto poder como o do seu Deus Javé. Jezebel, era uma seguidora de Baal e Astarte, o que muito melindrava essa casta de sacerdotes ortodoxos. Por isso – e por influencia dessa casta de sacerdotes – , os hebreus acabaram por considerar o culto a Baal como idolatria a um falso deus. Isso foi conseguido num momento histórico,( retratado na Biblia em I Reis 18), em que os sacerdotes do Deus Javé enganaram o povo com um truque de ilusionismo, usando nafta para fazer arder um fogo numa oferenda a Deus, assim dando a ilusão que o fogo estava a arder a partir de simples água através da intervenção divina do Deus Javé, quando na verdade se tratava de uma encenação, pois o liquido nao era água mas sim nafta, e que ardeu simplesmente devido ao calor. A nafta – muito parecida com água – é já mencionada em 2 Macabeus 1, 21-22;31-45, onde Neemias a usou para exactamente a mesma finalidade de fazer arder oferendas a Deus. Com esse truque, os sacerdotes incitaram uma multidão  – apavorada pelo falso prodígio que testemunharam – , a cometer um linchamento, assassinando os sacerdotes do culto a Baal, e assim dizimando aquela religião ao olhos do povo. Porem, Elias – o profeta que ajudou nestes eventos –  bem testemunhou nos céus uma fúria tempestuosa que se abateu sobre sí, após o assassinato dos profetas de Baal.

Desde então, Baal passou á condição de demónio no judaísmo e no cristianismo. È o «SENHOR DAS MOSCAS», senhor dos seres alados do inferno, criaturas de imundice. Agrada a Baal-zebub – ou belzebu – atrair os homens á sua queda devido ao orgulho.

 

Astaroth que é fisicamente um demónio masculino, é na verdade uma deusa, ou seja, é um demónio que tem dentro de si uma deusa. Trata-se da deusa que na antiguidade era venerada com o nome de Astarte, consorte de Baal, também chamada BAALAT, a SENHORA, a RAINHA.

Astarte era a deusa da fertilidade, do amor e da guerra. Foi venerada por muitos outros povos da antiguidade, na forma de Vénus e Afrodite – no mundo greco-romano – , assim como Isis e a Esfinge – entre os egípcios – etc.

O símbolo de Astarte era uma estrela de cinco pontas dentro de um circulo – no fundo, um pentagrama –  significando isso o planeta Vénus. Outro dos símbolos mais frequentes de Astarte era uma pomba branca. Certa vez, Astarte fez uma aparição usando uma cabeça de boi com os seus cornos – um símbolo tipicamente masculino – para dar sinal ao povo da sua soberania e poder, passando por isso os cornos de boi a ser outro seu símbolo. Outro símbolo de Astarte é disco lunar, representativo da lua negra. Astarte podia assumir a forma de um leão, sendo que por isso a esfinge também a simbolizava. Astarte podia também assumir a forma de um cavalo, ou de um boi, ou de uma pomba branca, ou ser retratada a ser transportada numa carruagem/carroça real. O culto de Astarte envolvia – entre os ritos normais a uma deusa , como a queima de incensos, oferendas de perfumes e joias, librações de vinhos, etc – envolvia também a prostituição sagrada realizada por sacerdotisas de Astarte nos templos de Astarte, uma vez que a sexualidade era considerada sagrada, e uma forma de entrar em contato com a Deusa. Tal como o culto a deusas como Vesta implicava a existência de sacerdotisas que eram «virgens sagradas» nos seus templos, pois o culto a Astarte implicava a existência de sacerdotisas que eram «prostitutas sagradas» nos seus templos.

Tal como Baal que passou á condição de demónio no judaísmo e no cristianismo., também o mesmo sucedeu á sua consorte Astarte, que passou a ser descrita com um demónio. Porem, passou a ser vista como um ser masculino, um demónio-rei portador de uma coroa na cabeça e asas brancas, vindo montado num dragão, e cujo o sexo não é visível nem distinguível, e com mamilos salientes, uma reminiscência dos tempos em que a humanidade o conheceu enquanto uma deusa feminina.

 

Lucifer, ao contrário daquilo que se pensa, não é Satanás. Tratam-se de duas entidades distintas, de dois demonios diferentes.

Satanás – junto com Azazel e Asmodeus e toda uma legião de anjos sob seu comando – era um dos generais dos exércitos de Deus, que foi destacado para observar a humanidade, sem porem interferir. Porem, Satanás e os seus anjos apaixonaram-se pela beleza das mulheres humanas, e seduziram-nas. Tomaram-nas, dormiram com elas, e em troca deram-lhes os conhecimentos sobre a magia. Destas relações nasceram os nephilins filhos de anjos e humanas. Por este motivo Deus irou-se, e mandou um diluvio sobre a terra, para eliminar a raça humana. Ao mesmo tempo, Deus expulsou Satanás e os seus anjos do Ceu, exilando-os para sempre, e confinando-os á terra e ao que estava por debaixo dela, ou seja, o submundo. Aí Satanás tornou-se o primeiro monarca dos infernos.

Coisa diferente sucedeu com o demonio Lúcifer.

Lúcifer era o anjo primogénito de Deus, o primeiro anjo da Criação, o mais belo de todos os anjos, o mais sábio de todo o reino celeste, um portador de uma imensa e radiosa luz celestial. Diz-se que Lúcifer desagradou-se com aquilo que sucedeu a Satanás e os seus anjos, e rebelou-se contra o seu Pai. Lúcifer terá então tentado tomar o trono dos Céus, tendo reunido um terço das legiões angelicais para combater do seu lado. O Arcanjo Miguel liderou as legiões do Deus Javé, vencendo a Lúcifer. Assim tendo sucedido, Lúcifer e as suas legiões foram também expulsas do céu, e exiladas na terra e naquilo que está por baixo dela, o submundo, ou o Hades, ou o mundo dos mortos. Foi então que Lucifer – uma vez chegado ao Hades – tomou como seu o trono do Inferno, algo que era seu por direito natural e próprio, uma vez que Lúcifer era hierarquicamente superior a Satanás, pois era filho de Deus, ao passo que Satanás era apenas um dos generais de Deus.

O verdadeiro nome de Lúcifer é Samael, pois que Lúcifer significa o «portador de luz», «o luminoso» ou «o iluminado» ou «o iluminador», e isso é um titulo que lhe foi atribuído pela sua beleza, sabedoria e resplandecência – cujo o brilho apenas era superado pelo de Deus – , e não um nome próprio. Samael é o anjo acusador, o anjo sedutor, o grande tentador e senhor da tentação,  é o pai da mentira, mas é igualmente o anjo destruidor, é o anjo que traz a morte, e tem o cognome de «o veneno de Deus». Diz-se que foi Samael que conteve a mão de Abraão no momento em que o patriarca ia matar o seu próprio filho Isaac por ordem de Deus, assim desobedecendo a Deus. Diz também que foi Samael que lutou contra Jacob, e que teve de se retirar e desaparecer quando o Sol estava para nascer, recusando-se a revelar o seu nome a Jacob. Diz-se igualmente que quando Lilith – a primeira mulher criada por Deus – começou a protestar e a querer fugir do éden foi Samael que foi enviado para lhe entregar a morte, e porem ele apaixonou-se por Lilith, e acabou por dar a Lilith os meios para escapar ao éden e á submissão para com Adão.

Diz-se que Lúcifer apresenta asas brancas e invulgarmente grandes. Lúcifer tende também a materializar-se na forma de uma criança, ou de um bode negro. Diz-se comummente que o pecado de Lucifer foi o orgulho, sendo que na verdade foi a desobediência e a rebeldia, tanto por recusar-se a obedecer ás ordens do seu Pai Javé, como por ter liderado uma rebelião para tomar o poder e o trono do seu Pai.

Satanás e Lilith

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Satanás – demonio que foi o primeiro e original Diabo, conforme acima se descreveu. Após a queda de Lucifer, ele acabou por ser destronado pela santa-trindade de Belzebu, Lucifer e Astaroth. Mantem porem um lugar de poder, com as honrarias do rei dos infernos.

na magia negra, Satanás é o demonio e senhor encarregue de bruxos e bruxas, isto é, é ele o demónio que tem a missão de angariar jovens para a prática das artes do oculto, tal como o fez quando ainda era anjo nos tempos pré-diluvianos, e seduziu as mulheres humanas em troca dos conhecimentos da magia. Também seduz as mulheres mais velhas a frequentar os seus sabbats.

Antes de ter sido expulso e exilado do Reino dos Céus por ter seduzido e tomado para sí mulheres humanas a troco de lhes conceder a sabedoria oculta sobre a magia e a bruxaria, Satanás era um dos mais temíveis anjos ao serviço de Deus. Foi ele que fez recair as desgraças sobre Job para lhe estar a fé, foi ele que matou 70 mil pessoas nos tempos do rei David – devido a David ter desagradado a Deus – , foi ele juntamente com Samael que invadiram o Egipto e mataram todos os primogénitos do reino numa só noite, assim como assolando todo o Egipto das mais terríveis pragas, e  tudo isso tendo Satanás feito a mando de Deus. Por isso ele ganhou o cognome de «A ira de Deus» Caso não tenham reparado, de cada vez que um anjo se apresenta a um humano na Biblia, a primeira coisa que o anjo diz sempre, é: «Não tenhas medo. Eu sou um anjo do Senhor» Já se perguntou porque é que o anjo tem sempre necessidade de dizer isso, quando se apresenta a um humano ? A resposta é: porque os anjos longe de serem cupidos fofinhos e adoráveis, eles são temíveis!, e eles executam até as mais cruéis ordens de Deus. São soldados do Senhor criados e treinados para obedecer cegamente. Pois por isso, quando se fala da temível influencia dos demónios, olhe-se primeiro para os anjos, e veja-se o que eles são, e veja-se as inenarráveis atrocidades que eles já cometeram sob a ordem de Deus.

 

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Lilith é esposa de Lúcifer, é RAINHA do Inferno, uma das quatro rainhas de Hades ou Reino dos Infernos. Também teve por amante o demónio Asmodeus, e deitou-se com inúmeros outros demónios. Tem asas demoníacas, como um ser da noite, um predador das trevas. Um dos seus símbolos é uma coruja , pois que o seu nome na tradição hebraica significa isso mesmo: «coruja».Pode também assumir a forma de uma serpente, de um mocho, de um abutre, de um gato selvagem, de uma hiena, e de todas as criaturas do inóspito e desolador deserto. Pode também assumir a forma do próprio vento do deserto, sendo muitas vezes chamada de «fantasma do deserto», «espírito do deserto», ou «espírito de vento» que ninguém sabe de onde vem, nem para onde vai. Na Bíblia, Lilith é falada no livro de Isaías 34,14, onde se diz que ela é um fantasma, um espirito. Mais que isso, para os povos da antiguidade pré-hebraica, Lilith era uma deusa lunar, deusa dos ventos, senhora dos desertos e das criaturas da noite, rainha dos infernos ou do mundo dos mortos. Na religião greco-romana, terá sido vista como uma Lâmia, um espirito feminino com a aparência de mulher da cintura para cima, e serpente da cintura para baixo. Nas religiões da Mesopotâmia, foi cultuada como Lamashtu, uma deusa malévola que se manifestava criando problemas durante o parto, ou que roubava recém-nascidos para se alimentar do seu sangue, e que por vezes era retratada ajoelhada a amamentar um cão, ou em pé segurando serpentes.  Na verdade Lamashtu não matava as crianças como se pensa: aquilo que Lamashtu fazia era retirar do corpo da recém-nascido a alma humana com que uma criança nasce, substituindo-a pela alma de um filho ou filha seu, ou seja, por um espirito de trevas ou por um espirito de bruxaria. Dessa forma, Lamashtu reproduzia-se e reproduzia a sua prole de descedentes encarnados neste mundo. Ao fazer isto, obviamente que surgiam algumas complicações do parto, pois o recém nascido era morto e reanimado durante o parto. Mais tarde, era frequente visitar esses bebés durante a noite, ou enquanto eles estavam a ser amamentados, o que causava grande assombro ás mães humanas.

Lilith é na verdade a primeira humana bruxa da humanidade, mãe de todas as bruxas, a mais velha e ancestral antepassada de todas as bruxas, e que viria a transformar-se num anjo-negro, numa deusa.

Dizem as velhas tradições hebraico-rabínicas, que Lilith foi a primeira mulher criada por Deus para ser a esposa de Adão. Porem, Lilith desagradou-se com o papel subserviente que deus lhe tinha destinado junto de Adão, e quis separar-se de adão, assim como abandonar o éden. Só depois dela já ter conseguido os seus intentos e ter abandonado o éden, é que Deus – apos os queixumes e lamurias de Adão – então criou Eva, uma versão mais submissa ao homem, e por isso agradável a Adão.

Pois assim sendo:

Diz a história rabínica diz que Lilith não aceitava ficar sempre por baixo de Adão durante o acto sexual, e muito menos resignar-se ao seu papel de um ser subserviente ao homem. Foi nesse momento que Lucifer mostrou-se a Lilith, e Lilith enamorou-se dele, e ele seduziu Lilith. Lilith torna-se amante de Lucifer ainda enquanto ela estava casada com Adão, e em troca Lucifer ensinou-lhe artes magicas. Ora: quando isso aconteceu, aconteceu então o primeiro acto de bruxaria da história da humanidade, ou seja o acto que é a própria definição de bruxaria, ou seja: o acto através do qual a mulher entregando-se á luxuria com um anjo ou um demónio, dele recebe saberes mágicos que lhe permitem praticar a bruxaria. Dessa forma, Lilith tornou-se a primeira bruxa da humanidade. Mais tarde, outras mulheres viriam a fazer o mesmo mas com Satanás, o que originou o diluvio, conforme acima se explicou.

Ora:

um dos ensinamentos ocultos que Lilith recebeu era poderosíssimo, pois foi-lhe revelado o inefável nome de Deus, ou seja, o nome secreto de Deus, o indizível nome que ninguém conhece nem sabe pronunciar, senão os que eram mais próximos de Deus, ( o arcanjo Lúcifer, seu primeiro filho angelical, o mais belo, luminoso e radiante de todos os seres celestiais ), pois o conhecimento desse Inefável Nome secreto permite invocar a Deus tal conforme se invoca a qualquer outro espírito, e Ele é compelido a comparecer. Por esse motivo é que o Nome de Deus é chamado o «Inefável Nome», e Deus sempre o escondeu e esconde.

Quando tendo recebido de Lucifer esse Inefável Nome secreto de Deus, Lilith fez uma formidável magia, ou seja conseguiu invocar a Deus e assim – lidando com Ele directamente – alcançar a sua liberdade, escapando assim do éden e á subjugação ao seu marido Adão. Ao alcançar um tal feito, Lilith deixou de ser apenas humana, pois recebeu de Deus as suas asas de anjo que lhe permitiram abandonar o Éden, embora sendo essas as asas de um anjo-negro, ou um anjo-caído. Lilith viu-se então livre, e foi habitar perto do mar vermelho.

No fundo, contam certas histórias que Deus vendo-se apanhado na conjuração da magia de Lilith, Ele que é todo-sapiente deu-lhe um presente envenenado, ou seja:

Tendo ela sido tao hábil nas artes da magia que foi a única pessoa a conseguir conjura-LO num feitiço, então Ele não lhe deu o destino que daria a um comum mortal por uma tal afronta. Ao contrário, reconhecendo a habilidade de Lilith nas artes ocultas, ele – com uma solução irónica – aceitou deixá-la sair do Éden, mas numa condição: ela sairia do Éden não com humana, mas sim como um espírito, como um anjo. Deu-lhe por isso a condição de espírito celestial equivalente um anjo – que na antiguidade pagã equivalia ao estatuto de um deus ou uma deusa – , deu-lhe as asas de anjo, transformou-a num espirito idêntico a um anjo ou a uma deidade, e deixou-a voar para a liberdade.

Ora:

Na verdade, o recebimento das suas asas e da sua imortalidade angelical foi uma bênção e uma maldição ao mesmo tempo, pois se por um lado foi a primeira vez – e talvez a única – que um humano deixou de ser apenas humano para passar a ser como um anjo – imortal e com asas angelicais – , porem ela ficou para sempre impedida de ascender aos céus – tal como Lucifer – ,e por isso, depois de voar para fora do Éden, ficou condenada ao exilio na terra, tendo por lar aquilo que na antiguidade clássica se chama o mundo subterrâneo ou o reino dos mortos, ou aquilo a que se chamam actualmente o inferno.

Estando livre de Adão e do éden, e habitando já na terra, Lilith casou-se com Lucifer, que foi quem a seduziu e por quem Lilith se enamorou quando ainda habitava no éden como esposa de Adão, e enquanto primeira mulher criada por Deus. Ela foi seduzida por Lucifer, e em troca recebeu o conhecimento da magia, através do qual conseguiu invocar a Deus, o que fez dela a primeira mulher a praticar a magia, e logo a primeira bruxa. Por isso, depois de fugir do éden, casou então com lucifer, tornando-se rainha dos infernos. Foi porem um casamento profano, porque fora da lei de Deus, através da qual o Senhor a tinha casado para a eternidade com Adão.

Mesmo depois de ter fugido ao éden e a Adão, e de já estar a habitar junto ao mar vermelho e casada com Lucifer, Deus – antes de criar Eva, e respondendo aos queixumes de Adão – ainda mandou Lilith ser perseguida por 3 anjos que tinham por missão rapta-la, e traze-la de volta para o éden. Escusado será dizer que não conseguiram, e Lilith permaneceu com Lucifer.

Senhora de uma luxuria insaciável e perigosa, Lilith dormiu com vários demónios, e deles obteve ainda mais segredos das artes da bruxaria e da magia-negra, e aí sim, confirmou-se como a primeira bruxa de todas as bruxas na história da humanidade, agora já na condição de deusa, uma deusa lunar, uma deusa da magia e da feitiçaria.

Dizem certas tradições hebraicas, que dai em diante, todas as bruxas são suas filhas, todos os bruxos são seus filhos, pois em todos os bruxos e bruxas habita um espírito de trevas ou um espirito bruxaria que tem origem em Lilith, ou seja, cuja a mãe é Lilith, pois foi ela que colocou esse espirito demoníaco dentro do corpo humano no momento do seu parto.

Lilith é senhora de uma ávida, perigosa e insaciável voracidade sexual e luxuriosa, pois é da através da luxuria e do acto sexual que ela extrai a essência vital de um corpo para se alimentar, ou seja, é um demónio Succubus.

Houve alguns casos famosos de Succubus conhecidos no decorrer da historia, sendo um dos mais notórios o caso de Papa Silvestre II , que no final da sua vida confessou ter feito um pacto com uma Succubus de nome Meridiana.

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Outros demónios importantes:

 

As quatro rainhas do inferno:

Lilith – é um demónio succubus, o primeiro de todos os demonios Succubus. Lilith é esposa de Samael. Ler acima tudo sobre Lilith.

Namaah – foi o demónio feminino que depois de Caim ter morto Abel e Adao se ter momentaneamente separado de Eva , foi ter com Adão – junto com Lilith – e com ele dormiu, tendo tido dele uma descendência de filhos demoníacos, a que se chama «as pragas da humanidade»

Agrat bat Mahlat – demonio feminino que é a amante das feiticeiras, a quem ensina os maiores segredos sobre magias. È seguidora de Lilith, sua mae. Diz a lenda que nas noites de quarta-feira e sábados, ela dança pelos tectos, telhados e céus assombrando e desinquietando este mundo, ao passo que a sua mae – Lilith – incorporada numa coruja, lança os seus uivos nocturnos. Dizem as lendas que depois te ter sido aprisionada numa caverna no mar morto, foi liberta pela rei David, e dormiu com ele, revelando-lhe vastas sabedorias ocultas.

Eisheth –  demónio feminino que devora as almas humanas dos condenados no inferno. Pode porem tambem vir a este mundo devorar as almas humanas assombrando-as com tormentos espirituais, muitas das vezes – e em casos extremos – acabando por gerar estados de insanidade.

Mais demónios importantes:

 

Asmodai –na magia negra é o filho de Samael e Lilith. O seu nome significa a «espada de Samael», pois ele é o demonio da vingança. Algumas tradições Talmudicas dizem que foi ele que ajudou Salomão a erigir o seu fabuloso templo.Foi adorado pelos Persas na forma de um Deus. Também é conhecido por induzir á tentação do jogo ou ao vicio de jogar, umas vezes favorecendo, outras vezes desgraçando os humanos caídos na tentação.

 

Asmodeus – na magia negra é o demónio da luxuria: Por isso mesmo foi amante de Lilith, por ela escolhido. Agrada-lhe atrair os humanos para a devassidão. Este demónio se bem invocado, garante sucesso nas bruxarias de magia negra em casos de amarrações destinadas á luxuria. Asmodeus foi o demónio que matou os sete maridos de Sara, pois desejava-a apenas para si mesmo, quer ela quisesse, ou quer ela não-quisesse.( vide Tobias 3; 8,17)

 

Gaap – na magia negra é demónio que pode assumir forma humana, e que incita ao amor, sendo porem que esse amor  inspirado demoniacamente pode torna-se obsessivo e doentio. Este demónio possibilita á mulher alcançar os seus desejos amorosos, e porem ao faze-lo também lhe pode causar infertilidade, ou problemas de gravidez, ou deformações aos fetos no ventre durante a gravidez, ou faze-la dar á luz um nado-morto, ou fazer a mulher falecer no parto, ou fazer os seus filhos nascerem com terríveis maldições, ou infestar as mulheres da sua família, ( irmãs, mãe, filhas, etc), com padecimentos. Usar deste demonio para bruxarias amorosas representa um forte trabalho, e porem apenas deve ser executado por um verdadeiro bruxo conhecedor dos segredos que regem estes demonios, a fim de não causar efeitos indesejáveis.

 

Abbadon – na magia negra é o demónio que semeia a discórdia. A sua invocação sendo bem executada é imparável em bruxarias para separar um casal, ou em feitiços para causar desarmonias num lar ou numa família.

 

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Baphomet – na magia negra é o demónio que é conhecido pelo nome de o «bode negro», e o seu nome surgiu inúmeras vezes em julgamentos da Santa-Inquisição durante os tempos medievais da caça ás bruxas. Baphomet é um demónio que incorpora num bode negro, e tal demónio foi venerado no Egipto, na cidade de Mendes, onde foi erigido um templo no qual um bode negro era exposto á possessão pelo demónio, sendo que depois do demónio Baphomet entrar no bode, este copulava com as sacerdotisas do templo durante os ritos ali celebrados. Os cavaleiros templários foram acusados de adorar a Baphomet, assim como de praticarem actos profanos e heréticos tais como cuspir e urinar na cruz, e a prática da sodomia, considerada um acto do Diabo. Na idade media há relatos de jovens bruxas serem seduzidas por um bode negro, que também presidia á celebração dos Sabbats. Nessas ocasiões, o demónio incorporava num bode negro, e exercia um fascínio espiritual sobre as jovens, levando-as a cometer actos impuros e a renunciar a Deus. Baphomet é representado na imagem de um demónio com corpo humano e cabeça de bode negro, sendo que possui seios femininos, mas um órgão sexual masculino. Baphomet é também chamado o «bode de Mendes», e é um demónio que preside a ritos e cerimoniais Satânicos, que inspira a actos perversos contra Deus, e que é por isso patrono de rituais como missas negras.

 

Furcas – demonio que é o cavaleiro do inferno, fazendo-se manifestar como um homem forte, já de alguma idade, de barbas brancas, cavalgando um cavalo e empunhando uma forquilha. È o demónio da crueldade.

 

Mammon – demónio da avareza e das riquezas. Quem quer pactos para ter riquezas, é com ele que deve compactuar. Porem: é preciso saber como faze-lo, ou acabar-se-á por encontrar o pior destino que é possível imaginar. Em aramaico Mammon significa «riqueza», e dai que se leia na Biblia que «não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, a Deus e a Mammon», significando isso que não se pode servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo.

 

Azazel – demonio que era um anjo ao serviço de Satanás na legião de anjos que Deus enviou para a terra para observar os humanos, sem porem interferir. Foi junto com Satanás dos primeiros a enamorar-se da beleza das mulheres humanas, e a dormir com elas. Em troca, ensinou aos homens o fabrico de metais e armas de guerra. È o demónio da ira. O povo hebraico – conforme está escrito no livro de Levítico – foi ordenado por Deus a uma vez por ano libertar um bode no deserto e lá deixa-lo, indo esse bode carregado com os pecados do povo, para que Azazel o consumisse e se deliciasse com as transgressões e pecados que o bode carregava dentro de sí. Assim, o demónio ficaria saciado, e não teria o desejo de vir dos confins do deserto para junto do povo, e ali se saciar com os seus pecados.

