Astrologia

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A astrologia

ASTROLOGIA E CABALA HEBRAICA

 

Astrologia: Oráculo é uma resposta dada por um deus ou espírito a uma questão que lhe é colocada. A resposta de um oráculo traduz-se em revelações sobre o que vai suceder de forma a que um fim seja atingido, e a essas dá-se o nome de profecia. Uma religião é um conjunto de preceitos ou práticas por via das quais se comunica com um deus, seres celestes ou divindades. A astrologia, é um meio de produzir oráculos. Segundo a religião sibilina e de acordo com as tradições babilónicas e hebraicas, a astrologia é um processo de astromancia, ou seja: uma forma de ler nos corpos celestes a manifestação de entidades espirituais ou forças celestes.

 

A astrologia não dita futuros, antes ela revela as influências astrológicas e as forças espirituais que estão presentes nas nossas vidas e que tendem a fazer com que a nossa existência assumam certos rumos.

No entanto, a todos nós foi concebido livre arbítrio, ou liberdade de escolha. Pois assim está escrito:

Não digas:

«Foi por culpa do senhor (….)»

Desde o principio, Deus criou o homem e entregou-o ao poder das suas próprias decisões(….)

Ele pos-te diante do fogo e da água, e poderás estender a tua mão para aquilo que quiseres

Ecl 15;11-16

Se é verdade que somos influenciados por tendências, por eventos, por estados psicológicos, etc.; no entanto, também é verdade que perante tais tendências, somos livres de optar pelos caminhos que desejamos percorrer, fazendo de uma situação favorável uma derrota, ou transformando uma situação desfavorável uma vitoria.

E tanto assim é, que tambem está escrito:

 

Na desgraça o homem pode encontrar salvação,

enquanto que na fortuna pode provocar a ruína

Ecl 20;9

 

 

A astrologia é um meio de analisar essa esfera de influências celestes e forças espirituais que actuam sobre as nossas vidas, e de em conformidade com essas realidades espirituais, desvendar os bons caminhos que devemos seguir de forma a alcançar as nossas metas e ter paz, harmonia e felicidade na nossa vida.

A astrologia ao debruçar-se sobre o mundo das influencias celestiais que actuam sobre as nossas vidas e que geram as tendências que regem a nossa existência, pode-nos facultar um mapa que nos permite fazer o trajecto da nossa vida pelos melhores caminhos, evitando acidentes, infortúnios, revezes, contratempos, angustia, perdas e dor, ao passo que revelando os rumos que conduzem á felicidade.

Os astros podem representar as forças espirituais que regulam e influenciam este mundo, sendo que por eles Deus pode falar á sua criação. Disso mesmo podemos encontrar prova nas escrituras. Assim está escrito:

Alguns magos do oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram:

«Onde esta o rei dos Judeus recém nascido?

Nos vimos a sua estrela no Oriente e viemos para Lhe prestar homenagem»

Mateus 2,1-2

Pois foi através de um astro, que Deus revelou a vinda do Seu Filho, ( ou de um grande profeta, como queiramos entender de acordo com a nossa fé), ao mundo.

Foi estudando esse astro e a sua significação espiritual oculta, que os magos souberam ler a boa nova inscrita nos céus.

 

Astrologia ocidental

 

A astrologia ocidental é realizada através de cálculos de natureza astronómica, ( com recurso a tabelas de efemérides astronómicas), e a sua pratica é fundamentalmente baseada no “mapa astral” , que é equacionado a partir do momento em que uma pessoa nasce ou um certo evento ocorre; esta prática astrológica fundamenta-se na existência de 12 signos e 10 influencias celestes essenciais, e é tecnicamente sustentada nos conhecimentos e princípios astronómicos ocidentais.

Segundo esta técnica astrológica, o posicionamento cientifico – astronómico dos corpos celestes é fonte de influencia sobre pessoas e eventos.

A Astrologia ocidental centra-se fundamentalmente na astrologia natal, ou seja: no Mapa Natal de uma pessoa, ou o Mapa de Nascimento, aquilo a que comummente se chama: Horóscopo, ou Carta Astrológica.

O mapa natal descreve o posicionamento dos astros no momento do nascimento de uma pessoa, e dessa forma consegue determinar o mapa de influências celestiais que actuaram, ( e irão actuar para sempre), sobre essa mesma pessoa quando ela tomou contacto com o mundo pela primeira vez.

Nesse mapa é definido o «signo solar» e o «ascendente» de uma pessoa , ou seja:

O signo solar: é aquilo a comummente chamamos «o signo de uma pessoa», e corresponde á posição do Sol no momento do nascimento dessa pessoa. Para realizar o cálculo do signo solar, necessitamos da data de nascimento de uma pessoa. Por esse meio, é verificada a influência do astro que fundamentalmente irá reger a existência dessa pessoa
O ascendente: é calculado com base na hora em que uma pessoa nasceu. Um dia tem 24 horas, ou seja: 1440 minutos. E num determinado dia, uma pessoa pode nascer em qualquer uma dessas horas e minutos, o que faz com que seja muito difícil que 2 pessoas tenham nascido na mesma data, e exactamente na mesma hora e mesmos minutos.O signo que esta a nascer no horizonte Leste na hora em que uma pessoa esta também nascendo, é o signo ascendente dessa mesma pessoa. Esse «signo ascendente» traduz a outra influência celestial que ira influenciar a vida dessa pessoa. Na verdade, esse signo revela as condições de nascimento de uma pessoa, assim como influenciará o seu comportamento externo para o resto da vida. A forma como alguém reage ás circunstancias e o meio que a rodeia, é revelada no seu ascendente.

 

A astrologia numerológica Kabalística.

  

A astrologia kabalista, é um processo místico de origem hebraica , por via do qual as esferas de influencia astrológica, ( os astros e os signos), são representados nas «Sephirot», ou as esferas espirituais da árvore de vida.

 

Cada uma dessas esferas representa as diferentes forças espirituais que actuam sobre o nosso mundo e assim que geram influencias e tendências sobre as nossas vidas.

Cada uma dessas esferas é uma emanação de Deus, e muitas culturas as viram de formas diferentes: como deuses, como anjos, etc.

A astrologia kabalista funciona através de processos de calculo matemático-numerologico, ( aquilo que no ocidente se chama numerologia, e que nas ciências hebraicas se denomina de Gematria), por via dos quais, analisando a data de nascimento de uma pessoa, ( assim  como outros elementos como: o nome, a hora e local de nascimento de uma pessoa), se conseguem determinar tanto as forças celestiais que marcaram o nascimento de uma pessoa, assim como sob que esferas de influencia espiritual é que alguém se encontra a determinado momento.

Para calcular o signo solar e o ascendente zodiacal no Horóscopo de uma pessoa, alguns dos astrólogos de influencia Kabalista usam os processos da astrologia ocidental.

Acreditam esses que no momento em que tomamos contacto pela primeira vez com o mundo, sejamos profundamente influenciados pelas energias e forças cósmicas que nos rodeiam.

 

No entanto, para calcular as forças espirituais que estão actuando na nossa vida a dado momento, ( num determinado ano, num certo mês, ou num certo dia ou determinada hora), muitos dos astrólogos da escola numerológico – kabalista usam um processo numerológico.

 

Fazem-no, pois acreditam que o conjunto das forças espirituais que existem, assim como a forma como essas influências espirituais actuam nas nossas vidas, transcende os limites da astrologia ocidental.

 

Acreditam por isso algumas escolas de pensamento da astrologia Kabalista, na mais clássica teosofia hebraica, assim como na sua definição de forças espirituais.

 

Professam essas escolas de pensamento, que todas as forças espirituais que actuam sobre nós emanam de Deus, e são manifestações de Deus.

 

E como tal, as suas Leis e dinâmicas obedecem aos princípios da Kabalah hebraica, e logo o entendimento sobre a forma como elas estão presentes e regem as nossas vidas apenas pode ser revelado por essa ciência hebraica e o seu cálculo numerológico.

 

A astrologia Oriental:

 

A astrologia ou a astromancia, é classicamente entendida como um processo oculto segundo o qual é possível ler o futuro nos astros.

 

A astrologia teve o seu berço no médio oriente, através dos magos e sacerdotes Persas, que usavam esta ciência oculta para prever o futuro e avisar quando era boa altura para realizar certos actos, ( um casamento, uma sementeira, um divorcio, uma guerra, um negocio, uma conquista, etc), ou quando era altura de evita-los.

 

A astrologia é contudo uma ciência oculta universal, que existiu em culturas que nem sequer se cruzaram, e que contudo chegaram ao mesmo tipo de conclusões sobre a influência dos astros nas nossas vidas: na civilização Azeteca, a astrologia era também praticada com os mesmos fundamentos que regiam a civilização Persa.

 

A astrologia defende que o momento em que uma pessoa foi concebida influencia para sempre essa mesma pessoa, uma vez que as forças celestiais que actuaram sobre ela nesse preciso momento ficarão gravadas na sua essência e serão por isso determinantes no resto sua vida.

 

Ao mesmo tempo, a astrologia também defende que as forças celestiais estão constantemente exercendo influencias sobre as pessoas, sendo que a combinação entre as características de uma pessoa, com o tipo de forças que estão sendo exercidas sobre ela, vão ditar a forma como os eventos se poderão suceder na vida dessa mesma com um elevado grau de probabilidade.

 

Muitos astrólogos alertam que a astrologia não faz imperar destinos, mas antes lança avisos sobre o que esta para suceder ou sobre os problemas que sucederam, de forma a que as pessoas possam ultrapassar um problema de forma eficiente.

A astrologia não é por isso um meio para revelar verdades absolutas e fatalistas, mas antes faculta uma espécie de mapa que cada um pode usar de forma a chegar onde deseja pelos caminhos mais fáceis e céleres, evitando obstáculos e maus caminhos.

 

A astrologia segundo a Cabala:

 

Os astrólogos que exercem astrologia através das técnicas de cabala, ( ou astrologia cabalística), defendem que Deus manifestou-se junto do homem através de duas formas:

pelo próprio homem, e pela natureza.

 

Tais astrólogos defendem que junto do homem, Deus revelou-se ao através das escrituras e dos seus profetas; Contudo, pela natureza, Deus manifesta a sua vontade através da sua criação, ( a mesma natureza), essencialmente por via do seu expoente celestial: os astros.

 

Na bíblia Deus é chamado de «senhor dos espíritos»,

mas também de «senhor dos exércitos dos céus».

 

Ora, o «exércitos dos céus» é um conceito interpretável de duas formas:

 

*      por um lado «exércitos do céus» são os espíritos celestiais que habitam no mundo dos espíritos;

 

*      ao passo que por outro a expressão «exercito dos céus» representa as constelações estelares que habitam os céus e que deus governa, ou seja: os astros.

 

Pois assim está escrito:

 

Naquele dia ele julgará no céu o exercito do céu, e na terra os reis da terra

 Isaías 24,21

 

Vi Deus sentado no seu trono, e todo o exército de Céu estava de pé á direita e á esquerda de Deus

1 Reis 22,19-21

 

Manasses (…) prostrou-se diante de todo o exercito dos céus e adorou-o

 2 Reis 21, 1-6

 

«Exercito dos céus» é uma expressão ora usada ora para designar os anjos ou seres celestiais que habitam junto de Deus, ( como vemos tanto no livro de Isaías, como no I Livro de Reis), ao passo que também é usada para referir os astros, tal como podemos observar no II Livro de Reis a propósito de Manassés.

 

Os astros e as forças celestiais que emanam de Deus são os sentidos nos quais esta expressão é usada nas sagradas escrituras, sendo que a única coisa que diverge na sua avaliação positiva ou negativa, é a forma como encaramos estas forças: não as devemos idolatrar, mas apenas considerar como emanações provenientes de Deus.

 

Assim, entende-se que os astros ,( e assim os signos do Zodíaco), podem ser formas de manifestação desses seres ou forças celestiais, por via dos quais esse seres ou energias exercem influencia nas nossas vidas.

 

Aparentemente a Bíblia encerra uma forte contradição entre os astrólogos do oriente e os profetas de Deus.

No entanto, a contradição não diz respeito ás ciências místicas que estão em causa, ( a astrologia do oriente ou a Cabala Hebraica), mas antes uma questão do ângulo teológico através do qual se observam essas ciências, ou seja:

 

O que os hebreus contestavam, é que os astros fossem adorados per se, ou seja por si mesmos e como se eles mesmos fossem alguma espécie de deuses que governassem este mundo; ao contrario, o que os teólogos hebreus defendiam, é que os astros fossem estudados enquanto emanações da criação divina, assim como enquanto meios de manifestação e influencia neste mundo terreno dos seres celestiais de Deus.

 

Segundo a primeira interpretação caía-se numa idolatria dos corpos celestes , ( que obviamente são apenas sois, planetas e luas, longe de se configurarem como seres divinos, mas antes sendo objectos da criação, tal como é uma pedra ou uma arvore), enquanto que segundo a outra interpretação, estava-se estudando a forma como Deus e os seus seres celestes actuam neste nosso mundo físico, ou seja: fazendo-o por vezes através dos corpos celestes, tal como o fizeram pela natureza ao longo da historia, como por exemplo, quando as pragas de gafanhotos atingiram o Egipto, ou quando um vulcão exterminou uma cidade, (Sodoma e Gomorra), ou quando o mar engoliu a terra, ou quando pelo fogo Deus se manifestou a moisés.

Os teologos Hebreus defendiam que não era por Deus se ter manifestado dessa forma através desses elementos da natureza, ( pragas de gafanhotos, vulcões, mares ou fogo), que se devia adorar nem os gafanhotos, nem um vulcão, nem o mar, nem o fogo. Essas são formas pelas quais Deus e os espíritos se manifestam junto de nós e assim nos  influenciam, e por isso, não se devem adorar os meios pelos quais os espíritos divinos se manifestam junto de nós, mas sim os espíritos divinos.

 

È com essa perspectiva que os astrólogos cabalísticos observam os céus e praticam astrologia:

olhando os céus não como que se os astros por si mesmos possam influenciar as nossas vidas, ( pois esses não passam de planetas, luas e sois astronomicamente reconhecidos), mas sim como meios através dos quais Deus e os espíritos divinos revelam como se vão manifestar em nos, da mesma forma como o revelaram pelas escrituras.

 

Por isso assim os praticantes da astrologia fundamentada na calabah, acreditam que pelas escrituras e pelos astros, é possível aceder ás leis de Deus e ás leis do mundo espiritual, e á forma como essas tem implicações no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Na verdade, as 10 esferas da «Arvora da vida», traduzem cada uma delas as mesmas forças e influencias representadas na astrologia ocidental pelos signos zodiacais e corpos celestes.

 

Assim, cada uma dessas esferas representa uma das emanações de Deus na criação, cada uma das esferas representa cada uma das forças espirituais que regulam e influenciam a nossas existência.

 

Aquilo que os astrólogos acidentais traduzem em signos zodiacais ( cada signo representa cada tipo de força e influencia celestial que opera sobre as nossas vidas) a astrologia kabalista e as técnicas astrológicas orientais de natureza hebraica traduziram no conceito de «sephirot».

 

Eis uma relação entre os corpos celestes presentes no Zodíaco da astrologia ocidental, (bem como os respectivos signos do zodíaco que regem), e as 10 esferas constituintes da «Arvore da Vida» kabalista:

 

sol tiphereth Leão
lua yesod Caranguejo
mercurio hod Gémeos, Virgem
Marte Gevurah Carneiro
Vénus netzah Touro, Balança
Júpiter hesed Sagitário
Saturno binah Capricórnio
Plutão daath Escorpião
Urano hokmah Aquário
Neptuno kether Peixes

 

Rejeição rabínica da astrologia:

Quem prossegue a linha ortodoxa do Judaísmo, não aceita a astrologia, pois assim esta escrito em Deuteronómio

«Ele [Deus e o seu mandamento] não esta no céu».

Dt 30:12

Assim esta pois escrito no Midrash Deuteronómio Rabbah (8:6) :

« A Tora nao se coaduna com a arte que estuda os céus»

O Talmud Babilónico parece sugerir que os Hebreus não consultem um astrólogo.

Outra passagem do TB – Pesachim 113b – afirma claramente que os Judeus nao devem consultar astrólogos.

Assim também está escrito em Deuteronómio:

«Tu pertenceras inteiramente a Deus. As nações que vais conquistar ouvem astrólogos e adivinhos»

Dt 18:13

Pois assim se afirma que a astrologia não será consultada pelo povo de Israel.

 

Aceitação rabinica da astrologia:

 

Parte da religião hebraica aceita que os astros possam influenciar os destinos das pessoas ou das nações, (uma vez que eles são apenas manifestação do reino de Deus ou de Deus), no entanto afirmam que a aliança estabelecida entre Abraão e deus elevou os filhos de Deus acima desse determinismo celeste e lhes concedeu livre arbítrio.

