Magia segundo são Agostinho

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são Agostinho

AVISO PRELIMINAR AOS QUE ESTUDAM AS COISAS DO ESPÍRITO E DO OCULTO:

O santo Salomão afirmou que é de Deus que provem o conhecimento sobre as coisas dos espíritos, e dos «poderes dos espíritos», (sabedoria 7,20). Revela também o santo Salomão que o desejo de conhecer os mistérios dos espíritos, e a sabedoria do espírito, esse desejo de sabedoria conduz a Deus e ao reino de Deus (sabedoria 6,20). Por isso, estudai, e procurai a sabedoria sobre todas as coisas do espírito, pois que a sabedoria do espírito elevar-vos-á espiritualmente, e o conhecimento dos espíritos  enriquecer-vos-á ao vosso próprio espírito, e a sabedoria dos espíritos é o caminho santo que conduz a Deus.  Por isso: estudai todas as sabedorias do espírito, e porem: usai bem toda a sabedoria do espírito, usando-a sempre em Deus, com Deus, e jamais fora de Deus, pois que essa é a única forma santa de caminhar nos mistérios dos espíritos e nos «segredos de Deus».(sabedoria 2,22) Assim, o estudo do oculto e do mundo do espírito, deve ser encarado da forma certa, ou seja, norteado por Deus, fundamentado em Deus, e guiado para Deus, jamais indo para além de Deus. E por isso, eis que na obra do santo são Cipriano se pode ler:

 

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

Assim sendo: enriquecei o vosso espírito com o conhecimento dos espíritos, pois que a sabedoria é coisa boa, pois que assim está revelado:

 

De facto, Deus ama somente aqueles que convivem com a sabedoria.

Sabedoria 7,28

 

Usai por isso deste mandamento do santo são Cipriano, e em todos os estudos que empreenderdes nas artes do espírito, procurai a sabedoria dos espíritos e do oculto, e porem fazei-o sempre com Deus, por Deus, e jamais fora de Deus.

Segundo o Codigo Teodosiano, existem 9 tipo de actividades na magia, e elas são:

  • 1- a adivinhação
  • 2- a astrologia
  • 3- a execução de trabalhos em Templos Pagãos e a Deuses Pagãos
  • 4- a posse de livros mágicos secretos
  • 5- a produção e uso de amuletos
  • 6- a Necromancia
  • 7- a arte dos encantamentos
  • 8- o uso magico de palavras e símbolos ocultos
  • 9- a criação de poções de amor

Pois em todos os casos, a magia segundo Sao Agostinho, é uma pratica espiritual intimamente ligada aos espíritos dos mortos , a espiritos das trevas, ou a espíritos de divindades

Poder-se-ia assim concluir que segundo o pensamento deste Teólogo e Filosofo, que a magia, seja executada na forma de feitiçaria, ou realizada na forma de bruxaria, são na verdade exercícios espirituais e sobrenaturais intimamente ligados á demonologia e á necromancia.

Dizia-se na antiguidade, que os magos precisavam de um período até 10 anos para conseguirem realizar um percurso espiritual evolutivo, que lhes permitisse alcançar sabedoria suficiente para conseguirem dominar as artes da magia.

Defendia a teologia mediaval, que tanto o bruxo, como o feiticeiro, obtinham o seu poder atraves de uma aliança com um espírito, ou seja,atraves de um processo necromatico ou espírito, ou seja: o bruxo aliava-se um espírito, com o qual passaria a possuir uma aliança, sendo que era dessa relação que nascia o poder do mago.
era também relativamente reconhecido que as artes magicas constituíam uma uma tarefa altamente perigosa e que, executada sem os devidos conhecimentos misticos, pode levar rapidamente á morte de quem a tenta praticar sem preparação.

Por isso mesmo, e pelos espantosos resultados que os magos conseguem produzir, eles eram bem pagos tanto na Antiguidade Clássica como na Idade Media.

Outra distinção apontada entre os sacerdotes da Igreja e os Magos ou Bruxos, residia na esfera dos caminhos espirituais que, conforme são Agostinho, separavam o mago do padre, ou seja:

– enquanto que o padre procurava levar uma vida regrada e ascética,(ausente das coisas deste mundo, e da carnalidade mundana, procurando afastar-se de tudo o que fosse, seja carnal, seja pratica oculta),  já o mago usava de toda  extensão seja da própria carnalidade , seja dos limites do conhecimento oculto, para produzir a sua obra mística, sendo que nesses assuntos o mago não encontraria motivos para restrições, e assim eis que ele pratica a sabedoria do oculto em todas as suas mais profundas dimensões, o que na idade media era tido como um pecado.

Diz-se por isso dos bruxos, nos textos eclesiásticos da idade media, ( e assim o sublinha Sao Agostinho), que eles trabalham com coisas profanas, pois eles trabalham com tudo o que é o universo do oculto, desde  almas dos mortos , a espíritos ancestrais, ás mais variadas espécies de seres celestiais, não se inibindo de abordar o mundo do espírito e do místico sem qualquer restrição, procurando sempre mais no conhecimento do mundo espiritual e da sua obra.

Quanto ás ciências da demonologia, Santo Agostinho defendia que o demonios eram espiritos que foram expulsos da esfera celeste e que por isso, habitavam no nosso mundo, vagueando pela nossa realidade terrena.

E porque sao espiritos que foram expulsos da esfera celeste e habitam no nosso mundo, sao espiritos que passaram a gostar das coisas terrenas são espiritos que foram corrompidos pelas coisas carnais.

Gostam por isso das coisas terrenas, amam por isso as coisas carnais, e renegam por isso as coisas de Deus.

São espíritos libidinosos, que veneram os prazeres da carne e de tudo o que é carnal.

E é nesse mundo, ( o nosso), em que eles habitam em constante festim.

Eles são espíritos que podem influenciar o ser humano, ( vivo ou morto, encarnado ou desencarnado), e que o fazem sem pudor, de forma a obter as suas próprias satisfações deste mundo carnal, feito que é de prazeres carnais.

São Agostinho defende a tese que Apuleio também defendia em «De Deo Socratis», afirmando que os demónios são capazes de realizar praticamente todo o tipo de actividades sobrenaturais.

Ele vai mesmo mais longe, afirmando que toda a actividade de magia é na verdade uma actividade sustentada e ligada ou a espíritos ou a demonios.

No entanto, sobre os demonios Sao Agostinho afirma que esses, embora sendo espiritos poderosos, estao tao sujeitos, ( tal como o homem), ás paixoes do mundo terreno, sendo que delas nao se conseguem livrar e que por isso mesmo, nunca mais poderão ascender novamente ao mundo espiritual.