 

Bifron –na magia negra é o demónio que se diz vaguear pelos cemitérios, por vezes mudando os defuntos da sua sepultura para outros sítios. A sua aparição é por vezes vista como luzes brilhantes ou fumos irradiantes que flutuam por cima ou em volta de uma sepultura.O demónio Bifron pode possuir corpos de cadáveres, e fazer as almas dos defuntos vaguearem neste mundo, encaminhando-as para outros locais distantes da sua sepultura, a fim que essas almas danadas assombrem pessoas, lares ou locais. Nos trabalhos de magia negra feitos em cemitério, deve-se antes demais saúda-lo – caso ele ali se encontre naquele momento –  e pedir a sua autorização para entrar e ali oficiar os ritos de bruxaria junto das sepulturas, para assim não ir o bruxo inadvertidamente intrometer-se nas actividades infernais deste demónio junto dos defuntos.

 

Leviatã – na magia negra é o demónio da inveja. É como uma serpente marinha gigantesca e voraz que destrói tudo o que se lhe aproximar, e porem permanece sempre oculta e indetectável, conforme um monstro marinho debaixo do mar, rondando em silencio, esperando o momento certo para engolir a sua presa, e depois digeri-la dolorosamente ao longo de toda a sua vida. Leviatã pode manifestar-se em monstros marinhos, serpentes aquáticas, baleias e crocodilos. Leviatã foi um príncipe da classe dos serafins, e agora feito demónio agrada-lhe atrair os humanos para o pecado da heresia. È também o demónio a quem agrada promover a obsessão pelos bens materiais.

 

Moloch – demonio que na antiguidade era um deus Canaanita referenciado na Biblia, a quem se faziam sacríficios de crianças. Os sacrifícios eram feitos em estatuas gigantes de bronze com o corpo de um homem e a cabeça de um touro. A estatua era aquecida até se encontrar e ferver, a as vitimas dos sacrifícios eram atiradas para dentro da estátua.  Quando se tratavam de crianças, elas eram colocadas nos braços da estatua. Os sacrifícios – especialmente de primogénitos – eram feito para garantir a prosperidade financeira da família para os seguintes e futuros filhos. O demónio Moloc ou Melchom, é o tesoureiro do inferno, concedendo riquezas a quem compactua com demónios através de detestáveis sacrifícios.

 

Murmur – na magia negra é demónio que sendo devidamente conjurado, pode obrigar as almas dos defuntos a aparecer ao bruxo conjurador, forçando essa alma a responder a todas as questões que lhe forem colocadas.

 

Lucifuge Rofocale – demonio cujo o seu nome em latim significa «aquele que foge da luz», ou seja , é o oposto de Lucifer que é «o portador da luz» ou «a luz». È o demónio das trevas, que habita nas trevas, que traz as trevas ao homem ou leva o homem para as trevas.

 

Belial – na magia negra é o demónio da perversão e da destruição. Na Biblia é mencionado no salmo 18:5, onde é chamado dos «laços de morte» que envolvem a sua vitima, assim como «vagas destruidoras» que «enchem de medo» a vida de quem este espirito de trevas for infestar.

 

Pazuzu – na magia negra é o rei dos demónios do vento. Tanto é portador de tempestades como de secas, seja na natureza, seja na vida humana, isto é:

pode causar na vida de uma pessoa períodos de grandes «secas» , significando isso a ausência de felicidade, de prosperidade, de amor, de saúde, etc. São momentos de estagnação na vida, em que nada de bom acontece;

Da mesma forma, também pode causar tempestades na vida das pessoas, isto é, momentos em que alguem é atingido por todo o tipo de acidentes, imprevistos, calamidades e desgraças que chovem na vida de uma pessoa como uma tempestade destruidora;

 

Pan – demonio rei dos Incubbus, ao passo que Lilth é a rainha dos Succubus. Pan é um demónio que ficou conhecido na religião da antiguidade Grega como o Deus da natureza, dos pastores e dos rebanhos, da musica, do vinho, e da companhia das mulheres, ou seja, dos prazeres carnais.È também o demónio que inspira tanto a teatralidade como a critica satírica. Na religião romana foi chamado de Fauno, e a sua esposa era a Deusa Fauna. Pã era um Deus pastoral e da pastorícia, um espírito campestre e rústico que assumia a forma de um bode ou um humano com características de bode nas suas feições, com cornos e cascos ao invés de pés. De Pã contava-se a historia de como ele seduziu a Deusa Selene – a Deusa da Lua, uma das formas que o demónio Lilith assume – , pois ele tendo a aparência de um bode, cobriu-se com uma pele de ovelha para enganar a Deusa, leva-la para o campo, e ali toma-la por amante. Pã é um demónio de luxuria, sendo que foi ele que ensinou aos homens a pratica da masturbação. Durante a idade média pã foi venerado pelas bruxas europeias como um Deus cornífero, um Deus de virilidade, de masculinidade, de fertilidade e representativo da potencia sexual masculina, o Deus macho que é o consorte da Deus fêmea. As bruxas celtas veneraram-no como Cernunnos, o Deus cornífero, o Deus da fertilidade, da vida, dos animais, da riqueza, e do submundo ou o mundo subterrâneo dos mortos e dos espíritos.O nome «cernunnos» provem da palavra «cornífero», que para a cultura celta era símbolo de poder, de riquezas, de masculinidade e de virilidade. Nalguns rituais de bruxaria, o demónio ou Cernunnus podia incorporar e encarnar num bode negro que assistia ás celebrações pagãs das bruxas,( como o Sabbat), por vezes copulando com as bruxas, outras partilhando ensinamentos ocultos, e sempre fazendo-as renunciar ao Deus Hebraico-Cristão. Contam também antigos relatos de bruxas, que o demónio cornífero as pode visitar nocturnamente no sono, seduzindo-as, satisfazendo-as com luxurioso prazer, e possuindo-as.

 

Anticristo –  demónio imitador dos prodígios de Jesus através da mentira e da necromancia ou magia-negra, ao contrário de Jesus que fazia tais prodígios através da palavra da Bíblia e do poder de Deus. È o segundo profeta anunciado na Bíblia, o segundo Messias depois do primeiro, o Falso Profeta cuja a missão é abrir as portas do Reino do Pai dele á terra, conforme Jesus foi o profeta que abriu as portas do Reino do seu Pai a este mundo.O anticristo é o segundo profeta, o profeta que quer trazer a este mundo o reino dos demónios, conforme o primeiro profeta veio espalhar pelos quatro cantos do mundo a religião do Deus que é seu Pai. A sua representação é um «pequeno corno», conforme Daniel viu na sua visão final profética, e o seu sinal é o número 666, o numero da Besta, o numero dos demónios, que antes eram os antigos Deuses dos homens.

 

Belfgor – demónios com cornos de carneiro, que lhe agrada inspirar a preguiça.

 

Leonardo – na magia negra é o demónio que é o grande senhor do Sabbath da bruxas. È o grão-mestre das cerimonias nocturnas de orgias de demónios. Nas missas negras celebradas pelas bruxos e bruxos, é a ele que se invoca para que dele venha autorização para o inicio dos ritos infernais. Pode assumir a forma de um bode com tres chifres, e também pode assumir a forma humana de um homem negro. Através deste demónio, o espirito do homem pode converter-se num Incubbus. A este demónio agrada-lhe fazer a possessão demoníaca de homens, para uma vez controlando um corpo masculino então seduzir jovens e nelas depositar o seu sémen, que é um sémen frio. As gravidezes que dai ocorrem, ou as gravidezes em que este demónio deitar a sua influencia, resultam sempre em nado-mortos.

 

Resheph – de acordo com a demonologia rabínica e tradições judaicas, é o demónio que traz as pragas. O seu nome significa «praga», e este demónio – ou os seus actos demoníacos – surge nos textos bíblicos livro de Deuteronómio, 33:29, assim como no Salmo 78,48

 

Dever – na tradição hebraica é o demónio da pestilência. É mencionado no salmo 91:5-6 , onde assume o nome de «flechas» que para os hebraicos era um símbolo para a doença inesperada ou dores súbitas. No mesmo salmo este demónio aparece com os nomes «terrores da noite» ou Pahad, «peste»  ou Dever, e os «males que matam» ou Ketev, que são os nomes que este demónio assume. Dever é o demónio capaz de infligir doenças, enfermidades ou dores súbitas.

 

Incubus –  na magia negra são demónios masculinos que durante a noite se colocam por cima da mulher, motivo pelo qual muitas mulheres por eles visitadas durante a noite e na cama, dizem ter tido a sensação de haverem sentido um peso em cima do corpo durante a noite, e até mesmo de não se conseguirem mexer da cama. Pan é um demónio Incubus, o rei dos Incubus.  Este tipo de demónio infesta a mulher para poder alimentar-se dos seus pecados de desejo e luxuria. Por isso, os incubus estimulam a luxuria na mulher, pois é dela que eles se alimentam, assim como dos pecados relacionados com a concupiscência dos desejos. A contraparte dos Incubus são os Sucubus, que são demónios da mesma natureza, porem femininos., e que infestam os homens, estimulando-lhes a luxuria, e alimentando-se dos seus pecados carnais até ao ponto da sua perdição.

 

Familiares – são demónios que acompanham bruxas e bruxos de forma totalmente discreta, pois eles incorporam num animal que acompanha a bruxa ou o bruxo de forma insuspeita. Pode tratar-se de um animal doméstico como um cão, ou um gato , e daí as superstições quanto a gatos pretos. Porem, podem incorporar um animal como uma mosca, uma aranha, um sapo, um lagarto, um pássaro, etc, sendo que esses animais acabam por acompanhar a bruxa toda a sua vida.  A presença destes demónios junto de uma bruxa destina-se a ajudar e proteger a bruxa. São como anjos da guarda, só que não vem de Deus mas sim do demónio, e andam sempre rondando a bruxa silenciosamente, vendo aquilo que ela faz, vendo as situações em que ela está, e prestando-lhe auxilio chamando ajuda a outros demónios que possam ajudar a bruxa em certa situação ou tarefa.  A bruxa nunca escolhe o seu familiar, o familiar é que escolhe a bruxa, e acaba por se lhe manifestar num certo ponto da sua iniciação. Caso o animal que servia de receptáculo ao demónio familiar morra, o espírito de trevas abandona esse corpo e possui outro, porem sempre um corpo do mesmo tipo de animal.

 

Spectra ou Lemures – na magia negra é são espíritos vingativos, vítimas de mortes violentas, ou que não tiveram rito funerário adequado, e que habitam no mundo do Alem-Túmulo. Os Spectra são espiritos de natureza nocturna, ou seja, assombram á noite, sendo que as suas assombrações ocorrem sempre num local que foi marcante para a pessoa enquanto era viva, ou entao junto de uma pessoa ou a sua descendência, por essa pessoa ou a sua descendência terem algum significado negativo para esse espírito. A hora da sua manifestação é á meia-noite e dai em diante, ao passo que a hora preferida para os demónios são as 3 da madrugada.

 

Pytius – na magia negra é demónio da mentira e da ilusão. Aparece essencialmente a pessoas que se vão consultar a cartomantes, tarólogas e outras videntes que não dominam fortemente o contacto com demónios e espíritos. Daí que uma sessão de contacto com espíritos deva sempre ser rodeada e antecedida de medidas de segurança espiritual, para garantir que aquilo que se está a receber não é um destes demónios. Na antiga Grécia, a Pythia era a alta-sacerdotisa do templo de Apolo. O espírito do Deus Apolo era chamado a «descer» ou encarnar momentaneamente na sacerdotisa, possuindo o corpo dela, e falando através dela. Como espirito que é, o Deus respondia através de uma linguagem espiritual e de mistérios, pois o espirito é sempre misterioso, e  os seus desígnios são sempre insondáveis. Porem, aquilo que o espirito do Deus falava, assim sucedia, e por isso o tempo de Apolo era famoso e vinha gente dos quatro cantos do mundo para ali se consultarem. No oraculo de  Delfos, o espirito do Deus Apolo fazia-se vir a este mundo através de nevoas provindas da terra, conforme um demónio, e muitas das vezes este tipo de demónio faz-se transportas através de fumos, vapores e neblinas.

 

Barbas – na magia negra é demónio que responde com verdade a coisas escondidas ou secretas. A conjuração deste demónio – assim como a de muitos outros demónios – é feita com a planta  Helleborus niger , a chamada Rosa de Natal, uma linda rosa vermelha que floresce no inverno, quando todas as outras flores estão dormentes. Esta rosa, é uma planta muito usada na bruxaria.

 

Corson – na magia negra é demónio que não se deve invocar senão em alturas excepcionais. È tao temível, que até Salomão hesitou em usar dos seus serviços. È o senhor do ponto cardeal Oeste, e o rei Salomao teve do o mandar constranger, motivo pelo qual não se sabe muito dele, senão que é temível.

 

Caim – na magia negra é um demónio ao qual lhe atribuem o titulo de «presidente» do inferno. Assume a forma de um pássaro negro como um corvo, ou a figura de um homem com asas negras como um corvo. È o demónio da argumentação, que se apresenta como um humano muito bem vestido, e prefere habitar na cidade. Há quem diga que este demónio é o Caim bíblico, o irmão de Abel, a quem ele assassinou conforme descrito na Bíblia, e Genesis. Por ter morto Abel, Caim condenado a vaguear pela terra, para sempre desterrado pelo seu pecado. Caim teve uma descendência, sendo que mais famoso dos seus filhos foi Enoch, que edificou uma das primeiras cidades conhecidas da história da humanidade, chamada Eridu. Adão não era o pai de Caim, conforme era de Abel. Eva foi seduzida pelo demónio Samael – ou Lucifer, que também já havia seduzido Lilith – , e dessa relação nasceu Caim. Assim sendo, Caim não era humano, mas sim um Nefilim, ou seja, meio-anjo e meio-humano, filho de um demónio e uma humana. Reside aí a verdadeira razão para Deus recursar as oferendas de Caim, ao passo que aceitava as de Abel, assim como de Adão preferir Abel e repudiar Caim, o que acabou por levar ao acesso de fúria que Caim teve aos seus 15 anos sobre o meio-irmão Abel. Caim recebeu no corpo a «marca de Caim»  – que é uma das letras que compõem o inefável nome de Deus – com a qual Deus o marcou pela ofensa cometida. Depois de morrer e em espirito assumir a forma de demónio, essa marca transformou-se num corno.  Este demónio conduz a actos violentos.

 

Furfur – na magia negra é demónio mentiroso, que apenas diz a verdade quando conjurado num triangulo magico, e aí compelido a isso. Furfur pode causar o amor entre homem e mulher, mas também pode levar o amor a ser uma tortura devido ás mentiras, infidelidades e enganos. Por isso, em assuntos amorosos e amarrações amorosas, apenas um bruxo conhecedor destes demónios poderá lidar com este espírito de trevas, sem se causarem desgostos. O seu nome deriva do latim «Furcifer» que quer dizer «canalha». A este demónio agrada-lhe manifesta-se em trovoes, trovoadas, tempestades e relâmpagos.

 

Vine – na magia negra é demónio enganador e extremamente perigoso. Tudo o que se lhe pede, vem sempre com contrapartidas infernais. De acordo com a Lei do Inferno, um demónio tem sempre de pedir autorização a Satanás antes de ceifar a alma de um humano. Porem, este demónio é conhecido por colher almas humanas sem autorização, simplesmente por seu bel-prazer. È o demónio responsável por devastações naturais através de tempestades, e também o demónio que pode criar verdadeiras tempestades na vida de quem for infestar, através de acidentes, fatalidades, destruição ou perda de património.

 

Valac – na magia negra é o demónio retratado no filme «A Freira», que é inspirado numa história verídica. Sempre foi retratado com a forma de uma criança angelical junto de um dragão, simbolizando isso que este demónio gosta de se disfarçar de anjo, gosta de se misturar no meio de pessoas da igreja, assumindo a aparência de alguem de Deus, sendo porem que com ele vem sempre o dragão, ou seja, o demónio. Este demónio tem o poder de dar a descobrir tesouros, ou artefactos preciosos, ou relíquias de grande valor, ou coisas escondidas que são muito valiosas. Porem, também pode arrastar aquele que ajuda a cair o mesmíssimo fosso onde tais tesouros e relíquias estavam sepultados.

 

Vassago – na magia negra é o demónio que pode incitar o amor nas mulheres, porem cobrando o seu preço a quem desejar beneficiar do amor de uma mulher em virtude deste demónio, pois ele pode trazer devastação, desolação e ruina, sendo por isso saber lidar com ele para dele não se colher aquilo que não se queria. Gosta de se fazer aparecer na figura de anjo, ou afirmando ser um anjo.

 

Tannin – na magia negra demónio do caos. Assume a forma de uma serpente com cauda dupla, uma serpente marinha. Conforme a sua causa á dupla, também lidar com este demónio é perigoso, pois ele é como uma faca de dois gumes. Depois de Deus ter libertado o seu povo do Egipto, foi este demónio que por muito tempo lá se instalou. Este demónio pertence á categoria de criaturas criadas por Deus no quinto dia da Criação.

 

Shax – na magia negra é o demónio que compele á tentação do roubo. Também é o demónio que pode tirar a visão, audição ou o entendimento na pessoa a quem ele vá possuir. È um demónio mentiroso, e por isso quando conjurado deve ser impelido a dizer a verdade. Já ficou conhecido por lhe agradar roubar a pessoas poderosas – fazendo-as cair em logros, mentiras e enganos – para beneficiar os pobres. Não se deve invocar este demonio muito frequentemente, para ele não causar perdas a quem abusa dos seus poderes.

 

Sabnock – na magia negra demónio que causa feridas terríveis, gangrenas e até o aparecimento de carne morta no corpo, com larvas. Manifesta-se através do aparecimento de vermes num certo local. È um demónio que prefere habitar em cidades.

 

Legião – legião é o nome dado a um grupo de demónios. Quando um demónio não quer revelar o seu nome para não ser expulso, ou não se ganhar sobre ele o poder de o impelir ou compelir a fazer algo, ele normalmente alega chamar-se «Legião». Com isso, ele está a indicar que pertence a uma legião de demónios da qual é membro ou líder, sem porem revelar nem o seu nome, nem o seu posto hierárquico nessa legião. Na verdade, trata-se de uma regra que anjos e demónios tem, que consiste em nunca revelarem o seu nome, para não se poder através do seu nome ganhar-se-lhes poder sobre eles através de encantamentos, conjurações ou feitiços. Por isso mesmo quando Jacob pergunta ao anjo com que lutou qual era o seu nome, ele simplesmente retorquiu: «Porque queres saber o meu nome, uma vez que é secreto ?», e não lhe respondeu. Ou seja: nem Deus revela o seu verdadeiro nome que é o «nome inefável», pois Deus também é um espirito, ( veja-se João 4:24), e assim – mantendo o Seu Nome oculto – Ele evita que possa ser impelido a comparecer a uma conjuração, ou compelido a fazer algo. Por isso mesmo, é que são tao valiosos os grimórios de magia-negra onde se revelam os verdadeiros nomes de demónios e anjos, pois sabendo-se o nome e adicionando-lhe a verdadeira fórmula magica de encantamento que corresponde a esse nome, então é possível invocá-los. Porem: não se sabendo o nome, ou não se sabendo a fórmula de invocação que corresponde ao nome, então não é possível conjurar esses espíritos.

 

Ipos – demónio que pode fazer os homens ficarem valentes e espirituosos. Entra facilmente nos homens embriagados, e tanto os pode inspira-los a ter actos de bravura, como a cometer actos de barbaridade.

 

Génios – estes demónios são espíritos do deserto, são espíritos femininos e materializam-se no vento, no fogo e no fumo. Por vezes, manifestam-se num fumo que esfumaça sem haver nenhum fogo nas redondezas, ou num fogo que arde mas não deita fumo algum. Residem em vagueiam em locais desabitados, obscuros e desoladores. Podem incorporar momentaneamente em animais, ou até assumir a forma ilusória de uma mulher que aparece e desaparece como uma miragem. Podem causar ilusões e miragens quando assombram alguem, a ponto de levar a pessoa infestada á loucura e á morte. Estes demónios causam grandes desgraças, sendo conhecidos casos de grupos de pessoas que perdidas no deserto, acabaram por enlouquecer e inexplicavelmente matarem-se umas ás outras. Acredita-se que estes espíritos vaguearam a terra antes da criação de Adão, pois que os anjos foram criados na quarta-feira, os génios na quinta-feira, e os humanos na sexta-feira.

 

Malphas – é o demónio que faz velhas construções derrocarem, mas também é aquele que causa a derrocada e a ruína lares e vidas. Na magia negra, é por isso o demónio que é conjurado para destruir inimigos. Cuidado, pois este demónio aceita educadamente todas as oferendas que lhe são feitas, e porem rapidamente apressa-se a atraiçoar o seu invocador. Há por isso que saber lidar com este tipo de demónio.

 

Marchosias – na magia negra é um demónio fiel ao seu conjurador. È um demónio que mantém a esperança no perdão de Deus, e em regressar ao Céu. Em visões, ele costuma fazer-se manifestar como um lobo com asas de grifo e cauda de serpente, sendo que neste mundo também se manifesta numa língua de fogo vinda do chão.

 

Orobas – na magia negra é um demónio que se manifesta na presença de incenso quando este é defumado. È fiel ao seu conjurador, não lhe mente, e assegura que todos os demais espíritos conjurados não mentem ao seu conjurador. Agrada-lhe incorporar em cavalos.

 

Pruflas – demónio que habitou na Torre de Babel, ele semeia discórdia, brigas e falsidades. Este demónio nunca deve ser convidado nem enviado a entrar num lar ou num local, a não ser que se queira aí causar tantas divisões e conflitos, que esse lar ou esse local acabe em ruínas e escombros, tal conforme acabou a Torre de Babel.

 

Ronové – demónio que vem á terra para ceifar as almas de corpos decrépitos e já perto da morte.

 

Seire – na magia negra é um demonio que não tem apetência para o mal, nem sequer qualquer fascínio ou desejo de o praticar. Traz abundância, e ajuda os ladroes que não magoam nem ferem pessoas.

 

Stolas – demónio dos venenos, que instiga ao seu uso, e que inspira a criação das suas formulas.

 

Gremory – na magia negra é o demónio que procura o amor das mulheres, sejam elas novas ou velhas, mas que tem um especial gosto por donzelas. Por vezes incorpora numa mulher linda, de forma a – usando esse corpo – fazer amizade com outras mulheres que lhe agradem, e assim conseguir aproximar-se até as possuir.

 

Behemoth – demónio da terra que habita a Este do local onde existiu o Jardim do Éden. O seu poder atinge o auge no solstício de verão. È o demónio da fúria animalesca, sendo que por ele se podem tornar os animais tanto mais selvagens e furiosos, como mais mansos e menos ferozes. Este demónio pode por isso instigar a ataques de animais de natureza feroz contra o homem.

 

O Diabo – o diabo ou o «príncipe das trevas» tem sido visto em várias culturas como a personificação do mal e da destruição. Muitas vezes é astrologicamente associado a Saturno, sendo Saturno o astro que rege as bruxas e bruxas. Há quem diga que o diabo é Satanás, outros que é Belzebub, outros que é Lucifer, e porem «O Diabo» é na verdade um título, e não uma entidade em-si. Quando se fala de Diabo, está-se a falar de um espírito de trevas, e um espírito maligno, de um demónio, e fazendo-o podemos na verdade estar-nos a referir-nos a diferentes demónios, conforme a situação. Mas como título genérico, a verdade é que todos os demónios são diabos ou um diabo.  Isso é o mesmo que chamar a um medico por «doutor», ou seja, na verdade todos os médicos são «doutores», e porem cada medico tem depois o seu nome próprio, havendo por isso o dr Mateus, o dr João, o dr Pedro, etc. Ora: quando se diz que o Diabo apareceu a certa pessoa, isso significa que um demónio apareceu a uma certa pessoa, podendo esse demónio ser o demónio «A» ou o demónio «B». È o mesmo que dizer que um «doutor medico» visitou uma pessoa, ou seja, «doutor medico» é o título da pessoa, não é a pessoa nem o seu nome proprio, e por isso, a pessoa pode ter sido visitada pelo dr Lucas ou o Dr Marcos, etc. No antigo Egipto o Diabo era o Deus Apophis, a personificação do Caos e das trevas, por oposição á Deusa Ma’at, a personificação da luz e da ordem. A ideia de diabo é perigosa para o monoteísmo hebraico-cristão, pois pressupõem a existência de uma entidade superior independente de Deus, e que escapa ao controlo e domínio do Deus Javé. Ora, isso seria admitir a noção de um segundo Deus para alem de Deus, coisa inaceitável para o monoteísmo. Por isso mesmo, a teologia cristã tem tido sempre muitos problemas ao abordar o assunto do Diabo, porque ou os teólogos admitem que tudo aquilo que o Diabo faz é com conhecimento e autorização de Deus, porque senão, Deus não querendo nem consentindo  então o Diabo nada podia fazer  – o que torna Deus no cúmplice do Diabo, ou pior ainda, no seu patrão – , ou então os teólogos são obrigados pela força de lógica a admitir que há um outro Deus – para alem do Deus Javé – que faz aquilo que bem quer e bem entende, e que tem até o poder de desafiar Deus e lhe arruinar os seus divinos planos. O tema é controverso.