 

Uma passagem de Tosefta (Kiddushin 5:17) afirma que a bênção prometida a Abraão era o dom da Astrologia.

O Midrash, ( Ec. Rabbah 7:23 no. 1),a certa altura confirma que Salomão dominava as ciências da astrologia.

De acordo como o Talmud,( BT Avodah Zarah 5a),não só Deus revelou a Adão o conhecimento sobre todas as gerações vindouras da humanidade, ( um conhecimento divinatório que por alguns foi relacionado com a astrologia), como Abraão possuiu conhecimentos sobre os destinos de todos os homens, e por isso todos os lideres e reis do mundo o procuraram pedindo pelos seus serviços adivinhatórios ou astrológicos. Esta versão rabínica, leva a pensar que o patriarca Abraão era um astrólogo que foi contactado pelo Deus HYHV.

 

A aceitação rabínica parcial da astrologia:

 

Contudo, ao contrário das mitologias que conduzem á aceitação da astrologia devido ao patriarca Abraão, há também tradições que afirmam que Abraão previu através das suas adivinhações que não teria um segundo filho, ao que Deus lhe respondeu:

« Afasta-te da tua astrologia, pois para Israel não há planetas nem constelações que ditem a sorte!»

Pois o nascimento de um segundo filho do patriarca Abraão para alguns dá a ideia de que a astrologia é invalida, ao passo que a outros dá a ideia de que a astrologia é apenas inconsequente face á vontade de Deus quando Ele assim o quer, mas que no restante das situações é valida –TB Shabbat 156ª

Enquanto que certas fontes afirmam que Abraão foi um astrólogo, o Midrash Génesis Rabbah afirma claramente que Abraão não era um astrólogo, mas antes um profeta – Génesis Rabbah x liv. 12 –

 

A astrologia segundo a Cabalah

 

Segundo a astrologia na perspectiva dos cabalistas, os astros são formas de manifestação, ou de deus e da vontade divina, ou da natureza e das suas energias, ou das forças espirituais e das suas leis, no nosso mundo terreno e nas nossas vidas.

 

Assim está escrito:

 

Deus disse:« Que existam luzeiros no firmamento do céu,

para separar o dia da noite e para marcar festas, dias e anos;

e sirvam os luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra»

Génesis 1, 14-15

 

Assim interpretam os seguidores da Astrologia Kabalista, que Deus criou os astros com duas funções declaradas:

 

I

uma função natural: que é aquela que a astronomia estuda e que nos revela os calendários segundos os quais a nossa vida é regida;

II

uma função espiritual: que é aquela que a astrologia kabalista estuda, e por via da qual a Luz e força que emana de Deus ilumina a terra e as nossas vidas, guiando-nos através das trevas .

 

Assim sendo, pelos astros a astrologia defende que é possível obter revelações sobre o passado, o presente e o futuro, uma vez que deus ou o mundo espiritual se manifestam neste mundo terreno através dos seus elementos celestiais.

 

Acredita assim a astrologia que o criador ( deus), comunica e assim se manifesta junto da sua criatura (o homem), através da sua criação, ou seja: a natureza no seu esplendor magnânime do cosmos.

 

Segundo a kabalah, ( a ancestral ciência oculta hebraica), as leis do mundo espiritual foram reveladas por deus a Moisés e aos seus iniciados através das sagradas escrituras, sendo que para obter revelações sobre tais leis e verdades se utiliza a Gematria ou a numerologia.

 

A Gematria, ( ou a numerologia), segundo a Kabalah, constitui assim uma ciência mística através da qual é possível extrair das escrituras verdades ocultas que deus revelou apenas a alguns iniciados.

 

A kabalah acredita também que a Gematria, ( numerologia), é também um processo oculto ensinado por deus ao homem e que, permite obter conhecimento sobre as leis do mundo espiritual, assim como obter através desse revelações sobre o nosso mundo e as nossas vidas..

 

A astrologia realizada através do processo numerológico (numerologia), é um processo através do qual se procura conhecer as verdades sobre as leis do mundo espiritual, assim como das suas implicações nas nossas vidas, combinando a numerologia e a astrologia.

 

A combinação entre astrologia e numerologia parece inovadora mas não é, pois na verdade essa correspondência é milenar e podemos encontrar exemplo dela nas sagradas escrituras.

 

Foi através de um astro (a estrela de Belém), que deus manifestou o nascimento de Jesus neste mundo, mas foi contudo através das profecias das escrituras que deus revelou a vinda de Jesus a este mundo.

 

Os textos sagrados revelam assim através deste exemplo, que em combinação, as escrituras e a astrologia revelam verdades ocultas sobre o passado, presente e futuro de uma forma inigualável.

 

Na astrologia – numerológica, a data de nascimento de uma pessoa é processada e resulta em números.

Esses números correspondem e traduzem as forças e essências celestiais que estiveram presentes no momento de concepção e nascimento dessa pessoa e que irão influenciar essa mesma pessoa para toda a sua vida.

 

Neste tipo de processo, as energias e forças astrais que marcam uma pessoa desde o dia do seu nascimento ate ao dia da sua morte ( e que a astrologia traduz através dos «signos»), são traduzidas e simbolizadas não por «signos» mas sim por «números», de acordo com a ancestral tradição hebraica da kabalah e Gematria .

 

O processo de cálculos é complicado, mas na sua essência corresponde exactamente á astrologia.

 

Os números são a forma como a numerologia Kabalística e a Gematria simbolizam as forças, energias e entidades celestiais.

Usam-se os números e cálculos numerológicos para entender e usar a nosso favor as leis do mundo espiritual , da mesma forma que os números são também usados nas ciências, ( por exemplo: na matemática ou na física quântica), para entender e usar a nosso favor as leis do mundo físico.

 

Toda a ciência oculta possui uma linguagem simbológica através da qual representa as forças e essências celestiais.

 

A astrologia utiliza uma linguagem esotérica na qual usa os «signos» para representar essas forças espirituais e celestiais que actuam sobre o Homem.

 

Na numerologia, essas forças espirituais traduzem-se em «números», que por sua vez tem uma correspondência directa com os «signos» astrológicos e vice versa.

 

São processos distintos, pois a astrologia tem origem em culturas orientais que assim desenvolveram essa ciência oculta, ao passo que a numerologia Kabalística nasceu na cultura hebraica que abordou o estudo das realidades celestes de uma forma intimamente ligada ás sagradas escrituras.

 

No entanto, ambas as ciências ocultas correspondem exactamente ao mesmo objecto de estudo, e as suas técnicas estão perfeitamente interrelacionadas.

 

Da combinação entre os saberes da ancestral astrologia oriental, e dos mistérios da milenar e oculta kabalah hebraica, ( numerologia), advêm o mais poderoso instrumento de leitura das nossas vidas.

 

Abaixo pode-se verificar a correlatividade entre a astrologia e a Kabalah, consultando o esquema da astrológico na sua correspondência mais elementar com as «Sephirot» da «Arvore da Vida» cabalista.

quer um poderoso trabalho de magia?

quer um poderoso trabalho de bruxaria?

Escreva-nos!

Altar de São Cipriano

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O que são Profecias e Oráculos?

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O que são Profecias e Oráculos? 

profecias e oraculos

Uma profecia, é uma previsão resultante de inspiração divina, ou seja, revelada a um profeta por espíritos, por um deus ou por uma divindade.

Um Oráculo é a resposta dada por uma divindade a quem a consulta.

No caso da cultura judaica, os Hebreus acreditam que o espírito do deus Javé fala através da boca dos seus profetas,

tal como se acreditava noutras culturas,( nas sociedades helénicas, nas religiões da antiguidade Egípcia, Fenícia, Cananita, Suméria, Babilónica, etc), que os espíritos dos deuses falavam através dos seus videntes, sacerdotes e profetas.

Um profeta, é por isso aquele que faz revelações através da inspiração de uma divindade, ou seja, que produz Oráculos.

Na Bíblia, tanto no livro de Números, como no II livro de Crónicas, como na epistola dos Actos dos Apóstolos, é visível , ( desde o antigo testamento ao novo), que as escrituras revelam que um acto de profetização ocorre quando um espírito entra no corpo de um pessoa e fala através dessa pessoa.

Senão vejamos o que esta escrito:

“Dois homens tinham ficado no acampamento: um deles chamava-se Eldad e o outro Medad.
Embora estivessem na lista, não tinham ido á tenda.
Mas o espírito pousou sobre eles e começaram a profetizar”
Num. 11,26

“Então o espírito de Deus apoderou-se de Zacarias
(…) ele dirigiu-se ao povo e disse:
«Assim diz Deus (….)»
2 Cron. 24, 19-20

“Havia uma jovem escrava que estava possuída por um espírito de adivinhação,
fazia oráculos e dava muito lucro aos seus patrões”
Act Ap. 16,16-17

Nestas passagens podemos observar como a profecia é realizada quando um espírito, (nalguns casos o espírito de Deus,

noutros casos outro tipo de espírito), «pousa» sobre uma pessoa escolhida e fala através dela, fazendo revelações a

quem as procura, ou seja, profetizando e realizado oráculos.

Para os hebreus, um verdadeiro profeta era aquele que recebia mensagens do espírito de Deus, assim como para os povos

pré-hebraicos e pré-cristaos, profeta era aquele que recebia mensagens dos espíritos dos deuses.

 

Quais os métodos de contacto com espíritos e de profetização?

 

Eis que assim o entendendo, nos debruçamos sobre 5 métodos

de realização de profecias e de contacto com os espíritos:

 

I

VisõesPara os hebreus, o espírito de Deus habitava no Templo de Jerusalém, assim como para os Greco-Romanos o espírito de Zeus habitava nos templos que lhe eram erguidos. Como podemos observar através do Livro de Daniel, o espírito de Deus muitas das vezes faz revelações,(Dn 7,1; 13), através de visões nocturnas, ( chamadas «sonhos», contudo inspirados

por um espírito ou divindade), assim como na cultura helénica

também os espíritos dos deuses transmitiam mensagens oníricas a quem pernoitava

no templo de um deus ou deusa. Como podemos observar através das escrituras, Moisés falou com o espírito de Deus que se manifestou na forma de um fogo,

ao mesmo tempo que quem procurava oráculos nos templos de Zeus, também podia encontrar respostas divinamente inspiradas pelo deus através das labaredas do fogo, que causavam visões ou revelações em quem as observava.II

Contacto com os espíritos – necromanciaNo livro de Oseias é revelado que os profetas usam varas para receber mensagens do espírito de Deus, ( 4, 11-12), ao passo que essas mesmas varas foram também usadas por Moisés para fins sobrenaturais ( Ex 4,1-5); sabemos igualmente, que essas mesmas varas e pêndulos eram também usadas por sacerdotes de templos egípcios para obter revelações dos espíritos,

assim como ainda o são em templos orientais nos dias de hoje. As Tábuas de Ouijá, são também um dos actuaismeios de contacto com os espíritos, que seguem a tradição das mais ancestrais técnicas de necromancia.III

Tarot – o lançamento de sortesEm vários livros do Antigo Testamento é declarado que os videntes usavam o

«lançamento de sortes» (Pv 16,33; Jn 1,7; Is 34,17; Jz 20, 9-21) para obter respostas

do espírito de Deus, e também essa era uma pratica espiritual comum na antiguidade como ainda hoje é através do uso de instrumentos como o lançamento das cartas do «Tarot».IV

Numerologia – kabalahA tradição mística hebraica acredita que os textos bíblicos contem mensagens divinas ocultamente inscritas nas escrituras e que, essas mensagens revelam a verdade sobre as leis de Deus que regulam tanto o mundo físico como o mundo espiritual. Trata-se nesse caso da Ciência de Deus, a Kabalah, uma forma de aceder a verdades transcendentais (Ec 42,18-19; 39, 1-3; 50,27-28)

Para decifrar e perceber essas mensagens, os místicos hebraicos possuem um instrumento denominado «gematria», um processo análogo á numerologia. A numerologia deriva precisamente dessa técnica mistic hebraica, e é um processo atraves do qual se usam os números como forma de aceder ao mundo espiritiual. Da mesma forma como as ciências da natureza usam os números para entender as regras e fenómenos do mundo físico, a numerologia usa os números para simbolizar forças, entidades e mecanismos do mundo sobrenatural, e assim perceber os leis e fenómenos do mundo espiritual e a forma como essa realidade transcendental afecta as nossas vidas. Assim, por via desse instrumento, acredita-se ser possível aceder a verdades celestiais,

assim como a revelações proféticas.V

Astrologia

Também outras religiões da antiguidade acreditavam que os deuses se manifestavam não num livro,

( como era a crença dos hebreus), mas antes através da natureza. Certas culturas da antiguidade, ( Persa, Babilónica, Fenícia, Egípcia, etc), acreditavam que o criador, ( ou criadores), falava com as suas criaturas através da sua criação, ou seja: a natureza. Assim as culturas da antiguidadacreditavam que através da criação dos deuses, ( anatureza), esses mesmos enviavammensagens ás suas criaturas, ( os humanos), usando o universo como meio para o fazer.

Os deuses são seres espirituais transcendentais e poderosos, que podem fazer espelhar as suas mensagens, avisos, pedidos e exortações através dos corpos celestes. E assim, entendiam essasculturas, que o estudo e contemplação dos corpos celestes podia revelar verdades proféticas sobre a vontade divina, e dessa crença nasceu a astrologia.

 

 

Em resumo:

 

Estes são 5 meios clássicos de contacto com os espíritos e realização de profecias:

Astrologia, Numerologia, Necromancia, Visões, Tarot.

 

Quais e quantos são os dons espirituais?
Seja porque meios for, (possessão, lançamento de sortes, visões, numerologia, astrologia, etc), tanto as escrituras, como as tradições espirituais da antiguidade, são unânimes em atestar aquilo que é uma profecia ou um Oráculo:

trata-se de uma forma por via da qual os espíritos, ( seja o de Deus, ou o de Deuses), falam connosco através de pessoas que conseguem ser a «ponte» entre o mundo dos espíritos e o nosso mundo terreno.

 

Prova disso possuímos tanto nas sagradas escrituras, como nas tradições religiosas da antiguidade.

A profecia e o Oráculo, são como sempre foram, a forma através da qual os espíritos falam connosco, e actuam nas nossas vidas.

O espírito traz mensagens sobre o que vai acontecer, pois muitas das vezes o espírito fará tais eventos suceder.

Um oráculo é uma resposta que um espírito ou uma divindade faculta aos humanos que procuram o auxílio ou a orientação dessa mesma entidade espiritual.

 

O oráculo, ou a resposta desse espírito, é facultada através de um mensageiro humano que mantêm um

diálogo com o espírito consultado e serve de meio de comunicação entre a divindade e os humanos.

 

Na teologia hebraica, os oráculos eram realizados através de profetas, sendo esses pessoas com a capacidade de comunicar com os espíritos.

Assim, quando lemos os textos bíblicos acima inscritos, facilmente entendemos que o acto de profetizar sucede quando um espírito «desce» sobre uma pessoa, e essa pessoa acaba sendo possuída pelo mesmo. Assim, a pessoa que contactou ou foi contactada por espíritos, acaba falando ou operando em nome desses espíritos. No fundo, a pessoa que é capaz de estabelecer esse contacto e esse dialogo com os espíritos, acaba convertendo-se numa «ponte» entre o nosso mundo terreno e o «outro lado», ou o mundo espiritual. Esta realidade não é sequer um conceito original dos povos hebraicos. Esta realidade existia muito antes, e os sacerdotes e sacerdotisas dos templos dos Deuses da antiguidade pré-hebraica, eram precisamente isso:

uma «ponte» entre o nosso mundo e os espíritos ou a divindade que representavam ou com a qual comunicavam. Os oráculos praticados nos templos das divindades Egípcias, Gregas, Babilónicas, Fenícias, Cananitas, Amonitas, etc… eram realizados segundo essa premissa:

o sacerdote que profetizava o oráculo era alguém que possuía a capacidade de contactar e dialogar com a entidade espiritual ou com o Deus que representava.

 

Nas sagradas escrituras, podemos observar que existem 9 tipos de dons espirituais.

Assim está escrito:

 

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para utilidade de todos.

A um, o espírito dá a (….) sabedoria;

a outro a (…) ciência segundo o mesmo espírito(…);

a outro (…) a fé;

a outro (….) o poder das curas (…);

a outro, o poder de fazer milagres ;

(…) a outro, a profecia (…);

a outro, o discernimento dos espíritos (…);

o outro o dom de falar línguas (…) ;

a outro ainda o dom de as interpretar (…)

 

1 Co 12, 7-10

 

Estes são por isso os 9 dons espirituais:

 

I

A sabedoria

( conforme Jb 29,12-13; Sl 119, 89-99; Es 7,9-10)II

O conhecimento sobre as ciências espirituaisIII

A fé ( conforme Hb 11,1 ; 8-9)IV

O poder das curasV

O poder dos milagresVI

O dom da profeciaVII

O poder de sentir, ver e dialogar com os espíritos e o mundo espiritualVIII

O dom de falar línguas espirituais ( conforme 1 Co 2,13; 14,2)IX

O dom de interpretar as linguagens do espírito ( conforme 1 Co 2,13; 2 Co 12,4)

 

A profecia, é na verdade o mais precioso dom do espírito.