Os demonios, conclui-se, sao por isso espíritos totalmente ligados ás paixões do mundo terreno, e apesar de serem anjos, ( caidos, no entanto anjos), apenas neste mundo conseguem encontrar satisfação.

Segundo Santo Agostinho, os demonios parecem possuir uma preferência especial por bruxos e bruxas.

Pois nas versões teológicas da idade media, dizia-se que os demonios se aliam aos bruxos e bruxas pela lei do pazer e com eles se relacionam no feito de artes magicas.

Assim sucede, (e assim estava escrito nos Codex da Santa Inquisição), e o demonio infiltra-se nas bruxas pela união carnal, e do prazer.
O demonio assim faculta poderes místicos ás bruxas e magos, que por sua vez o usam seja para operar na obra magica, seja para alimentarem os espíritos na sua sede de prazeres e interesses mundanos, numa aliança agradavel a ambos.

Segundo o mesmo Santo Agostinho, a feitiçaria e a magia são as actividades preferidas dos demonios, que assim encontram grande prazer ao conseguir manifestar-se e concretiza-las atraves dos bruxos e bruxas.

Obviamente que estas são as visões restritivas da teologia de são Agostinho, sendo que outras expressas na obra de são Cipriano manifestam uma visão bem mais liberal da espiritualidade, pois conforme assim está escrito na obra de são Cipriano:

«Não vos digo que não façais pactos, [ ou seja: que não pratiqueis o oculto e o místico] porem logo que tenhais conseguido os vossos intentos, então armai-vos de água benta e lançai-vos aos pés da cruz de Cristo, para entrardes no reino da glória e de Deus»

Obra de são Cipriano – Enguerimanços de são Cipriano, capitulo XIV

Por isso: ao contrário de são Agostinho, a obra de são Cipriano sendo igualmente uma obra de completa, fiel e dedicada veneração a Deus, ela porem professa uma visão bem mais humana e liberal da espiritualidade e da prática do oculto.

Enfim: eis que todo aquele que estuda as artes do oculto e que porem professa. o cristianismo e crê na doutrina de são Cipriano, esse assim sabe e sublinha sempre que as praticas espirituais do misticismos devem sempre e em todo o momento ser usadas em função de Deus, com fé em Deus, por fé em Deus, com temor a Deus, e sempre com respeito a Deus, pois que assim diz a obra do santo são Cipriano:

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, (…) isso, porque (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

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Espíritos ou divindades do mundo dos Mortos

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Espíritos ou divindades do mundo dos Mortos

 

Eis alguns espíritos ancestrais ou deuses relacionados com a morte, ou seja, com a passagem entre este mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ou o mundo dos espíritos.

Estes espíritos ancestrais, em muitas culturas vistos como Deuses, assumem particular importância na Magia Negra, pois são espíritos guardiões da passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos espíritos.

E sendo a Magia Negra, ( e branca), fundamentada na pratica da invocação deespiritos, ( espíritos dos mortos ou outros tipos de espiritos), estas entidades ou deidades assumem um papel fundamental nos procedimentos mágicos da feitiçaria e bruxaria.

Divindades do reino dos mortos, ou do mundo dos espiritos

Anubis – deus egipcio do submundo, dos mortos, dos embalsamentos e doscemiterios. Ele guarda as sepulturas e conduz as almas ao julgamento.

Ament – deusa da morte egipcia, que recebe os mortos nos portões do submundo. Oferece aos mortos pão e vinho, antes que eles entrem pelos portões que conduzem ao outro mundo.

Andjey – deus egípcio da morte, responsável pelo renascimento das almas no mundo pós-vida

Azrael – de acordo com o Corão, é o anjo da morte que recolhe as almas no momento do falecimento. Ele é um dos 4 mais elevados anjos de Alá.

Barão Cimitiere – o Loa Vodu dos cemitérios, um espírito ancestral ou Deus relacionado com as sepultura e os cemitérios

Barão Samedi – o Lua Vodu da morte. È este Deus que controla a passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Cizin– Deus Maia da morte.

Ereshkigal – Deusa Sumeria e Acadiana dos mortos.

Dis Pater – deus Romano que governa o submundo ou o mundo dos mortos. A sua correspondência Grega era Hades.

Hades – deus grego que governa o submundo ou o mundo dos mortos. È também o Deus das riquezas.

Itonde – Deus Africano da morte, que também protege os caçadores

Kala – Deus Hindu da morte e da destruição

Mania – deusa romana dos mortos, que é mãe dos fantasmas

Morta– deusa romana dos mortos que cortava o fio da vida aos mortais, levando-os a partir para o submundo

Mors – deus romano da morte, visto , ( segundo os textos de Ovídio), como uma figura de um cadaver vestido num sudário e segurando uma ampulheta nua mao, e uma foice na outra.

Naemia – deusa romana que atende e cuida dos funerais

Nideninna – deusa Babilonica que tem o poder sobre o livro dos mortos

Persefone – deusa Grega da morte, que se tornou consorte de Hades e rainha dos infernos

Proserpina – deusa Romana da morte, equivalente a Persefone na mitologia Grega. Tambem como Persefone foi raptada por Plutão (o correspondente a Hades na Grecia), e assim coroada pelo casamento enquanto «rainha dos infernos».

Tuchulcha – deusa etrusca demoníaca que aguarda o submundo.

Plutao – deus dos infernos ou do submundo, equivalente da Hades na Grecia.

Yama – deus Hindu da morte, que julga os mortos

 

 

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Vidência Mediunidade e Oráculos

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Vidência Mediunidade e Oráculos

«se durante o surgimento de uma aparição (espírito), houver uma vela acesa num recinto, ela ficará com uma chama azul»
In: A Provencial Glossary; Francis Grose; Sec XVIII

A necromancia define-se enquanto um processo metafisico ou sobrenatural, atraves do qual se consegue contacto com os mortos. Trata-se por isso do contacto, ou com os espiritos dos mortos, ou com os espiritos ancestrais.

A necromancia acaba abordando sempre 2 tipos de espíritos que se encontram no mundo dos mortos, ou seja, no mundo daqueles que não estão vivos na carne, o dito «mundo do Alem», ou o mundo que esta para alem desta realidade fisica.