 

Mephistopheles – na magia-negra é o demónio do desespero, sendo que este demónio não apenas envolve o humano em situações que o levam ao desespero, como depois se aproveita do desespero para corromper o homem.

 

Saleos – na magia negra é um demónio que pode causar o homem querer amar uma mulher, ou uma mulher querer amar um homem. Porem, não sendo bem invocado, os amores provocados por este demónio acabam sendo amores á distancia, ou amores que sofrem com a distância, ou amores impossíveis, ou amores entre pessoas já comprometidas, etc.

 

Alguns locais geográficos e demónios que regem essas terras:

Belfgor governa sobra a França, Mammon governa sobre Inglaterra, Belial governa sobre Italia, Thamuz governa sobre Espanha, Martinet governa sobre a Suíça.

 

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A hora do diabo , ou a hora das bruxas

A hora das bruxas ou a hora do diabo é ás 3 da madrugada, ou no período que vai das horas antecedentes e presentes ás 3 da madrugada, ou seja, das 2 ás 3, e das 3 ás 4.

Diz que assim sucede, por dois motivos:

Primeiro:

porque a hora das 3 da madrugada é a hora em que – de acordo com a regra das horas canónicas da igreja – há um período de ausência de orações pela igreja. Logo, é a hora em que o Diabo – isto é: espíritos, demónios e entidades do mundo dos mortos ou do mundo Além-túmulo – pode entrar mais facilmente neste mundo.

Segundo:

porque Jesus faleceu na cruz e saiu deste mundo ás 3 da tarde, e por isso aos demónios agrada-lhes vir e entrar neste mundo na hora oposta a essa, ou seja, ás 3 da madrugada, pois assim procuram imitar ao poder de Deus porem escarnecendo dele. È por isso nesta hora que mais se observam fenómenos sobrenaturais, assim como é uma hora usada para a pratica de poderosas bruxarias e invocações de espíritos e demónios.

Há porem a meia-noite e as 6 da madrugada, que são igualmente duas horas muito fortes para a bruxaria e para a presença de espíritos neste mundo.

A meia-noite representa o oposto do meio-dia, ou seja, o oposto do momento em que há mais luz no mundo, e por isso representa o momento em que há mais trevas no mundo. È por isso e também uma hora – e aquelas que se lhe seguem daí em diante –  favorável á manifestação de eventos sobrenaturais, assim como á pratica de bruxarias e magia negra.

As 6 da madrugada são uma alusão ao numero da Besta – 666 – e as bruxarias feitas a essa hora destinam-se a terem reflexos ao longo de todo o dia que está nesse momento a nascer.

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Sobre Bruxos e bruxas 

A Bíblia declara com clareza que bruxo ou bruxa é «Qualquer homem ou mulher que invocar os espíritos dos mortos ou praticar feitiçarias» , conforme enunciado no Livro de Levítico

Na nova versão internacional da Bíblia, diz-se que bruxas ou bruxos são «Os homens ou mulheres que, entre vocês, forem médiuns ou consultarem os espíritos», esclarecendo porem a versão da Bíblia Revista e Corrigida,  que bruxos e bruxas são «homem ou mulher em si tiver um espírito adivinho» i.e, que tiverem dentro de sí um espírito de bruxaria]

Assim fica claramente definido o termo de bruxo ou bruxa na bíblia, ou seja, alguém que está possuído por um espírito de bruxaria – ou quem tem dentro de sí um espírito de bruxaria – e que contacta com os mortos, contacta com os espíritos, e através dessa comunicação consegue realizar bruxedos ou feitiços.

Ora, como a arte de fazer bruxedos ou feitiços através da conjuração de espíritos e demónios é a própria noção de magia negra, então eis que aqui podemos encontrar o motivo pelo qual a noção de bruxaria anda tao intimamente ligada á noção de magia negra.

Pois assim sendo:

A definição de bruxo está bem esclarecida na Bíblia, quando os sacerdotes hebreus falaram sobre os bruxos, assim dizendo:

encantador, que consulte aos espíritos, praticante de magia, que consulte os mortos;

Deuteronômio 18:11

Pois assim está dito na Palavra de Deus:

o bruxo é aquele lança encantamentos, é aquele que pratica as ciências ocultas, é aquele que invoca espíritos, e é aquele que entra em contacto com o mundo dos mortos e das assombrações.

A bíblia é bastante explicita quando define o que é um bruxo ou uma bruxa.

Assim se pode ler na Sagrada Escritura sobre o episódio da escrava bruxa que são Paulo encontrou na cidade de Filipos, na Macedónia:

Uma jovem escrava (…) estava possuída por um espírito de adivinhação:[ i.e uma jovem mulher estava possuída por um espírito de bruxaria ] (…)  e dava muito lucro aos seus patrões (…) Paulo voltou-se e disse ao espírito: «Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo: sai desta mulher!» E o espírito saiu imediatamente

Actos apóstolos 16,16-18

Assim se vê como são Paulo se encontrou com aquilo a que hoje em dia se chama de uma bruxa, ou seja, alguém que tinha dentro de sí aquilo a que a Bíblia se refere como um «espírito de adivinhação»; Note-se que o termo «espírito de adivinhação» e «espírito de bruxaria» eram termos popularmente usados para ser referir á mesma pratica espiritual, ou seja, á prática de bruxaria, pois que normalmente toda a bruxa possui algum nível de dom de vidência, que é um dos dons ocultos ou dons de trevas que a possessão por espíritos de trevas ou espíritos de magia negra tendem a conceder aos possessos por espíritos demoníacos dessa natureza, especialmente os espíritos de bruxaria.

Por isso, assim revela a Bíblia que uma bruxa ou um bruxo é alguém possuído por um espírito de bruxaria, sendo que é esse espírito de trevas que lhe concede as capacidades para exercer as artes da feitiçaria e ofícios da bruxaria.

Sobre o que são bruxos e bruxas, outro exemplo se pode encontrar na Bíblia, onde assim se pode ler:

Então, disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira,  [i.e. uma mulher que tem um espirito de bruxa dentro dela ]  para que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar.i.e uma mulher que tem dentro dela um espirito de vidência e bruxaria ]

1 Samuel 28,7

Pois assim se observa: Tal como no episódio da bruxa escrava que sao Paulo encontrou, e através do qual se fica a saber aquilo que a Bíblia define muito claramente como o que é um bruxo ou uma bruxa, também o mesmo conceito de bruxo ou bruxa pode confirmar-se na Bíblia através de um outro episódio, o episódio da bruxa de Endor, onde ali está escrito que Saul foi consultar uma bruxa que morava no Vale de Jizreel, ou seja, uma mulher que tinha um espírito de bruxaria dentro dela, e que consultava os mortos.

Por isso, assim se confirma: a bruxa e o bruxo são pessoas com dom de comunicar com os espíritos, com as almas, com os mortos, e esse dom é concedido pelo espírito de bruxaria que habita no corpo do bruxo ou bruxa. È com base nesse dom, que depois se edificam todas as demais artes de bruxedos, feitiços e encantamentos que os bruxos e bruxas praticam nos seus oficios de magia negra.

A bruxaria e os bruxos estão por isso intimamente ligados á magia negra, pois que para se ser bruxo ou bruxa deve-se ter sido possuído por um espírito de bruxaria, e os espíritos de bruxaria sao espíritos pertencentes aos domínios dos demonios, ao reino das entidades de trevas, ao Hades, que é o infernal trono do mundo do túmulo. Por isso: se um profeta ou um santo sao pessoas possuidas por espiritos dos dominios da luz e do reino celestial, já os bruxos ou bruxas são exactamente o oposto, ou seja, são pessoas possuídas por espíritos dos domínios infernais, do reino das trevas, do trono do mundo do Túmulo.

Por isso mesmo, a magia negra é sempre mencionada quando se fala de bruxaria, e tambem por isso muitas das vezes refere-se a questão da possessão demoniaca para falar sobre este tema. Porem, ao avaliarmos o assunto, há que distinguir duas situaçoes completamente diferentes e distintas, ou seja, a diferença entre as possessões demoníacas involuntárias e voluntárias. Ou seja:

A diferença entre um bruxo ou bruxa, e uma vítima ocasional de uma passageira possessão demoníaca, é que a vítima de possessão demoníaca é invadida por um espirito contra a sua própria vontade, num processo violento e violentador, que deixa a própria pessoa sem controlo sobre sí mesma, e numa situação dramática, caída sob o poder a influencia de um demónio. Ao contrario, o bruxo ou a bruxa são possuídos pelo espirito de bruxaria de livre vontade, ou seja, é uma possessão desejada e consentida, que uma vez consumada funciona como uma parceria ou  como uma simbiose entre o espírito de trevas e o bruxo, ou seja, o espírito de bruxaria usa o bruxo como receptáculo para nele habitar e exercer as suas influencias neste mundo, ao passo que o bruxo conserva a sua autonomia e usa dos dons das trevas que a possessão demoníaca confere para praticar os ofícios da bruxaria.

Que um espirito de uma certa natureza pode entrar numa pessoa, isso a Bíblia descreve com grande detalhe. Conforme diz a Bíblia, Deus é espírito – João 4,24 – e Deus é senhor dos espíritos –  Números 27,15 – , e já varias foram as vezes que espíritos provindos de Deus entraram em pessoas fazendo-as falar, profetizar e praticar actos com o poder de Deus. Pois no caso da bruxaria, trata-se do mesmo processo através do qual o espírito santo entra numa pessoa, só que ao contrario, inversamente e ao oposto, ou seja, é um espírito de trevas, um espírito de bruxaria ou um espírito de magia negra que entra na pessoa escolhida, e possuindo essa pessoa, lhe concede a capacidade de praticar as artes e actos da bruxaria.

Assim explicado, e falando sobre o poder de um bruxedo ou de uma bruxaria, eis que se explica:

sapo-negro-bruxas

o que são bruxarias e bruxedos?

A bruxaria pode servir para infestar uma pessoa de espíritos de mortos, de demónios, de assombrações, de aparições, e força-la a fazer aquilo que se deseja,  e assim assombrar uma pessoa ate que lhe aconteça aquilo que se quer, ou então – teimando essa pessoa em não ceder ao desígnio da bruxaria – que essa pessoa fique assombrada, encerrada numa maldição, e com a alma condenada a um purgatório de tormentos dos infernos até há hora da sua desgraça, ou da desgraça de quem a rodeia.

È assim que, usando-se da magia negra, se fazem – por exemplo – as mais fortes amarrações, bruxarias de amarração, trabalhos de amarração e amarrações amorosas, da mesma forma que se fazem as mais fortes bruxarias para se afastar o marido, bruxarias para afastar a mulher, bruxarias para separar o casal, trabalhos para separar casais.

Para alem disso, com a bruxaria pode-se ajudar na fertilidade dos inférteis com bruxarias para engravidar, assim como gerar infertilidade num útero. Com as bruxarias pode-se também dar potencia sexual, como pela magia negra pode-se tirar potencia sexual. Pelas bruxarias de magia negra, podem-se também causar enfermidades e desolações, assim com pela bruxaria de magia negra tanto se podem abrir como fechar caminhos na prosperidade da vida. Porem: a bruxaria dos bruxos também pode servir para entrar em contacto com assombrações e limpar uma pessoa do mal e dos empecilhos da vida, através de limpezas espirituais verdadeiramente eficazes.

Assim sendo:

Apenas executam a verdadeira bruxaria os bruxos e bruxas, tal conforme a Bíblia os descreve.

magia de sangue

O que são os demónios e a magia negra de acordo com a Bíblia ?

A religião hebraica – e por consequência o Cristianismo – afirma que demónios são todos os deuses e deusas das religiões pagãs, estrangeiras e politeístas, afirmando que eles não se tratam de Deuses, mas sim de espíritos demoníacos que desde os tempos primordiais procuram angariar a veneração dos humanos, fazendo-se passar por Deus ou Deuses. Ora, á veneração desses Deuses e Deusas, chama a religião hebraica – e mais tarde a Cristã – de «idolatria», que consiste em adorar imagens desses Deuses e Deusas, assim como consiste também em venerar aquilo que são esses «falsos Deuses», pois não são Deuses, mas sim demónios ( vide 1 Coríntios 10: 19-21) procurando a veneração humana, (Vide Deuteronómio 32;17).

Esses Deuses e Deusas estrangeiros das religiões pagãs, eram – em hebraico – chamados em hebraico de SHEDIM , que se consideram «diabos» ou «demónios».(Vide Deuteronómio 32;17 e Salmo 106: 37), Também se lhes chama em hebraico de SE IRIM quando se falam de divindades estrangeiras, o que corresponde também a «demónios», que são criaturas de trevas ou fantasmas que assombram ruínas e lugares desolados, como Lilith. (Vide Isaías 13:21 e 34: 11;14), e que podem influenciar a vida das pessoas, como Asmodeu (Vd. Tobias 3:8, 17)

Da mesma forma, a religião hebraica – e mais tarde a Cristã – declara que a «magia» é o apelo aos demónios, isto é, declara que a «feitiçaria» ou a «bruxaria» são as práticas religiosas e espirituais pagãs que são dedicadas a esses Deusas e Deusas das religiões estrangeiras e politeístas, ou seja, aos demónios, e por isso são «magia negra», já que a magia negra consiste precisamente no culto a demónios. Assim, o culto a esses Deuses e Deusas das antigas religiões pagãs – aquilo que se chama vulgarmente de «magia» , ou «bruxaria», ou «feitiçaria» – , foi proibido e banido pela Lei da Palavra de Deus,(vide Êxodo 22,17 e Deuteronómio 18:10-12), pois que na crença hebraica, se trata de culto a demónios, e por isso de magia negra. Ora: temendo o poder dos demónios e das bruxarias de Magia Negra, a Bíblia faz vários avisos sobre tais práticas. A mesma Palavra de Deus revela sobre a bruxaria feita pelas bruxas , dizendo que a bruxaria serve para através dos demónios prender e amarrar as almas dos homens e mulheres com laços e armadilhas feitos pelos demónios, e que amarram e prendem as almas àquilo que os demónios querem, que é o mesmo que dizer, através de amarrações ( Vide Salmo 91,3 ;  Jeremias 5,26 ; Ezequiel 13,17-21)

Na Bíblia, os demónios são tidos como espíritos, assombrações e aparições que habitam em desertos, ruínas e locais desolados ( Vd. Levítico 16:10), e que podem manipular e influenciar a vida das pessoas (Vd. Tobias 3:8, 17)

Os demónios tem o poder demoníaco de incorporar em homens ou animais, (Vide Marcos 5: 5-13),  por vezes podendo-se mais que um demónio incorporar num corpo, (Vide Lucas 8:2), de infligir padecimentos ao homem (Vide Salmo 91:5-6), de afectar, alterar e influenciar a vida dos homens, (Vide Tobias 3:7-17 e Livro de Job), de incitar os homens a praticarem certos actos, (Vide 1 Cronicas 21,1), de lançar a tentação ao homem,(Vide Mateus 4: 1-11), e de iludir os homens (Vide I Reis 22:22) Os demónios conforme a Bíblia, são por isso espíritos de trevas que influenciam invisivelmente este mundo, (Vide Èfesios 6:12), são espíritos que lançam armadilhas ao homem, ( 2 Samuel 22:5), armadilhas como a tentação e o pecado (Vide Genesis 3), e a desinquietação, lançadas a fim de levar o homem para aquilo eles pretenderem (2 Coríntios 4:4 ; 6: 14-16).

Seja como for, a Bíblia é o maior testemunho e reconhecimento do poder dos demónios, pois uma das suas principais funções e objectivo, é anunciar sobre a existência de espíritos e demónios, e revelar como espíritos e os demónios agem neste mundo, e revelar quais os temíveis poderes dos demónios e das bruxarias, e ao faze-lo, assim reconhecendo que a força e presença dos demónios e da magia negra na humanidade é intemporal, assombrosa, inegável e indiscutível.

 

Amarrações ?

Bruxarias ?

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Magia negra

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Magia negra

MAGIA NEGRA, GOETIA, ARS GEOTIA 

Goetia ou “Ars Goetia” – a magia negra – é uma ciência oculta que provem dos ensinamentos que Deus passou ao rei Salomão, e através da qual o Senhor concedeu a Salomão a sabedoria que permite invocar tanto anjos como demónios e todo o tipo de espíritos. Dessa forma o rei Salomão erigiu o maior reinado de todos os tempos na história do povo judeu. A arte da Goetia tem por fundamento basilar os conhecimentos secretos da kabalah hebraica, outro conhecimento oculto que Deus também concedeu não apenas a Salomão, como também a Moisés. Como assim se pode comprovar, magia negra ou Goetia é uma ciência oculta relacionada com as tradições misticas hebraicas, que falam de Deus e do poder que Deus concedeu para operar no domínio das invocações aos espíritos.

Na doutrina espiritual e mística do «caminho dos santos», o fenómeno espiritual a que vulgarmente se chama «magia negra», não passa senão da invocação das maldições de Deus, (maldições essas intercedidas através de um santo de Deus, e apelando a poderosos espíritos que estão sob autoridade do Senhor e ao seu serviço), para neste mundo gerar um certo efeito e um favorecer um certo fim. Assim, ao passo que a magia branca, consiste na invocação das bênçãos de Deus através de um santo de Deus, já a magia negra consiste na invocação das maldições de deus através de um santo de Deus.

Até jesus amaldiçoou uma figueira, assim demonstrando que a Deus não cabe apenas gerar bênçãos mas também gerar maldiçoes, pois que Deus é Senhor de todas essas coisas do espirito ( Marcos 11,12-14;20-25) Até o profeta Eliseu lançou a maldição das 2 ursas (2 Reis 2,24)

Até Moisés lançou uma maldição de 10 pragas sobre o faraó do Egipto. Deus – Ele mesmo – ordenou que se lançassem bênçãos a uns e maldiçoes a outros (Deuteronómio 11,29) Deus – Ele mesmo – nos seus mandamentos decretou que os sacerdotes não lançassem apenas bênçãos mas também as maldiçoes (Números 5,23;29-30)

Então:

Magia negra é justamente isso, que é conjurar as maldiçoes de Deus, ao passo que a magia branca é conjurar as bênçãos de Deus, e tudo isso decorre da Palavra de Deus conforme descrita na Sagrada Escritura

E como funciona a magia negra, ou esse apelo ás maldições de Deus, conforme professado na doutrina do caminho dos santos?

Pois para entende-lo, então observe-se que as escrituras revelam:

Certo dia, os anjos apresentaram-se a Deus, e entre eles foi também Satã

Job 1,6

Desta forma se sabe que Deus é senhor de todas as coisas, e que sob a sua autoridade estão não apenas anjos, mas também demónios, e que essas forças podem por isso ser invocadas em nome do Senhor com grande poder e terríveis efeitos, sendo que no caminho dos santos a isso se chama de ….

Magia negra.

Nas escrituras está revelado que enviou Deus espíritos maus se apossaram do rei Saul para o fragilizar e vencer, assim como ali está revelado que a mando de Deus espíritos maus levaram o rei Acab á derrota e á morte, assim como também está revelado que a mando de Deus espíritos mausgeraram discórdias junto de Abimeleque, e está igualmente revelado que com a anuência de Deus Satã devastou a vida de Job, a fim de testar a sua fé.

Pois assim sendo:

Foram mais de uma vez, e muitas foram as vezes, que Deus não hesitou em usar espíritos maus ao seu serviço, atestando-se assim que Deus pode fazer uso não apenas de anjos, ( magia branca), mas também de espíritos maus e demónios, ( magia negra), para fazer cumprir a sua vontade

Que Deus é senhor de bênçãos, contudo também é senhor das mais temíveis maldições, eis que tal sabemos pois que assim foi revelado:

«Eu sei que o rei do Egipto não vos deixará ir, se não for obrigado por mão forte. Portanto, vou estender a mão e ferir o Egipto com todas as maravilhas que farei no país»

Êxodo 3, 19

Pois assim se sabe:

através de um santo de Deus, ( como foi Moisés),s e podem cumprir não apenas as bênçãos de Deus, como as suas maldições, e as suas maldições são terríveis e tudo podem revolver e forçar a suceder, pois que assim esta escrito:

«Tú [ Deus] és terrivel! Quem pode resistir á tua frente, quando ficas irado?»

Salmo 76,8

Que as maldições de Deus são um sinal do seu enorme poder, também sabemos pois que assim está escrito:

Todas estas maldições cairão sobre ti, perseguir-te-ão e atingir-te-ão, até seres exterminado, porque não obedeceste a Deus (…) Essas maldições serão para sempre um sinal e um prodígio

Deuteronómio 28, 45-46

Pois por assim ser sabemos:

as maldições de Deus são um sinal e um prodígio que atesta do seu poder, e por elas muito pode ser alcançado pois que…. quem poderá desobedecer-lhes?

Que por último sabemos que Deus é senhor não apenas de bênçãos e amor, mas também de maldições poderosas, assim o sabemos pois que assim foi revelado:

Cristo resgatou-nos da maldição (…), tornando-se Ele próprio maldição por todos nós

Gálatas 3,13

Nas doutrinas cristas mais ortodoxas, Deus é por vezes encarado apenas como um Senhor de amor, mas um Senhor quase «impotente» perante o mal, pois que o mal parece actuar livremente diante de Deus sem que Ele nada possa fazer.

E porem:

Nas doutrinas cristas que vão beber directa e fielmente ao judaísmo, (como no «Caminho dos Santos»), uma tal noção é firmemente negada, pois que se defende que Deus não é Senhor apenas de «algumas» coisas, mas sim Senhor de «todas» as coisas, e por isso «todas» as coisas sem excepção, (incluído anjos bons e anjos maus, e por isso incluído magias brancas ou negras), tudo isso está sob o poder e autoridade de Deus, e por isso eis que para todas essas coisas Deus pode e deve ser invocado.

E mais provas disso observais, pois que assim está revelado:

Quando operou os seus sinais do Egipto (…) lançou contra eles o fogo da sua ira: cólera, furor e aflição, anjos portadores de desgraças

Salmo 78,43;49

Foi através de anjos maus, ou anjos portadores de desgraças, que Deus feriu o Egipto a fim de vergar o coração endurecido do faraó e assim libertar o povo de Deus. Pois tanto através de anjos bons, ( magia branca), como de anjos maus, ( magia negra), pode Deus actuar e fazer prevalecer a sua ordem em defesa do oprimido, do ferido, do magoado.

E se fé houver, então também tal coisa pode ser feita e vosso favor quando sofreis, e eis que tais coisas clamadas pelos santos de Deus a Deus, são isso mesmo:

é clamar a Deus para que tal como através de um dos seus santos, (como foi Moisés, e como é são Cipriano), então anjos de desgraça amaldiçoem a alma daquele que vos feriu, para que ela sendo vergada e vencida então se submeta a vós, e para que nas coisas em que sois sofredores então possais ser vitoriosos através do terrível poder de Deus .

E por isso e em verdade:

esta é a lei de Deus á qual é licito recorrer com fé, e pela fé sermos respondidos.

E mais assim é revelado:

Eu enviarei diante de ti o meu terror (…)

Êxodo 23,27

Pois assim se sabe:

Deus é não apenas Senhor de maravilhas, como Senhor dos maiores terrores, e assim Deus é amor mas também é ira, Deus é bênção mas também é maldição, Deus comanda anjos de luz como anjos de terrores, Deus é Senhor de magias brancas ou negras, e Deus é Senhor de todas as coisas.

E assim:

em clamor e fé todas essas coisas lhe são possíveis de pedir através dos seus santos, tal como foram por Ele manifestadas através de um santo como foi Moisés.

E que Deus é Senhor tanto de santas maravilhas como é também Senhor de terríveis feitos, eis que assim está escrito:

Qual Deus é como Tu? Quem é santo como Tu, ó Magnifico, TERRIVEL em proezas (…)?