Sobre a profecia, dizem as escrituras:

 

Aspirai aos dons do espírito, principalmente o da profecia

 1 Co 14,1

 

A profecia é por isso o mais elevado dos dons espirituais, e dele se diz:

 

Aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola.

 1 Co 14,3

 

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Profetas Magos e Milagres

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Profetas Magos e Milagres

profetas

 

Os milagres de mestres e profetas.

 

Jesus fez milagres e profecias, pois tinha com ele o poder do espírito de deus.

 

Sabe-se contudo que outros homens o longo da história também fizeram milagres,

porque igualmente possuíam consigo o poder de outros espíritos:

 

I

 

O deus grego Asclépio era venerado com um espírito que favorecia grandes cura e realizava grandes milagres.

Os sacerdotes do seu culto, (principalmente estabelecidos em Epidauros),

deixaram provas documentais de incontáveis milagres e curas que sucederam a quem procurava a ajuda deste espírito.

As curas eram normalmente realizadas naqueles que pernoitavam no templo e

a quem o espírito comunicava mensagens na forma de sonhos. O facto é que depois de abandonarem o templo,

essas pessoas viam-se curadas.

 

II

 

Também na Grécia, Apolónio de Tiana, um filosofo e curandeiro itenerante, era conhecido pelo

seu milagroso poder de cura, assim como pelos exorcismos que realizava.

 

III

Hanina Bem Dosa, foi também um famoso curandeiro Galileu. Também ele curou imensas pessoas,

entre as quais o filho do fariseu Gamaliel.

 

IV

 

O palestiniano Honi, mais que uma vez serviu os hebreus convocando chuva quando as secas ameaçavam

as vidas dos hebreus. Certa vez ele terá convocado o fenómeno com tanta força, que os habitantes de Jerusalém foram

para o monte do templo devido á força das águas invocadas.

 

V

Jamnés e Jambrés, dois dos mais celebres magos ao serviço do faraó,

( os mesmos que defrontaram Moisés),

fizeram inúmeros prodígios que todos observaram a olhos vistos, facto que ficou registado para a historia.

 

 

VI

 

Outros profetas que viveram no tempo de Jesus realizaram milagres e curas,

tal como os evangelhos o mostram ( Mt 12, 27-29)

 

VII

Por volta de 30-33 d.C., entrando em Jerusalém por altura das festividades da Páscoa,

Jesus fez profecias relativas á destruição do Templo de Jerusalém,

e de facto, elas vieram a ser cumpridas.

Dizem os factos históricos que na verdade, em 70 d.C., o templo foi arrasado pelas forças militares Romanas,

tal como Jesus havia profetizado.

 

 

Estes são apenas alguns exemplos que a historia nos faculta de como os milagres,

profetas e mestres sempre existiram e realizaram tremendos feitos a favor de quem procurou a sua ajuda espiritual.

 

Todos estes exemplos históricos atestam que foram inúmeros os homens ao longo da historia,

usaram o poder dos espíritos para realizar milagres e profecias

com um tal sucesso, que os seus feitos são conhecidos ainda hoje.

 

 

 

 

As curas e os milagres do mestres e profetas da antiguidade.

 

Como podemos verificar nos evangelhos, as curas de doenças e outros problemas sucede porque

essas doenças e problemas variados advêm de males espirituais que afectaram uma pessoa.

 

Um mal atinge espiritualmente uma pessoa, e colateralmente afecta outros aspectos da sua vida, como a saúde ,

o seu comportamento, etc.

 

Nas escrituras podemos verificar que Maria Madalena teve sete demónios dentro dela e que por isso,

teve comportamentos pessoais problemáticos; o possesso de Gerasa tinha fortes espasmos, condutas violentas

e ia habitar em cemitérios ( Mc 5; 1-20); uma criança mandava-se ao fogo ( Mc 9,22), etc

 

Diz-se que as pessoas acreditavam em milagres porque nesses tempos eram ignorantes; contudo na verdade

verificamos que não era assim, pois na bíblia vem expressamente descrito que uma das pessoas que Jesus curou

era um epiléptico. Isso bem demonstra que as pessoas não eram ignorantes, e sabiam perfeitamente distinguir

entre um epiléptico, ( uma pessoa que sofria de uma doença, hoje em dia tida como psiquiátrica), e uma

pessoa possuída por demónios. No entanto, em ambos os casos Jesus curou.

 

Se os milagres que existiram na antiguidade fossem apenas uma questão de mera ignorância, nem as pessoas

saberiam distinguir entre ambos os estados,( uma doença clinicamente visível, ou um mal espiritual), e muito

menos os autores dos evangelhos o poderiam ter relato com um tal rigor.

 

Mais: Os evangelhos descrevem a história de uma mulher que «sofrera muito nas mãos de médicos e gastara

todos os seus bens, continuando a piorar cada vez mais» ( Mc 5,26), mas que procurando Jesus, se curou.

 

Os evangelhos mais uma vez revelam que as pessoas na antiguidade não procuravam a ajuda dos espíritos quando

padeciam de doenças por mera ignorância, pensado que deviam ir a um profeta ao invés de procurar a

sábia ajuda de um médico.

 

As pessoas de então agiam como as de hoje, e quando estavam doentes procuravam os médicos como fazemos

hoje em dia, ou seja, não actuavam com superstição ignorante. O facto é que em certos casos, o medico não

consegue resolver aquilo que é do domínio dos espíritos, e disso são prova os milagres.

 

Por tudo isso, as desculpas que alegam que os milagres apenas sucederam por ignorância de quem viveu na antiguidade,

estão por isso afastadas quando analisamos as escrituras e verificamos, tanto que os seus próprios autores sabiam bem

o que eram estados clínicos e não os confundiam com possessões, como que as pessoas na antiguidade não confundiam

os problemas de saúde com os problemas espirituais e actuavam tal como nos o fazemos na actualidade.

 

Se os milagres não são apenas o produto de crendices, muito menos de processos psicológicos

nem fruto da ignorância, como sucedem estas curas?

 

A verdade é que, por muito que se queira negar, de facto existe um mundo físico e um mundo espiritual.

 

As forças espirituais podem entrar no nosso mundo e afectar negativamente as nossas vidas, assim como se

pode fazer uso dessas mesmas forças espirituais para obter auxilio e curar problemas.

 

Uma das provas mais fortes que podemos encontrar sobre a existência desse mundo espiritual e da sua

influência no nosso mundo, são os milagres. Por eles encontramos prova da manifestação de forças neste mundo que

ultrapassam completamente a nossa compreensão, e que a ciência não pode entender. Podemos não ver o ar, mas

quando o vento derruba arvores e destrói casas, como negar a evidencia que o ar existe e que flúi em

correntes termodinâmicas? Neste caso, ( como no caso do mundo espiritual), somos forçados a concluir que pelo efeito que vemos,

conhecemos a causa, apesar de não podermos ver a causa.

 

Jesus falou desse mundo espiritual referindo a palavra «ru’ah», uma palavra hebraica

que significa simultaneamente «espírito» e «vento».

 

A correspondência grega da palavra «ru’ah» é «pneuma». E no evangelho de João, o termo grego é usado

para descrever aquilo que Jesus disse sobre o mundo espiritual:

«O vento sopra por onde quer, assim acontece com que nasceu dos espírito».

Jesus esta declarando que os espíritos são realidades invisíveis como o vento, mas que contudo são tão reais como

o vento e que, essas mesmas entidades interagem com o nosso mundo da mesma forma como o faz o vento:

constantemente a ao sabor dos seus desejos.

 

Pois na verdade o vento é como o mundo espiritual: não o podemos ver, mas podemos senti-lo

nas nossas vidas todos os dias. Não podemos vê-lo, mas nega-lo é impossível.

 

 

 

 

Jesus, o Mago

 

Na suas curas, ( por muito que desagrade aos teólogos mais ortodoxos), a verdade é que Jesus usou processos mágicos.

 

Nalgumas das curas que Jesus realizou, Jesus diz palavras com poder e peso mágico, que curam.

 

Ora, isso é uma das características do processo mágico:

 

o poder da palavra que invocada com e com sabedoria do divino,

faz realizar fins milagrosos.

 

Disso é prova o evangelho de Marcos .

O evangelho de Marcos , apesar de ser um texto escrito em grego,

nele constam as palavras que Jesus usou originalmente quando fez os milagres.

Essas palavras, ao contrario do

restante texto que se encontra escrito em Grego, estão escritas em Aramaico,

de forma a conservar a noção do poder

das palavras misticas que Jesus usou para realizar as suas curas através de processos espirituais.

 

Quando realizou ressurreição da filha de Jairo, Jesus tomou a rapariga pela mão e disse:

«Talitha qûm».

E a rapariga levantou-se, apesar de estar morta.

 

Quando realizou a cura do homem surdo-mudo, ( Mc 7, 31-37), Jesus disse no momento da sua realização:

«Effathá»,

e o homem ficou curado.

 

Em todos estes exemplos de curas milagrosas,

a palavra original de Jesus em Aramaico é transcrita no

Evangelho de Marcos, apesar do mesmo estar totalmente escrito em Grego.

 

Aqueles que possuem conhecimentos sobre as ciência ocultas, sabem que o uso de poderosas palavras ou

fórmulas místicas, são a chave de um trabalho espiritual.

 

A manipulação do mundo físico através da palavra mística que convoca o forças espirituais para as fazer actuar

nesta realidade, é o processo mais comum da magia.

 

No evangelho de Marcos, a palavra usada por Jesus e que funciona como processo magico ou espiritual

foi fielmente transcrita e respeitada pelo autor do sinóptico sobre a vida de Jesus.

 

A noção da palavra magica associada aos processos místicos, é profundamente respeitada por Marcos na sua

versão da obra e vida de Jesus.

 

 

 

 

Jesus, o exorcista

 

Jesus era um mestre e professor da lei de Moisés, que nas sinagogas falava sobre a sua

visão das escrituras e do reino de Deus.

 

Contudo, Jesus era também um exorcista.

As suas curas foram obtidas não só através da palavra magica

que invocava as mais poderosas forças espirituais, (magia),

como os evangelhos revelam claramente

Ele andava de terra em terra realizando exorcismos, e foram esses exorcismos, ( Mc 1,39)

( e das curas que resultaram), que muita fama Lhe deram.

 

Nos evangelhos podemos ler que Jesus expulsou muitos demónios e assim realizou muitas curas e que por isso,

multidões o procuravam de tal forma

que ele não conseguia entrar nas cidades (Mc 1, 45)

 

 

No entanto os exorcismos não era vistos sempre com bons olhos:

se bem que as pessoas gostavam de ficar

curadas por via dos exorcismos que Jesus praticava,

contudo o exorcismo é tido como um processo por via da

qual uma pessoa entra em comunicação com demónios para lhe pedir ou impor algo, ou seja:

é o mesmo que magia negra.

 

A Magia negra acontece quando se entra em contacto com demónios para se pedir algo, ou para se lhes ordenar algo;

A Magia branca sucede quando se entra em contacto com entidades espirituais celestiais para lhe pedir algo.

Ora, se Jesus entrou em contacto com entidades celestiais, ( Deus), também entrou em contacto directo com demónios,

e fê-lo para vários para vários fins:

 

*      desde expulsa-los (Mc 1,23-26; 32-34)

*      a falar com eles e pedir-lhes silêncio sobre a sua identidade divina (Mc 3,12)

*      a autoriza-los que entrassem em animais, como porcos (Mc 5, 12-13)

*      etc.

 

O exorcismo neste aspecto é um processo de magia negra,

e a verdade é que Jesus praticou-o diversas vezes.

 

Mais que isso:

Na época de Jesus, os exorcistas costumavam fazer uso de complexos processos e rituais místicos

para proceder á expulsão de um demónio;

Jesus, ao contrario, entrava em contacto directo com os demónios e falava com eles directamente, (Mc 1,25)

ordenando-lhe aquilo que bem quisesse.

E em consequência desse diálogo directo, os demónios obedeciam-lhe.

Ora, segundo as crenças e saberes teosóficas hebraicas,

este acto de contacto directo e dialogo com demónios é uma pratica de «magia negra».

 

Por isso mesmo, depois de Jesus fazer um exorcismo,

as escrituras revelam que as pessoas pedem a Jesus que ele abandone a sua aldeia.(Mt 8,28-34)

Fazem-no, porque Jesus praticava uma forma de trabalho espiritual que era considerado perigoso e impuro,

tão perigoso e impuro como o conceito que hoje temos da «magia negra».

 

Jesus não expulsava demónios através de fórmulas e processos mais ou menos inatingíveis e incompreensíveis;

Jesus expulsava demónios comunicando directamente com eles e falando-lhes.

 

Ora, o próprio acto de comunicar com demónios e falar-lhes, (seja para que efeito for),

é um acto de magia negra.

E isso preocupava profundamente quem assistia á sua obra, e tanto assim foi que acusaram Jesus de expulsar demónios

por estar possuído e em pacto com o próprio demónio (Mt 12, 27-29).

A própria mãe de Jesus,( bem como seus irmãos),

também disseram que Jesus estava «fora de si», ( Mc 3,21) e tentaram apanha-lo de forma a faze-lo parar com as suas

actividades exorcistas.

 

Em Actos de Pilatos, ( também conhecido por Evagelho de Nicodemo), afirmam sobre Jesus:

«É um mago», ( I,1), «um feiticeiro»( I,12) .

Não o faziam por maldade, mas sim porque entendiam que as suas praticas espirituais eram controversas,

pois Jesus usava de processos, impuros, ( «magia negra», ou o contacto directo com demónios para os fazer obedecer),

para fazer o bem.

E fazer o bem usando as entidades do mal,

Era, ( e é), considerado como «feitiçaria».

Disso mesmo atestam diversas fontes rabínicas,

revelando que Jesus no seu tempo foi visto como alguém que realizava

prodígios que eram tidos como «fruto de magia» (b. Sanh 43ª; b. Sanh 107b; sanh. 107b)

 

Tudo isso porque os hebreus entendiam, ( com razão), uma coisa simples:

 

Jesus estava entrando em contacto directo com os demónios e falando com eles,

( para os expulsar das pessoas espiritualmente enfermas, para os fazer obedecer á sua vontade, etc),

ou seja, Jesus estava invocando e comunicando com demónios para atingir um certo fim , como por exemplo:

exorcismos ou curas.

E isso, (usar demónios para conseguir um certo fim), constituía, ( como ainda constitui),

um perigoso acto místico, algo considerado impuro e que hoje em dia é descrito como:

«magia negra».

 

Foi por ela, ( a magia negra,

ou a capacidade de entrar em contacto com demónios para os obrigar a realizar certos fins),

que, com autoridade, Jesus contactou com espíritos malignos,

Jesus fez os demónios obedecerem-lhe e assim, curou muitas pessoas,

realizando alguns dos mais históricos milagres e prodígios da humanidade.

 

Salomão não só foi o maior dos reis Hebreus, como também foi um Mago.

Salomão foi um mago de enorme sabedoria, que tinha poder sobre as forças demoníacas,

e as usava ora para edificar a sua obra neste mundo, ora para curar e fazer o bem.

Também Jesus usou as forças demoníacas para realizar o bem, assim como Salomão. E assim disse Jesus:

 

«E aqui está, quem é maior que Salomão»

Lc 11,31

 

È o próprio Jesus que alude a Salomão,

comparando-se e afirmando-se superior a este,

pois também Jesus, ( tal como Salomão), exerceu poder sobre os espíritos da trevas, para assim obter resultados neste mundo.

E ao processo espiritual que consta em usar as forças das trevas, (obrigando-as a obedecer),

para realizar actos neste mundo, chama-se:

«Magia Negra».

 

 

Destino dos profetas:

 

Jesus curou 10 leprosos,( Lc 17, 11-14), e apenas 1 voltou para lhe agradecer.

 

Este facto bíblico revela que lamentavelmente, muitas pessoas tendem a procurar avidamente o profeta

quando estão padecendo de um tormento, para logo depois de curadas desdenharem dele,

ou ate mesmo mancharem o seu nome com calunias e difamações;

 

Jesus curou inúmeras pessoas, expulsou demónios e fez milagres de ressurreição.

No entanto, muitas das pessoas que viveram nesse dias, disseram:

 

« È um homem que engana um povo» (Jo 7,12).

 

O profeta, por mais milagres que faça, está sempre sujeito à calúnia e à difamação.