Os espiritos abordados são:

  • 1- ou espirtos de mortos; leia-se: espiritos de pessoas que ja habitaram neste mundo e que já morreram, que ja abandonaram o seu corpo fisico e partiram para o «outro lado».
  • 2- ou espirito ancestrais; leia-se: espiritos existentes desde a aurora dos tempos, desde o inicio da criaçao. Espiritos tao antigos como o proprio universo, espiritos nascidos da propria criação, consciencias que existem há uma infinitude de tempo e que tem a amplitude do próprio infinito. Alguns dizem que se tentassemos equacionar toda a profundidade do infinito, e depois multiplicar isso por toda a eternidade, ainda assim nao seriamos capazes de entender toda a extensao da existencia dessas conscienciascelestes ou espiritos ancestrais. A estes espiritos certas culturas chamaram Deuses, outras culturas chamaram anjos, outras chamaram de Loas, outras chamaram de Jiins, outras chamaram «daemons», etc…. No fundo, ( fundamentalismos religiosos á parte….), tantos nomes para as mesmas entidades, pois ao longo da historia da humanidade, cada cultura os viu com os seus próprios olhos e assim, a cada cultura estes seres espirituais se fizeram ver de forma a serem entendidos.No fundo, é como uma pedra. Uma pedra é uma pedra, e no entanto em 200 culturas diferentes a mesma pedre tem 200 nomes diferentes e talvez mesmo 200 fins diferentes. O objecto é o mesmo, somos nós que lhe damos nomes diferentes e os vemos conforme a nossacompreensao permite alcançar.

A morte, ou seja, a passagem para esse outro mundo, é a porta que a necromancia abre todos os dias e que permite para quem a pratica, comunicar com os espiritos.

A necromancia continua sendo praticada nos dias de hoje, sendo atraves de tábuas de Ouijá, sendo pelo uso de instrumentos como pêndulos ou varas, seja atraves daquilo a que se denomina «espiritismo».

Se bem que as doutrinas espiritas possam advogar imensas teses que justificam as suas praticas, o facto é que a sua acção é um exercicio de comunicação com os espiritos de pessoas falecidas e nesse aspecto, nao é nem mais nem menos que a pratica de necromancia.

No entanto, nao se escandalizem os defensores do espiritismo quando sao comparados á arte necormantica, pois a questao da necromancia é altamente ambigua nos textos sagrados.

Exemplo disso:

  • a mesma pratica que no antigo testamento é condenada, ( por exemplo, no celebre episodio da bruxa que ajuda Saul a comunicar com o espirito do Rei Samuel depois desse estar morto), no novo testamento podemos encontra-la a ser praticada pelo Messias Jesus Cristo, que na presença de fieis apostolos, entra em contacto com espiritos de mortos para com eles comunicar.

Por isso, podemos facilmente entender que, no que respeita á necromancia, os autores Biblicos consideram-na um pecado mortal quando praticada por bruxos, e um poder divino de Deus quando realizada por profetas de Deus. Ou seja: quando é feito pelos outros é mau, quando é feito por mim é bom.

Os oraculos

Um oraculo é uma resposta dada por um Deus a uma questao especifica que é colocada a essa deidade.

A questao é colocada por quem consulta esse Deus, e a resposta é facultada por uma pessoa que se encontra em contacto e dialogo com o mesmo Deus. Essa pessoa é um intermediário entre os humanos que procuram ajuda divina e o Deus.

Na antiguidade esse papel era desempenhado pelos sacerdotes dos Templos dedicados aos Deuses. Esses sacerdotes e sacerdotizas tinham essencialmente 2 funções:

  • 1- adorar o Deus ao qual dedicaram a vida;
  • 2- facultar Oraculos a quem procurava a ajuda e orientação do Deus.

Esses sacerdotes e sacerdotizas eram pessoas diferentes,pois eram pessoas cujo o corpo se encontrava aberto ao espirito do Deus que adoravam. Por assim ser, os sacerdotes e sacerdotizas eram instrumentos por via dos quais o Deus podia comunicar com os mortais. A deidade podia por isso, uma vez invocada, entrar no corpo do sacerdote ou sacerdotiza, possuindo-os, e habitando nesse corpo o tempo que desejasse. E habitando no corpo, possuindo-o, a deidade podia comunicar com o mundo fisico, com o mundo dos vivos. Esta forma de comunicação com os espiritos existe desde sempre, e é profundamente necromantica.

Nesta pratica espiritual, há um objectivo de contactar o mundo dos mortos ou o mundo dos espiritos para fins oraculares, e isso, é nem mais nem menos que necromancia.

Nesta pratica espiritual, há assim um intermediário entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ( quando falamos de «mundo dos mortos», leia-se: o mundo dos espiritos, onde estão os espiritos dos que ja morreram, assim como os espiritos ancestrais aos quais chamamos Deuses), sendo que essa pessoa abre-se á entrada de um espirito no seu próprio corpo, permitindo assim a ocorrencia de uma possessão voluntária, ou seja, uma possessão que foi consentida pela própria pessoa possuida. Essa pessoa é escolhida nao por nenhum humano vivo, mas sim pelo próprio espirito ou pela própria deidade. O espirito ou a deidade escolhem fazer daquela pessoa uma das suas «casas», ou seja, um dos locais onde optam por habitar temporariamente cada vez que desejam aceder a esta mundo. Deuses sao espiritos e espiritos nao tem corpo. Para aceder a este mundo, eles precisam entrar num corpo, e eles mesmos escolhem os corpos nos quais fixam residencia para esses fins. Esta tese é tao antiga quanto as proprias praticas espirituais, e japodemos encontrar exemplos disso na antiguidades religiosa do Egipto.

A palavra «Faraó» significa «a grande casa», ou o «templo». Isso porque acreditava-se que o faraó era a «casa» onde habitava o espirito de um Deus. Tal como se acreditava que um Deus podia habitar num Templo que lhe tivesse sifo erguido e dedicado, e que assim um Templo era na verdade uma das casas do Deus ao qual era dedicado ou seja, um templo era uma casa em que um espirito divino podia habitar, tambem o corpo do Faraó era um templo ou uma casa na qual o espirito de um Deus podia entrar e habitar durante o tempo que desejasse. Na verdade, o Faraó tinha, ( segundo as noções religiosas da antiguidade Egipcia), o corpo aberto e era passivel de ser possuido pelo espirito de um Deus. Por isso, quando se dizia que o Faraó era um um Deus, nao se estava dizendo, ( comoalguns julgam hoje em dia), que o Faraó se fazia passar por um Deus de verdade. O Faraó , ( bem como os seus subditos), tinha a perfeita noção que era feito de carne e osso, que era mortal e que era humano tal como os demais. Por isso , nao se tratava, ( como alegam alguns hoje em dia), de um truque para enganar ignorantes.O que se estava dizendo, é que o Faraó era uma pessoa passivel de ser possuida por um espirito e que esse espirito encontrou naquele corpo uma habitação que lhe era agradavel e na qual o espirito é livre de ingressar.