Êxodo 15,11

Pois assim se atesta:

o Senhor é Senhor não de apenas «algumas» coisas, mas sim de «todas» as coisas, pois que:

Todas as coisas neste mundo e no Outro mundo Lhe pertencem, e por isso apelar a tudo aquilo que vem de Deus, ( sejam as suas santas maravilhas, como as suas proezas terríveis; sejam os seus anjos bons como os seus anjos maus; seja a sua magia branca ou a sua magia negra), é apelar a Deus em toda a magnifica extensão do seu poder tal e conforme as escrituras assim o revelam.

E em verdade eis que assim está escrito:

Se não me ouvirdes (…) mandarei contra vós a maldição

Malaquias 2,2

Assim sendo:

como negar que se o Senhor é amor e compaixão e por isso gerador de bênçãos, (magia branca), também ele é Senhor de vinganças e maldições, ( magia negra), e que todas essas coisas estão sob o seu magnifico e terrível poder? E como assim negar que ao Senhor  apelar em todas estas coisas, é apelar a Deus conforme a sua Palavra?

E por isso mesmo, assim está revelado:

Deus é um fogo devorador.

Deuteronómio 4,24

E mais assim também está revelado:

O senhor é TERRIVEL

Eclesiástico 43, 29

Pois então:

Não penseis por isso que porque Deus é amor…. que Deus é fraco, pois que olhai:

Se Deus é amor porem Ele também é terrivelmente poderoso, e saiba-se assim que de Deus provem não apenas bênçãos entregues por espíritos bons, ( magia branca), como também Deus é Senhor da ira e de maldições entregues por espíritos maus, ( magia negra), e sobre todas essas coisas Deus é Senhor, e todas essas coisas podem a Ele ser clamadas através dos seus santos, tal como o foram através de Moisés.

Dizem alguns:

Mas Deus não quer nada com «magia negra», e por isso como podem vocês estar falando ao mesmo tempo de «Deus» e de «magia negra»?

Pois assim afirmamos:

«Magia branca» é apenas e somente o apelo a Deus ás suas «bênçãos», e «magia negra» é apenas e somente o apelo a Deus ás suas «maldições», pois que olhai:

Deus é Senhor tanto de «bênçãos» como de «maldições», pois que Deus é Senhor não apenas de anjos como de demónios, pois que Deus é Senhor de todos os espíritos e acaso haverá espírito algum que possa agir, existir e operar sem que Deus o permita?,pois acaso poderão haver espíritos tão ou mais poderosos que Deus que escapem ao Seu poder?

Pois assim cremos neste caminho de santo:

Deus é Senhor de todos os espíritos, e Deus é Senhor de todas as coisas, e por isso não existe espírito algum que possa sequer mexer um dedo sem Ele deixar, e por isso seja magia branca ou seja magia negra eis que nenhuma dará fruto sem Deus, e porem com o consentimento de Deus toda ela florescerá com portento.

E quem assim duvida, pois então assim se diz:

Olhai que assim revelam as escrituras:

1-Um espírito mau vindo de Deus possuiu o rei Saul, a fim que se cumprisse o destino de David (1 Samuel 18,10;19,9)

2-Deus enviou um espírito mau entre Abimelec e os senhores deSiquem , a fim de os dividir (Juízes 9, 23)

3-Satã com o consentimento de Deus desceu e amaldiçoou Job, para que nele se cumprissem os desígnios da fé( Job 1,6;2,1)

4-Amaldiçoado por Deus foi também o faraó do Egipto mediante Moisés, para que assim se cumprisse o projecto de Deus para o seu povo (Êxodo 3, 19; 6,1)

5-Um espírito mau e de mentira infestou os profetas de Deus a mando do Senhor, para que eles enganassem o rei Acab e ele morresse numa guerra ( 2 Crónicas 18,20-22)

6-Anjos maus e portadores de desgraças comandos por Deus foram enviados pelo Senhor para gerar as pragas que se abateram sobre o faraó do Egipto (Salmo 78,43;49)

7- Satã foi enviado directamente por Deus, para tester a fé de David, e por isso o demónio por ordem de Deus insinuou-se-lhe para o levar a fazer o recenseamento (2 Samuel 24,11; Crónicas 21,1)

Em resumo:

Perante tantos e tamanhos testemunhos na palavra de Deus, como se pode negar que Deus comanda não apenas anjos bons, mas também que Deus comanda todos os espíritos e demónios, e assim:

Como negar perante tamanhas evidencias que Deus tem poder ate mesmo sobre Satã e todos espíritos maus?…. e como negar que todas as coisas, tanto os espíritos bons como os espíritos maus, estão sob autoridade do Senhor  e podem por Ele ser usados para fazer cumprir a sua vontade e os seus projectos?

Pois então:

Haverá porventura alguma coisa que escape ao controle e á ordem do Senhor?, e será o Senhor um Senhor não de «todas» as coisas, mas apenas Senhor de «algumas» coisas?

Pois assim sendo:

Como negar então que as escrituras nos revelam incontáveis exemplos de como Deus usou sob sua autoridade tantos anjos como demónios?, e que por isso Ele mesmo praticou exemplos seja de «magia branca» como de «magia negra»?

Pois então:

Como negar então que sejam anjos, sejam demónios, sejam quetipo de espírito for, porem todos os espíritos estão ao serviço de Deus seja em bênçãos ou em maldições, ou seja:

Seja na «magia branca», ou seja na «magia negra»?

Pois então:

Todos estes espíritos podem realizar as suas obras com a autorização de Deus, e porem sem o seu consentimento nenhum deles vencerá em coisa alguma.

E por isso:

Se ate mesmo Deus usa tanto espíritos bons, ( a magia branca), como espíritos maus, ( a magia negra), para através dessas forças fazer cumprir a sua obra….então como poderia Ele condenar a invocação destes poderes, se é o seu próprio ensinamento que ensina sobre a existência destas praticas?, e se é Ele mesmo que aponta para o seu legitimo uso?

Pois então:

Se ate mesmo Deus assim actua usando-Se seja de magia negra e seja magia branca, ( leia-se; usando de seja bênçãos e seja maldições operadas seja através de anjos ou seja através de demónios e todo o tipo de espíritos), então como pode tal ser mau?, se Deus Ele mesmo assim o pratica?

Olhai por isso:

Cuidai de observar estes assuntos não de forma simplista, pois que Deus é misterioso, e a sua obra não cabe no mero e pequeno entendimento humano.

A magia negra e o exemplo de Balaão, um santo de Deus que a praticou

Um dos exemplos bíblicos de um santo de Deus, que havendo sido abençoado por Deus praticou tanto a magia branca, ( as bençaos de Deus), como a magia negra, ( as maldições de Deus), foi Balaão.

Balaão celebrava magia branca, ( as bênçãos de Deus), e as magia negra, ( as maldições de deus), e contudo jamais as usou senão com autorização de Deus, pois que reconheceu que toda a magia branca ou negra apenas poderia operar os seus fins através de Deus, pois que assim está escrito:

Balaão respondeu aos enviados de balac:« Ainda que o rei Balac me desse o seu palácio cheio de mouro ou prata, eu não poderia desobedecer á ordem de Deus , em coisa nenhuma , grande de ou pequena»

Números 22, 18

Assim se sabe que apesar de praticar ma magia negra e branca, Balaão apenas o fazia  sob obediência de Deus, pelo que foi tido com um santo de Deus, pois que assim foi revelado:

Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem de olhos penetrantes, oráculo de quem ouve as palavras de Deus e conhece a ciência do altíssimo. Ele vê aquilo que o Todo Poderoso mostra

Números 24, 3-4

Mais se sabe que Balaão foi um santo de Deus, pois que sobre ele desceu o espírito santo, e pois que assim está escrito:

Então o espírito de Deus desceu sobre ele [ Balaão]

Números 24, 2

Pois que mesmo praticando magia negra e magia branca, Balaão como são Cipriano foi tido como um santo de Deus por aceitar Deus no seu coração com fé e temor, e por jamais praticar a sua magia sem que o fizesse com autorização de Deus, pois que assim está escrito:

Eu não poderei ir contra a ordem de Deus, fazendo o mal ou o bem por contra própria

Números 24, 13

Contudo, também se sabe que Balaão ao assim agir, assegurou que todas as magias negras ou brancas por si praticadas, firmavam-se estabeleciam-se, pois que assim está escrito:

Fica abençoado quem abençoas, e fica amaldiçoado quem amaldiçoas

Números 22, 6

Também se sabe que Balaão praticou a magia negra e a magia branca com fé e conforme os saberes mais ancestrais das escrituras, e por isso as bênçãos ou maldições por si intercedidas edificavam-se, e isso sabemos pois que assim esta escrito:

Então Balaão disse a Balac: «Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me sete bezerros e sete carneiros novilhos e sete carneiros.» Balac fez cconfome balaao tinha pedido, e os dois oferecram em holocautos um bezerro e um carneiro sobre cada altar

Numeros 23, 1-2

Por ultimo, e apesar de balaao exercer a magia negra e a magia branca, eis que se atesta que ela era verdadeiramente um santo do Senhor, popis que ele profetizou a vinda de Jesus a este mundo:

Eu vejo-O mas não é agora; eu comtemplo-o, mas não de perto: uma estrela avança de jacob, um ceptro levanta-se em isarael

Numeros 24,17

Pois por tudo isto de sabe que a magia negra e a magia branca podem ser celebradas com a anuência de Deus e sob a autoridade de Deus,  e que assim fazendo-se, podereis ver maravilhas produzidas em todos os aspectos das vossas vidas.

E pergunta-se: estarei praticando o mal ao fazer uso da magia negra?

Noutras doutrinas não saberemos o que vos responder, e porem na doutrina do «caminho dos santos», ao clamar pelas maldições de Deus em favor do vosso sofrimento e em vossa justa defesa, não estais senão fazendo aquilo que assim está revelado:

Tudo existe até hoje conforme as tuas normas, pois todas as coisas Te servem a Ti

Salmo 119,91

Pois assim se sabe que todas as coisas existem conforme a Lei de Deus, e todas as coisas servem a Deus e são por Deus comandadas. E por isso assim se sabe que tanto anjos bons como anjos maus, tanto espíritos bons como espíritos maus, e por isso tanto magia branca como magia negra…. todasessas coisas estão ao serviço de Deus e servem a Deus, e sobre todas essas coisas Deus tem poder. E por isso, assim está revelado:

Eu enviarei diante de ti o meu terror (…)

Êxodo 23,27

Pois assim se sabe que Deus é não apenas Senhor de maravilhas, como Senhor dos maiores terrores, e assim Deus é amor mas também é ira, Deus é bênção mas também é maldição, Deus comanda anjos de luz como anjos de terrores, Deus é Senhor de magias brancas ou negras, e Deus é Senhor de todas as coisas.

E assim, em clamor e fé todas essas coisas lhe são possíveis de pedir através dos seus santos, tal como foram por Ele manifestadas através de um santo como foi Moisés.

E assim se o fizerdes em vossa defesa através de um santo de Deus, num altar a um santo devotamente dedicado, e com fé no vosso coração….eis que apenas estais usando o poder de Deus em toda a sua extensão, pois que assim está escrito:

A Mim pertencem a vingança e a represália

Deuteronómio 32,35

Assim, como negar que se o Senhor é amor e compaixão e por isso gerador de bênçãos, (a magia branca), também ele é Senhor de vinganças e maldições, ( a magia negra), e que todas essas coisas estão sob o seu magnifico e terrivel poder? E como assim negar que ao Senhor apelar em todas estas coisas, é apelar a Deus conforme a sua Palavra?

Apenas aqueles que julgam que Deus sendo amor…. logo é fraco, é que assim o poderão pensar, pois que os que lendo os saberes directamente provindos da Torah hebraica e das escrituras judaicas, facilmente verão que ali está escrito:

O senhor é TERRIVEL

Eclesiástico 43, 29

E mais assim está revelado:

Dizei a Deus: «como são terríveis as tuas obras! (…) que toda a terra se prostre na tua presença!»

Salmo 66,3-4

Pois assim se sabe que as obras de Deus podem ser de amor, mas elas também podem ser de maldição e de poder inigualável, pois que elas são terríveis.

E são terríveis as obras do Senhor, pois que sobre o seu poder tudo se verga, e tudo Ele comanda, seja na terra ou no céu, sejam anjos ou demónios, seja magia negra ou magia branca.

Sobre tudo isso Deus tem poder, e tudo isso pode ser clamado através de um santo de Deus, e como podem quaisquer dessas coisas existir e funcionar, ( seja magia branca ou magia negra?, seja a bênção de anjos ou a maldição de demónios?), sem a anuência e o poder de Deus?

Acaso julgais que Deus apenas reina no céu, mas que é impotente na terra ou nos infernos?

Acaso julgais que Deus não tem poder sobre todas as coisas, e que todas as coisas por isso Lhe podem ser clamadas e através d’Ele operar?

Se assim pensais, então tenhais uma fraca imagem de Deus, e Deus não é fraco, mas sim Senhor de todas as coisas….tanto de magia brancas, como mais mais terríveis e negras.

Para saber mais, e desmistificar preconceitos, leia também: religião de Santeria

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Teosofia- Teomancia- Kabalah-Gematria

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Teosofia- Teomancia- Kabalah-Gematria

Astrologia1

A Teosofia  é um estudo esotérico que se debruça sobre os mistérios divinos.

 

A Teosofia dedica-se ao estudo das leis de Deus, ou das leis do mundo espiritual e das esferas celestes.

Os que conhecem a Teosofia,  conseguem comunicar com espíritos de mortos e anjos, espíritos de luz e espiritos terrenais, fazendo-os actuar no sentido de obter certos resultados na vida das pessoas, sendo essa a esfera dos seus trabalhos místicos.

A Teosofia diverge da teologia, porquanto a teologia limita-se a estudar filosoficamente as doutrinas espirituais sobre as quais se debruçam as suas reflexões.

A Teosofia,  enquanto um sistema de conhecimentos espirituais e celestes, é também um conhecimento de teor teológico;  Contudo  a Teosofia possui depois uma «praxis», ou uma vertente de aplicações ao mundo físico, ou seja, possui um leque de conhecimentos com implicações muito praticas e muito objectivas na vida das pessoas. A Teosofia, ao contrário da Teologia, não só se limita a ser um estudo apenas teórico ou «passivo» dos assuntos espirituais, mas é uma ciência esotérica que permite fazer uso dos conhecimentos espirituais para realizar tarefas místicas e trabalhos esotéricos com consequências muito objectivas.

A Teosofia possui uma vertente teórica e uma vertente pratica.

Uma das vertentes da «theoria» na Teosofia, é a Kabalah, ou seja, a ciência de Deus, ou seja, o estudo das Leis de Deus ou das Leis que regulam o mundo espiritual.O estudo desta ciência é fundamentalmente baseado nos textos sagrados e em todas as verdades místicas e sabedorias magicas que estão subtil ou secretamente inscritas naqueles textos bíblicos e outros directamente relacionados, mas que são secretos e por isso não são aqui revelados.

Uma das vertentes da «praxis» na Teosofia,  é a Gematria, hoje em dia vulgarmente denominada como «Numerologia», sendo que esta é uma técnica muito pratica para dois fins: por um lado, é um instrumento de descodificação dos segredos ocultamente inscritos nos textos sagrados, ao passo que por outro lado, é um instrumento muito pratico de produção profética, pois permite conhecer e mesmo dominar de forma objectiva as leis e realidades espirituais que afectam a nossa existência terrena e física.

No seu todo, a, Kabalah e Gematria constituem um saber hebraico milenar denominado Teomancia,  que é uma complexa ciência esotérica, a chamada ciência das leis de Deus, ou ciencia das leis e mecanismos do mundo espiritual.

A origem da numerologia cabalística remonta os tempos dos sábios da Babilónia e do Egipto dos faraós, fazendo parte do ensino dos Grandes Mistérios.

Na Grécia antiga os filósofos iniciados, ( alguns dele que tiveram mesmo contactos culturais com o Egipto), também trabalharam através da numerologia com a finalidade de conhecer as Leis espirituais que regulam e governam o mundo espiritual, bem como a vida terrena.

Moisés, que tinha tido acesso aos conhecimentos esotéricos e mágicos da corte Egípcia que frequentou e onde estudou, ( sendo um conhecedor profundo dos mistérios da teologia e do misticismo, conhecimentos entre os quais se encontrava a Numerologia Mística), foi ele mesmo o escolhido para receber as Leis e as palavras de Deus, tanto aquelas que o povo deveria conhecer, como aquelas que são secretas e contem verdades divinas ocultas.

Presentemente coexistem vários sistemas numerológicos, mas a verdade é que toda a numerologia descende da cabala, ou kabbalah, que é uma ciência esotérica com mais de 3.000 anos dedicada ao estudo das sagradas escrituras e das realidades espirituais

A NUMEROLOGIA CABALISTICA vem sendo usada há milhares de anos, e hoje não é raro vermos artistas alterando o nome segundo os padrões da NUMEROLOGIA.

Também empresários buscam na Numerologia orientação frente ao competitivo mercado, fazendo da Numerologia uma estratégia de vendas.

Enfim, a NUMEROLOGIA não é uma crendice vulgar, mas uma ciência esotérica aceite pelas classes cultas de todo o mundo.

Muitas vezes encontramos explicações sobre a numerologia onde se diz que os números possuem um poder sobre as pessoas.

Isso é uma mentira bondosa, dita ao não-iniciados, para lhes tentar dar uma explicação lógica sobre esta ciência esotérica, sem contudo revelar os verdadeiros segredos dessa mesma ciência.

Na realidade, e não podendo entrar em mais detalhes, apenas posso dizer que os números não possuem em-si e por-si qualquer poder, mas antes eles são representações desses poderes, leis e essências espirituais que governam a vida espiritual e a vida física.

E entender o que os números representam dentro dum determinado contexto,( num texto Bíblico, num nome de uma pessoa, numa data de uma evento, etc), permite ter acesso ao conhecimento dessas leis e essências divinas que nos governam, podendo assim saber o passado, o presente e o futuro e até mesmo usar os mecanismos espirituais de Deus a nosso favor, desde que por boas causas.

Pelos números, (enquadrados num certo contexto), podemos assim aceder a um conhecimento de realidades espirituais, podemos receber mensagens do mundo espiritual, podemos entender a leis divinas que orientam as nossas vidas, podemos saber sobre coisas, acontecimentos, eventos, etc.

Da mesma maneira que um físico,( como Einstein), usou os números de forma cientifica ,( a matemática avançada), enquanto um instrumento de representação abstracta de realidades fisicas que ele estudava, (realidades atomicas e subatomicas, cosmicas, temporais, etc), para assim as entender e depois manipular…. Também os números tem a mesma aplicação no plano espiritual. Por eles conseguimos entender a mecânica das realidades divinas, o entendimento de Deus, a criação espiritual de Deus, as Leis espirituais que governam este mundo e outro, o que já sucedeu e o que vai suceder, etc….

Podemos mesmo usar esse conhecimento sobre as Leis divinas a nossa favor, da mesma forma que um electricista usa as leis do electromagnetismo para trazer luz a uma casa, ou que um engenheiro aeronáutico usa a lei da gravidade e da física para construir uma avião que voa bem e que nos transporte para onde desejamos.

A Numerologia Bíblica ou Cabala, é secretamente chamada de «Gamatria» ou «Gematria», e é o estudo das palavras quando “traduzidas” em números e vice-versa. Ou seja, o estudo do sentido oculto de letras, palavras e frases através da numerologia.

As palavras e/ou frases possuem distintos valores numéricos e estes valores numéricos configuram valores que sinalizam acontecimentos, sinais, mensagens, etc… ou representam essências divinas e Leis espirituais de Deus.

Trata-se de um conhecimento secreto transmitido de forma codificada ao homem através das sagradas escrituras, um conhecimento dado directamente por Deus.

Em Êxodo podemos ler que Deus escreveu a Sua Lei pela Sua própria mão e a entregou a Moisés.

Nessas palavras divinas escritas pela própria mão de Deus, encontram-se mensagens e conhecimentos acessíveis todos aqueles que lêem os textos sagrados, mas depois e para alem disso, encontram-se igualmente , a um nível mais avançado e mais profundo, um conjunto de conhecimentos codificados e ocultos por detrás da letra do texto bíblico, apenas acessíveis a quem tem a «chave» que permite descodificar e conhecer esses saberes ocultos. Em bom rigor , a Gematria é um método numerologico, magico e esotérico, utilizado no estudo das escrituras, de forma a retirar destas os secretos ensinamentos de Alta Magia que neles se encontram ocultamente inscritos.

Imensas referencias á Numerologia Cabalística, mais ou menos discretas, podem ser encontradas estão na Bíblia Sagrada.

Provavelmente você já ouviu falar de Abraão. Abraão foi o rico e poderoso patriarca das mais seguidas e poderosas religiões do mundo: Catolicismo, Judaismo, Protestantismo e Islamismo.

Porém, Abraão não tinha esse nome.

Deus muda o nome do sacerdote caldeu Abrão para Abraão, ao instituir o pacto entre eles.

E não só isso, muda também o nome de sua esposa, Sarai, para Sara.

Esse pacto pode ser visto em Gênesis 15, e as mudanças de nome, nos versículos 5 e 15.

Seria essa mudança, por ordem de Deus, omnipotente, omnisciente, omnipresente e todo poderoso criador…. Um mero capricho repetido ao longo dos tempos e em vão? Não. As intenções de Deus ao mudar os nomes das pessoas conforme o seu papel e o seu destino tem claramente uma intenção divina muito bem dirigida e reiterada ao longo de diversas situações. E isto demonstra o poder e o papel dos nomes, das letras e dos números no saber divino e espiritual de Deus.

Em Apocalipse podemos também ler que futuramente os eleitos de Deus que serao salvos, receberao tambem um novo nome, um nome ainda secreto e desconhecido.

Ainda em Gênesis, pode se ver a mudança do nome deJacó, para Israel (Gen 32:28).

No Novo Testamento, também pode se ver que Jesus Cristo, muda o nome de alguns apóstolos, por exemplo, Simão, que se torna Pedro, e Lebeu, que se tornaTadeu.No mesmos livros, podemos ver como o nome de São João Batista é alterado logo á nascença para estar em conformidade com os planos de Deus, e é também possível encontrarmos em Isaías o nome que Jesus deveria de receber, caso não houvesse sido mudado para Jesus, de forma a que ele assumisse as profecias e fosse verdadeiramente filho de Deus.

Em todos estes exemplos podemos ver como o nome é de extrema influencia no papel que uma pessoa vai desempenhar na sua vida.

O próprio nome de Deus contem uma essência divina extremamente poderosa.

Em Génesis podemos ler que Henoc foi o primeiro a conhecer e a invocar o nome, ( secreto), de Deus e por isso Deus esteve com ele. Aliás, em todo o texto Bíblico o conhecimento e inovação do nome secreto de Deus é uma chave de poder espiritual, e a Sua Palavra é fonte de vida eterna, ou seja, na sua palavra está a ciência de Deus e a fonte da sabedoria espiritual.

Por aqui podemos reconhecer o poder dos nomes e das palavras, enquanto instrumento que representa saberes e essências divinas.

Esses são alguns exemplos remotos da existência da Numerologia Cabalística.

Na verdade a numerologia é uma derivação da Gematria, um ramo da Cabala, que utiliza o alfabeto hebraico como base.

A numerologia actual seria então uma adaptação dos princípios da Gematria para o alfabeto romano.

 

A raiz da Cabala e das «Sephirot»

A raiz de toda a pratica cabalístico – numerológica é a Ain Soph , que em hebraico significa «sem limites».

Na cabala, esta noção corresponde á própria noção de «Deus», ou seja: um ser sem limites, infinito e eterno; um ser que sempre existiu e que não foi gerado por nenhuma causa,  mas que por outro lado é a causa geradora de todas as causas e logo de todos os efeitos; um ser sem substancia física mensurável nem quantificável; um ser que precedeu a própria existência, que gerou a existência,  e que por isso transcende a própria existência.

A noção é de tal forma abstracta, que é difícil apreende-la sem algum esforço intelectual, e de resto, os cabalistas desde logo avisam que Deus é totalmente incompreensível á mente humana, tal é a vastidão e complexidade da sua essência.

È por isso impossível á mente humana conceber racionalmente esta noção de «Deus», e tudo o que podemos fazer é tentar entender as manifestações de Deus na sua Criação.

È aí que se fala então das «Sephirot».

As «Sephirot» são emanações de Ain Soph, ou de Deus, que se conjugam entre si para formar a «Arvora da Vida».

A «arvore da vida» estudada pelos cabalistas, é um conjunto esquemático que representa as citadas emanações de Deus, ( as «sephirot»), actuando como que uma formula que permite equacionar e assim conhecer as leis e forças espirituais que tanto regulam o mundo celestial , como influenciam a nossa existência no mundo físico.