 

Mais ainda pode esperar o profeta:

 

apenas 1 dos leprosos curados por Jesus voltou a Jesus para lhe agradecer,

enquanto que os outros 9 nada fizeram para o defender

quando ele foi acusado se ser uma fraude, um impostor, um homem que «engana o povo» (Jo 7,12).

 

Por isso, a missão do profeta é sempre ingrata.

 

Quem abraça essa missão, não pode apenas ter um dom espiritual,

( como Apolónio, Hanina ou Honi) ou um profundo conhecimento das ciências ocultas,

( como Nostradamus possuía da Astrologia e da Cabalah),

pois apenas o dom ou a sabedoria não chegam. È preciso um profundo sentimento de missão

e desejo de cumprir a sua tarefa, pois a historia já ensinou que o profeta raramente é pago com gratidão.

 

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O Sibilismo

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O Sibilismo

A Religião Sibilina

sibilismo, sibilas

Em religião, um profeta é uma pessoa quem tem contacto directo com um espírito ou uma divindade.

O profeta consulta uma divindade, fazendo-lhe perguntas ou pedidos. As respostas doa divindade, são dadas atraves dessa mesma pessoa, pela sua boca. Por isso mesmo, o termo «profeta» etimologicamente advem do Grego: προφήτης – ou: aquele que fala em lugar (do deus)

Embora nas religiões Abraamicas o profeta seja uma pessoa que fala com Deus e através de qual deus fala á sua criação, a noção de «profeta» não é um exclusivo das culturas hebraicas, e é alias bem mais antiga e vasta que a acepção das teologias monoteístas.

Os profetas já existiam nas religiões Helénico -Românicas, nos Oráculos Délficos, nos templos da Grécia Antiga, na religião Persa, as Sibilas, etc.

As sibilas existiram em diversas culturas: persa, libanesa, hebraica, délfica, etrusca, etc.

As sibilas era mulheres que na antiguidades prediziam o futuro por meio de oráculos.

Um oráculo é uma resposta dada por uma divindade a quem a consulta.

sibilas

As sibilas consultavam divindades (espíritos), recebendo deles mensagens sobre o passado, presente e futuro, e eram por isso profetisas.

Na Pérsia existiu uma profetisa chamada Sibilina Babilónica, e ela profetizou os feitos de Alexandre O Grande.

Na Líbia, havia uma Sibila de Amon, que num templo de Amon (Zeus), que aconselhou Alexandre O Grande aquando da sua conquista do Egipto.

No templo de Apolo, em Delfos, também existia uma Sibila de grande poder, procurada por pessoas de todo o mundo.

Em Roma, existiu também uma Sibila Etrusca, que foi consultada por César. Existiu também um Livro Sibilino, um conjunto de oráculos provindos da Sibila de Cumas, compilado pelo Rei Tarquinio 534 a.C. – 509 a.C..

sibiladecumas

A sibila de Cumas era natural da jónia, ( Turquia), e o seu dom profético revelou-se desde o seu nascimento. A sibila de Cumas profetizava as suas revelações em versos.

A ela estão ligadas profecias de inestimável valor e surpreendente veracidade, sobre a grande mudança que sofreu o império romano, assim como sobre o nascimento de Jesus e o Cristianismo.

As sibilas praticavam as artes da adivinhação através do contacto com espíritos, fazendo-a através de diversos métodos. Alguns deles ainda hoje são conhecidos: piromancia, necromancia, leituras de pêndulos e varas, incorporação, etc.

As sibilas na cultura greco-romana eram consideradas como profetisas inspiradas por Apolo.

Na antiguidade, o dom da «adivinhação» era visto como uma capacidade divina, que alguns possuíam. Essas pessoas que tinham o «dom» de contactar com os espíritos, usavam diversos rituais como forma de invocar as divindades e também de receber delas as respostas ás suas questões. A «mancia», é o termo Grego que exprime a capacidade de prever o futuro com recurso á comunicação com o mundo espiritual. A objectivo da «mancia», é por isso obter conhecimento sobre a vontade do mundo espiritual relativamente ao ser humano, de forma a poder auxilia-lo e ajuda-lo.

As Sibilas , ( também conhecidas por Pitias ou Pitonisas), consultavam Apolo usando métodos de incorporação, e o seu templo principal situava-se em Delfos,; Afrodite era consultada pelas suas profetizas na ilha de Chipre, onde se situava o templo de Pafos, através de meios necromânticos, usando as entranhas e os fígados de vitimas sacrificiais; A Deusa Atena era consultada atraves de um oráculo de ossos e conchas; O deus Asclépio, ( responsável por lendárias curas inexplicáveis milagres no campo da saúde), possuía o seu Templo em Tebas, e era consultado por incubação, ou seja, atraves dos sonhos;

Na Idade media, a Sibila de Cuma foi considerada a profeta da vinda de Cristo ao mundo. Na capela Sistina, Miguel Ângelo pintou a Sibila de Cuma entre os profetas do Antigo Testamento.

Diz-se que os livros Sibilinos, (9 livros proféticos escritos pela Sibila de Cuma), contem revelações espantosas, (inclusive sobre o nascimento de Jesus quase 5 séculos antes deste ocorrer), e que, estando religiosamente guardados no Templo de júpiter, eram consultados pelos monarcas em ocasiões especiais que assim o exigissem.

Pitonisa-en-Delfos

Diz a Historia que os 9 livros foram destruídos, ( 6 deles pela própria Sibila de Cuma, e os restantes 3 no Sec V d.C.), e contudo alguns místicos alegam possuir o saber profético inscrito nesses livros. A esse movimento religioso chama-se «Sibilismo», ou seja: a crença nas Sibilas que produzem oráculos ou profecias através do contacto com divindades; o termo «sibilismo» também se aplica á doutrina religiosa dos cristãos que vêem nos livros sibilinos as profecias relativas á vida de Jesus.

No entanto, o Sibilismo é na verdade um termo cuja a amplitude transcende o cristianismo na sua etiologia e ontologia tanto histórica como teológica. O Sibilismo no seu sentido mais profundo, é uma crença religiosa que professa a sua fé nas profetisas que, contactando com divindades ou espíritos, profetizam oráculos reveladores e infalíveis, abençoando ou condenando em nome da entidade espiritual com que comunicaram.

 

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Profecias e feitiçarias na História

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PROFECIAS E FEITIÇARIAS NA HISTORIA
profecias1

AVISO PRELIMINAR AOS QUE ESTUDAM AS COISAS DO ESPIRITO E DO OCULTO:
O santo Salomão afirmou que é de Deus que provem o conhecimento sobre as coisas dos espíritos, e dos «poderes dos espíritos», (sabedoria 7,20). Revela também o santo Salomão que o desejo de conhecer os mistérios dos espíritos, e a sabedoria do espírito, esse desejo de sabedoria conduz a Deus e ao reino de Deus (sabedoria 6,20). Por isso, estudai, e procurai a sabedoria sobre todas as coisas do espírito, pois que a sabedoria do espírito elevar-vos-á espiritualmente, e o conhecimento dos espíritos  enriquecer-vos-á ao vosso próprio espírito, e a sabedoria dos espíritos é o caminho santo que conduz a Deus.  Por isso: estudai todas as sabedorias do espírito, e porem: usai bem toda a sabedoria do espírito, usando-a sempre em Deus, com Deus, e jamais fora de Deus, pois que essa é a única forma santa de caminhar nos mistérios dos espíritos e nos «segredos de Deus».(sabedoria 2,22) Assim, o estudo do oculto e do mundo do espírito, deve ser encarado da forma certa, ou seja, norteado por Deus, fundamentado em Deus, e guiado para Deus, jamais indo para além de Deus. E por isso, eis que na obra do santo são Cipriano se pode ler:
 
«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»
 
Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36
 
Assim sendo: enriquecei o vosso espírito com o conhecimento dos espíritos, pois que a sabedoria é coisa boa, pois que assim está revelado:

De facto, Deus ama somente aqueles que convivem com a sabedoria.
Sabedoria 7,28
 
Usai por isso deste mandamento do santo são Cipriano, e em todos os estudos que empreenderdes nas artes do espírito, procurai a sabedoria dos espíritos e do oculto, e porem fazei-o sempre com Deus, por Deus, e jamais fora de Deus.

 

PROFECIAS E FEITIÇARIAS NA HISTORIA

O poder das profecias e dos feitiços andam de mão dada ao longo da Historia da humanidade, e há provas irrefutáveis do seu poder e da sua verdade.

Um Oráculo é uma forma de comunicação com espíritos superiores, ( chamemos-lhes Deus, Anjos ou Deuses, conforme se acredite), de forma a que tais seres celestiais revelem auxilio a quem os procura, através dos sacerdotes que os servem. O espírito usa assim o corpo do sacerdote como forma de comunicação com os seres humanos, e vice-versa. Dos oráculos, nasceram algumas das mais importantes profecias que se conhecem. Os oráculos de Zeus eram dos mais reputados e famosos na época greco-romana. Os oráculos de Zeus eram praticados em diversos santuários, e eram transmitidos pelo espírito do deus aos seus sacerdotes que assim os revelavam a quem visitava tais templos, da mesma forma que o espírito do Deus Javé falou através dos seus profetas aos hebreus.
Os sacerdotes obtinham contacto com o espírito desse deus através de «incubação», ou seja: dormindo uma noite no chão do templo e andando sempre descalços nesse mesmo santuário. Acreditava-se que o espírito do Deus habitava nos santuários que lhe eram dedicados, e que ali pernoitando, o deus entraria no sacerdote e lhe falaria por meio de visões nocturnas, tal como o Deus Javé falou aos seus profetas por sonhos, sendo que Daniel é o mais famoso interprete bíblico de tais mensagens divinas.
Acreditava-se igualmente que o espírito do deus podia também manifestar-se no fogo, e disso também falam as escrituras, quando Moisés contacta com Deus vendo-o na forma de um fogo. Verificamos por isso que as praticas oraculares,( de contacto com deus), das culturas hebraicas acabam obedecendo ás mesmas regras espirituais que aquelas praticadas pelas culturas helénicas.
Alexandre O Grande consultou o oráculo de Amon, (a divindade Egípcia homónima de Zeus na cultura helénica), para saber sobre a sua filiação, assim como sobre o destino das suas conquistas. A ele foi-lhe revelado que era o filho de um deus, e que seria o maior conquistador de todos os tempos na humanidade. Tal revelou-se verdade, pois ate a César e ao grandioso império romano, os feitos de Alexandre O Grande ecoavam como lendas e feitos impossíveis de igualar.

O oráculo de Delfos, era outro dos mais famosos meios de contacto espiritual com os deuses na antiguidade. O deus Apolo falava com quem procurava a sua ajuda através das suas sacerdotisas, possuindo-as e fazendo sair pela boca dela as verdades que muitos procuravam.
Conta-se que certa vez o rei Creso consultou o Oráculo de Delfos de forma a saber se deveria atacar a Pérsia. Foi-lhe respondido que se atacasse a Pérsia, destruiria um grande reino. O rei pensou que a resposta era favorável e fez guerra contra a pérsia. No final, foi o seu próprio reino que acabou destruído, e a profecia não mentiu.
Na verdade os espíritos falam como falam, e ao faze-lo ditam as suas sentenças .Há que aceitar as suas palavras, tendo a prudência de não querer fazer das mensagens espirituais aquilo que queremos, mas sim aquilo que é verdade.

 

Um hebreu que viveu entre 70-100 d.C., de nome Hanina ben Dosa,  foi um famoso curandeiro que viveu na Galileia.

Nesses dias, o filho de um notável fariseu de nome Gamaliel estava doente, com uma grave febre.

Gamaliel enviou dois seguidores a Hanina, pedindo-lhe que viesse e curasse a criança. Contudo, ao invés de partir com os empregados de Gamaliel, Hanina subiu ao andar superior da sua casa e rezou.

Perante tal gesto, os jovens perguntar-lhe com alguma desconfiança e ironia:

« Ès algum profeta?».

A isto Hanina respondeu:

« Não , não sou profeta. Contudo tenho este dom: se uma oração me sai da boca com fluência, sei que haverá cura;

mas se não sai, sei que não há cura».

Os dois homens partiram para junto do seu mestre fariseu, e logo verificaram que na altura em que Hanina fez a sua oração,

o rapaz se tinha realmente curado.

 

Na Grécia da antiguidade, imensas pessoas recorriam ao templo de Asclépio,

um espírito divino que oferecia grandes milagres de cura a quem procurava o seu auxílio.

Contam  factos historicos, que certa vez uma mulher estéril pernoitou do seu templo, com o desejo de alguma vez poder vir a ter um filho.

Durante a noite em que dormiu no santuário, a mulher sonhou que uma das sagradas serpentes de Asclépio penetrou nela.

A mulher regressou a casa no dia seguinte e engravidou, contrariando todos os factos e todas as probabilidades, naquilo que constituiu um dos imensos milagres deste espírito.
Não procuremos contudo tão longe na historia, para encontrarmos exemplos de profecias que resultam em todo o seu poder.

Muito recentemente, ainda em pleno Sec XXI; o mundo viu o caso do Rabino Yitzhak Kadouri .

Kadouri foi um rabino que acredita-se que tenha vivido 106 anos.

Conhecido por estar à frente da Cabala, Kadouri morreu em Janeiro de 2006 após lutar contra uma pneumonia.

Polémico e influente, Kadouri ficou marcado por amaldiçoar o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein.

E tal como a sua maldição condenou o ditador, o mesmo acabou o seu longo reinado de glorias e poder,

escondido num buraco debaixo da terra, sem poder ver a luz do dia, acabando preso e morrendo.

Inquestionavelmente a maldição produziu efeitos e a historia assim o prova. .

Mas podemos facilmente referenciar outros exemplos sobre esta realidade que são os trabalhos de feitiçaria e os trabalhos proféticos. .

Nos Estados Unidos, os índios foram barbaramente massacrados e votados ao ostracismo, desprovidos das suas terras, encarcerados em humilhantes reservas federais. Não se pense contudo que tudo isso ficou sem resposta. O troco foi dado por um feiticeiro índio de nome Tengstunatowa, que fazendo um poderoso trabalho de feitiçaria, acabou lançando 20 pedras a uma fogueira. As 20 pedras místicas do bruxedo, significavam que de 20 em 20 anos morreria tragicamente um presidente dos estados unidos da América. O feiticeiro índio escreveu ao presidente William H. Harison , informando-o da maldição que havia sido lançada sobre os presidentes dos homens brancos. Não sabemos se o presidente levou a sério esta carta, mas o facto é que ele morreu pouco depois. E o facto é que, de 20 em 20 anos, morreu um presidente norte-americano, sempre em estranhas circunstancias, seja de acidentes, seja de envenenamentos, seja de tiros, etc. A maldição durou 140 anos, nos quais 7 presidentes morreram conforme a bruxaria do velho feiticeiro. A feitiçaria só foi quebrada por Ronald Reagen, ou melhor, pela sua esposa Nancy Reagan, que consultando uma famosa astróloga, médium e mestre de artes esotéricas, conseguiu afastar do presidente o destino que fatalmente o aguardava. Assim , de facto o presidente foi baleado, mas não morreu. .

Ronald e Nacy Reagan, devem assim a vida a uma profetiza, que os acompanhou em todos os passos da sua presidência. Mesmo em certos eventos, como o grande tratado sobre armamento nuclear com a União Sovietica, e a queda do muro de Berlim, Reagan foi auxiliado pela vidente que lhe deu expressas indicações sobre o que fazer para ter sucesso, e o facto é que as iniciativas politicas do presidente correram conforme profetizado e tiveram sucesso. .

Já na Europa, no Sec XIV, um exemplo de profetização e feitiçaria ficou escrito na historia.Com a autorização do Papa Clemente V, o rei da França ordenou a morte dos cavaleiros Templários.

Em 1307, Jacques De Molay, (Grande Mestre da Ordem dos Templários, foi assassinado. Outros 50 cavaleiros templários foram aprisionados em masmorras até á morte e todo o vasto e riquíssimo património da Ordem foi ou saqueado, ou confiscado pelo estado francês, que dividiu alguma parte desse grande tesouro com o Papado.Nas insalubres e horrendas paredes das masmorras, os Monges da Ordem dos Templários desenharam símbolos místicos e rezaram ferozmente contra o papa Clemente V, amaldiçoando-o com violência.Nessas paredes foram desenhados símbolos místicos que ainda hoje se podem ver, e que atestam que naquele local de perdição e morte, fortes feitiçarias foram praticadas. Pois no dia em que foi executado, ( foi queimado vivo), Molay lançou a sua maldição, declarando que o Papa Clamente V e o Rei Filipe IV de França iriam morrer, o primeiro passado um mês e o segundo passado um ano. Escusado será dizer que o feitiço e a maldição resultaram e que, 40 dias depois o papa Clemente V morreu misteriosamente, após ter padecido de atrozes sofrimentos. Tão mais estranha foi esta morte subita, porquanto o papa possuia uma saude de ferro e morreu fulminantemente sem qualquer explicação. O rei Filipe IV também se seguiu, morrendo em grande tormento passados 8 meses sobre a morte do papa e em consequencia de uma queda de cavalo. Tambem esta morte foi tao mais estranha, porquanto o rei de França era reconhecidamente um dos melhores e mais hábeis cavaleiros da Europa. Ambos os homens mais poderosos da Europa , ( e entre os mais poderosos do mundo), não foram mortos nem por guerras, nem por golpes palacianos ou de estado, nem pelos inimigos de outras nações inimigas. Ambos este homens, ( poderosos e bem guardados sob uma inultrapassável protecção militar), morreram ás mãos da feitiçaria, abatidos por visões terríveis e atingidos por atrozes dores. .