A noção do corpo de um humano como habitação de uma entidade espiritual tem reflexo até mesmo nos textos biblicos. Repare-se que Jesus, certa vez visitando o Templo de Javé, declarou: «Este é o Templo de Deus. Pois irei destruir pedra por pedra estetemplo, e em 3 dias o reconstruirei». Os sacerdotes do templo ao ouvir tais palavras, ridicularizaram Jesus, rindo-se e dizendo que aquele solido templo feito de grandes pedras demorou umas centenas de anos a ser construida, e que aquele lunatico se propunha a destrui-lo num dia e reconstrui-lo em 3 dias, o que apenas confirmava a insanidade do profeta.Pois a verdade é que Jesus estava na verdade a referir-se nao ao Templo em si, mas ao seu próprio corpo. O que ele estava a dizer,eram 2 coisas importantissimas:

  • primeira- Jesus estava anunciando, sem que ninguem entendesse, que o seu proprio corpo seria destruido em apenas 1 dia, sendo que ele o iria reconstruir, (resuscitar), em 3 dias.
  • segunda – Mais importante: Jesus estava afirmando que o corpo dele era o templo de Deus, ou seja, que o corpo dele era a casa onde o Deus Javé habitava.

Esta noção nao é inovadora nem foi inventada por Jesus. Na verdade, aquilo que Jesus afirma ao dizer que dentro do seu corpo habita o espirito de um Deus, ou seja, que o seu corpo é uma casa onde reside o Deus Javé, era exactamente o mesmo que afirmavam os Faraós Egipcios.

Tanto no caso de Jesus que afirmou que o seu corpo era a casa de um espirito,( neste caso um espirito divino, o espirito de javé), e que comunicou com mortos, ( com Moises e Elias), assim como no caso dos Faraós, torna-se evidente que nalguns casos e para certas pessoas, o corpo é uma habitação onde entram e residem entidades espirituais. A possessao de corpos por parte de espiritos, bem como a comunicação com os mortos, e mesmo o contacto com entidades espirituais, sao por isso fenomenos comprovadamente ancestrais e sao, tanto quanto se sabe, a forma por via da qual os espiritos falam com os vivos e os vivos se relacionam com o mundo dos espiritos.

Pois todo este universo de comunicação com o Alem ou com a esfera celeste, seja por comunicação com mortos, seja por comunicaçao com espiritos divinos, é a propria esfera da actividade da necromancia. Quer certas religioes queiram ou nao, é isso que esta escrito nas sagradas escrituras.

Mediunidade e Possessão

A mediunidade é a capacidade de comunicaçao com entidades «nao-fisicas» ou espirituais.

Os chamados «mediuns» sao pessoas que tem a capacidade de mediunidade, ou seja, a capacidade de ser uma «ponte» entre este mundo, ( o mundo dos vivos, o mundo fisico), e o mundo do Alem, ( o mundo dos mortos, o mundo dos espiritos). Hoje em dia chamados «mediuns» pelas doutrinas espiritas, foram noutros chamados videntes, Xaman, ou serviram de sacerdotes em templos dedicados a Deuses, etc.

Existem 3 tipos de mediunidade ou de mediuns:

  • 1- mediuns fisicos
  • 2- mediuns mentais
  • 3- mediuns oniricos

O medium fisico, tem a capacidade de deixar uma entidade espiritual entrar dentro do seu corpo, sendo que essa entidade ocupa e toma conta do mesmo corpo. A esse fenomeno alguns chamam«encorporaçao», mas na verdade trata-se de uma forma de possessão. O fenomeno por vezes pode ser acompanhado pela perda de consciencia do medium, que perde o auto-controlo, ou seja, deixa de conseguir ter dominio sobre o seu proprio corpo e a sua propria mente, que ficam dessa forma sob o poder da entidade espiritual que possuiu. Assim, depois de terminar a possessao, esse tipo de medium raramente se lembra do que se passou enquanto esteve possuido pelo espirito. A todo este estado chama-se «transe», ou seja, é dito que o medium ao ser possuido por um espirito que toma conta do seu corpo, entra em «transe».

O medium mental, tem a capacidade de comunicar com os espiritos, contudo sem entrar em transe. Nestes casos a possessao do medium pelo espirito é menos intensa. O espirito fala igualmente atraves do corpo do medium, contudo o medium mantem perfeita lucidez e consciencia durante todo o processo. Nesta forma de comunicação com os espiritos, o medium acaba fazendo uso de certos recursos materiais que permitem a transmissao das mensagens que o espirito deseja transmitir: desde pedulos, a varas, a tabuas deOuijá, á psicogragia, etc.

Há por ultimo o medium onirico, pois tambem a mediunidade pode ser exercida atraves de mensagens facultadas atraves de sonhos ou visoes nocturnas. A todo este tipo de praticas mediunicas, denomina-se mediunidade onirica. Neste tipo de mediunidade, a pessoa recebe as mensagens de forma mental, contudo nao se encontra em total controlo de si mesmo porquanto se encontra dormindo ou num estado alterado de consciencia. Por assim ser, este tipo de mediunidade é em parte fisica e em parte mental, pelo que merece uma referencia distinta .

No entanto, seja qual for o tipo de mediunidade que se analise, toda esta pratica espiritual assenta no pressuposto do fenomeno de «possessao», pois de forma consciente ou insconsciente, de forma mais forte ou mais ligeira, a pessoa detentora desta capacidade é sempre possuida momentaneamente pelo espirito que fala atraves dela.

Os medius e os Videntes

quando falamos de videncia, há quem afirme que se trata de um falso titulo. Há quem afirme que na verdade não exitem «videntes» com a capacidade própria de ver coisas no passado, no presente ou no futuro, mas antes há pessoas com a capacidade de comunicar com o mundo espiritual e dele receber mensagens.

A diferença é enorme, pois assim se considera que ninguém tem «por si» e «em si» uma capacidade de «ver», mas antes que as pessoas podem ter na verdade a capacidade de serem , de uma forma ou de outra, «possuídos» por espiritos que transmitem mensagens aos vivos.

E quem o afirma, defende que na verdade, essas pessoas a quem se chamam «videntes», na realidades elas sao pessoas que tem a capacidade de receber, (consciente ou inconscientemente), comunicações vindas do mundo espirtual, mensagens de espiritos, que avisam sobre eventos passados , presentes ou futuros.

Se essa tese é verdadeira, então verdadeiro fundamento daquilo a que chamamos de videncia é na verdade uma capacidade necromantica, ou seja, a capacidade de comunicar com os mortos e com o mundo dos espiritos.