Uma das razoes pelas quais os cabalistas avisam que a mente humana não consegue alcançar o conceito de Deus,

é porque para estes Deus corresponde á noção de «não ser»,

o que nitidamente constitui um conceito incompreensível e para alem dos limites cognoscíveis da mente humana.

 

Eis que se tenta abordar essa noção terrivelmente abstracta de «não ser», através dos seguintes postulados:

 

Antes do universo existir, nada existia.

E contudo, de acordo com as mais avançadas teses quânticas e cosmológicas,

foi a partir desse «nada» que se gerou a energia primordial que atingindo um ponto crítico, «explodiu»,

dando origem ao «big bang» que gerou todo o universo.

 

Ora, eis que se eleva a primeira pergunta:

 

Se nada existia antes dessa dita energia,( que atingindo um ponto critico, deu origem ao universo),

então de onde veio essa energia?

Como pode o «nada» gerar «algo»? Como pode o «não ser», dar origem ao «ser»?

 

Eis que é nesse «não ser», que os cabalistas encontram: «Deus».

 

Para certos cabalistas, «Deus» é essa causa e ser primordial,

um ser que por nada foi gerado, um ser que se auto – gerou,  e um ser que assim gerou toda a existência.

 

Deus está por isso para alem dos limites da própria existência, pois ele já existia antes da existência e gerou tudo o que existe.

 

E se Deus existe para alem do ser, então ele é o «não ser» que deu origem ao «ser».

 

Outro conceito cabalístico que reforça a noção do «não ser», é fundamentado com o seguinte argumento e consequente principio:

 

Se se diz que «Deus é espírito», na verdade é que do ponto de vista do nosso universo físico,

«Deus», ( ou aquilo a que chamamos espírito),  não é, de facto “nada”, ou seja:

Ele não se pode medir, nem pesar,  nem quantificar; Ele não é feito nem de matéria,  nem de energia, ou seja:

ele não é por isso nem mensurável, nem definível , á luz dos padrões do mundo físico.

 

Logo, «Deus»  é por isso «nada»,

ou pelo menos um «nada» de acordo com aquilo que existe dentro dos limites do nosso universo material.

 

Um dos exemplos que ajuda a entender melhor esta principio da «não manifestação», ou «não ser», reside na própria astronomia e física quântica.

 

Senão veja-se:

 

De acordo com os mais avançados estudos astronómicos, sabe-se que o universo esta em constante expansão;  no entanto,  nada existe fora do universo, pois o universo é tudo o que existe.

 

Mas se assim é,  pergunta-se:

 

Se nada existe fora do universo, para onde se esta ele a expandir?, uma vez que fora dele não há “nada”?

 

È precisamente nessa noção de «nada»,  que encontramos a noção cabalística de Deus:

esse «nada» é algo que nós simplesmente não conseguimos entender, porque os limites da nossa estrutura cognoscível não conseguem alcançar algo que é feito de «nada», ( que não pode ser medido nem quantificado, que não é feito nem de matéria nem de energia), algo absolutamente infinito e totalmente eterno.

 

Ain Soph representa esta noção filosófica e teológica de Deus criador, ao passo que as «sephirot» da cabala representam as forças e energias que emanam de Ain Soph e que, por um lado regulam e regem o mundo espiritual, ao passo que também influenciam a nossa existência.

 

Para as religiões politeístas, as «sephirot» são vistas na forma de Deuses, ao passo que para a astrologia as «sephirot» são entendidas como as varias e diferentes forças emanadas dos corpos celestes e que influenciam as nossas existências.

 

Cada cultura, assim como cada religião, tende a observar as «sephirot» da forma que lhe é mais agradável: alguns tendem a representar estas forças e energias na forma de Deuses com características mais ou menos humanas, outros tendem a ver as energias das «sephirot» como emanações dos astros.

 

Seja como for, estas forças espirituais existem, e podem ser equacionadas e estudadas.

 

Segundo os cabalistas, elas podem mesmo ser usadas a favor de quem conhece estas leis e energias, da mesma forma que as leis e energias do mundo físico podem ser usadas pelos cientistas a favor do homem.

 

Segundo os cabalistas, os números podem também ser usados e aplicados a fórmulas esotéricas, (numerologia), para entender e manipular estas forças espirituais a nosso favor, da mesma forma que os números também podem ser usados nos cálculos matemáticos para entender e manipular as forças, leis e energias do mundo físico a nosso favor.

 

Matemática e numerologia são para os cabalistas duas faces da mesma moeda, ou seja:

os números aplicados ao estudo e manipulação do mundo físico, é o processo ao qual chamamos: «matemática» ;

os números aplicados ao estudo e manipulação do mundo transcendental ou supra-fisico é o processo ao qual chamamos: «numerologia».

 

Os vários ramos da Cabalah

 

Existem 4 ramos da Cabalah:

 

Cabala pratica debruça-se sobre a esfera das operações magicas e rituais esotéricos
Cabala dogmática debruça-se sobre o estudo do próprio sistema cabalístico
Cabala literal ramo da cabala que estuda os valores numerológicos das palavras
Cabala oral ramo da cabala que se ocupa do estudo da arvora da vida e as suas «esferas»

 

 

 

De todos estes ramos da cabala, emanam poderosas técnicas místicas.

Porque é imprescindivel conhecer o poder da palavra e os segredos da Kabalah?

Pela palavra Deus realizou a sua obra, criando tudo o que existe.

O poder da palavra esoterica é tão grande, que em Génesis podemos ler que Deus confundiu essa palavra aos homens, assim mantendo secreto esse magnifico saber, de forma a que o homem nao pudesse realizar obras tão maravilhosas como as do próprio Deus

Pela palavra, (hebraica), Deus falou com o homem, através de Abraão e Moisés.

Pela palavra o homem fala com o homem, e assim se desenvolveu a sua sapiência

Por isso, também pela palavra, o homem pode falar com os mais poderosos espíritos da luz ou das trevas, encomendando-lhes fins e propósitos.

Contudo, o homem apenas o pode realizar pela palavra das línguas misticas que os velhos e ancestrais espíritos reconhecem com poder de lei e que respeitam.

Pois esse conhecimento, o saber das velhas e ancestrais línguas magicas, é mantido secreto pelos verdadeiros magos e magas, feiticeiros e feiticeiras. È uma chave poderosíssima, revelada apenas aos herdeiros destes saberes, saberes ancestrais herdeiros da sabedoria do rei Salomão.

Num feitiço verdadeiro, ao elemento místico que foi preparado para realizar as devidas conjurações dos espíritos, ( desde pós e essencias misticas raras, ao sangue e a outros elementos esoterico-liturgicos), junta-se em sede de um ritual, a palavra mística, secreta, poderosa, ponte entre mundo fisico e mundo espiritual, toda ela uma força invocatória que molda a conjuração e nomeia as entidades convocadas, ao passo que formuladora de obrigações e estipuladora de fins.

Assim os espíritos cumprem com os fins invocados.

Nestes 2 elementos, reside a força de um feitiço, e o poder de uma profecia para abençoar ou amaldiçoar.

 

A  Kabalah, a magia negra e a magia branca.

 

As «Sephirot» da «arvore da vida» Kabalista, representam as varias forças e energias espirituais que existem, e que actuam tanto sobre toda a existência, ( seja a nivel do mundo espiritual, como do universo fisico), como tambem sobre as nossas vidas.

 

São forças espirituais invisíveis, e são leis do mundo espiritual, leis intangíveis e no entanto, a sua existência é atestável através dos processos matemático – numerológicos das ciências místicas hebraicas.

No grande esquema da «Arvore da Vida», o pilar esquerdo da arvore, formado por Hod (Mercúrio), Gevurah (Marte), e Binah (Saturno), é gerador de trevas, ao passo que o pilar direito da arvore da vida constituído por Netzach (Vénus), Hesed ( Júpiter) e Chokmah (Urano), configura a fonte de luz.

Os processos mágicos de magia negra devem por isso ser canalizados á esfera espiritual de Yesod, com a finalidade de captar as influencias espirituais do pilar esquerdo da arvora da vida, ao passo que os processos mágicos demagia branca devem ser canalizados a Yesod, com o objectivo de captar as energias espirituais do pilar direito da arvore da vida.

O pilar central da arvora da vida, constituído por Malkut (Terra), Yesod (Lua), Tiphareth (Sol), Daath (Plutão) e Kether ( Neptuno),  tanto pode ser usado como meio de canalização de processos de  comunicação com as esferas celestiais, ( e logo com Deus), assim como veiculo de realização de tarefas magicas cuja a natureza seja complexa e importe por isso tanto influencias do pilar esquerdo como direito.

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Origem da Kabalah

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Fontes teológicas hebraicas e origem da Kabalah

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Segundo a astrologia na perspectiva de alguns cabalistas, os astros são formas de manifestação, ou de deus e da vontade divina, ou da natureza e das suas energias, ou das forças espirituais e das suas leis, no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Assim está escrito:

 

Deus disse:« Que existam luzeiros no firmamento do céu,

para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos;

e sirvam os luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra»

Génesis 1, 14-15

 

Assim interpretam os seguidores da Astrologia Kabalista, que Deus criou os astros com duas funções declaradas:

 

I

uma função natural:  que é aquela que a astronomia estuda e que nos revela os calendários segundos os quais a nossa vida é regida;

II

uma função espiritual: que é aquela que a astrologia kabalista estuda, e por via da qual a Luz e força que emana de  Deus ilumina a terra e as nossas vidas, guiando-nos através das trevas .

 

Existem 4 ramos da Cabalah:

 

 

Cabala pratica Debruça-se sobre a esfera das operações magicas e dos rituais esotéricos
Cabala dogmática Debruça-se sobre o estudo do próprio sistema cabalístico
Cabala literal Ramo da cabala que estuda os valores numerológicos das palavras
Cabala oral Ramo da cabala que se ocupa do estudo da arvora da vida e as suas «esferas»

 

A teosofia fundamentada na Kabalah e concretizada através de Gematria, permite desvendar os segredos das Leis espirituais e do mundo espiritual, assim como obter revelações proféticas.

No entanto, para quem pretende entender os fundamentos ontológicos e etiológicos destas ancestrais ciências místicas, convêm que conheça os pilares teológicos que sustentam a sua existência.

Por isso mesmo, esclarecem-se aqui as fontes fundamentais do saber teológico hebraico.

Os conhecimentos religioso e místicos hebraicos, advêm de 5 grandes fontes:

*      Tora

*      Talmud

*      Midrash

*      Kabalah

*      Zoahr

Os fundamentais conhecimentos religiosos hebraicos, advêm de duas fontes fundamentais:

uma fonte de tradição escrita, e outra de tradição oral.

 

A fonte de tradição escrita é a Tora, e a de fonte oral é o Talmude.

 

A Tora, é constituída pelos cinco primeiros livros da Bíblia, aquilo a que os cristãos denominam de Pentateuco. Nesses cinco livros reside o texto central do Judaísmo. A Tora, segundo descrito pelos hebraicos, é formada pelos seguintes livros:

*     בראשית, Bereshit – No princípio , ou Génesis

*     שמות, Shemot – Os nomes , ou Êxodo

*     ויקרא, Vaicrá – E chamou , ou Levítico

*     במדבר, Bamidbar- No ermo , ou Números

*     דברים, Devarim – Palavras , ou Deuteronómio

 

Se a Tora concerne á tradição escrita por via da qual os ensinamentos espirituais foram facultados aos hebreus, por outro lado o Talmud respeita á tradição oral por via do qual esses mesmos conhecimentos foram transmitidos ao Homem, e passados de geração em geração.

Segundo os saberes místicos hebraicos, as leis de Deus foram reveladas a Moisés não apenas por via escrita (a Tora), mas também através de um conjunto de conhecimentos transmitidos oralmente, e que devem de ser igualmente transmitidos pela via da oralidade de pai para filho, de mestre para discípulo.

O Talmud acabou sendo uma obra que compila discussões, comentários, tradições, lendas, histórias, saberes religiosos e místicos hebraicos acumulados ao longo dos tempos, por via desta tradição oral.

O Talmud assistiu á sua elaboração e compilação desde o Sec. I ao V d.C.

Para além da Tora e do Talmud, alguns dos saberes místicos e teológicos hebraicos fundamentais, podem também ser encontrados no Midrash.

Essa é uma obra que consiste numa narrativa que se formou, também ela, com fundamento na tradição oral (Talmud), que foi sendo criada a partir do Sec. I d.C. e que acabou assistindo á sua primeira compilação escrita por volta de 500 d.C., no livro Midrash Rabbah.

O Midrash, é etimologicamente composto por dois termos hebraicos: “Mi” que significa “quem” e “Darash” que significa “pergunta”. Significa por isso: «quem pergunta», ou «aquele que pergunta», revelando o próprio nome que se trata de um processo de investigação e procura de sabedoria.

O Midrash foi sendo aprofundado no seio das sinagogas, com a finalidade de adequar as escrituras á vivência prática (familiar, social, etc), das comunidades Judaicas, por vezes ao longo de momentos históricos difíceis.

O Midrash foi sendo desenvolvido com o objectivo de fazer uma investigação e interpretação mais aprofundada das Escrituras, tentando mesmo formular uma união entre a tradição oral e a tradição escrita.

O Midrash comporta uma série de «Midrashim» (plural de Midrash, significando que são uma série de textos «Midrashicos»), que foram agrupados no Sec. V, sendo essa complicação denominada por Midrash Rabbah. Cada texto (Midrashim), é uma visão interpretativa relativa á escritura sobre a qual se debruça.

Outra das fontes de conhecimentos místicos, esotéricos e mitológicos do saber teológico hebraico, é a Kabalah.

A Kabalah consiste num sistema religioso e filosófico, no qual se acredita que as Escrituras contêm um conjunto de segredos espirituais ocultos, ao qual apenas conseguem aceder aqueles possuidores de determinados métodos que são a «chave» que permite decifrar e aceder a esses saberes.

A Kabalah afirma deter esses métodos, sendo que esses consistem em processos numerológicos.

A kabalah ensina que cada letra, cada palavra, cada número e cada passagem das Escrituras, encerram significados e sentidos ocultos, que uma vez desvendados, permitem aceder a preciosos saberes espirituais.

A Kabalah é a vertente mística do Judaísmo, sendo que uma das suas obras fundamentais é o texto «Sefer Yetzirah» (Livro da Luz), que consta ser anterior ao Sec. XIII, embora existam outras obras que se acreditam serem anteriores ao Sec. VI.

Por ultimo, falamos brevemente do Zohar.

O Zohar, é um dos mais relevantes trabalhos que emanam da Kabalah, é uma das obras mais relevantes do misticismo hebraico.

O Zohar não é propriamente um livro, mas tal como a bíblia, é antes um conjunto de livros. Neles, muitos saberes místicos sobre a origem do mundo e da humanidade, sobre Deus, sobre as almas e a espiritualidade, etc. são revelados.

O Zohar debruça-se sobre a Tora, proferindo sobre os cinco textos (em Aramaico e Hebraico), comentários místicos.

Alega-se que o Zohar terá aparecido em Espanha por volta do Sec. XIII, contudo sendo-lhe atribuída a autoria a um rabino do Sec. II.

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Astrologia- os signos e o amor

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Astrologia- os signos e o amor

Astrologia e amor

Cada signo do Zodíaco, regido que é por influências celestiais e forças espirituais distintas, tende a viver o amor de formas diferentes.

Claro que esta breve analise astrológica da correspondência entre signos e o amor é muito sumaria, porquanto uma pessoa não se reduz aos parâmetros gerais de um signo zodiacal, mas antes é um conjunto muito mais vasto, contingencial e particular de influencias que apenas um aprofundado de estudo de astrologia pode determinar.

Contudo, em linhas gerais, eis como cada signo sente e responde ao amor:

 

Carneiro Corajoso, dono de franqueza, por vezes descai para a impulsividade. È um signo de força e de luta na vida. As paixões ou interesses tem de estar bem acesos e vivos, ou perde-se o interesse e a chama do carneiro apaga-se. Gosta de alcançar, de ter ou de possuir, vive com essas metas presentes consciente ou inconscientemente. È permeável a fortes paixões. Tem de ser regularmente prendado com motivos de interesse, ou arrefece. 
Touro Pode ser extremamente sensual, mas também ciumento, podendo nalguns casos tornar-se possessivo. Quando ama, fá-lo com profunda sinceridade. Sabe ser paciente, mas também pode cair na teimosia ou obstinação. Os nativos de Touro necessitam de muito amor, muito calor, de alguma loucura mas compensada com segurança ao mesmo tempo, assim como de coisas bonitas á sua volta.
Gémeos  Necessita de estabilidade, assimila bem tanto informação como circunstancias, no entanto pode tender a dispersar-se. È flexível e adaptável, o que faz dos nativos deste signo sobreviventes, e que sobrevive vence. Gémeos necessita de segurança, mas não de sufoco. È na dualidade que se encontram as chaves de Gémeos.
Caranguejo Tem necessidade de protecção, acabando por procurar o pai, ( se é mulher), ou a mãe,( se é homem), nas suas parcerias. È sensível, mas tal qualidade em excesso pode fazer o nativo deste signo descair para o capricho. Os nativos de Caranguejo necessitam de um ninho, de um «porto de abrigo».
Leão É organizado, e também orgulhoso. È individualista e poder descair para o autoritarismo. Os nativos de Leão são exigentes e reivindicativos. Não se deve rivalizar nem competir com Leão, mas antes aceitar os seus pontos fortes, omitindo os restantes. È passional e sexual, é tendencialmente fiel, ciumento, idealista. È honrado e leal, capaz de grandes sacrifícios. Tem necessidade de um amor incondicional, leal e á prova de bala.
Virgem Gosta da ordem, foge do caos, é prestável, dedicado e pode-se contar com os nativos do signo Virgem. È dono de uma lógica muito particular, mas pode tender a cair num criticismo excessivo. È algo desconfiado, e por vezes vai armazenando interiormente sentimentos ou situações, ate explodir. È sensual e sensível ás necessidades da outra pessoa. Prefere uma relação segura a uma paixão arrasadora mas que resulte em consequências incalculáveis.
Balança È sociável, e contudo por vezes algo indeciso. Procura a harmonia, fugindo do que é desagradável e cause grandes convulsões. Gosta das coisas bem claras e formalizadas. O amor liga-se com estabilidade, por vezes decaindo para um conformismo. È um amante apaixonado, que contudo pode dar por si olhando para fora do relacionamento mesmo não sendo essa a sua intenção. Por vezes tem a sensação de algo lhe ter escapado na vida. O nativo de Balança necessita de partilhar sonhos e projectos, mas nunca de ser obrigado a sair do equilíbrio que tanto deseja.
Escorpião Possuidor de uma grande vontade e solidez de ideias, dono de grande tenacidade, tem as suas fronteiras rigorosamente definidas. Se mal tratado, pode ser profundamente destrutivo. È uma personalidade sólida, e altamente sensual. A sexualidade é um principio vigente dos nativos de escorpião. Se por um lado pondera os seus próprios impulsos, por outro lado é passível de se deixar cair nas mais ardentes paixões. O escorpião pode “divagar” fora dos limites de um relacionamento, mas não aceitará que lhe façam isso.Os nativo de escorpião deve sentir que é fundamental e necessário, ao passo que os seus ciúmes podem ser explosivos. Uma relação com um puro escorpião acaba sendo tão fatigante quão apaixonante.
Sagitário È bom e generoso, podendo descair para a vaidade ou excessiva domínação. Ama de perdidamente de cada vez, como se fosse a ultima. Idealista, é consequentemente ingénuo e pode cair em paixonetas. Detesta prisões, mas pode viver muito bem dentro dos limites de um relacionamento, desde que se não lhe lembre que ele esta feliz mas dentro de certos limites. As paredes devem ser de vidro para os nativos de Sagitário, de forma a dar-lhes a sensação que vivem em liberdade. Se levado a isso, Sagitário pode ser umnidificador, construindo ninhos em diversos locais, de forma a preservar a sua liberdade, ao mesmo tempo que obtendo a sua própria estabilidade interior
Capricórnio  É de extrema perseverança, sobrevivendo em condições onde outros morreriam. Gosta de controlar as situações, e tem franca necessidade de ternura e é orgulhoso. Pode possuir uma forte sexualidade, sendo que também por isso a sua maturidade emocional pode vir tarde. Ou cai num desenfreado ritmo de situações amorosas, ou finca alicerces num sólido e duradouro amor. O nativo de Capricórnio nunca deve ser ferido no orgulho, e necessita que sejam afectuosos com ele, que deixem a criança dentro dele sair para fora, que o amem como ele é.
Aquário  É capaz de despir a sua camisa para ajudar o próximo, é capaz de tudo dar para auxiliar. Pode no entanto cair em desregramentos e vai ao que deseja por muito que custe. È original. È inteligente e analisa-se bem. Pode cair em rupturas sucessivas, mas também ser fiel na relação em que se encontrar confortável. Tende a possui uma concepção muito própria da liberdade e do que é um relacionamento.
Peixes  È dedicado e intuitivo. Pode mesmo ser misterioso, e ate cair no abuso do que lhe dá prazer. Pode ser um romântico incurável, sofrendo por amor, ao mesmo tempo que cai em infidelidades e é por cima disto tudo sedutor. Deve-se estar preparado para aguardar com serenidade as suas fugas, pois se assim for ele voltará. Tende a procurar um sentido profundo ou escondido nas coisas, ou então a fascinar-se pelo que lhe agradou mesmo que não saiba porque é que lhe agradou. È vulnerável, “morre por amor” mas também “mata por amor”. Pode ser inesperadamente humano e amigo, sendo que necessita que sejam pacientes com ele.

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Astrologia

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A astrologia

ASTROLOGIA E CABALA HEBRAICA

 

Astrologia: Oráculo é uma resposta dada por um deus ou espírito a uma questão que lhe é colocada. A resposta de um oráculo traduz-se em revelações sobre o que vai suceder de forma a que um fim seja atingido, e a essas dá-se o nome de profecia. Uma religião é um conjunto de preceitos ou práticas por via das quais se comunica com um deus, seres celestes ou divindades. A astrologia, é um meio de produzir oráculos. Segundo a religião sibilina e de acordo com as tradições babilónicas e hebraicas, a astrologia é um processo de astromancia, ou seja: uma forma de ler nos corpos celestes a manifestação de entidades espirituais ou forças celestes.

 

A astrologia não dita futuros, antes ela revela as influências astrológicas e as forças espirituais que estão presentes nas nossas vidas e que tendem a fazer com que a nossa existência assumam certos rumos.

No entanto, a todos nós foi concebido livre arbítrio, ou liberdade de escolha. Pois assim está escrito:

Não digas:

«Foi por culpa do senhor (….)»

Desde o principio, Deus criou o homem e entregou-o ao poder das suas próprias decisões(….)

Ele pos-te diante do fogo e da água, e poderás estender a tua mão para aquilo que quiseres

Ecl 15;11-16

Se é verdade que somos influenciados por tendências, por eventos, por estados psicológicos, etc.; no entanto, também é verdade que perante tais tendências, somos livres de optar pelos caminhos que desejamos percorrer, fazendo de uma situação favorável uma derrota, ou transformando uma situação desfavorável uma vitoria.

E tanto assim é, que tambem está escrito:

 

Na desgraça o homem pode encontrar salvação,

enquanto que na fortuna pode provocar a ruína

Ecl 20;9

 

 

A astrologia é um meio de analisar essa esfera de influências celestes e forças espirituais que actuam sobre as nossas vidas, e de em conformidade com essas realidades espirituais, desvendar os bons caminhos que devemos seguir de forma a alcançar as nossas metas e ter paz, harmonia e felicidade na nossa vida.

A astrologia ao debruçar-se sobre o mundo das influencias celestiais que actuam sobre as nossas vidas e que geram as tendências que regem a nossa existência, pode-nos facultar um mapa que nos permite fazer o trajecto da nossa vida pelos melhores caminhos, evitando acidentes, infortúnios, revezes, contratempos, angustia, perdas e dor, ao passo que revelando os rumos que conduzem á felicidade.

Os astros podem representar as forças espirituais que regulam e influenciam este mundo, sendo que por eles Deus pode falar á sua criação. Disso mesmo podemos encontrar prova nas escrituras. Assim está escrito:

Alguns magos do oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram:

«Onde esta o rei dos Judeus recém nascido?

Nos vimos a sua estrela no Oriente e viemos para Lhe prestar homenagem»

Mateus 2,1-2

Pois foi através de um astro, que Deus revelou a vinda do Seu Filho, ( ou de um grande profeta, como queiramos entender de acordo com a nossa fé), ao mundo.