Um dos outros casos mais conhecidos da bruxaria da historia ocidental ocorreu em 1680. Nessa época, em França reinava Luís XIV. Athenais Charente, Marquesa de Montspan encomendou ao Abade Guibourg diversos trabalhos da magia negra com o objectivo de se tornar a única mulher a partilhar a cama do rei Luís XIV. As Missas Negras foram executadas, e em resultado a Marquesa acabando conseguindo os seus desejos, tornando-se a mulher mais poderosa do reino, a unica a partilhar o leito com o monarca e mesmo dando á luz 7 filhos ao Rei.A condensa conseguiu os seus desejos e a fama deste feito espalhou-se por todo o mundo. Assim, a missa negra popularizou-se no sec XVII, com as famosas missas satânicas do abade Guibourg, e com elas o abade concedeu favores pagos a peso de ouro a quem o procurou. Diz-se que maioritariamente, os seus trabalhos eram bem sucedidos. .

Voltando aos Estados Unidos da America, podemos ver o caso do presidente Lincoln. Esse era um homem a quem os espíritos falavam através de sonhos ou visões nocturnas, profetizando-lhe eventos que mais tarde se concretizavam. Por isso mesmo este foi um homem marcado por visões e que estudava atentamente as mensagens espirituais que recebia, pois via que elas revelavam, sem falhar, verdades por vir. E tão mais eram verdade as profecias reveladas nos sonhos, quão o presidente veio a tragicamente descobrir. Certa noite, este presidente sonhou que dormindo nos seus aposentos na casa branca, quando foi acordado por choros. Desceu a escadaria e dirigiu-se á ala este da casa branca, onde encontrou imensa gente vestida de negro, chorando, abraçando-se. As pessoas estavam em volta de um cadáver exibido em cerimonia fúnebre. Estando longe do corpo do finado, o presidente perguntou a um guarda:«Quem é aquele homem?», ao que o guarda respondeu:«È o presidente. O presidente morreu.» Escusado será dizer que o presidente acordou encharcado e suor e em grande angustia. Foi nesse mesmo dia seguinte, que o presidente foi assassinado sangue frio, com um tiro «á queima roupa», quando participava num evento social. Estes factos constam na biografia de pelo menos 2 pessoas diferentes a quem o presidente houvera confessado o seu perturbador sonho, no mesmo dia em que logo depois foi assassinado. .

Também o presidente Roosvelt consultou uma medium, que lhe profetizou imensas coisas que, na altura, lhe pareceram improváveis. Ela contou-lhe com detalhes, que no futuro, depois da sua presidência, a Rússia tornar-se-ia numa super potencia inimiga dos EUA , a China transitaria para um regime comunista, o racismo seria fonte de grandes problemas no mundo, etc. O presidente não queria querer nas profecias de Jeane Dickson, mas ficou congelado quando lhe perguntou sobre o seu estado de saúde, e a profetiza lhe revelou que dentro de poucos dias ou semanas ele morreria. Também nisto não acreditou, mas apenas porque os seus médicos lhe ocultavam o verdadeiro estado avançado da sua doença. O presidente veio a falecer 1 semana depois, e tudo que foi profetizado sucedeu depois do seu mandato. .

Também Nixon, um dos mais controversos presidentes dos EUA, soube de uma vidente que a sua nação seria vitima de ataque terrorista de proporções jamais vistas, mas que isso apenas sucederia depois da morte de Issac Rabin, que seria assassinado. O presidente ficou obcecado com as catastróficas revelações, havendo convocado Kissinger e os serviços secretos para discutir sobre estes assuntos e saber se haviam informações que o poderiam esclarecer, ou mesmo ajudar a evitar tais terríveis eventos. Obviamente os serviços secretos não sabiam de nada, e a fama de instabilidade psicológica do presidente aumentou. Foram precisas mais de 3 décadas, para que a visão da médium se tornasse realidade. Na verdade, Issac Rabin morreu mesmo assassinado, e depois disso, a 11 de Setembro, os EUA foram vitimas de um enorme golpe terrorista. .

Ainda sobre o 11 de Setembro, Nostradamus profetizou sobre uma catástrofe na forma de uma «bola de fogo» a suceder no paralelo 45, naquilo a que ele chamou a «Nova Cidade». E de facto, Nova York fica no meridiano 45 , e é a «Nova» cidade de «York», cujo o nome vem obviamente da cidade de «York» no Reino Unido, sendo esta como é, uma área geografica Norte Americana pertencente á antiga pontencia colonial Inglesa .Assim, Nostradamus profetizou sobre um evento que apenas se concretizou e ocorreu 500 anos depois da sua morte, num pais que á data da vida do profeta, nem sequer existia ou havia sido fundado. .

Nostradamus nasceu a 14 de Dezembro de 1503 em França. Sendo de descendência judaica por parte do seu bisavô, tornou-se contudo num profeta profundamente ligado ao cristianismo. Dizia-se que sofria de epilepsia e insuficiência cardíaca. Faleceu em 1566, vítima de uma fatalidade cardio-pulmunar. Nostradamus frequentou o curso de medicina, que entretanto abandonou, tendo trabalhado como ervanário e farmacêutico. As suas praticas de higiene e aplicação de certos produtos naturais permitiram alguns bons resultados contra a peste negra que na altura devassava a Europa, o que em certa medida contribuiu para a obtenção de uma certa fama. No entanto, essa mesma peste acabou vitimando a sua primeira mulher e filhos, o que lhe causou grande desgosto. Alguns dizem que foi após esta tragedia pessoal, que Nostradamus começou verdadeiramente a sua produção profética, tendo-se então debruçado sobre o estudo das praticas místicas que viriam a ser responsáveis pela sua obra. Nostradamus veio a casar novamente e teve seis filhos. Nostradamus dedicou a sua vida ao estudo da astrologia e outras ciências ocultas. Nas suas profecias, Nostradamus previu entre outros eventos históricos: a morte do rei Henrique II, o destino dos filhos de Catarina de Médecis, a fundação dos Estados Unidos da América, a queda da União Soviética, a existência de Hitler e Napoleão, etc. Nostradamus previu mesmo, (num final acto profético), a sua própria morte. As profecias de Nostradamus encontram-se inscritas em versos cujo o textos se encontra encerrado em sentidos e codificações que tornam a sua leitura nem sempre de fácil acesso. No entanto, nos tempos em que o profeta viveu, ele sentiu a necessidade de codificar o seu trabalho, ( conforme também «Da Vinci» o fez com muitas das suas obras), de forma a evitar a sua tortura e morte ás mãos da Santa Inquisição,(dessa ameaça tambem Galileu teve o seu gosto, por abertamente publicar os resultados do seu pensamento), que não hesitava em condenar como «heretico» o resultado de toda a obra literaria que não fosse concordante com a «verdade» do Vaticano. Sabe-se que se Nostradamus, apesar da sua prudencia, nao acabou na fogueira, tal deveu-se á intervenção sistemática da rainha Catarina de Medicis, ( esposa de um rei de frança, e mae dos outros dois que se seguiram), e que foi salvando Nostradamus das acusações da pratica de astrologia e outras ciencias ocultas proibidas pela Inquisição. Alguns consideram Nostradamus o último dos grandes profetas.

Outro grande profeta foi São Malaquias, que fez das mais formidáveis profecias de sempre, comparáveis apenas ás de Nostradamus. São Malaquias, cujas as previsões se encontram num corpo de textos manuscritos conservados no Vaticano, foi um bispo Irlandês do Sec XII que alguns alegam ter sido filiado no movimento ocultista gnóstico, tendo sido iniciado nos segredos místicos dos Templários. Seja como for, foi certamente um vidente, cujas as visões se tem cumprido até á data de hoje com surpreendente e arrepiante acerto. São Malaquias foi um monge que fez profecias apocalípticas, tal como são João. Mas ao contrário do segundo, Malaquias não fez profecias catastróficas nem profundamente enigmáticas. Malaquias foi ordenado padre em 1119, e começou a ter visões sobre o futuro em 1139. Malaquias ficou atormentado com as suas visões, que lhe revelavam verdades sobre o fim da Igreja. Malaquias surpreende pela clareza das suas profecias, pois ele mediu o final dos tempos pelo número de papas que existirão até a nossa civilização terminar, ou pelo menos alterar-se profundamente. Malaquias previu que existiriam 112 papas, desde o tempo em que ele próprio viveu, (ou seja, desde o papa desde Celestino II, em 1143), até ao final dos tempos, altura em que o último pontífice, Pedro II, ocupará o trono do Vaticano num ambiente de terríveis sofrimentos da humanidade. Mas as profecias não se ficam por aqui: Malaquias não só designou quais os papas que iam existir, como também proferiu uma sentença por cada um dos papas que previu que ia existir, de forma a que cada um deles pudesse ser objectivamente identificado. Até á data de hoje, todos os papas que existiram correspondem ás descrições de Malaquias.

Quem duvida das profecias ou da feitiçaria, é porque nunca olhou para a historia da humanidade. Elas estão lá, vivas em todos os séculos, provadas sem hipótese de refutação. Apenas por cegueira intelectual ou má vontade, é que se podem negar os factos.

As profecias e bruxarias podem tardar, mas jamais falham.

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Magia segundo são Agostinho

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+ A Magia segundo são Agostinho +

são Agostinho

AVISO PRELIMINAR AOS QUE ESTUDAM AS COISAS DO ESPÍRITO E DO OCULTO:

O santo Salomão afirmou que é de Deus que provem o conhecimento sobre as coisas dos espíritos, e dos «poderes dos espíritos», (sabedoria 7,20). Revela também o santo Salomão que o desejo de conhecer os mistérios dos espíritos, e a sabedoria do espírito, esse desejo de sabedoria conduz a Deus e ao reino de Deus (sabedoria 6,20). Por isso, estudai, e procurai a sabedoria sobre todas as coisas do espírito, pois que a sabedoria do espírito elevar-vos-á espiritualmente, e o conhecimento dos espíritos  enriquecer-vos-á ao vosso próprio espírito, e a sabedoria dos espíritos é o caminho santo que conduz a Deus.  Por isso: estudai todas as sabedorias do espírito, e porem: usai bem toda a sabedoria do espírito, usando-a sempre em Deus, com Deus, e jamais fora de Deus, pois que essa é a única forma santa de caminhar nos mistérios dos espíritos e nos «segredos de Deus».(sabedoria 2,22) Assim, o estudo do oculto e do mundo do espírito, deve ser encarado da forma certa, ou seja, norteado por Deus, fundamentado em Deus, e guiado para Deus, jamais indo para além de Deus. E por isso, eis que na obra do santo são Cipriano se pode ler:

 

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

Assim sendo: enriquecei o vosso espírito com o conhecimento dos espíritos, pois que a sabedoria é coisa boa, pois que assim está revelado:

 

De facto, Deus ama somente aqueles que convivem com a sabedoria.

Sabedoria 7,28

 

Usai por isso deste mandamento do santo são Cipriano, e em todos os estudos que empreenderdes nas artes do espírito, procurai a sabedoria dos espíritos e do oculto, e porem fazei-o sempre com Deus, por Deus, e jamais fora de Deus.

Segundo o Codigo Teodosiano, existem 9 tipo de actividades na magia, e elas são:

  • 1- a adivinhação
  • 2- a astrologia
  • 3- a execução de trabalhos em Templos Pagãos e a Deuses Pagãos
  • 4- a posse de livros mágicos secretos
  • 5- a produção e uso de amuletos
  • 6- a Necromancia
  • 7- a arte dos encantamentos
  • 8- o uso magico de palavras e símbolos ocultos
  • 9- a criação de poções de amor

Pois em todos os casos, a magia segundo Sao Agostinho, é uma pratica espiritual intimamente ligada aos espíritos dos mortos , a espiritos das trevas, ou a espíritos de divindades

Poder-se-ia assim concluir que segundo o pensamento deste Teólogo e Filosofo, que a magia, seja executada na forma de feitiçaria, ou realizada na forma de bruxaria, são na verdade exercícios espirituais e sobrenaturais intimamente ligados á demonologia e á necromancia.

Dizia-se na antiguidade, que os magos precisavam de um período até 10 anos para conseguirem realizar um percurso espiritual evolutivo, que lhes permitisse alcançar sabedoria suficiente para conseguirem dominar as artes da magia.

Defendia a teologia mediaval, que tanto o bruxo, como o feiticeiro, obtinham o seu poder atraves de uma aliança com um espírito, ou seja,atraves de um processo necromatico ou espírito, ou seja: o bruxo aliava-se um espírito, com o qual passaria a possuir uma aliança, sendo que era dessa relação que nascia o poder do mago.
era também relativamente reconhecido que as artes magicas constituíam uma uma tarefa altamente perigosa e que, executada sem os devidos conhecimentos misticos, pode levar rapidamente á morte de quem a tenta praticar sem preparação.

Por isso mesmo, e pelos espantosos resultados que os magos conseguem produzir, eles eram bem pagos tanto na Antiguidade Clássica como na Idade Media.

Outra distinção apontada entre os sacerdotes da Igreja e os Magos ou Bruxos, residia na esfera dos caminhos espirituais que, conforme são Agostinho, separavam o mago do padre, ou seja:

– enquanto que o padre procurava levar uma vida regrada e ascética,(ausente das coisas deste mundo, e da carnalidade mundana, procurando afastar-se de tudo o que fosse, seja carnal, seja pratica oculta),  já o mago usava de toda  extensão seja da própria carnalidade , seja dos limites do conhecimento oculto, para produzir a sua obra mística, sendo que nesses assuntos o mago não encontraria motivos para restrições, e assim eis que ele pratica a sabedoria do oculto em todas as suas mais profundas dimensões, o que na idade media era tido como um pecado.

Diz-se por isso dos bruxos, nos textos eclesiásticos da idade media, ( e assim o sublinha Sao Agostinho), que eles trabalham com coisas profanas, pois eles trabalham com tudo o que é o universo do oculto, desde  almas dos mortos , a espíritos ancestrais, ás mais variadas espécies de seres celestiais, não se inibindo de abordar o mundo do espírito e do místico sem qualquer restrição, procurando sempre mais no conhecimento do mundo espiritual e da sua obra.

Quanto ás ciências da demonologia, Santo Agostinho defendia que o demonios eram espiritos que foram expulsos da esfera celeste e que por isso, habitavam no nosso mundo, vagueando pela nossa realidade terrena.

E porque sao espiritos que foram expulsos da esfera celeste e habitam no nosso mundo, sao espiritos que passaram a gostar das coisas terrenas são espiritos que foram corrompidos pelas coisas carnais.

Gostam por isso das coisas terrenas, amam por isso as coisas carnais, e renegam por isso as coisas de Deus.

São espíritos libidinosos, que veneram os prazeres da carne e de tudo o que é carnal.

E é nesse mundo, ( o nosso), em que eles habitam em constante festim.

Eles são espíritos que podem influenciar o ser humano, ( vivo ou morto, encarnado ou desencarnado), e que o fazem sem pudor, de forma a obter as suas próprias satisfações deste mundo carnal, feito que é de prazeres carnais.

São Agostinho defende a tese que Apuleio também defendia em «De Deo Socratis», afirmando que os demónios são capazes de realizar praticamente todo o tipo de actividades sobrenaturais.

Ele vai mesmo mais longe, afirmando que toda a actividade de magia é na verdade uma actividade sustentada e ligada ou a espíritos ou a demonios.

No entanto, sobre os demonios Sao Agostinho afirma que esses, embora sendo espiritos poderosos, estao tao sujeitos, ( tal como o homem), ás paixoes do mundo terreno, sendo que delas nao se conseguem livrar e que por isso mesmo, nunca mais poderão ascender novamente ao mundo espiritual.

Os demonios, conclui-se, sao por isso espíritos totalmente ligados ás paixões do mundo terreno, e apesar de serem anjos, ( caidos, no entanto anjos), apenas neste mundo conseguem encontrar satisfação.

Segundo Santo Agostinho, os demonios parecem possuir uma preferência especial por bruxos e bruxas.

Pois nas versões teológicas da idade media, dizia-se que os demonios se aliam aos bruxos e bruxas pela lei do pazer e com eles se relacionam no feito de artes magicas.