Mais uma vez, encontramos na Biblia provas deste facto.

Nos textos biblicos podemos entender que na verdade quando falamos de Videntes e Profetas, estamos falando no mesmo.

E também nos textos bíblicos do Antigo Testamento, são inúmeras as referencias a pessoas que, havendo nelas sido derramado o espírito de Deus, ou seja, sendo elas possuindas por um espírito de Deus, começaram a profetizar. Assim sucedeu nos tempos de Elias e Moises.

Também no Novo Testamento se lêem mais referencias a esta fenómeno, quando se observa que após a morte e ressureição de Jesus, os apostolos foram possuidos pelo Espirito Santo e começam assim a falar linguas e a transmitir grandes mensagens de sabedoria. Segundo os textos sagrados, nao eram os profetas que falavam por si, mas sim o espirito que os possuiu que falava pela boca deles.

Ora, torna-se claro que vidente, (ou profeta), é aquele é possuído por um espírito, sendo que esse espírito passa a actuar neste mundo através daquela pessoa. Torna-se assim evidente que os textos bíblicos nos referem claramente que as mensagens da vidência advém dos espíritos que possuem uma pessoa, ( o vidente, ou o profeta), e começam a falar pela sua boca.

A mediunidade, a possessão voluntária e necromancia, ( enquanto processo de contacto com os mortos ou com o mundo dos espíritos), são fenómenos que se encontram detalhadamente descritos nos Textos Bíblicos.

Houve ao longo dos tempos, um grande esforço que as autoridades eclesiasticas desenvolveram para manter o máximo silencio sobre tais praticas, e mesmo para impedir, ( pelo medo), que a espiritualidade fosse livremente exercida. E todo esse esforço resultou num infeliz filão de contradições incoerentes. Senão vejamos os seguintes exemplos dessas contradições:

Por exemplo:

  • 1- Os teólogos consideram um sinal de possessão demoníaca alguém que, após uma possessão espiritual, comece a falar línguas que desconhece, quando no entanto, o mesmo fenómeno aconteceu aos apóstolos quando esses foram possuídos pelo espírito santo. Como ficamos?
  • 2- As autoridades religiosas consideram a possessão um fenómeno demoníaco, e no entanto o próprio filho de Deus disse ser um corpo onde habitava o espírito santo e assim, alegou estar possuído pelo espírito de Deus.Ficamos em que pé?
  • 3- As autoridades teológicas condenam a pratica da comunicação com mortos, e no entanto o próprio filho de Deus comunicou com espíritos de profetas que ja tinham morrido.Como explicar?
  • 4- Os teólogos consideram um pecado praticar magia negra, ( leia-se: magia negra é a pratica espiritual que consiste em contactar e comunicar com demonios), contudo o próprio fundador da sua fé praticou-a, porquanto por mais de uma vez entrou em contacto, ( ou foi contactado), por demónios, sendo que o fez para diversos fins: desde expulsa-los de um corpo, a falar-lhes para lhe pedir que mantivessem a sua identidade divina em segredo, etc….Que concluir?
  • A autoridade eclesiastica defende que é um pecado invocar e falar com os mortos, pois dessa forma esta-se a pertubar o seu sagrado descanço. No entano, não parece ter sido pecado que Elias e Moises tenham sido chamados a este mundo para comunicar com um profeta. Ficamos em quê?
  • Os teólogos consideram pecaminoso o contacto com espiritos, no entanto os textos biblicos abundam de referencias relativas ao contacto directo entre anjos e pessoas. Sendo os anjos espiritos, como ficamos?

As contradições entre as verdades espirituais descritas na bíblia, e os discursos dos teólogos, são abismais, mas facilmente entendíveis.

Tais conotações negativas entre as praticas espirituais de contacto com os espíritos e assuntos demoníacos, foram lançadas especialmente impedir que as pessoas exercessem as artes místicas e praticassem livremente, fora do controlo da eclesiástico, as vias da espiritualidade. A dado momento, a instituição religiosa quis deter o monopólio sobre toda a actividade espiritual, alegando que apenas nela residia a capacidade de comungar e comunicar com a realidade espiritual.Segundo a instituição, o exclusivo do mundo espiritual parecia ser sua exclusiva propriedade, e tudo mais fora desse feudo teológico era pecaminoso e levava á condenação eterna.Estes foram os argumentos, e esta foi a inútil tentativa de tentar apoderar-se de algo que é tão eterno com a criação do universo, e que é a realidade espiritual.

Há quem seja mais ousado, e afirme que tais confusões foram lançadas para que as pessoas nao comunicassem com os espíritos e assim, nunca obtivessem conhecimento de certas verdades ocultas que as autoridades eclesiásticas desejam manter em segredo, pois podem tais conhecimentos podem fazer ruir os pilares das crenças que suportam a sua instituição.

No entanto, apesar dos esforços de certas autoridades religiosas, os espíritos não pararam de escolher os seus emissários neste mundo e a ligação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos mantém-se hoje tão firme e poderosa como sempre foi ao longo de toda a existência.

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Velas-talismãs-orações

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Sobre Velas, Talismãs e Orações

magia com velas7

Sobre os Talismãs objectos sagrados:

Um talismã, ( ou um objecto sagrado), é um objecto produzido e consagrado de acordo com certos procedimentos místicos, e que por isso possui determinadas propriedades espirituais. Consiste normalmente de uma fugira de pedra ou metal, que foi dedicada e consagrada a um poder espiritual.

Talismãs representando símbolos esotéricos e espirituais, ou figuras de personalidades santas, são usadas em processos de invocação de bênçãos e maldiçoes.

Podemos sobre tais objectos sagrados encontrar exemplo bíblico que atesta deste tipo de procedimento espiritual, assim como da sua natureza.

Moisés suplicou a Deus pelo povo. E Deus, respondeu-lhe: « Faz uma serpente venenosa e coloca-a sobre um poste. Quem for mordido [por uma serpente venenosa] e olhar para ela, ficará curado» Então Moisés fez uma serpente de bronze e colocou-a no alto de um poste. Quando alguem era mordido por uma serpente, olhava para a serpente de bronze e ficava curado

Números 21, 8-9

A serpente de bronze, ( um símbolo esotérico com propriedades espirituais sobrenaturais , ou seja: um talismã), atrai as forças celestiais do espírito de Deus, que naquele símbolo depositou ao seu poder protector.

A quem a fé não falte, simplesmente olhar para a serpente tem um efeito protector e milagrosamente curativo.