Foi estudando esse astro e a sua significação espiritual oculta, que os magos souberam ler a boa nova inscrita nos céus.

 

Astrologia ocidental

 

A astrologia ocidental é realizada através de cálculos de natureza astronómica, ( com recurso a tabelas de efemérides astronómicas), e a sua pratica é fundamentalmente baseada no “mapa astral” , que é equacionado a partir do momento em que uma pessoa nasce ou um certo evento ocorre; esta prática astrológica fundamenta-se na existência de 12 signos e 10 influencias celestes essenciais, e é tecnicamente sustentada nos conhecimentos e princípios astronómicos ocidentais.

Segundo esta técnica astrológica, o posicionamento cientifico – astronómico dos corpos celestes é fonte de influencia sobre pessoas e eventos.

A Astrologia ocidental centra-se fundamentalmente na astrologia natal, ou seja: no Mapa Natal de uma pessoa, ou o Mapa de Nascimento, aquilo a que comummente se chama: Horóscopo, ou Carta Astrológica.

O mapa natal descreve o posicionamento dos astros no momento do nascimento de uma pessoa, e dessa forma consegue determinar o mapa de influências celestiais que actuaram, ( e irão actuar para sempre), sobre essa mesma pessoa quando ela tomou contacto com o mundo pela primeira vez.

Nesse mapa é definido o «signo solar» e o «ascendente» de uma pessoa , ou seja:

O signo solar: é aquilo a comummente chamamos «o signo de uma pessoa», e corresponde á posição do Sol no momento do nascimento dessa pessoa. Para realizar o cálculo do signo solar, necessitamos da data de nascimento de uma pessoa. Por esse meio, é verificada a influência do astro que fundamentalmente irá reger a existência dessa pessoa
O ascendente: é calculado com base na hora em que uma pessoa nasceu. Um dia tem 24 horas, ou seja: 1440 minutos. E num determinado dia, uma pessoa pode nascer em qualquer uma dessas horas e minutos, o que faz com que seja muito difícil que 2 pessoas tenham nascido na mesma data, e exactamente na mesma hora e mesmos minutos.O signo que esta a nascer no horizonte Leste na hora em que uma pessoa esta também nascendo, é o signo ascendente dessa mesma pessoa. Esse «signo ascendente» traduz a outra influência celestial que ira influenciar a vida dessa pessoa. Na verdade, esse signo revela as condições de nascimento de uma pessoa, assim como influenciará o seu comportamento externo para o resto da vida. A forma como alguém reage ás circunstancias e o meio que a rodeia, é revelada no seu ascendente.

 

A astrologia numerológica Kabalística.

  

A astrologia kabalista, é um processo místico de origem hebraica , por via do qual as esferas de influencia astrológica, ( os astros e os signos), são representados nas «Sephirot», ou as esferas espirituais da árvore de vida.

 

Cada uma dessas esferas representa as diferentes forças espirituais que actuam sobre o nosso mundo e assim que geram influencias e tendências sobre as nossas vidas.

Cada uma dessas esferas é uma emanação de Deus, e muitas culturas as viram de formas diferentes: como deuses, como anjos, etc.

A astrologia kabalista funciona através de processos de calculo matemático-numerologico, ( aquilo que no ocidente se chama numerologia, e que nas ciências hebraicas se denomina de Gematria), por via dos quais, analisando a data de nascimento de uma pessoa, ( assim  como outros elementos como: o nome, a hora e local de nascimento de uma pessoa), se conseguem determinar tanto as forças celestiais que marcaram o nascimento de uma pessoa, assim como sob que esferas de influencia espiritual é que alguém se encontra a determinado momento.

Para calcular o signo solar e o ascendente zodiacal no Horóscopo de uma pessoa, alguns dos astrólogos de influencia Kabalista usam os processos da astrologia ocidental.

Acreditam esses que no momento em que tomamos contacto pela primeira vez com o mundo, sejamos profundamente influenciados pelas energias e forças cósmicas que nos rodeiam.

 

No entanto, para calcular as forças espirituais que estão actuando na nossa vida a dado momento, ( num determinado ano, num certo mês, ou num certo dia ou determinada hora), muitos dos astrólogos da escola numerológico – kabalista usam um processo numerológico.

 

Fazem-no, pois acreditam que o conjunto das forças espirituais que existem, assim como a forma como essas influências espirituais actuam nas nossas vidas, transcende os limites da astrologia ocidental.

 

Acreditam por isso algumas escolas de pensamento da astrologia Kabalista, na mais clássica teosofia hebraica, assim como na sua definição de forças espirituais.

 

Professam essas escolas de pensamento, que todas as forças espirituais que actuam sobre nós emanam de Deus, e são manifestações de Deus.

 

E como tal, as suas Leis e dinâmicas obedecem aos princípios da Kabalah hebraica, e logo o entendimento sobre a forma como elas estão presentes e regem as nossas vidas apenas pode ser revelado por essa ciência hebraica e o seu cálculo numerológico.

 

A astrologia Oriental:

 

A astrologia ou a astromancia, é classicamente entendida como um processo oculto segundo o qual é possível ler o futuro nos astros.

 

A astrologia teve o seu berço no médio oriente, através dos magos e sacerdotes Persas, que usavam esta ciência oculta para prever o futuro e avisar quando era boa altura para realizar certos actos, ( um casamento, uma sementeira, um divorcio, uma guerra, um negocio, uma conquista, etc), ou quando era altura de evita-los.

 

A astrologia é contudo uma ciência oculta universal, que existiu em culturas que nem sequer se cruzaram, e que contudo chegaram ao mesmo tipo de conclusões sobre a influência dos astros nas nossas vidas: na civilização Azeteca, a astrologia era também praticada com os mesmos fundamentos que regiam a civilização Persa.

 

A astrologia defende que o momento em que uma pessoa foi concebida influencia para sempre essa mesma pessoa, uma vez que as forças celestiais que actuaram sobre ela nesse preciso momento ficarão gravadas na sua essência e serão por isso determinantes no resto sua vida.

 

Ao mesmo tempo, a astrologia também defende que as forças celestiais estão constantemente exercendo influencias sobre as pessoas, sendo que a combinação entre as características de uma pessoa, com o tipo de forças que estão sendo exercidas sobre ela, vão ditar a forma como os eventos se poderão suceder na vida dessa mesma com um elevado grau de probabilidade.

 

Muitos astrólogos alertam que a astrologia não faz imperar destinos, mas antes lança avisos sobre o que esta para suceder ou sobre os problemas que sucederam, de forma a que as pessoas possam ultrapassar um problema de forma eficiente.

A astrologia não é por isso um meio para revelar verdades absolutas e fatalistas, mas antes faculta uma espécie de mapa que cada um pode usar de forma a chegar onde deseja pelos caminhos mais fáceis e céleres, evitando obstáculos e maus caminhos.

 

A astrologia segundo a Cabala:

 

Os astrólogos que exercem astrologia através das técnicas de cabala, ( ou astrologia cabalística), defendem que Deus manifestou-se junto do homem através de duas formas:

pelo próprio homem, e pela natureza.

 

Tais astrólogos defendem que junto do homem, Deus revelou-se ao através das escrituras e dos seus profetas; Contudo, pela natureza, Deus manifesta a sua vontade através da sua criação, ( a mesma natureza), essencialmente por via do seu expoente celestial: os astros.

 

Na bíblia Deus é chamado de «senhor dos espíritos»,

mas também de «senhor dos exércitos dos céus».

 

Ora, o «exércitos dos céus» é um conceito interpretável de duas formas:

 

*      por um lado «exércitos do céus» são os espíritos celestiais que habitam no mundo dos espíritos;

 

*      ao passo que por outro a expressão «exercito dos céus» representa as constelações estelares que habitam os céus e que deus governa, ou seja: os astros.

 

Pois assim está escrito:

 

Naquele dia ele julgará no céu o exercito do céu, e na terra os reis da terra

 Isaías 24,21

 

Vi Deus sentado no seu trono, e todo o exército de Céu estava de pé á direita e á esquerda de Deus

1 Reis 22,19-21

 

Manasses (…) prostrou-se diante de todo o exercito dos céus e adorou-o

 2 Reis 21, 1-6

 

«Exercito dos céus» é uma expressão ora usada ora para designar os anjos ou seres celestiais que habitam junto de Deus, ( como vemos tanto no livro de Isaías, como no I Livro de Reis), ao passo que também é usada para referir os astros, tal como podemos observar no II Livro de Reis a propósito de Manassés.

 

Os astros e as forças celestiais que emanam de Deus são os sentidos nos quais esta expressão é usada nas sagradas escrituras, sendo que a única coisa que diverge na sua avaliação positiva ou negativa, é a forma como encaramos estas forças: não as devemos idolatrar, mas apenas considerar como emanações provenientes de Deus.

 

Assim, entende-se que os astros ,( e assim os signos do Zodíaco), podem ser formas de manifestação desses seres ou forças celestiais, por via dos quais esse seres ou energias exercem influencia nas nossas vidas.

 

Aparentemente a Bíblia encerra uma forte contradição entre os astrólogos do oriente e os profetas de Deus.

No entanto, a contradição não diz respeito ás ciências místicas que estão em causa, ( a astrologia do oriente ou a Cabala Hebraica), mas antes uma questão do ângulo teológico através do qual se observam essas ciências, ou seja:

 

O que os hebreus contestavam, é que os astros fossem adorados per se, ou seja por si mesmos e como se eles mesmos fossem alguma espécie de deuses que governassem este mundo; ao contrario, o que os teólogos hebreus defendiam, é que os astros fossem estudados enquanto emanações da criação divina, assim como enquanto meios de manifestação e influencia neste mundo terreno dos seres celestiais de Deus.

 

Segundo a primeira interpretação caía-se numa idolatria dos corpos celestes , ( que obviamente são apenas sois, planetas e luas, longe de se configurarem como seres divinos, mas antes sendo objectos da criação, tal como é uma pedra ou uma arvore), enquanto que segundo a outra interpretação, estava-se estudando a forma como Deus e os seus seres celestes actuam neste nosso mundo físico, ou seja: fazendo-o por vezes através dos corpos celestes, tal como o fizeram pela natureza ao longo da historia, como por exemplo, quando as pragas de gafanhotos atingiram o Egipto, ou quando um vulcão exterminou uma cidade, (Sodoma e Gomorra), ou quando o mar engoliu a terra, ou quando pelo fogo Deus se manifestou a moisés.

Os teologos Hebreus defendiam que não era por Deus se ter manifestado dessa forma através desses elementos da natureza, ( pragas de gafanhotos, vulcões, mares ou fogo), que se devia adorar nem os gafanhotos, nem um vulcão, nem o mar, nem o fogo. Essas são formas pelas quais Deus e os espíritos se manifestam junto de nós e assim nos  influenciam, e por isso, não se devem adorar os meios pelos quais os espíritos divinos se manifestam junto de nós, mas sim os espíritos divinos.

 

È com essa perspectiva que os astrólogos cabalísticos observam os céus e praticam astrologia:

olhando os céus não como que se os astros por si mesmos possam influenciar as nossas vidas, ( pois esses não passam de planetas, luas e sois astronomicamente reconhecidos), mas sim como meios através dos quais Deus e os espíritos divinos revelam como se vão manifestar em nos, da mesma forma como o revelaram pelas escrituras.

 

Por isso assim os praticantes da astrologia fundamentada na calabah, acreditam que pelas escrituras e pelos astros, é possível aceder ás leis de Deus e ás leis do mundo espiritual, e á forma como essas tem implicações no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Na verdade, as 10 esferas da «Arvora da vida», traduzem cada uma delas as mesmas forças e influencias representadas na astrologia ocidental pelos signos zodiacais e corpos celestes.

 

Assim, cada uma dessas esferas representa uma das emanações de Deus na criação, cada uma das esferas representa cada uma das forças espirituais que regulam e influenciam a nossas existência.

 

Aquilo que os astrólogos acidentais traduzem em signos zodiacais ( cada signo representa cada tipo de força e influencia celestial que opera sobre as nossas vidas) a astrologia kabalista e as técnicas astrológicas orientais de natureza hebraica traduziram no conceito de «sephirot».

 

Eis uma relação entre os corpos celestes presentes no Zodíaco da astrologia ocidental, (bem como os respectivos signos do zodíaco que regem), e as 10 esferas constituintes da «Arvore da Vida» kabalista:

 

sol tiphereth Leão
lua yesod Caranguejo
mercurio hod Gémeos, Virgem
Marte Gevurah Carneiro
Vénus netzah Touro, Balança
Júpiter hesed Sagitário
Saturno binah Capricórnio
Plutão daath Escorpião
Urano hokmah Aquário
Neptuno kether Peixes

 

Rejeição rabínica da astrologia:

Quem prossegue a linha ortodoxa do Judaísmo, não aceita a astrologia, pois assim esta escrito em Deuteronómio

«Ele [Deus e o seu mandamento] não esta no céu».

Dt 30:12

Assim esta pois escrito no Midrash Deuteronómio Rabbah (8:6) :

« A Tora nao se coaduna com a arte que estuda os céus»

O Talmud Babilónico parece sugerir que os Hebreus não consultem um astrólogo.

Outra passagem do TB – Pesachim 113b – afirma claramente que os Judeus nao devem consultar astrólogos.

Assim também está escrito em Deuteronómio:

«Tu pertenceras inteiramente a Deus. As nações que vais conquistar ouvem astrólogos e adivinhos»

Dt 18:13

Pois assim se afirma que a astrologia não será consultada pelo povo de Israel.

 

Aceitação rabinica da astrologia:

 

Parte da religião hebraica aceita que os astros possam influenciar os destinos das pessoas ou das nações, (uma vez que eles são apenas manifestação do reino de Deus ou de Deus), no entanto afirmam que a aliança estabelecida entre Abraão e deus elevou os filhos de Deus acima desse determinismo celeste e lhes concedeu livre arbítrio.

 

Uma passagem de Tosefta (Kiddushin 5:17) afirma que a bênção prometida a Abraão era o dom da Astrologia.

O Midrash, ( Ec. Rabbah 7:23 no. 1),a certa altura confirma que Salomão dominava as ciências da astrologia.

De acordo como o Talmud,( BT Avodah Zarah 5a),não só Deus revelou a Adão o conhecimento sobre todas as gerações vindouras da humanidade, ( um conhecimento divinatório que por alguns foi relacionado com a astrologia), como Abraão possuiu conhecimentos sobre os destinos de todos os homens, e por isso todos os lideres e reis do mundo o procuraram pedindo pelos seus serviços adivinhatórios ou astrológicos. Esta versão rabínica, leva a pensar que o patriarca Abraão era um astrólogo que foi contactado pelo Deus HYHV.

 

A aceitação rabínica parcial da astrologia:

 

Contudo, ao contrário das mitologias que conduzem á aceitação da astrologia devido ao patriarca Abraão, há também tradições que afirmam que Abraão previu através das suas adivinhações que não teria um segundo filho, ao que Deus lhe respondeu:

« Afasta-te da tua astrologia, pois para Israel não há planetas nem constelações que ditem a sorte!»

Pois o nascimento de um segundo filho do patriarca Abraão para alguns dá a ideia de que a astrologia é invalida, ao passo que a outros dá a ideia de que a astrologia é apenas inconsequente face á vontade de Deus quando Ele assim o quer, mas que no restante das situações é valida –TB Shabbat 156ª

Enquanto que certas fontes afirmam que Abraão foi um astrólogo, o Midrash Génesis Rabbah afirma claramente que Abraão não era um astrólogo, mas antes um profeta – Génesis Rabbah x liv. 12 –

 

A astrologia segundo a Cabalah

 

Segundo a astrologia na perspectiva dos cabalistas, os astros são formas de manifestação, ou de deus e da vontade divina, ou da natureza e das suas energias, ou das forças espirituais e das suas leis, no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Assim está escrito:

 

Deus disse:« Que existam luzeiros no firmamento do céu,

para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos;

e sirvam os luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra»

Génesis 1, 14-15

 

Assim interpretam os seguidores da Astrologia Kabalista, que Deus criou os astros com duas funções declaradas:

 

I

uma função natural: que é aquela que a astronomia estuda e que nos revela os calendários segundos os quais a nossa vida é regida;

II

uma função espiritual: que é aquela que a astrologia kabalista estuda, e por via da qual a Luz e força que emana de Deus ilumina a terra e as nossas vidas, guiando-nos através das trevas .

 

Assim sendo, pelos astros a astrologia defende que é possível obter revelações sobre o passado, o presente e o futuro, uma vez que deus ou o mundo espiritual se manifestam neste mundo terreno através dos seus elementos celestiais.

 

Acredita assim a astrologia que o criador ( deus), comunica e assim se manifesta junto da sua criatura (o homem), através da sua criação, ou seja: a natureza no seu esplendor magnânime do cosmos.

 

Segundo a kabalah, ( a ancestral ciência oculta hebraica), as leis do mundo espiritual foram reveladas por deus a Moisés e aos seus iniciados através das sagradas escrituras, sendo que para obter revelações sobre tais leis e verdades se utiliza a Gematria ou a numerologia.

 

A Gematria, ( ou a numerologia), segundo a Kabalah, constitui assim uma ciência mística através da qual é possível extrair das escrituras verdades ocultas que deus revelou apenas a alguns iniciados.

 

A kabalah acredita também que a Gematria, ( numerologia), é também um processo oculto ensinado por deus ao homem e que, permite obter conhecimento sobre as leis do mundo espiritual, assim como obter através desse revelações sobre o nosso mundo e as nossas vidas..

 

A astrologia realizada através do processo numerológico (numerologia), é um processo através do qual se procura conhecer as verdades sobre as leis do mundo espiritual, assim como das suas implicações nas nossas vidas, combinando a numerologia e a astrologia.

 

A combinação entre astrologia e numerologia parece inovadora mas não é, pois na verdade essa correspondência é milenar e podemos encontrar exemplo dela nas sagradas escrituras.

 

Foi através de um astro (a estrela de Belém), que deus manifestou o nascimento de Jesus neste mundo, mas foi contudo através das profecias das escrituras que deus revelou a vinda de Jesus a este mundo.

 

Os textos sagrados revelam assim através deste exemplo, que em combinação, as escrituras e a astrologia revelam verdades ocultas sobre o passado, presente e futuro de uma forma inigualável.

 

Na astrologia – numerológica, a data de nascimento de uma pessoa é processada e resulta em números.

Esses números correspondem e traduzem as forças e essências celestiais que estiveram presentes no momento de concepção e nascimento dessa pessoa e que irão influenciar essa mesma pessoa para toda a sua vida.

 

Neste tipo de processo, as energias e forças astrais que marcam uma pessoa desde o dia do seu nascimento ate ao dia da sua morte ( e que a astrologia traduz através dos «signos»), são traduzidas e simbolizadas não por «signos» mas sim por «números», de acordo com a ancestral tradição hebraica da kabalah e Gematria .

 

O processo de cálculos é complicado, mas na sua essência corresponde exactamente á astrologia.

 

Os números são a forma como a numerologia Kabalística e a Gematria simbolizam as forças, energias e entidades celestiais.

Usam-se os números e cálculos numerológicos para entender e usar a nosso favor as leis do mundo espiritual , da mesma forma que os números são também usados nas ciências, ( por exemplo: na matemática ou na física quântica), para entender e usar a nosso favor as leis do mundo físico.

 

Toda a ciência oculta possui uma linguagem simbológica através da qual representa as forças e essências celestiais.

 

A astrologia utiliza uma linguagem esotérica na qual usa os «signos» para representar essas forças espirituais e celestiais que actuam sobre o Homem.

 

Na numerologia, essas forças espirituais traduzem-se em «números», que por sua vez tem uma correspondência directa com os «signos» astrológicos e vice versa.

 

São processos distintos, pois a astrologia tem origem em culturas orientais que assim desenvolveram essa ciência oculta, ao passo que a numerologia Kabalística nasceu na cultura hebraica que abordou o estudo das realidades celestes de uma forma intimamente ligada ás sagradas escrituras.

 

No entanto, ambas as ciências ocultas correspondem exactamente ao mesmo objecto de estudo, e as suas técnicas estão perfeitamente interrelacionadas.

 

Da combinação entre os saberes da ancestral astrologia oriental, e dos mistérios da milenar e oculta kabalah hebraica, ( numerologia), advêm o mais poderoso instrumento de leitura das nossas vidas.

 

Abaixo pode-se verificar a correlatividade entre a astrologia e a Kabalah, consultando o esquema da astrológico na sua correspondência mais elementar com as «Sephirot» da «Arvore da Vida» cabalista.

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O que são Profecias e Oráculos?

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O que são Profecias e Oráculos? 

profecias e oraculos

Uma profecia, é uma previsão resultante de inspiração divina, ou seja, revelada a um profeta por espíritos, por um deus ou por uma divindade.

Um Oráculo é a resposta dada por uma divindade a quem a consulta.

No caso da cultura judaica, os Hebreus acreditam que o espírito do deus Javé fala através da boca dos seus profetas,

tal como se acreditava noutras culturas,( nas sociedades helénicas, nas religiões da antiguidade Egípcia, Fenícia, Cananita, Suméria, Babilónica, etc), que os espíritos dos deuses falavam através dos seus videntes, sacerdotes e profetas.

Um profeta, é por isso aquele que faz revelações através da inspiração de uma divindade, ou seja, que produz Oráculos.

Na Bíblia, tanto no livro de Números, como no II livro de Crónicas, como na epistola dos Actos dos Apóstolos, é visível , ( desde o antigo testamento ao novo), que as escrituras revelam que um acto de profetização ocorre quando um espírito entra no corpo de um pessoa e fala através dessa pessoa.

Senão vejamos o que esta escrito:

“Dois homens tinham ficado no acampamento: um deles chamava-se Eldad e o outro Medad.
Embora estivessem na lista, não tinham ido á tenda.
Mas o espírito pousou sobre eles e começaram a profetizar”
Num. 11,26

“Então o espírito de Deus apoderou-se de Zacarias
(…) ele dirigiu-se ao povo e disse:
«Assim diz Deus (….)»
2 Cron. 24, 19-20

“Havia uma jovem escrava que estava possuída por um espírito de adivinhação,
fazia oráculos e dava muito lucro aos seus patrões”
Act Ap. 16,16-17

Nestas passagens podemos observar como a profecia é realizada quando um espírito, (nalguns casos o espírito de Deus,

noutros casos outro tipo de espírito), «pousa» sobre uma pessoa escolhida e fala através dela, fazendo revelações a

quem as procura, ou seja, profetizando e realizado oráculos.

Para os hebreus, um verdadeiro profeta era aquele que recebia mensagens do espírito de Deus, assim como para os povos

pré-hebraicos e pré-cristaos, profeta era aquele que recebia mensagens dos espíritos dos deuses.

 

Quais os métodos de contacto com espíritos e de profetização?