Assim sucede, (e assim estava escrito nos Codex da Santa Inquisição), e o demonio infiltra-se nas bruxas pela união carnal, e do prazer.
O demonio assim faculta poderes místicos ás bruxas e magos, que por sua vez o usam seja para operar na obra magica, seja para alimentarem os espíritos na sua sede de prazeres e interesses mundanos, numa aliança agradavel a ambos.

Segundo o mesmo Santo Agostinho, a feitiçaria e a magia são as actividades preferidas dos demonios, que assim encontram grande prazer ao conseguir manifestar-se e concretiza-las atraves dos bruxos e bruxas.

Obviamente que estas são as visões restritivas da teologia de são Agostinho, sendo que outras expressas na obra de são Cipriano manifestam uma visão bem mais liberal da espiritualidade, pois conforme assim está escrito na obra de são Cipriano:

«Não vos digo que não façais pactos, [ ou seja: que não pratiqueis o oculto e o místico] porem logo que tenhais conseguido os vossos intentos, então armai-vos de água benta e lançai-vos aos pés da cruz de Cristo, para entrardes no reino da glória e de Deus»

Obra de são Cipriano – Enguerimanços de são Cipriano, capitulo XIV

Por isso: ao contrário de são Agostinho, a obra de são Cipriano sendo igualmente uma obra de completa, fiel e dedicada veneração a Deus, ela porem professa uma visão bem mais humana e liberal da espiritualidade e da prática do oculto.

Enfim: eis que todo aquele que estuda as artes do oculto e que porem professa. o cristianismo e crê na doutrina de são Cipriano, esse assim sabe e sublinha sempre que as praticas espirituais do misticismos devem sempre e em todo o momento ser usadas em função de Deus, com fé em Deus, por fé em Deus, com temor a Deus, e sempre com respeito a Deus, pois que assim diz a obra do santo são Cipriano:

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, (…) isso, porque (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

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Espíritos ou divindades do mundo dos Mortos

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Espíritos ou divindades do mundo dos Mortos

 

Eis alguns espíritos ancestrais ou deuses relacionados com a morte, ou seja, com a passagem entre este mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ou o mundo dos espíritos.

Estes espíritos ancestrais, em muitas culturas vistos como Deuses, assumem particular importância na Magia Negra, pois são espíritos guardiões da passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos espíritos.

E sendo a Magia Negra, ( e branca), fundamentada na pratica da invocação deespiritos, ( espíritos dos mortos ou outros tipos de espiritos), estas entidades ou deidades assumem um papel fundamental nos procedimentos mágicos da feitiçaria e bruxaria.

Divindades do reino dos mortos, ou do mundo dos espiritos

Anubis – deus egipcio do submundo, dos mortos, dos embalsamentos e doscemiterios. Ele guarda as sepulturas e conduz as almas ao julgamento.

Ament – deusa da morte egipcia, que recebe os mortos nos portões do submundo. Oferece aos mortos pão e vinho, antes que eles entrem pelos portões que conduzem ao outro mundo.

Andjey – deus egípcio da morte, responsável pelo renascimento das almas no mundo pós-vida

Azrael – de acordo com o Corão, é o anjo da morte que recolhe as almas no momento do falecimento. Ele é um dos 4 mais elevados anjos de Alá.

Barão Cimitiere – o Loa Vodu dos cemitérios, um espírito ancestral ou Deus relacionado com as sepultura e os cemitérios

Barão Samedi – o Lua Vodu da morte. È este Deus que controla a passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Cizin– Deus Maia da morte.

Ereshkigal – Deusa Sumeria e Acadiana dos mortos.

Dis Pater – deus Romano que governa o submundo ou o mundo dos mortos. A sua correspondência Grega era Hades.

Hades – deus grego que governa o submundo ou o mundo dos mortos. È também o Deus das riquezas.

Itonde – Deus Africano da morte, que também protege os caçadores

Kala – Deus Hindu da morte e da destruição

Mania – deusa romana dos mortos, que é mãe dos fantasmas

Morta– deusa romana dos mortos que cortava o fio da vida aos mortais, levando-os a partir para o submundo

Mors – deus romano da morte, visto , ( segundo os textos de Ovídio), como uma figura de um cadaver vestido num sudário e segurando uma ampulheta nua mao, e uma foice na outra.

Naemia – deusa romana que atende e cuida dos funerais

Nideninna – deusa Babilonica que tem o poder sobre o livro dos mortos

Persefone – deusa Grega da morte, que se tornou consorte de Hades e rainha dos infernos

Proserpina – deusa Romana da morte, equivalente a Persefone na mitologia Grega. Tambem como Persefone foi raptada por Plutão (o correspondente a Hades na Grecia), e assim coroada pelo casamento enquanto «rainha dos infernos».

Tuchulcha – deusa etrusca demoníaca que aguarda o submundo.

Plutao – deus dos infernos ou do submundo, equivalente da Hades na Grecia.

Yama – deus Hindu da morte, que julga os mortos

 

 

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Vidência Mediunidade e Oráculos

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Vidência Mediunidade e Oráculos

«se durante o surgimento de uma aparição (espírito), houver uma vela acesa num recinto, ela ficará com uma chama azul»
In: A Provencial Glossary; Francis Grose; Sec XVIII

A necromancia define-se enquanto um processo metafisico ou sobrenatural, atraves do qual se consegue contacto com os mortos. Trata-se por isso do contacto, ou com os espiritos dos mortos, ou com os espiritos ancestrais.

A necromancia acaba abordando sempre 2 tipos de espíritos que se encontram no mundo dos mortos, ou seja, no mundo daqueles que não estão vivos na carne, o dito «mundo do Alem», ou o mundo que esta para alem desta realidade fisica.

Os espiritos abordados são:

  • 1- ou espirtos de mortos; leia-se: espiritos de pessoas que ja habitaram neste mundo e que já morreram, que ja abandonaram o seu corpo fisico e partiram para o «outro lado».
  • 2- ou espirito ancestrais; leia-se: espiritos existentes desde a aurora dos tempos, desde o inicio da criaçao. Espiritos tao antigos como o proprio universo, espiritos nascidos da propria criação, consciencias que existem há uma infinitude de tempo e que tem a amplitude do próprio infinito. Alguns dizem que se tentassemos equacionar toda a profundidade do infinito, e depois multiplicar isso por toda a eternidade, ainda assim nao seriamos capazes de entender toda a extensao da existencia dessas conscienciascelestes ou espiritos ancestrais. A estes espiritos certas culturas chamaram Deuses, outras culturas chamaram anjos, outras chamaram de Loas, outras chamaram de Jiins, outras chamaram «daemons», etc…. No fundo, ( fundamentalismos religiosos á parte….), tantos nomes para as mesmas entidades, pois ao longo da historia da humanidade, cada cultura os viu com os seus próprios olhos e assim, a cada cultura estes seres espirituais se fizeram ver de forma a serem entendidos.No fundo, é como uma pedra. Uma pedra é uma pedra, e no entanto em 200 culturas diferentes a mesma pedre tem 200 nomes diferentes e talvez mesmo 200 fins diferentes. O objecto é o mesmo, somos nós que lhe damos nomes diferentes e os vemos conforme a nossacompreensao permite alcançar.

A morte, ou seja, a passagem para esse outro mundo, é a porta que a necromancia abre todos os dias e que permite para quem a pratica, comunicar com os espiritos.

A necromancia continua sendo praticada nos dias de hoje, sendo atraves de tábuas de Ouijá, sendo pelo uso de instrumentos como pêndulos ou varas, seja atraves daquilo a que se denomina «espiritismo».

Se bem que as doutrinas espiritas possam advogar imensas teses que justificam as suas praticas, o facto é que a sua acção é um exercicio de comunicação com os espiritos de pessoas falecidas e nesse aspecto, nao é nem mais nem menos que a pratica de necromancia.

No entanto, nao se escandalizem os defensores do espiritismo quando sao comparados á arte necormantica, pois a questao da necromancia é altamente ambigua nos textos sagrados.

Exemplo disso:

  • a mesma pratica que no antigo testamento é condenada, ( por exemplo, no celebre episodio da bruxa que ajuda Saul a comunicar com o espirito do Rei Samuel depois desse estar morto), no novo testamento podemos encontra-la a ser praticada pelo Messias Jesus Cristo, que na presença de fieis apostolos, entra em contacto com espiritos de mortos para com eles comunicar.

Por isso, podemos facilmente entender que, no que respeita á necromancia, os autores Biblicos consideram-na um pecado mortal quando praticada por bruxos, e um poder divino de Deus quando realizada por profetas de Deus. Ou seja: quando é feito pelos outros é mau, quando é feito por mim é bom.

Os oraculos

Um oraculo é uma resposta dada por um Deus a uma questao especifica que é colocada a essa deidade.

A questao é colocada por quem consulta esse Deus, e a resposta é facultada por uma pessoa que se encontra em contacto e dialogo com o mesmo Deus. Essa pessoa é um intermediário entre os humanos que procuram ajuda divina e o Deus.

Na antiguidade esse papel era desempenhado pelos sacerdotes dos Templos dedicados aos Deuses. Esses sacerdotes e sacerdotizas tinham essencialmente 2 funções:

  • 1- adorar o Deus ao qual dedicaram a vida;
  • 2- facultar Oraculos a quem procurava a ajuda e orientação do Deus.

Esses sacerdotes e sacerdotizas eram pessoas diferentes,pois eram pessoas cujo o corpo se encontrava aberto ao espirito do Deus que adoravam. Por assim ser, os sacerdotes e sacerdotizas eram instrumentos por via dos quais o Deus podia comunicar com os mortais. A deidade podia por isso, uma vez invocada, entrar no corpo do sacerdote ou sacerdotiza, possuindo-os, e habitando nesse corpo o tempo que desejasse. E habitando no corpo, possuindo-o, a deidade podia comunicar com o mundo fisico, com o mundo dos vivos. Esta forma de comunicação com os espiritos existe desde sempre, e é profundamente necromantica.

Nesta pratica espiritual, há um objectivo de contactar o mundo dos mortos ou o mundo dos espiritos para fins oraculares, e isso, é nem mais nem menos que necromancia.

Nesta pratica espiritual, há assim um intermediário entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ( quando falamos de «mundo dos mortos», leia-se: o mundo dos espiritos, onde estão os espiritos dos que ja morreram, assim como os espiritos ancestrais aos quais chamamos Deuses), sendo que essa pessoa abre-se á entrada de um espirito no seu próprio corpo, permitindo assim a ocorrencia de uma possessão voluntária, ou seja, uma possessão que foi consentida pela própria pessoa possuida. Essa pessoa é escolhida nao por nenhum humano vivo, mas sim pelo próprio espirito ou pela própria deidade. O espirito ou a deidade escolhem fazer daquela pessoa uma das suas «casas», ou seja, um dos locais onde optam por habitar temporariamente cada vez que desejam aceder a esta mundo. Deuses sao espiritos e espiritos nao tem corpo. Para aceder a este mundo, eles precisam entrar num corpo, e eles mesmos escolhem os corpos nos quais fixam residencia para esses fins. Esta tese é tao antiga quanto as proprias praticas espirituais, e japodemos encontrar exemplos disso na antiguidades religiosa do Egipto.

A palavra «Faraó» significa «a grande casa», ou o «templo». Isso porque acreditava-se que o faraó era a «casa» onde habitava o espirito de um Deus. Tal como se acreditava que um Deus podia habitar num Templo que lhe tivesse sifo erguido e dedicado, e que assim um Templo era na verdade uma das casas do Deus ao qual era dedicado ou seja, um templo era uma casa em que um espirito divino podia habitar, tambem o corpo do Faraó era um templo ou uma casa na qual o espirito de um Deus podia entrar e habitar durante o tempo que desejasse. Na verdade, o Faraó tinha, ( segundo as noções religiosas da antiguidade Egipcia), o corpo aberto e era passivel de ser possuido pelo espirito de um Deus. Por isso, quando se dizia que o Faraó era um um Deus, nao se estava dizendo, ( comoalguns julgam hoje em dia), que o Faraó se fazia passar por um Deus de verdade. O Faraó , ( bem como os seus subditos), tinha a perfeita noção que era feito de carne e osso, que era mortal e que era humano tal como os demais. Por isso , nao se tratava, ( como alegam alguns hoje em dia), de um truque para enganar ignorantes.O que se estava dizendo, é que o Faraó era uma pessoa passivel de ser possuida por um espirito e que esse espirito encontrou naquele corpo uma habitação que lhe era agradavel e na qual o espirito é livre de ingressar.

A noção do corpo de um humano como habitação de uma entidade espiritual tem reflexo até mesmo nos textos biblicos. Repare-se que Jesus, certa vez visitando o Templo de Javé, declarou: «Este é o Templo de Deus. Pois irei destruir pedra por pedra estetemplo, e em 3 dias o reconstruirei». Os sacerdotes do templo ao ouvir tais palavras, ridicularizaram Jesus, rindo-se e dizendo que aquele solido templo feito de grandes pedras demorou umas centenas de anos a ser construida, e que aquele lunatico se propunha a destrui-lo num dia e reconstrui-lo em 3 dias, o que apenas confirmava a insanidade do profeta.Pois a verdade é que Jesus estava na verdade a referir-se nao ao Templo em si, mas ao seu próprio corpo. O que ele estava a dizer,eram 2 coisas importantissimas:

  • primeira- Jesus estava anunciando, sem que ninguem entendesse, que o seu proprio corpo seria destruido em apenas 1 dia, sendo que ele o iria reconstruir, (resuscitar), em 3 dias.
  • segunda – Mais importante: Jesus estava afirmando que o corpo dele era o templo de Deus, ou seja, que o corpo dele era a casa onde o Deus Javé habitava.

Esta noção nao é inovadora nem foi inventada por Jesus. Na verdade, aquilo que Jesus afirma ao dizer que dentro do seu corpo habita o espirito de um Deus, ou seja, que o seu corpo é uma casa onde reside o Deus Javé, era exactamente o mesmo que afirmavam os Faraós Egipcios.

Tanto no caso de Jesus que afirmou que o seu corpo era a casa de um espirito,( neste caso um espirito divino, o espirito de javé), e que comunicou com mortos, ( com Moises e Elias), assim como no caso dos Faraós, torna-se evidente que nalguns casos e para certas pessoas, o corpo é uma habitação onde entram e residem entidades espirituais. A possessao de corpos por parte de espiritos, bem como a comunicação com os mortos, e mesmo o contacto com entidades espirituais, sao por isso fenomenos comprovadamente ancestrais e sao, tanto quanto se sabe, a forma por via da qual os espiritos falam com os vivos e os vivos se relacionam com o mundo dos espiritos.

Pois todo este universo de comunicação com o Alem ou com a esfera celeste, seja por comunicação com mortos, seja por comunicaçao com espiritos divinos, é a propria esfera da actividade da necromancia. Quer certas religioes queiram ou nao, é isso que esta escrito nas sagradas escrituras.

Mediunidade e Possessão

A mediunidade é a capacidade de comunicaçao com entidades «nao-fisicas» ou espirituais.

Os chamados «mediuns» sao pessoas que tem a capacidade de mediunidade, ou seja, a capacidade de ser uma «ponte» entre este mundo, ( o mundo dos vivos, o mundo fisico), e o mundo do Alem, ( o mundo dos mortos, o mundo dos espiritos). Hoje em dia chamados «mediuns» pelas doutrinas espiritas, foram noutros chamados videntes, Xaman, ou serviram de sacerdotes em templos dedicados a Deuses, etc.

Existem 3 tipos de mediunidade ou de mediuns:

  • 1- mediuns fisicos
  • 2- mediuns mentais
  • 3- mediuns oniricos

O medium fisico, tem a capacidade de deixar uma entidade espiritual entrar dentro do seu corpo, sendo que essa entidade ocupa e toma conta do mesmo corpo. A esse fenomeno alguns chamam«encorporaçao», mas na verdade trata-se de uma forma de possessão. O fenomeno por vezes pode ser acompanhado pela perda de consciencia do medium, que perde o auto-controlo, ou seja, deixa de conseguir ter dominio sobre o seu proprio corpo e a sua propria mente, que ficam dessa forma sob o poder da entidade espiritual que possuiu. Assim, depois de terminar a possessao, esse tipo de medium raramente se lembra do que se passou enquanto esteve possuido pelo espirito. A todo este estado chama-se «transe», ou seja, é dito que o medium ao ser possuido por um espirito que toma conta do seu corpo, entra em «transe».

O medium mental, tem a capacidade de comunicar com os espiritos, contudo sem entrar em transe. Nestes casos a possessao do medium pelo espirito é menos intensa. O espirito fala igualmente atraves do corpo do medium, contudo o medium mantem perfeita lucidez e consciencia durante todo o processo. Nesta forma de comunicação com os espiritos, o medium acaba fazendo uso de certos recursos materiais que permitem a transmissao das mensagens que o espirito deseja transmitir: desde pedulos, a varas, a tabuas deOuijá, á psicogragia, etc.