Pois talismãs, objectos e figuras sagradas operam na verdade dessa forma, tal e qual se encontra descrito na bíblia: eles são concebidos de forma a realizar o chamamento de uma certa força espiritual, ao mesmo tempo que indicando a essa entidade espiritual a finalidade a que se destina aquele símbolo.

O talismã ou o objecto sagrado, é por isso um receptáculo de uma certa força espiritual, ao mesmo tempo que um sinal indicativo do tipo de objectivo que se pede a essa força espiritual que produza na vida de uma pessoa. Assim, essa presença espiritual é por meio do talismã chamada a intervir e gerar uma certa influencia na vida de quem necessita que um certo fim de realize com recurso a um auxilio espiritual.

Sobre as Velas:

As velas representam o fogo, sendo que o fogo representa a manifestação de uma força espiritual neste mundo.

As mais fortes entidades espirituais,podem facilmente manifestar-se e residir momentaneamente no fogo, e disso temos prova nos textos Bíblicos:

O anjo de Deus apareceu a Moisés numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés prestou atenção: a sarça ardia, mas o fogo não se consumia

Êxodo 3, 2

Deus, nosso Deus mostrou-nos a suagloria e grandeza, e nos ouvimos a sua voz do meio do fogo 

Deuteronómio 5,24

No dia em que foi montado o santuário, a nuvem cobria o santuário (…) e desde o entardecer ate ao amanhecer, ela ficava sobre o santuário com aspecto de fogo (…) a nuvem cobria o santuário, tomando oaspecto de fogo 

Números 9,15-16

São inúmeros os exemplos descritos nas sagradas escrituras, segundo os quais o espírito de Deus, ou dos seus anjos, se manifesta na forma de fogo junto daqueles que o invocam.

Há quem afirme que as forças espirituais são consciências celestiais constituídas essencialmente de energias. O fogo, é em si uma frequência de energias libertadas e derivada da combustão. Por isso, certas teses alegam que é muito mais fácil a um espírito manifestar-se neste mundo físico em essências e frequências etéreas como energias, (fogo, energias electromagnéticas, etc), do que em corpos sólidos, onde tem de realizar um processo invasivo de incorporação.

Seja como for, uma vela, se adequadamente consagrada, (oferecida e  dedicada a uma entidade espiritual), é o mais adequado instrumento por via do qual uma força espiritual invocada se poderá facilmente manifestar, residindo momentaneamente junto de quem esta operando processos místicos.

Dai, a importância das velas nos rituais esotéricos e religiosos.

 

Sobre as Orações:

O que é uma oração?

A resposta para essa questão, encontra-se esclarecida da forma mais simples possível na

s escrituras, onde se pode ler:

«Chama por mim, que eu te responderei»

Jeremias 33,3

Pelas escrituras, ficamos a saber que uma oração é algo tão simples, e ao mesmo tempo tão complexo, como: ela é o maior meio de chamamento de um espírito.

Usada da forma certa, a oração é por isso a chave que abre portas ao mundo do espírito, a Deus e a todo o poder das bênçãos e maldições do Senhor e dos seus santos.

Sabemos que Deus é um espírito, (S.João IV,XXIV), e sabemos por isso , ( de acordo com as escrituras), que a oração é o mais forte instrumento de apelo e comunicação com os espíritos, sejam eles espírito de Deus, ou espíritos dos santos de Deus.

Sobre a oração, os evangelhos dizem-nos o seguinte:

«(…) Eu vos garanto: se tiverdes  do tamanho de um grão de mostarda, podereis dizer a esta montanha:”Vaipara acolá”, e ela irá. E nada vos será impossível. Só a oração pode expulsar este tipo de demónio»

Mateus 17,20-21

Assim revela-se neste saber descrito por São Mateus,  que:

1- A oração é um dos mais poderosos meios de contacto com o mundo espiritual

2- Se pela oração, é até possível comandar demónios a fazer o que desejamos, então por ela tudo é possível estabelecer através de Deus e dos santos de Deus

3- A fé é imprescindível quando procuramos a ajuda dos espíritos, seja o espírito de Deus, seja o espírito de um santo de Deus. Sem fé, os espíritos dos santos não nos respondem. Porem com, os espíritos dos santos não apenas responderão, como edificarão o que lhes é pedido. Assim, a  empregue na oração, é a chave que abre a porta a Deus e aos espíritos dos santos do Senhor. Sem essa chave, nada acontece. Com essa chave,( ensina-nos o testemunho de São Mateus),  tudo é possível.

 

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Altar de São Cipriano

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São Cipriano – segredos de São Cipriano

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São Cipriano – segredos de São Cipriano

São Cipriano: segredos de são Cipriano

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Muitos perguntam:

Mas como se pode estar falando de magia branca e magia negra quando se está falando de Deus?

Pois quando a são Cipriano, eis que no seu ensinamento e conforme o seu ensinamento, assim se pode ler na obra de são Cipriano:

eu, da parte de Deus Omnipotente mando ao demónio que me apareça aqui, (…) sob pena de obediência e preceitos superiores. Eu, pelo poder da magica negra liberal, mando-te, demónio ou Lúcifer, ou Satanás ou Barrabás, que te metas no corpo dessa pessoa

Obra de são Cipriano, versando sobre «Autentico tesouro da magia branca e da magia negra ou segredo da feitiçaria», capitulo 4º, outra mágica do gato preto, Pag 233

Então:

Não escreveu o santo: «da parte de Deus comando o demónio»?

Pois então, assim se sabe:

Tudo esta sob o poder de Deus, e por isso seja em magia branca ou em magia negra eis que Deus é dono e Senhor seja de anjos, seja de demónios, seja de aparições, seja de almas, pois que Deus é Senhor de todos os espíritos, e a magia é coisa do espírito.

E assim sendo:

Não há obra de magia nem do espírito que possa dar fruto se Deus não consentir, e por isso toda a feitura de toda obra de magia e do espírito para ter sucesso tem de ser apelada a Deus conforme os mais superiores preceitos.

Por isso, quando muitos dizem:

Mas vocês falam de Deus e de santos e depois praticam magia negra?

Então:

Cuidai que assim está escrito na obra de são Cipriano:

Este é preceito que não deixa o demónio aparecer-nos, só sendo obrigados por Deus e por todos os santos

Obra de são Cipriano, versando sobre «Poderes Ocultos», capítulo 15º, Pag 192

Pois então:

Apenas os santos tem o poder de comandar ate mesmo ao demónio, e O Único com poder para ordenar e obrigar aos espíritos infernais é Deus.