 

Eis que assim o entendendo, nos debruçamos sobre 5 métodos

de realização de profecias e de contacto com os espíritos:

 

I

VisõesPara os hebreus, o espírito de Deus habitava no Templo de Jerusalém, assim como para os Greco-Romanos o espírito de Zeus habitava nos templos que lhe eram erguidos. Como podemos observar através do Livro de Daniel, o espírito de Deus muitas das vezes faz revelações,(Dn 7,1; 13), através de visões nocturnas, ( chamadas «sonhos», contudo inspirados

por um espírito ou divindade), assim como na cultura helénica

também os espíritos dos deuses transmitiam mensagens oníricas a quem pernoitava

no templo de um deus ou deusa. Como podemos observar através das escrituras, Moisés falou com o espírito de Deus que se manifestou na forma de um fogo,

ao mesmo tempo que quem procurava oráculos nos templos de Zeus, também podia encontrar respostas divinamente inspiradas pelo deus através das labaredas do fogo, que causavam visões ou revelações em quem as observava.II

Contacto com os espíritos – necromanciaNo livro de Oseias é revelado que os profetas usam varas para receber mensagens do espírito de Deus, ( 4, 11-12), ao passo que essas mesmas varas foram também usadas por Moisés para fins sobrenaturais ( Ex 4,1-5); sabemos igualmente, que essas mesmas varas e pêndulos eram também usadas por sacerdotes de templos egípcios para obter revelações dos espíritos,

assim como ainda o são em templos orientais nos dias de hoje. As Tábuas de Ouijá, são também um dos actuaismeios de contacto com os espíritos, que seguem a tradição das mais ancestrais técnicas de necromancia.III

Tarot – o lançamento de sortesEm vários livros do Antigo Testamento é declarado que os videntes usavam o

«lançamento de sortes» (Pv 16,33; Jn 1,7; Is 34,17; Jz 20, 9-21) para obter respostas

do espírito de Deus, e também essa era uma pratica espiritual comum na antiguidade como ainda hoje é através do uso de instrumentos como o lançamento das cartas do «Tarot».IV

Numerologia – kabalahA tradição mística hebraica acredita que os textos bíblicos contem mensagens divinas ocultamente inscritas nas escrituras e que, essas mensagens revelam a verdade sobre as leis de Deus que regulam tanto o mundo físico como o mundo espiritual. Trata-se nesse caso da Ciência de Deus, a Kabalah, uma forma de aceder a verdades transcendentais (Ec 42,18-19; 39, 1-3; 50,27-28)

Para decifrar e perceber essas mensagens, os místicos hebraicos possuem um instrumento denominado «gematria», um processo análogo á numerologia. A numerologia deriva precisamente dessa técnica mistic hebraica, e é um processo atraves do qual se usam os números como forma de aceder ao mundo espiritiual. Da mesma forma como as ciências da natureza usam os números para entender as regras e fenómenos do mundo físico, a numerologia usa os números para simbolizar forças, entidades e mecanismos do mundo sobrenatural, e assim perceber os leis e fenómenos do mundo espiritual e a forma como essa realidade transcendental afecta as nossas vidas. Assim, por via desse instrumento, acredita-se ser possível aceder a verdades celestiais,

assim como a revelações proféticas.V

Astrologia

Também outras religiões da antiguidade acreditavam que os deuses se manifestavam não num livro,

( como era a crença dos hebreus), mas antes através da natureza. Certas culturas da antiguidade, ( Persa, Babilónica, Fenícia, Egípcia, etc), acreditavam que o criador, ( ou criadores), falava com as suas criaturas através da sua criação, ou seja: a natureza. Assim as culturas da antiguidadacreditavam que através da criação dos deuses, ( anatureza), esses mesmos enviavammensagens ás suas criaturas, ( os humanos), usando o universo como meio para o fazer.

Os deuses são seres espirituais transcendentais e poderosos, que podem fazer espelhar as suas mensagens, avisos, pedidos e exortações através dos corpos celestes. E assim, entendiam essasculturas, que o estudo e contemplação dos corpos celestes podia revelar verdades proféticas sobre a vontade divina, e dessa crença nasceu a astrologia.

 

 

Em resumo:

 

Estes são 5 meios clássicos de contacto com os espíritos e realização de profecias:

Astrologia, Numerologia, Necromancia, Visões, Tarot.

 

Quais e quantos são os dons espirituais?
Seja porque meios for, (possessão, lançamento de sortes, visões, numerologia, astrologia, etc), tanto as escrituras, como as tradições espirituais da antiguidade, são unânimes em atestar aquilo que é uma profecia ou um Oráculo:

trata-se de uma forma por via da qual os espíritos, ( seja o de Deus, ou o de Deuses), falam connosco através de pessoas que conseguem ser a «ponte» entre o mundo dos espíritos e o nosso mundo terreno.

 

Prova disso possuímos tanto nas sagradas escrituras, como nas tradições religiosas da antiguidade.

A profecia e o Oráculo, são como sempre foram, a forma através da qual os espíritos falam connosco, e actuam nas nossas vidas.

O espírito traz mensagens sobre o que vai acontecer, pois muitas das vezes o espírito fará tais eventos suceder.

Um oráculo é uma resposta que um espírito ou uma divindade faculta aos humanos que procuram o auxílio ou a orientação dessa mesma entidade espiritual.

 

O oráculo, ou a resposta desse espírito, é facultada através de um mensageiro humano que mantêm um

diálogo com o espírito consultado e serve de meio de comunicação entre a divindade e os humanos.

 

Na teologia hebraica, os oráculos eram realizados através de profetas, sendo esses pessoas com a capacidade de comunicar com os espíritos.

Assim, quando lemos os textos bíblicos acima inscritos, facilmente entendemos que o acto de profetizar sucede quando um espírito «desce» sobre uma pessoa, e essa pessoa acaba sendo possuída pelo mesmo. Assim, a pessoa que contactou ou foi contactada por espíritos, acaba falando ou operando em nome desses espíritos. No fundo, a pessoa que é capaz de estabelecer esse contacto e esse dialogo com os espíritos, acaba convertendo-se numa «ponte» entre o nosso mundo terreno e o «outro lado», ou o mundo espiritual. Esta realidade não é sequer um conceito original dos povos hebraicos. Esta realidade existia muito antes, e os sacerdotes e sacerdotisas dos templos dos Deuses da antiguidade pré-hebraica, eram precisamente isso:

uma «ponte» entre o nosso mundo e os espíritos ou a divindade que representavam ou com a qual comunicavam. Os oráculos praticados nos templos das divindades Egípcias, Gregas, Babilónicas, Fenícias, Cananitas, Amonitas, etc… eram realizados segundo essa premissa:

o sacerdote que profetizava o oráculo era alguém que possuía a capacidade de contactar e dialogar com a entidade espiritual ou com o Deus que representava.

 

Nas sagradas escrituras, podemos observar que existem 9 tipos de dons espirituais.

Assim está escrito:

 

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para utilidade de todos.

A um, o espírito dá a (….) sabedoria;

a outro a (…) ciência segundo o mesmo espírito(…);

a outro (…) a fé;

a outro (….) o poder das curas (…);

a outro, o poder de fazer milagres ;

(…) a outro, a profecia (…);

a outro, o discernimento dos espíritos (…);

o outro o dom de falar línguas (…) ;

a outro ainda o dom de as interpretar (…)

 

1 Co 12, 7-10

 

Estes são por isso os 9 dons espirituais:

 

I

A sabedoria

( conforme Jb 29,12-13; Sl 119, 89-99; Es 7,9-10)II

O conhecimento sobre as ciências espirituaisIII

A fé ( conforme Hb 11,1 ; 8-9)IV

O poder das curasV

O poder dos milagresVI

O dom da profeciaVII

O poder de sentir, ver e dialogar com os espíritos e o mundo espiritualVIII

O dom de falar línguas espirituais ( conforme 1 Co 2,13; 14,2)IX

O dom de interpretar as linguagens do espírito ( conforme 1 Co 2,13; 2 Co 12,4)

 

A profecia, é na verdade o mais precioso dom do espírito.

Sobre a profecia, dizem as escrituras:

 

Aspirai aos dons do espírito, principalmente o da profecia

 1 Co 14,1

 

A profecia é por isso o mais elevado dos dons espirituais, e dele se diz:

 

Aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola.

 1 Co 14,3

 

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Profetas Magos e Milagres

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Profetas Magos e Milagres

profetas

 

Os milagres de mestres e profetas.

 

Jesus fez milagres e profecias, pois tinha com ele o poder do espírito de deus.

 

Sabe-se contudo que outros homens o longo da história também fizeram milagres,

porque igualmente possuíam consigo o poder de outros espíritos:

 

I

 

O deus grego Asclépio era venerado com um espírito que favorecia grandes cura e realizava grandes milagres.

Os sacerdotes do seu culto, (principalmente estabelecidos em Epidauros),

deixaram provas documentais de incontáveis milagres e curas que sucederam a quem procurava a ajuda deste espírito.

As curas eram normalmente realizadas naqueles que pernoitavam no templo e

a quem o espírito comunicava mensagens na forma de sonhos. O facto é que depois de abandonarem o templo,

essas pessoas viam-se curadas.

 

II

 

Também na Grécia, Apolónio de Tiana, um filosofo e curandeiro itenerante, era conhecido pelo

seu milagroso poder de cura, assim como pelos exorcismos que realizava.

 

III

Hanina Bem Dosa, foi também um famoso curandeiro Galileu. Também ele curou imensas pessoas,

entre as quais o filho do fariseu Gamaliel.

 

IV

 

O palestiniano Honi, mais que uma vez serviu os hebreus convocando chuva quando as secas ameaçavam

as vidas dos hebreus. Certa vez ele terá convocado o fenómeno com tanta força, que os habitantes de Jerusalém foram

para o monte do templo devido á força das águas invocadas.

 

V

Jamnés e Jambrés, dois dos mais celebres magos ao serviço do faraó,

( os mesmos que defrontaram Moisés),

fizeram inúmeros prodígios que todos observaram a olhos vistos, facto que ficou registado para a historia.

 

 

VI

 

Outros profetas que viveram no tempo de Jesus realizaram milagres e curas,

tal como os evangelhos o mostram ( Mt 12, 27-29)

 

VII

Por volta de 30-33 d.C., entrando em Jerusalém por altura das festividades da Páscoa,

Jesus fez profecias relativas á destruição do Templo de Jerusalém,

e de facto, elas vieram a ser cumpridas.

Dizem os factos históricos que na verdade, em 70 d.C., o templo foi arrasado pelas forças militares Romanas,

tal como Jesus havia profetizado.

 

 

Estes são apenas alguns exemplos que a historia nos faculta de como os milagres,

profetas e mestres sempre existiram e realizaram tremendos feitos a favor de quem procurou a sua ajuda espiritual.

 

Todos estes exemplos históricos atestam que foram inúmeros os homens ao longo da historia,

usaram o poder dos espíritos para realizar milagres e profecias

com um tal sucesso, que os seus feitos são conhecidos ainda hoje.

 

 

 

 

As curas e os milagres do mestres e profetas da antiguidade.

 

Como podemos verificar nos evangelhos, as curas de doenças e outros problemas sucede porque

essas doenças e problemas variados advêm de males espirituais que afectaram uma pessoa.

 

Um mal atinge espiritualmente uma pessoa, e colateralmente afecta outros aspectos da sua vida, como a saúde ,

o seu comportamento, etc.

 

Nas escrituras podemos verificar que Maria Madalena teve sete demónios dentro dela e que por isso,

teve comportamentos pessoais problemáticos; o possesso de Gerasa tinha fortes espasmos, condutas violentas

e ia habitar em cemitérios ( Mc 5; 1-20); uma criança mandava-se ao fogo ( Mc 9,22), etc

 

Diz-se que as pessoas acreditavam em milagres porque nesses tempos eram ignorantes; contudo na verdade

verificamos que não era assim, pois na bíblia vem expressamente descrito que uma das pessoas que Jesus curou

era um epiléptico. Isso bem demonstra que as pessoas não eram ignorantes, e sabiam perfeitamente distinguir

entre um epiléptico, ( uma pessoa que sofria de uma doença, hoje em dia tida como psiquiátrica), e uma

pessoa possuída por demónios. No entanto, em ambos os casos Jesus curou.

 

Se os milagres que existiram na antiguidade fossem apenas uma questão de mera ignorância, nem as pessoas

saberiam distinguir entre ambos os estados,( uma doença clinicamente visível, ou um mal espiritual), e muito

menos os autores dos evangelhos o poderiam ter relato com um tal rigor.

 

Mais: Os evangelhos descrevem a história de uma mulher que «sofrera muito nas mãos de médicos e gastara

todos os seus bens, continuando a piorar cada vez mais» ( Mc 5,26), mas que procurando Jesus, se curou.

 

Os evangelhos mais uma vez revelam que as pessoas na antiguidade não procuravam a ajuda dos espíritos quando

padeciam de doenças por mera ignorância, pensado que deviam ir a um profeta ao invés de procurar a

sábia ajuda de um médico.

 

As pessoas de então agiam como as de hoje, e quando estavam doentes procuravam os médicos como fazemos

hoje em dia, ou seja, não actuavam com superstição ignorante. O facto é que em certos casos, o medico não

consegue resolver aquilo que é do domínio dos espíritos, e disso são prova os milagres.

 

Por tudo isso, as desculpas que alegam que os milagres apenas sucederam por ignorância de quem viveu na antiguidade,

estão por isso afastadas quando analisamos as escrituras e verificamos, tanto que os seus próprios autores sabiam bem

o que eram estados clínicos e não os confundiam com possessões, como que as pessoas na antiguidade não confundiam

os problemas de saúde com os problemas espirituais e actuavam tal como nos o fazemos na actualidade.

 

Se os milagres não são apenas o produto de crendices, muito menos de processos psicológicos

nem fruto da ignorância, como sucedem estas curas?

 

A verdade é que, por muito que se queira negar, de facto existe um mundo físico e um mundo espiritual.

 

As forças espirituais podem entrar no nosso mundo e afectar negativamente as nossas vidas, assim como se

pode fazer uso dessas mesmas forças espirituais para obter auxilio e curar problemas.

 

Uma das provas mais fortes que podemos encontrar sobre a existência desse mundo espiritual e da sua

influência no nosso mundo, são os milagres. Por eles encontramos prova da manifestação de forças neste mundo que

ultrapassam completamente a nossa compreensão, e que a ciência não pode entender. Podemos não ver o ar, mas

quando o vento derruba arvores e destrói casas, como negar a evidencia que o ar existe e que flúi em

correntes termodinâmicas? Neste caso, ( como no caso do mundo espiritual), somos forçados a concluir que pelo efeito que vemos,

conhecemos a causa, apesar de não podermos ver a causa.

 

Jesus falou desse mundo espiritual referindo a palavra «ru’ah», uma palavra hebraica

que significa simultaneamente «espírito» e «vento».

 

A correspondência grega da palavra «ru’ah» é «pneuma». E no evangelho de João, o termo grego é usado

para descrever aquilo que Jesus disse sobre o mundo espiritual:

«O vento sopra por onde quer, assim acontece com que nasceu dos espírito».

Jesus esta declarando que os espíritos são realidades invisíveis como o vento, mas que contudo são tão reais como

o vento e que, essas mesmas entidades interagem com o nosso mundo da mesma forma como o faz o vento:

constantemente a ao sabor dos seus desejos.

 

Pois na verdade o vento é como o mundo espiritual: não o podemos ver, mas podemos senti-lo

nas nossas vidas todos os dias. Não podemos vê-lo, mas nega-lo é impossível.

 

 

 

 

Jesus, o Mago

 

Na suas curas, ( por muito que desagrade aos teólogos mais ortodoxos), a verdade é que Jesus usou processos mágicos.

 

Nalgumas das curas que Jesus realizou, Jesus diz palavras com poder e peso mágico, que curam.

 

Ora, isso é uma das características do processo mágico:

 

o poder da palavra que invocada com e com sabedoria do divino,

faz realizar fins milagrosos.

 

Disso é prova o evangelho de Marcos .

O evangelho de Marcos , apesar de ser um texto escrito em grego,

nele constam as palavras que Jesus usou originalmente quando fez os milagres.

Essas palavras, ao contrario do

restante texto que se encontra escrito em Grego, estão escritas em Aramaico,

de forma a conservar a noção do poder

das palavras misticas que Jesus usou para realizar as suas curas através de processos espirituais.

 

Quando realizou ressurreição da filha de Jairo, Jesus tomou a rapariga pela mão e disse:

«Talitha qûm».

E a rapariga levantou-se, apesar de estar morta.

 

Quando realizou a cura do homem surdo-mudo, ( Mc 7, 31-37), Jesus disse no momento da sua realização:

«Effathá»,

e o homem ficou curado.

 

Em todos estes exemplos de curas milagrosas,

a palavra original de Jesus em Aramaico é transcrita no

Evangelho de Marcos, apesar do mesmo estar totalmente escrito em Grego.

 

Aqueles que possuem conhecimentos sobre as ciência ocultas, sabem que o uso de poderosas palavras ou

fórmulas místicas, são a chave de um trabalho espiritual.

 

A manipulação do mundo físico através da palavra mística que convoca o forças espirituais para as fazer actuar

nesta realidade, é o processo mais comum da magia.

 

No evangelho de Marcos, a palavra usada por Jesus e que funciona como processo magico ou espiritual

foi fielmente transcrita e respeitada pelo autor do sinóptico sobre a vida de Jesus.

 

A noção da palavra magica associada aos processos místicos, é profundamente respeitada por Marcos na sua

versão da obra e vida de Jesus.

 

 

 

 

Jesus, o exorcista

 

Jesus era um mestre e professor da lei de Moisés, que nas sinagogas falava sobre a sua

visão das escrituras e do reino de Deus.

 

Contudo, Jesus era também um exorcista.

As suas curas foram obtidas não só através da palavra magica

que invocava as mais poderosas forças espirituais, (magia),

como os evangelhos revelam claramente

Ele andava de terra em terra realizando exorcismos, e foram esses exorcismos, ( Mc 1,39)

( e das curas que resultaram), que muita fama Lhe deram.

 

Nos evangelhos podemos ler que Jesus expulsou muitos demónios e assim realizou muitas curas e que por isso,

multidões o procuravam de tal forma

que ele não conseguia entrar nas cidades (Mc 1, 45)

 

 

No entanto os exorcismos não era vistos sempre com bons olhos:

se bem que as pessoas gostavam de ficar

curadas por via dos exorcismos que Jesus praticava,

contudo o exorcismo é tido como um processo por via da

qual uma pessoa entra em comunicação com demónios para lhe pedir ou impor algo, ou seja:

é o mesmo que magia negra.

 

A Magia negra acontece quando se entra em contacto com demónios para se pedir algo, ou para se lhes ordenar algo;

A Magia branca sucede quando se entra em contacto com entidades espirituais celestiais para lhe pedir algo.

Ora, se Jesus entrou em contacto com entidades celestiais, ( Deus), também entrou em contacto directo com demónios,

e fê-lo para vários para vários fins:

 

*      desde expulsa-los (Mc 1,23-26; 32-34)

*      a falar com eles e pedir-lhes silêncio sobre a sua identidade divina (Mc 3,12)

*      a autoriza-los que entrassem em animais, como porcos (Mc 5, 12-13)

*      etc.

 

O exorcismo neste aspecto é um processo de magia negra,

e a verdade é que Jesus praticou-o diversas vezes.

 

Mais que isso:

Na época de Jesus, os exorcistas costumavam fazer uso de complexos processos e rituais místicos

para proceder á expulsão de um demónio;

Jesus, ao contrario, entrava em contacto directo com os demónios e falava com eles directamente, (Mc 1,25)

ordenando-lhe aquilo que bem quisesse.

E em consequência desse diálogo directo, os demónios obedeciam-lhe.

Ora, segundo as crenças e saberes teosóficas hebraicas,

este acto de contacto directo e dialogo com demónios é uma pratica de «magia negra».

 

Por isso mesmo, depois de Jesus fazer um exorcismo,

as escrituras revelam que as pessoas pedem a Jesus que ele abandone a sua aldeia.(Mt 8,28-34)

Fazem-no, porque Jesus praticava uma forma de trabalho espiritual que era considerado perigoso e impuro,

tão perigoso e impuro como o conceito que hoje temos da «magia negra».

 

Jesus não expulsava demónios através de fórmulas e processos mais ou menos inatingíveis e incompreensíveis;

Jesus expulsava demónios comunicando directamente com eles e falando-lhes.

 

Ora, o próprio acto de comunicar com demónios e falar-lhes, (seja para que efeito for),

é um acto de magia negra.

E isso preocupava profundamente quem assistia á sua obra, e tanto assim foi que acusaram Jesus de expulsar demónios

por estar possuído e em pacto com o próprio demónio (Mt 12, 27-29).

A própria mãe de Jesus,( bem como seus irmãos),

também disseram que Jesus estava «fora de si», ( Mc 3,21) e tentaram apanha-lo de forma a faze-lo parar com as suas

actividades exorcistas.

 

Em Actos de Pilatos, ( também conhecido por Evagelho de Nicodemo), afirmam sobre Jesus:

«É um mago», ( I,1), «um feiticeiro»( I,12) .

Não o faziam por maldade, mas sim porque entendiam que as suas praticas espirituais eram controversas,

pois Jesus usava de processos, impuros, ( «magia negra», ou o contacto directo com demónios para os fazer obedecer),

para fazer o bem.

E fazer o bem usando as entidades do mal,

Era, ( e é), considerado como «feitiçaria».

Disso mesmo atestam diversas fontes rabínicas,

revelando que Jesus no seu tempo foi visto como alguém que realizava

prodígios que eram tidos como «fruto de magia» (b. Sanh 43ª; b. Sanh 107b; sanh. 107b)

 

Tudo isso porque os hebreus entendiam, ( com razão), uma coisa simples:

 

Jesus estava entrando em contacto directo com os demónios e falando com eles,

( para os expulsar das pessoas espiritualmente enfermas, para os fazer obedecer á sua vontade, etc),

ou seja, Jesus estava invocando e comunicando com demónios para atingir um certo fim , como por exemplo:

exorcismos ou curas.

E isso, (usar demónios para conseguir um certo fim), constituía, ( como ainda constitui),

um perigoso acto místico, algo considerado impuro e que hoje em dia é descrito como:

«magia negra».

 

Foi por ela, ( a magia negra,

ou a capacidade de entrar em contacto com demónios para os obrigar a realizar certos fins),

que, com autoridade, Jesus contactou com espíritos malignos,

Jesus fez os demónios obedecerem-lhe e assim, curou muitas pessoas,

realizando alguns dos mais históricos milagres e prodígios da humanidade.

 

Salomão não só foi o maior dos reis Hebreus, como também foi um Mago.

Salomão foi um mago de enorme sabedoria, que tinha poder sobre as forças demoníacas,

e as usava ora para edificar a sua obra neste mundo, ora para curar e fazer o bem.

Também Jesus usou as forças demoníacas para realizar o bem, assim como Salomão. E assim disse Jesus:

 

«E aqui está, quem é maior que Salomão»

Lc 11,31

 

È o próprio Jesus que alude a Salomão,

comparando-se e afirmando-se superior a este,

pois também Jesus, ( tal como Salomão), exerceu poder sobre os espíritos da trevas, para assim obter resultados neste mundo.

E ao processo espiritual que consta em usar as forças das trevas, (obrigando-as a obedecer),

para realizar actos neste mundo, chama-se:

«Magia Negra».

 

 

Destino dos profetas:

 

Jesus curou 10 leprosos,( Lc 17, 11-14), e apenas 1 voltou para lhe agradecer.

 

Este facto bíblico revela que lamentavelmente, muitas pessoas tendem a procurar avidamente o profeta

quando estão padecendo de um tormento, para logo depois de curadas desdenharem dele,

ou ate mesmo mancharem o seu nome com calunias e difamações;

 

Jesus curou inúmeras pessoas, expulsou demónios e fez milagres de ressurreição.

No entanto, muitas das pessoas que viveram nesse dias, disseram:

 

« È um homem que engana um povo» (Jo 7,12).

 

O profeta, por mais milagres que faça, está sempre sujeito à calúnia e à difamação.

 

Mais ainda pode esperar o profeta:

 

apenas 1 dos leprosos curados por Jesus voltou a Jesus para lhe agradecer,

enquanto que os outros 9 nada fizeram para o defender

quando ele foi acusado se ser uma fraude, um impostor, um homem que «engana o povo» (Jo 7,12).

 

Por isso, a missão do profeta é sempre ingrata.

 

Quem abraça essa missão, não pode apenas ter um dom espiritual,

( como Apolónio, Hanina ou Honi) ou um profundo conhecimento das ciências ocultas,

( como Nostradamus possuía da Astrologia e da Cabalah),

pois apenas o dom ou a sabedoria não chegam. È preciso um profundo sentimento de missão

e desejo de cumprir a sua tarefa, pois a historia já ensinou que o profeta raramente é pago com gratidão.

 

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O Sibilismo

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O Sibilismo

A Religião Sibilina

sibilismo, sibilas

Em religião, um profeta é uma pessoa quem tem contacto directo com um espírito ou uma divindade.

O profeta consulta uma divindade, fazendo-lhe perguntas ou pedidos. As respostas doa divindade, são dadas atraves dessa mesma pessoa, pela sua boca. Por isso mesmo, o termo «profeta» etimologicamente advem do Grego: προφήτης – ou: aquele que fala em lugar (do deus)

Embora nas religiões Abraamicas o profeta seja uma pessoa que fala com Deus e através de qual deus fala á sua criação, a noção de «profeta» não é um exclusivo das culturas hebraicas, e é alias bem mais antiga e vasta que a acepção das teologias monoteístas.

Os profetas já existiam nas religiões Helénico -Românicas, nos Oráculos Délficos, nos templos da Grécia Antiga, na religião Persa, as Sibilas, etc.

As sibilas existiram em diversas culturas: persa, libanesa, hebraica, délfica, etrusca, etc.

As sibilas era mulheres que na antiguidades prediziam o futuro por meio de oráculos.

Um oráculo é uma resposta dada por uma divindade a quem a consulta.

sibilas

As sibilas consultavam divindades (espíritos), recebendo deles mensagens sobre o passado, presente e futuro, e eram por isso profetisas.