Há por ultimo o medium onirico, pois tambem a mediunidade pode ser exercida atraves de mensagens facultadas atraves de sonhos ou visoes nocturnas. A todo este tipo de praticas mediunicas, denomina-se mediunidade onirica. Neste tipo de mediunidade, a pessoa recebe as mensagens de forma mental, contudo nao se encontra em total controlo de si mesmo porquanto se encontra dormindo ou num estado alterado de consciencia. Por assim ser, este tipo de mediunidade é em parte fisica e em parte mental, pelo que merece uma referencia distinta .

No entanto, seja qual for o tipo de mediunidade que se analise, toda esta pratica espiritual assenta no pressuposto do fenomeno de «possessao», pois de forma consciente ou insconsciente, de forma mais forte ou mais ligeira, a pessoa detentora desta capacidade é sempre possuida momentaneamente pelo espirito que fala atraves dela.

Os medius e os Videntes

quando falamos de videncia, há quem afirme que se trata de um falso titulo. Há quem afirme que na verdade não exitem «videntes» com a capacidade própria de ver coisas no passado, no presente ou no futuro, mas antes há pessoas com a capacidade de comunicar com o mundo espiritual e dele receber mensagens.

A diferença é enorme, pois assim se considera que ninguém tem «por si» e «em si» uma capacidade de «ver», mas antes que as pessoas podem ter na verdade a capacidade de serem , de uma forma ou de outra, «possuídos» por espiritos que transmitem mensagens aos vivos.

E quem o afirma, defende que na verdade, essas pessoas a quem se chamam «videntes», na realidades elas sao pessoas que tem a capacidade de receber, (consciente ou inconscientemente), comunicações vindas do mundo espirtual, mensagens de espiritos, que avisam sobre eventos passados , presentes ou futuros.

Se essa tese é verdadeira, então verdadeiro fundamento daquilo a que chamamos de videncia é na verdade uma capacidade necromantica, ou seja, a capacidade de comunicar com os mortos e com o mundo dos espiritos.

Mais uma vez, encontramos na Biblia provas deste facto.

Nos textos biblicos podemos entender que na verdade quando falamos de Videntes e Profetas, estamos falando no mesmo.

E também nos textos bíblicos do Antigo Testamento, são inúmeras as referencias a pessoas que, havendo nelas sido derramado o espírito de Deus, ou seja, sendo elas possuindas por um espírito de Deus, começaram a profetizar. Assim sucedeu nos tempos de Elias e Moises.

Também no Novo Testamento se lêem mais referencias a esta fenómeno, quando se observa que após a morte e ressureição de Jesus, os apostolos foram possuidos pelo Espirito Santo e começam assim a falar linguas e a transmitir grandes mensagens de sabedoria. Segundo os textos sagrados, nao eram os profetas que falavam por si, mas sim o espirito que os possuiu que falava pela boca deles.

Ora, torna-se claro que vidente, (ou profeta), é aquele é possuído por um espírito, sendo que esse espírito passa a actuar neste mundo através daquela pessoa. Torna-se assim evidente que os textos bíblicos nos referem claramente que as mensagens da vidência advém dos espíritos que possuem uma pessoa, ( o vidente, ou o profeta), e começam a falar pela sua boca.

A mediunidade, a possessão voluntária e necromancia, ( enquanto processo de contacto com os mortos ou com o mundo dos espíritos), são fenómenos que se encontram detalhadamente descritos nos Textos Bíblicos.

Houve ao longo dos tempos, um grande esforço que as autoridades eclesiasticas desenvolveram para manter o máximo silencio sobre tais praticas, e mesmo para impedir, ( pelo medo), que a espiritualidade fosse livremente exercida. E todo esse esforço resultou num infeliz filão de contradições incoerentes. Senão vejamos os seguintes exemplos dessas contradições:

Por exemplo:

  • 1- Os teólogos consideram um sinal de possessão demoníaca alguém que, após uma possessão espiritual, comece a falar línguas que desconhece, quando no entanto, o mesmo fenómeno aconteceu aos apóstolos quando esses foram possuídos pelo espírito santo. Como ficamos?
  • 2- As autoridades religiosas consideram a possessão um fenómeno demoníaco, e no entanto o próprio filho de Deus disse ser um corpo onde habitava o espírito santo e assim, alegou estar possuído pelo espírito de Deus.Ficamos em que pé?
  • 3- As autoridades teológicas condenam a pratica da comunicação com mortos, e no entanto o próprio filho de Deus comunicou com espíritos de profetas que ja tinham morrido.Como explicar?
  • 4- Os teólogos consideram um pecado praticar magia negra, ( leia-se: magia negra é a pratica espiritual que consiste em contactar e comunicar com demonios), contudo o próprio fundador da sua fé praticou-a, porquanto por mais de uma vez entrou em contacto, ( ou foi contactado), por demónios, sendo que o fez para diversos fins: desde expulsa-los de um corpo, a falar-lhes para lhe pedir que mantivessem a sua identidade divina em segredo, etc….Que concluir?
  • A autoridade eclesiastica defende que é um pecado invocar e falar com os mortos, pois dessa forma esta-se a pertubar o seu sagrado descanço. No entano, não parece ter sido pecado que Elias e Moises tenham sido chamados a este mundo para comunicar com um profeta. Ficamos em quê?
  • Os teólogos consideram pecaminoso o contacto com espiritos, no entanto os textos biblicos abundam de referencias relativas ao contacto directo entre anjos e pessoas. Sendo os anjos espiritos, como ficamos?

As contradições entre as verdades espirituais descritas na bíblia, e os discursos dos teólogos, são abismais, mas facilmente entendíveis.

Tais conotações negativas entre as praticas espirituais de contacto com os espíritos e assuntos demoníacos, foram lançadas especialmente impedir que as pessoas exercessem as artes místicas e praticassem livremente, fora do controlo da eclesiástico, as vias da espiritualidade. A dado momento, a instituição religiosa quis deter o monopólio sobre toda a actividade espiritual, alegando que apenas nela residia a capacidade de comungar e comunicar com a realidade espiritual.Segundo a instituição, o exclusivo do mundo espiritual parecia ser sua exclusiva propriedade, e tudo mais fora desse feudo teológico era pecaminoso e levava á condenação eterna.Estes foram os argumentos, e esta foi a inútil tentativa de tentar apoderar-se de algo que é tão eterno com a criação do universo, e que é a realidade espiritual.

Há quem seja mais ousado, e afirme que tais confusões foram lançadas para que as pessoas nao comunicassem com os espíritos e assim, nunca obtivessem conhecimento de certas verdades ocultas que as autoridades eclesiásticas desejam manter em segredo, pois podem tais conhecimentos podem fazer ruir os pilares das crenças que suportam a sua instituição.

No entanto, apesar dos esforços de certas autoridades religiosas, os espíritos não pararam de escolher os seus emissários neste mundo e a ligação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos mantém-se hoje tão firme e poderosa como sempre foi ao longo de toda a existência.

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Sobre Velas, Talismãs e Orações

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Sobre os Talismãs objectos sagrados:

Um talismã, ( ou um objecto sagrado), é um objecto produzido e consagrado de acordo com certos procedimentos místicos, e que por isso possui determinadas propriedades espirituais. Consiste normalmente de uma fugira de pedra ou metal, que foi dedicada e consagrada a um poder espiritual.

Talismãs representando símbolos esotéricos e espirituais, ou figuras de personalidades santas, são usadas em processos de invocação de bênçãos e maldiçoes.

Podemos sobre tais objectos sagrados encontrar exemplo bíblico que atesta deste tipo de procedimento espiritual, assim como da sua natureza.

Moisés suplicou a Deus pelo povo. E Deus, respondeu-lhe: « Faz uma serpente venenosa e coloca-a sobre um poste. Quem for mordido [por uma serpente venenosa] e olhar para ela, ficará curado» Então Moisés fez uma serpente de bronze e colocou-a no alto de um poste. Quando alguem era mordido por uma serpente, olhava para a serpente de bronze e ficava curado

Números 21, 8-9

A serpente de bronze, ( um símbolo esotérico com propriedades espirituais sobrenaturais , ou seja: um talismã), atrai as forças celestiais do espírito de Deus, que naquele símbolo depositou ao seu poder protector.

A quem a fé não falte, simplesmente olhar para a serpente tem um efeito protector e milagrosamente curativo.

Pois talismãs, objectos e figuras sagradas operam na verdade dessa forma, tal e qual se encontra descrito na bíblia: eles são concebidos de forma a realizar o chamamento de uma certa força espiritual, ao mesmo tempo que indicando a essa entidade espiritual a finalidade a que se destina aquele símbolo.

O talismã ou o objecto sagrado, é por isso um receptáculo de uma certa força espiritual, ao mesmo tempo que um sinal indicativo do tipo de objectivo que se pede a essa força espiritual que produza na vida de uma pessoa. Assim, essa presença espiritual é por meio do talismã chamada a intervir e gerar uma certa influencia na vida de quem necessita que um certo fim de realize com recurso a um auxilio espiritual.

Sobre as Velas:

As velas representam o fogo, sendo que o fogo representa a manifestação de uma força espiritual neste mundo.

As mais fortes entidades espirituais,podem facilmente manifestar-se e residir momentaneamente no fogo, e disso temos prova nos textos Bíblicos:

O anjo de Deus apareceu a Moisés numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés prestou atenção: a sarça ardia, mas o fogo não se consumia

Êxodo 3, 2

Deus, nosso Deus mostrou-nos a suagloria e grandeza, e nos ouvimos a sua voz do meio do fogo 

Deuteronómio 5,24

No dia em que foi montado o santuário, a nuvem cobria o santuário (…) e desde o entardecer ate ao amanhecer, ela ficava sobre o santuário com aspecto de fogo (…) a nuvem cobria o santuário, tomando oaspecto de fogo 

Números 9,15-16

São inúmeros os exemplos descritos nas sagradas escrituras, segundo os quais o espírito de Deus, ou dos seus anjos, se manifesta na forma de fogo junto daqueles que o invocam.

Há quem afirme que as forças espirituais são consciências celestiais constituídas essencialmente de energias. O fogo, é em si uma frequência de energias libertadas e derivada da combustão. Por isso, certas teses alegam que é muito mais fácil a um espírito manifestar-se neste mundo físico em essências e frequências etéreas como energias, (fogo, energias electromagnéticas, etc), do que em corpos sólidos, onde tem de realizar um processo invasivo de incorporação.

Seja como for, uma vela, se adequadamente consagrada, (oferecida e  dedicada a uma entidade espiritual), é o mais adequado instrumento por via do qual uma força espiritual invocada se poderá facilmente manifestar, residindo momentaneamente junto de quem esta operando processos místicos.

Dai, a importância das velas nos rituais esotéricos e religiosos.

 

Sobre as Orações:

O que é uma oração?

A resposta para essa questão, encontra-se esclarecida da forma mais simples possível na

s escrituras, onde se pode ler:

«Chama por mim, que eu te responderei»

Jeremias 33,3

Pelas escrituras, ficamos a saber que uma oração é algo tão simples, e ao mesmo tempo tão complexo, como: ela é o maior meio de chamamento de um espírito.

Usada da forma certa, a oração é por isso a chave que abre portas ao mundo do espírito, a Deus e a todo o poder das bênçãos e maldições do Senhor e dos seus santos.

Sabemos que Deus é um espírito, (S.João IV,XXIV), e sabemos por isso , ( de acordo com as escrituras), que a oração é o mais forte instrumento de apelo e comunicação com os espíritos, sejam eles espírito de Deus, ou espíritos dos santos de Deus.

Sobre a oração, os evangelhos dizem-nos o seguinte:

«(…) Eu vos garanto: se tiverdes  do tamanho de um grão de mostarda, podereis dizer a esta montanha:”Vaipara acolá”, e ela irá. E nada vos será impossível. Só a oração pode expulsar este tipo de demónio»

Mateus 17,20-21

Assim revela-se neste saber descrito por São Mateus,  que:

1- A oração é um dos mais poderosos meios de contacto com o mundo espiritual

2- Se pela oração, é até possível comandar demónios a fazer o que desejamos, então por ela tudo é possível estabelecer através de Deus e dos santos de Deus

3- A fé é imprescindível quando procuramos a ajuda dos espíritos, seja o espírito de Deus, seja o espírito de um santo de Deus. Sem fé, os espíritos dos santos não nos respondem. Porem com, os espíritos dos santos não apenas responderão, como edificarão o que lhes é pedido. Assim, a  empregue na oração, é a chave que abre a porta a Deus e aos espíritos dos santos do Senhor. Sem essa chave, nada acontece. Com essa chave,( ensina-nos o testemunho de São Mateus),  tudo é possível.

 

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São Cipriano – segredos de São Cipriano

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São Cipriano – segredos de São Cipriano

São Cipriano: segredos de são Cipriano

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Muitos perguntam:

Mas como se pode estar falando de magia branca e magia negra quando se está falando de Deus?

Pois quando a são Cipriano, eis que no seu ensinamento e conforme o seu ensinamento, assim se pode ler na obra de são Cipriano:

eu, da parte de Deus Omnipotente mando ao demónio que me apareça aqui, (…) sob pena de obediência e preceitos superiores. Eu, pelo poder da magica negra liberal, mando-te, demónio ou Lúcifer, ou Satanás ou Barrabás, que te metas no corpo dessa pessoa

Obra de são Cipriano, versando sobre «Autentico tesouro da magia branca e da magia negra ou segredo da feitiçaria», capitulo 4º, outra mágica do gato preto, Pag 233

Então:

Não escreveu o santo: «da parte de Deus comando o demónio»?

Pois então, assim se sabe:

Tudo esta sob o poder de Deus, e por isso seja em magia branca ou em magia negra eis que Deus é dono e Senhor seja de anjos, seja de demónios, seja de aparições, seja de almas, pois que Deus é Senhor de todos os espíritos, e a magia é coisa do espírito.

E assim sendo:

Não há obra de magia nem do espírito que possa dar fruto se Deus não consentir, e por isso toda a feitura de toda obra de magia e do espírito para ter sucesso tem de ser apelada a Deus conforme os mais superiores preceitos.

Por isso, quando muitos dizem:

Mas vocês falam de Deus e de santos e depois praticam magia negra?

Então:

Cuidai que assim está escrito na obra de são Cipriano:

Este é preceito que não deixa o demónio aparecer-nos, só sendo obrigados por Deus e por todos os santos

Obra de são Cipriano, versando sobre «Poderes Ocultos», capítulo 15º, Pag 192

Pois então:

Apenas os santos tem o poder de comandar ate mesmo ao demónio, e O Único com poder para ordenar e obrigar aos espíritos infernais é Deus.

E por isso:

A mais portentosa magia negra apenas dará fruto se for clamada aos santo, e a mais valorosa magia negra apenas resultará se for por Deus aceite e outorgada, pois que apenas Deus e os santos tem poder irrevogável e inapelável sobre tais forças espirituais.

Pois por isso – justamente – e assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Para o bom êxito, é conveniente que tudo seja feito com o pensamento em Deus

Obra de são Cipriano, forças e poderes ocultos, o poder da cabeça de víbora, capitulo 24, Pag 317

Pois assim ensinou são Cipriano:

Seja magia branca ou negra, toda ela deve ser feita com o pensamento em Deus, pois que apenas com Deus é que a magia negra ou branca dará fruto, e sem Deus nenhuma magia dará fruto.

E por isso:

a chave da magia em são Cipriano é Deus, e é por isso nesse caminho que operamos conforme são Cipriano ensinou.

E assim sendo:

Quando se opera na preta linha da magia negra deste caminho de santo, eis que tudo é feito com o pensamento nos santos, e tudo é oficiado clamando e Deus e observando aos preceitos da Lei da Palavra de Deus, pois que esse é o caminho que são Cipriano ensinou para a boa feitura de qualquer obra do espírito.

Pois por isso – justamente – assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, para não se exporem ás maldições do Criador, isso, porque havemos de notar que tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

Pois então:

Assim ensinou são Cipriano que toda a magia, seja branca ou seja negra, toda ela deve ser realizada apelando ao poder superior de Deus, porquanto tanto anjos como demónios e demais espíritos e aparições apenas operarão as suas obras se Deus quiser e deferir, e por isso apenas  o Altíssimo pode garantir o sucesso de uma magia, assim como apenas o Senhor pode invalidar qualquer intento de artes magicas, e por isso:

tudo o que é feito nas artes magicas de são Cipriano, ( sejam na magia branca, ou seja na magia negra), tudo é sempre feito em nome de Deus, como o coração em Deus, e guiados pela Palavra de Deus, pois que esse é o único caminho que permite aos frutos do espírito florescer e frutificar.