E por isso:

A mais portentosa magia negra apenas dará fruto se for clamada aos santo, e a mais valorosa magia negra apenas resultará se for por Deus aceite e outorgada, pois que apenas Deus e os santos tem poder irrevogável e inapelável sobre tais forças espirituais.

Pois por isso – justamente – e assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Para o bom êxito, é conveniente que tudo seja feito com o pensamento em Deus

Obra de são Cipriano, forças e poderes ocultos, o poder da cabeça de víbora, capitulo 24, Pag 317

Pois assim ensinou são Cipriano:

Seja magia branca ou negra, toda ela deve ser feita com o pensamento em Deus, pois que apenas com Deus é que a magia negra ou branca dará fruto, e sem Deus nenhuma magia dará fruto.

E por isso:

a chave da magia em são Cipriano é Deus, e é por isso nesse caminho que operamos conforme são Cipriano ensinou.

E assim sendo:

Quando se opera na preta linha da magia negra deste caminho de santo, eis que tudo é feito com o pensamento nos santos, e tudo é oficiado clamando e Deus e observando aos preceitos da Lei da Palavra de Deus, pois que esse é o caminho que são Cipriano ensinou para a boa feitura de qualquer obra do espírito.

Pois por isso – justamente – assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, para não se exporem ás maldições do Criador, isso, porque havemos de notar que tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

Pois então:

Assim ensinou são Cipriano que toda a magia, seja branca ou seja negra, toda ela deve ser realizada apelando ao poder superior de Deus, porquanto tanto anjos como demónios e demais espíritos e aparições apenas operarão as suas obras se Deus quiser e deferir, e por isso apenas  o Altíssimo pode garantir o sucesso de uma magia, assim como apenas o Senhor pode invalidar qualquer intento de artes magicas, e por isso:

tudo o que é feito nas artes magicas de são Cipriano, ( sejam na magia branca, ou seja na magia negra), tudo é sempre feito em nome de Deus, como o coração em Deus, e guiados pela Palavra de Deus, pois que esse é o único caminho que permite aos frutos do espírito florescer e frutificar.

Pois por isso, assim se pode ler na obra de são Cipriano

são Cipriano (…) disse: «(…) quem é que tem mais poder mais poder do que Deus? Ainda hoje me lembro quando um dia eu mandei cair fogo do céu á terra pelo poder Lúcifer, e uma mulher só com dizer – Jesus!- cessou o fogo de cair. Grande é o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Obra de são Cipriano, versando sobre «Poderes Ocultos», Capítulo 5º,  Pag 180

Pois assim sendo:

Ate mesmo o mais magnífico dos anjos obedece a Deus, e ate mesmo o mais poderoso dos espíritos se submete ao poder Deus, e por isso ensinou são Cipriano que com Deus toda a magia dará fruto de portento, e porem sem Deus eis que nenhuma magia resultará, e por isso:

é com o pensamento em Deus que se deve operar em toda a magia, pois que sendo branca ou negra toda ela dará resultado se Deus consentir, e porem sem Deus nenhuma obra do espírito é possível edificar, pois que Deus é o Senhor de todos os espíritos, e sem Deus não existe prodígio no espírito.

Pois então:

Foi assim que são Cipriano ensinou, e é por isso assim que estes irmãos anunciam ao mundo.

Pergunta você:

Mas Deus autoriza isto? Mas vocês estão falando do diabo e de Deus? Como isso é possível?

Respondemos:

Até o diabo está sob o poder de Deus, e por isso seja magia branca ou magia negra eis que tudo está sob o domínio de Deus, e isso mesmo ensinou são Cipriano, pois que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

«(…) Disse o demónio –  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

Pois assim se sabe:

Todo o tipo de espíritos estão sob o comando de Deus, e por isso seja na magia branca ou na magia negra eis que com Deus todos os prodígios são possíveis, e  porem sem Deus não há prodígio de magia que seja possível.

E por isso mesmo – justamente – também assim diz a obra de são Cipriano:

Não vos digo que não façais pacto com ele,  mas logo que tenhais conseguido o vosso intento, armai-vos de agua benta e lançai-vos nos braços da Santa Igreja

Obra de são Cipriano, Enguerimanços de são Cipriano, capítulo 14, Pag 268

Pois então:

Não vale a pena perder-vos especulando aquilo que apenas a Deus cabe saber, e por isso deixai nas mãos de Deus aquilo que é de Deus, pois Deus é espírito e Deus é misterioso, e por isso quem é o homem para saber aquilo que Deus sabe?, e quem é o homem para condenar e julgar a outrem, se apenas a Deus pertence saber e julgar?

Pois então:

Assim ensina são Cipriano:

Podereis fazer uso seja de artes brancas ou negras, desde que vos submeteis sempre a Deus, e desde que no final vos entregueis sempre a Deus, pois que Deus é O Senhor, e assim fazendo-se então trilhareis sempre em bom caminho

    E porem:

Feito com o ensinamento secreto de santo é infalível, e usando de forma leviana ou desconhecedora do segredo de são Cipriano, então acaba dando em nada ou ate mesmo fazendo ricochete no seu pedido.

Pois por isso:

Quando for para lidar em trabalho de tamanho portento, então chamai aqueles que sabem o saber de são Cipriano, pois que não é ensinamento que se possa lidar com leveza nem desconhecimento.

Assim sendo, olhai que assim diz o ensinamento de são Cipriano:

  1. Cipriano, propositadamente, tornava as suas mágicas bem difíceis de preparar, a fim de evitar que caíssem na mão de pessoas ignorantes, ou mal intencionadas

Obra e vida de são Cipriano extraída conforme os ancestrais escritos históricos do Flos Sanctorum, Pag 48

Pois então:

Ensinamento de santo é ensinamento a uns reservado, para que outros dele possam colher bom fruto.

Assim sendo:

Assim fazendo eis que aquele que procura então bom fruto encontrará, e aquele que trabalha então boa obra edificará.

Trabalho de são Cipriano –

 trabalho edificado á distância e por correspondência

Olhai que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

eu mesmo vi uma colecção de centena de cartas de agradecimentos que um feiticeiro havia recebido por ter expulso espíritos que perturbavam os habitantes de casas e currais; por haver livrado de feitiços homens e bichos, por haver curado todas as enfermidades imagináveis

O antigo livro de são Cipriano, Pag 13

Pois então:

a missão do «médico» é dar «remédios» contra as «doenças» do «corpo», e a missão de «são Cipriano» é dar «remédios» contra as «doenças» do «espírito», do «amor», das «riquezas», e da «vida.