Na Pérsia existiu uma profetisa chamada Sibilina Babilónica, e ela profetizou os feitos de Alexandre O Grande.

Na Líbia, havia uma Sibila de Amon, que num templo de Amon (Zeus), que aconselhou Alexandre O Grande aquando da sua conquista do Egipto.

No templo de Apolo, em Delfos, também existia uma Sibila de grande poder, procurada por pessoas de todo o mundo.

Em Roma, existiu também uma Sibila Etrusca, que foi consultada por César. Existiu também um Livro Sibilino, um conjunto de oráculos provindos da Sibila de Cumas, compilado pelo Rei Tarquinio 534 a.C. – 509 a.C..

sibiladecumas

A sibila de Cumas era natural da jónia, ( Turquia), e o seu dom profético revelou-se desde o seu nascimento. A sibila de Cumas profetizava as suas revelações em versos.

A ela estão ligadas profecias de inestimável valor e surpreendente veracidade, sobre a grande mudança que sofreu o império romano, assim como sobre o nascimento de Jesus e o Cristianismo.

As sibilas praticavam as artes da adivinhação através do contacto com espíritos, fazendo-a através de diversos métodos. Alguns deles ainda hoje são conhecidos: piromancia, necromancia, leituras de pêndulos e varas, incorporação, etc.

As sibilas na cultura greco-romana eram consideradas como profetisas inspiradas por Apolo.

Na antiguidade, o dom da «adivinhação» era visto como uma capacidade divina, que alguns possuíam. Essas pessoas que tinham o «dom» de contactar com os espíritos, usavam diversos rituais como forma de invocar as divindades e também de receber delas as respostas ás suas questões. A «mancia», é o termo Grego que exprime a capacidade de prever o futuro com recurso á comunicação com o mundo espiritual. A objectivo da «mancia», é por isso obter conhecimento sobre a vontade do mundo espiritual relativamente ao ser humano, de forma a poder auxilia-lo e ajuda-lo.

As Sibilas , ( também conhecidas por Pitias ou Pitonisas), consultavam Apolo usando métodos de incorporação, e o seu templo principal situava-se em Delfos,; Afrodite era consultada pelas suas profetizas na ilha de Chipre, onde se situava o templo de Pafos, através de meios necromânticos, usando as entranhas e os fígados de vitimas sacrificiais; A Deusa Atena era consultada atraves de um oráculo de ossos e conchas; O deus Asclépio, ( responsável por lendárias curas inexplicáveis milagres no campo da saúde), possuía o seu Templo em Tebas, e era consultado por incubação, ou seja, atraves dos sonhos;

Na Idade media, a Sibila de Cuma foi considerada a profeta da vinda de Cristo ao mundo. Na capela Sistina, Miguel Ângelo pintou a Sibila de Cuma entre os profetas do Antigo Testamento.

Diz-se que os livros Sibilinos, (9 livros proféticos escritos pela Sibila de Cuma), contem revelações espantosas, (inclusive sobre o nascimento de Jesus quase 5 séculos antes deste ocorrer), e que, estando religiosamente guardados no Templo de júpiter, eram consultados pelos monarcas em ocasiões especiais que assim o exigissem.

Pitonisa-en-Delfos

Diz a Historia que os 9 livros foram destruídos, ( 6 deles pela própria Sibila de Cuma, e os restantes 3 no Sec V d.C.), e contudo alguns místicos alegam possuir o saber profético inscrito nesses livros. A esse movimento religioso chama-se «Sibilismo», ou seja: a crença nas Sibilas que produzem oráculos ou profecias através do contacto com divindades; o termo «sibilismo» também se aplica á doutrina religiosa dos cristãos que vêem nos livros sibilinos as profecias relativas á vida de Jesus.

No entanto, o Sibilismo é na verdade um termo cuja a amplitude transcende o cristianismo na sua etiologia e ontologia tanto histórica como teológica. O Sibilismo no seu sentido mais profundo, é uma crença religiosa que professa a sua fé nas profetisas que, contactando com divindades ou espíritos, profetizam oráculos reveladores e infalíveis, abençoando ou condenando em nome da entidade espiritual com que comunicaram.

 

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Profecias e feitiçarias na História

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PROFECIAS E FEITIÇARIAS NA HISTORIA
profecias1

AVISO PRELIMINAR AOS QUE ESTUDAM AS COISAS DO ESPIRITO E DO OCULTO:
O santo Salomão afirmou que é de Deus que provem o conhecimento sobre as coisas dos espíritos, e dos «poderes dos espíritos», (sabedoria 7,20). Revela também o santo Salomão que o desejo de conhecer os mistérios dos espíritos, e a sabedoria do espírito, esse desejo de sabedoria conduz a Deus e ao reino de Deus (sabedoria 6,20). Por isso, estudai, e procurai a sabedoria sobre todas as coisas do espírito, pois que a sabedoria do espírito elevar-vos-á espiritualmente, e o conhecimento dos espíritos  enriquecer-vos-á ao vosso próprio espírito, e a sabedoria dos espíritos é o caminho santo que conduz a Deus.  Por isso: estudai todas as sabedorias do espírito, e porem: usai bem toda a sabedoria do espírito, usando-a sempre em Deus, com Deus, e jamais fora de Deus, pois que essa é a única forma santa de caminhar nos mistérios dos espíritos e nos «segredos de Deus».(sabedoria 2,22) Assim, o estudo do oculto e do mundo do espírito, deve ser encarado da forma certa, ou seja, norteado por Deus, fundamentado em Deus, e guiado para Deus, jamais indo para além de Deus. E por isso, eis que na obra do santo são Cipriano se pode ler:
 
«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»
 
Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36
 
Assim sendo: enriquecei o vosso espírito com o conhecimento dos espíritos, pois que a sabedoria é coisa boa, pois que assim está revelado:

De facto, Deus ama somente aqueles que convivem com a sabedoria.
Sabedoria 7,28
 
Usai por isso deste mandamento do santo são Cipriano, e em todos os estudos que empreenderdes nas artes do espírito, procurai a sabedoria dos espíritos e do oculto, e porem fazei-o sempre com Deus, por Deus, e jamais fora de Deus.

 

PROFECIAS E FEITIÇARIAS NA HISTORIA

O poder das profecias e dos feitiços andam de mão dada ao longo da Historia da humanidade, e há provas irrefutáveis do seu poder e da sua verdade.

Um Oráculo é uma forma de comunicação com espíritos superiores, ( chamemos-lhes Deus, Anjos ou Deuses, conforme se acredite), de forma a que tais seres celestiais revelem auxilio a quem os procura, através dos sacerdotes que os servem. O espírito usa assim o corpo do sacerdote como forma de comunicação com os seres humanos, e vice-versa. Dos oráculos, nasceram algumas das mais importantes profecias que se conhecem. Os oráculos de Zeus eram dos mais reputados e famosos na época greco-romana. Os oráculos de Zeus eram praticados em diversos santuários, e eram transmitidos pelo espírito do deus aos seus sacerdotes que assim os revelavam a quem visitava tais templos, da mesma forma que o espírito do Deus Javé falou através dos seus profetas aos hebreus.
Os sacerdotes obtinham contacto com o espírito desse deus através de «incubação», ou seja: dormindo uma noite no chão do templo e andando sempre descalços nesse mesmo santuário. Acreditava-se que o espírito do Deus habitava nos santuários que lhe eram dedicados, e que ali pernoitando, o deus entraria no sacerdote e lhe falaria por meio de visões nocturnas, tal como o Deus Javé falou aos seus profetas por sonhos, sendo que Daniel é o mais famoso interprete bíblico de tais mensagens divinas.
Acreditava-se igualmente que o espírito do deus podia também manifestar-se no fogo, e disso também falam as escrituras, quando Moisés contacta com Deus vendo-o na forma de um fogo. Verificamos por isso que as praticas oraculares,( de contacto com deus), das culturas hebraicas acabam obedecendo ás mesmas regras espirituais que aquelas praticadas pelas culturas helénicas.
Alexandre O Grande consultou o oráculo de Amon, (a divindade Egípcia homónima de Zeus na cultura helénica), para saber sobre a sua filiação, assim como sobre o destino das suas conquistas. A ele foi-lhe revelado que era o filho de um deus, e que seria o maior conquistador de todos os tempos na humanidade. Tal revelou-se verdade, pois ate a César e ao grandioso império romano, os feitos de Alexandre O Grande ecoavam como lendas e feitos impossíveis de igualar.

O oráculo de Delfos, era outro dos mais famosos meios de contacto espiritual com os deuses na antiguidade. O deus Apolo falava com quem procurava a sua ajuda através das suas sacerdotisas, possuindo-as e fazendo sair pela boca dela as verdades que muitos procuravam.
Conta-se que certa vez o rei Creso consultou o Oráculo de Delfos de forma a saber se deveria atacar a Pérsia. Foi-lhe respondido que se atacasse a Pérsia, destruiria um grande reino. O rei pensou que a resposta era favorável e fez guerra contra a pérsia. No final, foi o seu próprio reino que acabou destruído, e a profecia não mentiu.
Na verdade os espíritos falam como falam, e ao faze-lo ditam as suas sentenças .Há que aceitar as suas palavras, tendo a prudência de não querer fazer das mensagens espirituais aquilo que queremos, mas sim aquilo que é verdade.

 

Um hebreu que viveu entre 70-100 d.C., de nome Hanina ben Dosa,  foi um famoso curandeiro que viveu na Galileia.

Nesses dias, o filho de um notável fariseu de nome Gamaliel estava doente, com uma grave febre.

Gamaliel enviou dois seguidores a Hanina, pedindo-lhe que viesse e curasse a criança. Contudo, ao invés de partir com os empregados de Gamaliel, Hanina subiu ao andar superior da sua casa e rezou.

Perante tal gesto, os jovens perguntar-lhe com alguma desconfiança e ironia:

« Ès algum profeta?».

A isto Hanina respondeu:

« Não , não sou profeta. Contudo tenho este dom: se uma oração me sai da boca com fluência, sei que haverá cura;

mas se não sai, sei que não há cura».

Os dois homens partiram para junto do seu mestre fariseu, e logo verificaram que na altura em que Hanina fez a sua oração,

o rapaz se tinha realmente curado.

 

Na Grécia da antiguidade, imensas pessoas recorriam ao templo de Asclépio,

um espírito divino que oferecia grandes milagres de cura a quem procurava o seu auxílio.

Contam  factos historicos, que certa vez uma mulher estéril pernoitou do seu templo, com o desejo de alguma vez poder vir a ter um filho.

Durante a noite em que dormiu no santuário, a mulher sonhou que uma das sagradas serpentes de Asclépio penetrou nela.

A mulher regressou a casa no dia seguinte e engravidou, contrariando todos os factos e todas as probabilidades, naquilo que constituiu um dos imensos milagres deste espírito.
Não procuremos contudo tão longe na historia, para encontrarmos exemplos de profecias que resultam em todo o seu poder.

Muito recentemente, ainda em pleno Sec XXI; o mundo viu o caso do Rabino Yitzhak Kadouri .

Kadouri foi um rabino que acredita-se que tenha vivido 106 anos.

Conhecido por estar à frente da Cabala, Kadouri morreu em Janeiro de 2006 após lutar contra uma pneumonia.

Polémico e influente, Kadouri ficou marcado por amaldiçoar o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein.

E tal como a sua maldição condenou o ditador, o mesmo acabou o seu longo reinado de glorias e poder,

escondido num buraco debaixo da terra, sem poder ver a luz do dia, acabando preso e morrendo.

Inquestionavelmente a maldição produziu efeitos e a historia assim o prova. .

Mas podemos facilmente referenciar outros exemplos sobre esta realidade que são os trabalhos de feitiçaria e os trabalhos proféticos. .

Nos Estados Unidos, os índios foram barbaramente massacrados e votados ao ostracismo, desprovidos das suas terras, encarcerados em humilhantes reservas federais. Não se pense contudo que tudo isso ficou sem resposta. O troco foi dado por um feiticeiro índio de nome Tengstunatowa, que fazendo um poderoso trabalho de feitiçaria, acabou lançando 20 pedras a uma fogueira. As 20 pedras místicas do bruxedo, significavam que de 20 em 20 anos morreria tragicamente um presidente dos estados unidos da América. O feiticeiro índio escreveu ao presidente William H. Harison , informando-o da maldição que havia sido lançada sobre os presidentes dos homens brancos. Não sabemos se o presidente levou a sério esta carta, mas o facto é que ele morreu pouco depois. E o facto é que, de 20 em 20 anos, morreu um presidente norte-americano, sempre em estranhas circunstancias, seja de acidentes, seja de envenenamentos, seja de tiros, etc. A maldição durou 140 anos, nos quais 7 presidentes morreram conforme a bruxaria do velho feiticeiro. A feitiçaria só foi quebrada por Ronald Reagen, ou melhor, pela sua esposa Nancy Reagan, que consultando uma famosa astróloga, médium e mestre de artes esotéricas, conseguiu afastar do presidente o destino que fatalmente o aguardava. Assim , de facto o presidente foi baleado, mas não morreu. .

Ronald e Nacy Reagan, devem assim a vida a uma profetiza, que os acompanhou em todos os passos da sua presidência. Mesmo em certos eventos, como o grande tratado sobre armamento nuclear com a União Sovietica, e a queda do muro de Berlim, Reagan foi auxiliado pela vidente que lhe deu expressas indicações sobre o que fazer para ter sucesso, e o facto é que as iniciativas politicas do presidente correram conforme profetizado e tiveram sucesso. .

Já na Europa, no Sec XIV, um exemplo de profetização e feitiçaria ficou escrito na historia.Com a autorização do Papa Clemente V, o rei da França ordenou a morte dos cavaleiros Templários.

Em 1307, Jacques De Molay, (Grande Mestre da Ordem dos Templários, foi assassinado. Outros 50 cavaleiros templários foram aprisionados em masmorras até á morte e todo o vasto e riquíssimo património da Ordem foi ou saqueado, ou confiscado pelo estado francês, que dividiu alguma parte desse grande tesouro com o Papado.Nas insalubres e horrendas paredes das masmorras, os Monges da Ordem dos Templários desenharam símbolos místicos e rezaram ferozmente contra o papa Clemente V, amaldiçoando-o com violência.Nessas paredes foram desenhados símbolos místicos que ainda hoje se podem ver, e que atestam que naquele local de perdição e morte, fortes feitiçarias foram praticadas. Pois no dia em que foi executado, ( foi queimado vivo), Molay lançou a sua maldição, declarando que o Papa Clamente V e o Rei Filipe IV de França iriam morrer, o primeiro passado um mês e o segundo passado um ano. Escusado será dizer que o feitiço e a maldição resultaram e que, 40 dias depois o papa Clemente V morreu misteriosamente, após ter padecido de atrozes sofrimentos. Tão mais estranha foi esta morte subita, porquanto o papa possuia uma saude de ferro e morreu fulminantemente sem qualquer explicação. O rei Filipe IV também se seguiu, morrendo em grande tormento passados 8 meses sobre a morte do papa e em consequencia de uma queda de cavalo. Tambem esta morte foi tao mais estranha, porquanto o rei de França era reconhecidamente um dos melhores e mais hábeis cavaleiros da Europa. Ambos os homens mais poderosos da Europa , ( e entre os mais poderosos do mundo), não foram mortos nem por guerras, nem por golpes palacianos ou de estado, nem pelos inimigos de outras nações inimigas. Ambos este homens, ( poderosos e bem guardados sob uma inultrapassável protecção militar), morreram ás mãos da feitiçaria, abatidos por visões terríveis e atingidos por atrozes dores. .

Um dos outros casos mais conhecidos da bruxaria da historia ocidental ocorreu em 1680. Nessa época, em França reinava Luís XIV. Athenais Charente, Marquesa de Montspan encomendou ao Abade Guibourg diversos trabalhos da magia negra com o objectivo de se tornar a única mulher a partilhar a cama do rei Luís XIV. As Missas Negras foram executadas, e em resultado a Marquesa acabando conseguindo os seus desejos, tornando-se a mulher mais poderosa do reino, a unica a partilhar o leito com o monarca e mesmo dando á luz 7 filhos ao Rei.A condensa conseguiu os seus desejos e a fama deste feito espalhou-se por todo o mundo. Assim, a missa negra popularizou-se no sec XVII, com as famosas missas satânicas do abade Guibourg, e com elas o abade concedeu favores pagos a peso de ouro a quem o procurou. Diz-se que maioritariamente, os seus trabalhos eram bem sucedidos. .

Voltando aos Estados Unidos da America, podemos ver o caso do presidente Lincoln. Esse era um homem a quem os espíritos falavam através de sonhos ou visões nocturnas, profetizando-lhe eventos que mais tarde se concretizavam. Por isso mesmo este foi um homem marcado por visões e que estudava atentamente as mensagens espirituais que recebia, pois via que elas revelavam, sem falhar, verdades por vir. E tão mais eram verdade as profecias reveladas nos sonhos, quão o presidente veio a tragicamente descobrir. Certa noite, este presidente sonhou que dormindo nos seus aposentos na casa branca, quando foi acordado por choros. Desceu a escadaria e dirigiu-se á ala este da casa branca, onde encontrou imensa gente vestida de negro, chorando, abraçando-se. As pessoas estavam em volta de um cadáver exibido em cerimonia fúnebre. Estando longe do corpo do finado, o presidente perguntou a um guarda:«Quem é aquele homem?», ao que o guarda respondeu:«È o presidente. O presidente morreu.» Escusado será dizer que o presidente acordou encharcado e suor e em grande angustia. Foi nesse mesmo dia seguinte, que o presidente foi assassinado sangue frio, com um tiro «á queima roupa», quando participava num evento social. Estes factos constam na biografia de pelo menos 2 pessoas diferentes a quem o presidente houvera confessado o seu perturbador sonho, no mesmo dia em que logo depois foi assassinado. .

Também o presidente Roosvelt consultou uma medium, que lhe profetizou imensas coisas que, na altura, lhe pareceram improváveis. Ela contou-lhe com detalhes, que no futuro, depois da sua presidência, a Rússia tornar-se-ia numa super potencia inimiga dos EUA , a China transitaria para um regime comunista, o racismo seria fonte de grandes problemas no mundo, etc. O presidente não queria querer nas profecias de Jeane Dickson, mas ficou congelado quando lhe perguntou sobre o seu estado de saúde, e a profetiza lhe revelou que dentro de poucos dias ou semanas ele morreria. Também nisto não acreditou, mas apenas porque os seus médicos lhe ocultavam o verdadeiro estado avançado da sua doença. O presidente veio a falecer 1 semana depois, e tudo que foi profetizado sucedeu depois do seu mandato. .

Também Nixon, um dos mais controversos presidentes dos EUA, soube de uma vidente que a sua nação seria vitima de ataque terrorista de proporções jamais vistas, mas que isso apenas sucederia depois da morte de Issac Rabin, que seria assassinado. O presidente ficou obcecado com as catastróficas revelações, havendo convocado Kissinger e os serviços secretos para discutir sobre estes assuntos e saber se haviam informações que o poderiam esclarecer, ou mesmo ajudar a evitar tais terríveis eventos. Obviamente os serviços secretos não sabiam de nada, e a fama de instabilidade psicológica do presidente aumentou. Foram precisas mais de 3 décadas, para que a visão da médium se tornasse realidade. Na verdade, Issac Rabin morreu mesmo assassinado, e depois disso, a 11 de Setembro, os EUA foram vitimas de um enorme golpe terrorista. .

Ainda sobre o 11 de Setembro, Nostradamus profetizou sobre uma catástrofe na forma de uma «bola de fogo» a suceder no paralelo 45, naquilo a que ele chamou a «Nova Cidade». E de facto, Nova York fica no meridiano 45 , e é a «Nova» cidade de «York», cujo o nome vem obviamente da cidade de «York» no Reino Unido, sendo esta como é, uma área geografica Norte Americana pertencente á antiga pontencia colonial Inglesa .Assim, Nostradamus profetizou sobre um evento que apenas se concretizou e ocorreu 500 anos depois da sua morte, num pais que á data da vida do profeta, nem sequer existia ou havia sido fundado. .

Nostradamus nasceu a 14 de Dezembro de 1503 em França. Sendo de descendência judaica por parte do seu bisavô, tornou-se contudo num profeta profundamente ligado ao cristianismo. Dizia-se que sofria de epilepsia e insuficiência cardíaca. Faleceu em 1566, vítima de uma fatalidade cardio-pulmunar. Nostradamus frequentou o curso de medicina, que entretanto abandonou, tendo trabalhado como ervanário e farmacêutico. As suas praticas de higiene e aplicação de certos produtos naturais permitiram alguns bons resultados contra a peste negra que na altura devassava a Europa, o que em certa medida contribuiu para a obtenção de uma certa fama. No entanto, essa mesma peste acabou vitimando a sua primeira mulher e filhos, o que lhe causou grande desgosto. Alguns dizem que foi após esta tragedia pessoal, que Nostradamus começou verdadeiramente a sua produção profética, tendo-se então debruçado sobre o estudo das praticas místicas que viriam a ser responsáveis pela sua obra. Nostradamus veio a casar novamente e teve seis filhos. Nostradamus dedicou a sua vida ao estudo da astrologia e outras ciências ocultas. Nas suas profecias, Nostradamus previu entre outros eventos históricos: a morte do rei Henrique II, o destino dos filhos de Catarina de Médecis, a fundação dos Estados Unidos da América, a queda da União Soviética, a existência de Hitler e Napoleão, etc. Nostradamus previu mesmo, (num final acto profético), a sua própria morte. As profecias de Nostradamus encontram-se inscritas em versos cujo o textos se encontra encerrado em sentidos e codificações que tornam a sua leitura nem sempre de fácil acesso. No entanto, nos tempos em que o profeta viveu, ele sentiu a necessidade de codificar o seu trabalho, ( conforme também «Da Vinci» o fez com muitas das suas obras), de forma a evitar a sua tortura e morte ás mãos da Santa Inquisição,(dessa ameaça tambem Galileu teve o seu gosto, por abertamente publicar os resultados do seu pensamento), que não hesitava em condenar como «heretico» o resultado de toda a obra literaria que não fosse concordante com a «verdade» do Vaticano. Sabe-se que se Nostradamus, apesar da sua prudencia, nao acabou na fogueira, tal deveu-se á intervenção sistemática da rainha Catarina de Medicis, ( esposa de um rei de frança, e mae dos outros dois que se seguiram), e que foi salvando Nostradamus das acusações da pratica de astrologia e outras ciencias ocultas proibidas pela Inquisição. Alguns consideram Nostradamus o último dos grandes profetas.

Outro grande profeta foi São Malaquias, que fez das mais formidáveis profecias de sempre, comparáveis apenas ás de Nostradamus. São Malaquias, cujas as previsões se encontram num corpo de textos manuscritos conservados no Vaticano, foi um bispo Irlandês do Sec XII que alguns alegam ter sido filiado no movimento ocultista gnóstico, tendo sido iniciado nos segredos místicos dos Templários. Seja como for, foi certamente um vidente, cujas as visões se tem cumprido até á data de hoje com surpreendente e arrepiante acerto. São Malaquias foi um monge que fez profecias apocalípticas, tal como são João. Mas ao contrário do segundo, Malaquias não fez profecias catastróficas nem profundamente enigmáticas. Malaquias foi ordenado padre em 1119, e começou a ter visões sobre o futuro em 1139. Malaquias ficou atormentado com as suas visões, que lhe revelavam verdades sobre o fim da Igreja. Malaquias surpreende pela clareza das suas profecias, pois ele mediu o final dos tempos pelo número de papas que existirão até a nossa civilização terminar, ou pelo menos alterar-se profundamente. Malaquias previu que existiriam 112 papas, desde o tempo em que ele próprio viveu, (ou seja, desde o papa desde Celestino II, em 1143), até ao final dos tempos, altura em que o último pontífice, Pedro II, ocupará o trono do Vaticano num ambiente de terríveis sofrimentos da humanidade. Mas as profecias não se ficam por aqui: Malaquias não só designou quais os papas que iam existir, como também proferiu uma sentença por cada um dos papas que previu que ia existir, de forma a que cada um deles pudesse ser objectivamente identificado. Até á data de hoje, todos os papas que existiram correspondem ás descrições de Malaquias.

Quem duvida das profecias ou da feitiçaria, é porque nunca olhou para a historia da humanidade. Elas estão lá, vivas em todos os séculos, provadas sem hipótese de refutação. Apenas por cegueira intelectual ou má vontade, é que se podem negar os factos.

As profecias e bruxarias podem tardar, mas jamais falham.

quer um poderoso trabalho de magia?

quer um poderoso trabalho de bruxaria?

Escreva-nos!

Altar de São Cipriano

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