Pois por isso, assim se pode ler na obra de são Cipriano

são Cipriano (…) disse: «(…) quem é que tem mais poder mais poder do que Deus? Ainda hoje me lembro quando um dia eu mandei cair fogo do céu á terra pelo poder Lúcifer, e uma mulher só com dizer – Jesus!- cessou o fogo de cair. Grande é o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Obra de são Cipriano, versando sobre «Poderes Ocultos», Capítulo 5º,  Pag 180

Pois assim sendo:

Ate mesmo o mais magnífico dos anjos obedece a Deus, e ate mesmo o mais poderoso dos espíritos se submete ao poder Deus, e por isso ensinou são Cipriano que com Deus toda a magia dará fruto de portento, e porem sem Deus eis que nenhuma magia resultará, e por isso:

é com o pensamento em Deus que se deve operar em toda a magia, pois que sendo branca ou negra toda ela dará resultado se Deus consentir, e porem sem Deus nenhuma obra do espírito é possível edificar, pois que Deus é o Senhor de todos os espíritos, e sem Deus não existe prodígio no espírito.

Pois então:

Foi assim que são Cipriano ensinou, e é por isso assim que estes irmãos anunciam ao mundo.

Pergunta você:

Mas Deus autoriza isto? Mas vocês estão falando do diabo e de Deus? Como isso é possível?

Respondemos:

Até o diabo está sob o poder de Deus, e por isso seja magia branca ou magia negra eis que tudo está sob o domínio de Deus, e isso mesmo ensinou são Cipriano, pois que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

«(…) Disse o demónio –  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

Pois assim se sabe:

Todo o tipo de espíritos estão sob o comando de Deus, e por isso seja na magia branca ou na magia negra eis que com Deus todos os prodígios são possíveis, e  porem sem Deus não há prodígio de magia que seja possível.

E por isso mesmo – justamente – também assim diz a obra de são Cipriano:

Não vos digo que não façais pacto com ele,  mas logo que tenhais conseguido o vosso intento, armai-vos de agua benta e lançai-vos nos braços da Santa Igreja

Obra de são Cipriano, Enguerimanços de são Cipriano, capítulo 14, Pag 268

Pois então:

Não vale a pena perder-vos especulando aquilo que apenas a Deus cabe saber, e por isso deixai nas mãos de Deus aquilo que é de Deus, pois Deus é espírito e Deus é misterioso, e por isso quem é o homem para saber aquilo que Deus sabe?, e quem é o homem para condenar e julgar a outrem, se apenas a Deus pertence saber e julgar?

Pois então:

Assim ensina são Cipriano:

Podereis fazer uso seja de artes brancas ou negras, desde que vos submeteis sempre a Deus, e desde que no final vos entregueis sempre a Deus, pois que Deus é O Senhor, e assim fazendo-se então trilhareis sempre em bom caminho

    E porem:

Feito com o ensinamento secreto de santo é infalível, e usando de forma leviana ou desconhecedora do segredo de são Cipriano, então acaba dando em nada ou ate mesmo fazendo ricochete no seu pedido.

Pois por isso:

Quando for para lidar em trabalho de tamanho portento, então chamai aqueles que sabem o saber de são Cipriano, pois que não é ensinamento que se possa lidar com leveza nem desconhecimento.

Assim sendo, olhai que assim diz o ensinamento de são Cipriano:

  1. Cipriano, propositadamente, tornava as suas mágicas bem difíceis de preparar, a fim de evitar que caíssem na mão de pessoas ignorantes, ou mal intencionadas

Obra e vida de são Cipriano extraída conforme os ancestrais escritos históricos do Flos Sanctorum, Pag 48

Pois então:

Ensinamento de santo é ensinamento a uns reservado, para que outros dele possam colher bom fruto.

Assim sendo:

Assim fazendo eis que aquele que procura então bom fruto encontrará, e aquele que trabalha então boa obra edificará.

Trabalho de são Cipriano –

 trabalho edificado á distância e por correspondência

Olhai que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

eu mesmo vi uma colecção de centena de cartas de agradecimentos que um feiticeiro havia recebido por ter expulso espíritos que perturbavam os habitantes de casas e currais; por haver livrado de feitiços homens e bichos, por haver curado todas as enfermidades imagináveis

O antigo livro de são Cipriano, Pag 13

Pois então:

a missão do «médico» é dar «remédios» contra as «doenças» do «corpo», e a missão de «são Cipriano» é dar «remédios» contra as «doenças» do «espírito», do «amor», das «riquezas», e da «vida.

E assim sendo:

Cumprindo este mandamento eis que assim trabalha o altar de são Cipriano nos remédios e trabalhos de são Cipriano, e eis que assim o altar trabalha por correspondência – neste caso eletrónica – tal como em tempos antigos muitos feiticeiros trabalhavam por correspondência no papel escrito, pois acaso não está escrito no ensinamento de são Cipriano: « eu mesmo vi uma colecção de centena de cartas de agradecimentos que um feiticeiro havia recebido»?

Então:

Trabalhar por correspondência é um dos muito nobres caminhos da feitiçaria que são Cipriano ensina e recomenda.

Pois por isso:

Assim no altar de são Cipriano nesse caminho se trilha e nesse caminho se trabalha para edificar os prodígios do santo, pois que são prodígios seculares, comprovados e assegurados.

Matérias naturais, usadas na preparação de filtros.

Nisto olhai, que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Há muito mistério por trás da simplicidade desta receita

Obra e vida de são Cipriano conforme manuscritos do milenar «Flos Sanctorum», versando sobre «magia para segurar marido», Pag 43

Pois assim sendo:

No remédio de são Cipriano existe uma parte que o santo explica, e porem:

Existe também por detrás uma parte que é segredo e é mistério que apenas ao entendedor cabe entender, pois que é o segredo e é o mistério do santo que garante a feitura garantida do trabalho do santo.

Então:

O que parece fácil não é, e aquilo que o desconhecedor desconhece então não deve ser lidado com desconhecimento para não ir causar pioria que melhoria.

Assim sendo:

Entregai no altar de santo aquilo que é de santo, se de santo se procura o bom e o acertado resultado.

Mais assim se diz:

O livro de são Cipriano pretende ser abençoado, e ele não deve ser praticado por desconhecedores dos segredos do espirito, pois que ali está escrito:

é preciso declarar que não expomos estas receitas diabólicas para que os leitores as pratiquem; deixamo-las aqui porque entendemos ser de utilidade saber-se de tudo quanto é bom e mau (…)alimentamos a esperança que Deus abençoará o nosso livro

Obra de são Cipriano, pag 236

Pois assim se sabe:

As receitas de são Cipriano podem ser por todos lidas, e porem nem por todos devem ser praticadas, pois que não devem aqueles que desconhecem ao segredo dos ensinamentos ocultos de são Cipriano ir meter a mão naquilo que desconhecendo então apenas lhes poderá causar gravoso mal, tanto para si mesmos como para outrem.

E porem também assim sabemos:

O livro de são Cipriano é livro e obra feita sempre clamando para ser abençoada por Deus

Água benta:

Parece simples, e porem não é.

Então:

Há muito mistério por detrás da simplicidade do saber de são Cipriano

Eis que assim se afirma:

Mesmo lendo ao livro de são Cipriano, eis que se fica sabendo que a magia tem segredos, e o segredo é a chave do prodígio, e o segredo deve ser sempre conservado em segredo.

Pois por isso, eis que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Há muito mistério por trás da simplicidade desta receita

Obra e vida de são Cipriano conforme manuscritos do milenar «Flos Sanctorum», versando sobre «magia para segurar marido», Pag 43

Pois assim sendo:

No remédio de são Cipriano existe uma parte que o santo explica, e porem existe também por detrás uma parte que é mistério que apenas ao entendedor cabe entender, pois que é o mistério do santo que garante a feitura garantida do trabalho do santo, e é o mistério do santo que assegura o prodígio e o portento do santo.

Pois então:

Muito daquilo que são Cipriano escreve no seu livro, ele escreve codificadamente para que aquele que desconhece aos mistérios do espírito não vá meter a sua mão naquilo que desconhece, pois que apenas aquele que do espirito conhece o ensinamento então no ensinamento deve lidar.

Pois então:

Olhai que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

«Todos os grandes magos, inclusive Jesus, o Cristo, ocultavam a verdade sob parábolas (…) faziam-no propositadamente e, por isso, Jesus costumada dizer:

«Ouçam os que tem ouvidos para ouvir», isto é, «entendam-me os que tem capacidade para me entender», pois os outros não devem mexer com coisas que desconhecem. 

Obra e vida de são Cipriano conforme manuscritos do milenar «Flos Sanctorum», pagina 35-36

Pois assim sendo:

O erro mais comum do observador inexperiente ou desconhecedor das artes do espírito e das obras de são Cipriano, é ir ler aquilo que está escrito «á letra», sem entender que a letra daquilo que está escrito não deve ser lido «á letra» mas sim á luz de um certo saber oculto e espiritual, pois que se está falando de realidades espirituais que devem ser olhadas aos olhos do espírito, e não aos olhos da compreensão mundana.

Por isso mesmo:

Poucos são aqueles que conseguem verdadeiramente extrair dos manuscritos o verdadeiro sentido da feitura das magias, e por vezes nem mesmo entendem para que na verdade certas magias servem.

Pois por isso mais uma vez se afirma:

Mesmo lendo ao livro de são Cipriano, eis que se fica sabendo que a magia tem segredos, e que não deve aquele que desconhece a chave do segredo ir meter a mao naquilo que não conhece, pois isso ao invés de trazer benefício acabará apenas trazendo incomodo, perda e desagrado.

Então:

Quando for para lidar com tais potências e poderes, então entregai na mão daqueles que com tais fórmulas e ensinamentos sabem lidar, pois que apenas assim se garante prodígio de santo

.

Quanto a magia e ao fenómeno magico, eis que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

a magia é a arte de submeter as POTENCIAS DA NATUREZA á vontade humana. Entre essas potências há entidades invisíveis, espíritos, génios, evocados mediante fórmulas, orações, encantamentos, talismãs pentáculos, filtros e agentes naturais. (…)

a arte da magia tem de se apoiar na ciência ou no conhecimento não somente da natureza das entidades, como também das PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS NATURAIS.

Obra de são Cipriano, capitulo Magia, Pag 222

Assim se sabe:

a natureza está repleta de espíritos e forças espirituais que respondem á sua invocação através de certas fórmulas e elementos naturais.

Então:

Trabalhando nessas formulas como o ensinamento certo, eis que do ensinamento se assegura resultado assegurado.

Mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Os verdadeiros e eficazes «remédios» são os de que usa a igreja, e estes são:

o sinal da cruz; a invocação dos santíssimos nomes de Jesus e Maria; os exorcismos; os jejuns; as orações; as esconjurações; as relíquias de santos; a bênção das casas; aspersões de água benta

Obra de são Cipriano; Remédios contra os espíritos; Pag 272

Pois então, eis que ensina o santo que há «remédios» «medicinais» para os males do «corpo», ( osremédios da medicina), e os «remédios» «espirituais» para os males do «espírito»  e da «vida», ( os remédios do oculto e do místico).

Pois assim sendo:

A missão do médico é dar os remédios que curam os males do corpo, e a missão de são Cipriano é dar os remédios que curam os males do espírito e os males da vida.

Pois então:

Conforme a missão do médico é administrar o remédio químico ao paciente, pois já a nossa missão é administrar os remédios do espírito, que são os remédios de abençoar ou amaldiçoar em são Cipriano, pois que esses são os remédios espirituais do santo para as doenças do amor, da sorte, das fortunas, das desventuras e da vida em geral.

Então:

Quem quer – de verdade – alcançar cura nas enfermidades e moléstias que afetam a vida – seja no amor, seja na prosperidade, seja seja na sorte, ou seja em que assunto for – então recorrei-vos dos verdadeiros e únicos remédios que com portento e de verdade podem dar solução e resolução assegurada no vosso assunto, e eis que esse são – sem sobra de duvida – os remédios e os trabalhos de são Cipriano.

Alguns mistérios são Cipriano

4 mistérios de são Cipriano

1-    Cipriano fez pacto com Lúcifer

Assim está escrito na obra de são Cipriano:

Eu, respondeu Lúcifer, aposso-me de Cipriano já que já morreu e ele é meu, em corpo e alma. Assim o temos ajustado

Obra de são Cipriano, Capitulo «são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, ficando são Gregório vencedor e são Cipriano derrotado», Pag 295

Mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

– (…) Respondeu Cipriano, não sabes que pertenço a Lúcifer, porque firmei pacto com ele, e por isso não posso entrar no céu, onde só entram (…)  aqueles que não seguem o caminho do inferno? Então retira-te da minha vista, quando não, usarei dos meus poderes e das minhas artes diabólicas

Obra de são Cipriano, Capitulo «são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, ficando são Gregório vencedor e são Cipriano derrotado», Pag 295

Pois assim sebe:

Cipriano tinha pacto com Lúcifer, e esse pacto é de corpo e alma, e dá poderes e artes infernais.

2-    são Cipriano foi salvo e resgatado por Deus do seu acordo demoníaco.

Embora são Cipriano tenha feito pacto com o demónio, porem dele o santo se livrou para ser um servo de Deus, pois que assim está escrito na obra de são Cipriano:

Dizia são Cipriano, num capítulo de seu livro, que numa sexta-feira, passando por lugar deserto, viu tantos fantasmas em volta de si, que tremeu de susto, e perdeu todas as forças para lhes poder resistir, porem os fantasmas eram bruxas que se queriam salvas.

Logo se chegou uma delas a Cipriano, e disse:

– Salva-nos (…)

– Como vos hei-de salvar?

– Como te salvaste tu, infame?

(…) Cipriano viu diante dele 14 bruxas (…) todas escravas de Lúcifer (…)

– Que desejas? – Perguntou Cipriano

– Queremos salvar-nos, e sermos como tu, escravas do Senhor – Responderam elasem coro

Obra de são Cipriano, versando sobre «Poderes Ocultos», capítulo 11º, Pag 184-185

Pois assim se sabe:

As bruxas são escravas de Lúcifer, e porem elas também podem ser escravas do Senhor se assim quiserem e forem salvas conforme são Cipriano o foi.

3-    são Cipriano se fez passar por clérigo – no seu caso por bispo – para poder praticar as suas artes sem impedimento

Ai! Ai!– disse o pastor – serás porventura o bispo de Cartagena, ou serás Cipriano, o feiticeiro?

Cipriano ouvindo estas palavras, disse para o pastor:

Sossega, sossega, pastor, que não sou o feiticeiro, mas o bispo de Cartagena.

(…)

– Segundo a nossa doutrina – disse no fim o falso bispo – perdoados estão os teus pecados (…) no fim da confissão, são Cipriano, fingindo-se bispo disse ao pastor

pag 288

São Cipriano fez-se passar por clérigo, para ganhar a confiança dos gentios, e assim poder operar as suas maravilhas, fossem de Deus, fossem do Oculto.

4-    O mistério de são Cipriano sobre os dois  deuses

Assim se pode ler na obra de são Cipriano:

o teu Deus é antigo o Rei dos Céus, e eu sou o rei dos infernos. Ele dá a lei aos seus vassalos, e eu dou-a aos meus

Obra de são Cipriano, Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do diabo, capitulo 7º, pag 260

Então: aqui se afirma que existem dois deuses, um deus do céu em um deus do inferno, ou seja, um deus do sol e um deus da lua e dos demais astros obscuros.

Mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

O deus que tu adoras é Lúcifer, e o que eu adoro é um Deus poderoso que criou o Céu e a Terra e tudo mais que o sol domina

Os mistérios da feitiçaria, são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, pag 294

Então: o deus de são Cipriano é um deus, e disso não há dúvida, pois que até mesmo são Gregório o reconhece e o aceita, dizendo a são Cipriano: «o deus que tu adoras é Lucifer».

Já porem:

a questão é que o deus que são Cipriano adora quando diz que crê em Deus, poderá não ser o Deus dos cristãos, que é o Deus que tudo criou e que é o Deus do Céu e do Sol, mas antes é o Deus que domina sobre a lua, sobre os espíritos e sobre a magia, ao contrário do Deus que tudo criou e que é o Deus que – segundo são Gregório – domina sobre o Sol, ou seja, é o Deus da luz, e da Criação.

Assim sendo:

Quando são Cipriano diz crer e adorar a Deus, eis que se coloca um mistério:

ele está-se referindo ao Deus do Sol? – aquelede que fala são Gregório – ou ao Deus das trevas, da lua, dos mistérios do espirito e da feitiçaria?

Eis mistério que tem deixado muitos seculos de debates acalorados entre aquele que defendem que são Cipriano é mártir do Deus cristão, e outros que professam que são Cipriano é mártir de Deus, e porem não do mesmo Deus que os cristãos, ou seja, de um outro Deus, o segundo Deus.

quer um poderoso trabalho de magia?

quer um poderoso trabalho de bruxaria?

Escreva-nos!

Altar de São Cipriano

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