E assim sendo:

Cumprindo este mandamento eis que assim trabalha o altar de são Cipriano nos remédios e trabalhos de são Cipriano, e eis que assim o altar trabalha por correspondência – neste caso eletrónica – tal como em tempos antigos muitos feiticeiros trabalhavam por correspondência no papel escrito, pois acaso não está escrito no ensinamento de são Cipriano: « eu mesmo vi uma colecção de centena de cartas de agradecimentos que um feiticeiro havia recebido»?

Então:

Trabalhar por correspondência é um dos muito nobres caminhos da feitiçaria que são Cipriano ensina e recomenda.

Pois por isso:

Assim no altar de são Cipriano nesse caminho se trilha e nesse caminho se trabalha para edificar os prodígios do santo, pois que são prodígios seculares, comprovados e assegurados.

Matérias naturais, usadas na preparação de filtros.

Nisto olhai, que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Há muito mistério por trás da simplicidade desta receita

Obra e vida de são Cipriano conforme manuscritos do milenar «Flos Sanctorum», versando sobre «magia para segurar marido», Pag 43

Pois assim sendo:

No remédio de são Cipriano existe uma parte que o santo explica, e porem:

Existe também por detrás uma parte que é segredo e é mistério que apenas ao entendedor cabe entender, pois que é o segredo e é o mistério do santo que garante a feitura garantida do trabalho do santo.

Então:

O que parece fácil não é, e aquilo que o desconhecedor desconhece então não deve ser lidado com desconhecimento para não ir causar pioria que melhoria.

Assim sendo:

Entregai no altar de santo aquilo que é de santo, se de santo se procura o bom e o acertado resultado.

Mais assim se diz:

O livro de são Cipriano pretende ser abençoado, e ele não deve ser praticado por desconhecedores dos segredos do espirito, pois que ali está escrito:

é preciso declarar que não expomos estas receitas diabólicas para que os leitores as pratiquem; deixamo-las aqui porque entendemos ser de utilidade saber-se de tudo quanto é bom e mau (…)alimentamos a esperança que Deus abençoará o nosso livro

Obra de são Cipriano, pag 236

Pois assim se sabe:

As receitas de são Cipriano podem ser por todos lidas, e porem nem por todos devem ser praticadas, pois que não devem aqueles que desconhecem ao segredo dos ensinamentos ocultos de são Cipriano ir meter a mão naquilo que desconhecendo então apenas lhes poderá causar gravoso mal, tanto para si mesmos como para outrem.

E porem também assim sabemos:

O livro de são Cipriano é livro e obra feita sempre clamando para ser abençoada por Deus

Água benta:

Parece simples, e porem não é.

Então:

Há muito mistério por detrás da simplicidade do saber de são Cipriano

Eis que assim se afirma:

Mesmo lendo ao livro de são Cipriano, eis que se fica sabendo que a magia tem segredos, e o segredo é a chave do prodígio, e o segredo deve ser sempre conservado em segredo.

Pois por isso, eis que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Há muito mistério por trás da simplicidade desta receita

Obra e vida de são Cipriano conforme manuscritos do milenar «Flos Sanctorum», versando sobre «magia para segurar marido», Pag 43

Pois assim sendo:

No remédio de são Cipriano existe uma parte que o santo explica, e porem existe também por detrás uma parte que é mistério que apenas ao entendedor cabe entender, pois que é o mistério do santo que garante a feitura garantida do trabalho do santo, e é o mistério do santo que assegura o prodígio e o portento do santo.

Pois então:

Muito daquilo que são Cipriano escreve no seu livro, ele escreve codificadamente para que aquele que desconhece aos mistérios do espírito não vá meter a sua mão naquilo que desconhece, pois que apenas aquele que do espirito conhece o ensinamento então no ensinamento deve lidar.

Pois então:

Olhai que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

«Todos os grandes magos, inclusive Jesus, o Cristo, ocultavam a verdade sob parábolas (…) faziam-no propositadamente e, por isso, Jesus costumada dizer:

«Ouçam os que tem ouvidos para ouvir», isto é, «entendam-me os que tem capacidade para me entender», pois os outros não devem mexer com coisas que desconhecem. 

Obra e vida de são Cipriano conforme manuscritos do milenar «Flos Sanctorum», pagina 35-36

Pois assim sendo:

O erro mais comum do observador inexperiente ou desconhecedor das artes do espírito e das obras de são Cipriano, é ir ler aquilo que está escrito «á letra», sem entender que a letra daquilo que está escrito não deve ser lido «á letra» mas sim á luz de um certo saber oculto e espiritual, pois que se está falando de realidades espirituais que devem ser olhadas aos olhos do espírito, e não aos olhos da compreensão mundana.

Por isso mesmo:

Poucos são aqueles que conseguem verdadeiramente extrair dos manuscritos o verdadeiro sentido da feitura das magias, e por vezes nem mesmo entendem para que na verdade certas magias servem.

Pois por isso mais uma vez se afirma:

Mesmo lendo ao livro de são Cipriano, eis que se fica sabendo que a magia tem segredos, e que não deve aquele que desconhece a chave do segredo ir meter a mao naquilo que não conhece, pois isso ao invés de trazer benefício acabará apenas trazendo incomodo, perda e desagrado.

Então:

Quando for para lidar com tais potências e poderes, então entregai na mão daqueles que com tais fórmulas e ensinamentos sabem lidar, pois que apenas assim se garante prodígio de santo

.

Quanto a magia e ao fenómeno magico, eis que assim se pode ler na obra de são Cipriano:

a magia é a arte de submeter as POTENCIAS DA NATUREZA á vontade humana. Entre essas potências há entidades invisíveis, espíritos, génios, evocados mediante fórmulas, orações, encantamentos, talismãs pentáculos, filtros e agentes naturais. (…)

a arte da magia tem de se apoiar na ciência ou no conhecimento não somente da natureza das entidades, como também das PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS NATURAIS.

Obra de são Cipriano, capitulo Magia, Pag 222

Assim se sabe:

a natureza está repleta de espíritos e forças espirituais que respondem á sua invocação através de certas fórmulas e elementos naturais.

Então:

Trabalhando nessas formulas como o ensinamento certo, eis que do ensinamento se assegura resultado assegurado.

Mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

Os verdadeiros e eficazes «remédios» são os de que usa a igreja, e estes são:

o sinal da cruz; a invocação dos santíssimos nomes de Jesus e Maria; os exorcismos; os jejuns; as orações; as esconjurações; as relíquias de santos; a bênção das casas; aspersões de água benta

Obra de são Cipriano; Remédios contra os espíritos; Pag 272

Pois então, eis que ensina o santo que há «remédios» «medicinais» para os males do «corpo», ( osremédios da medicina), e os «remédios» «espirituais» para os males do «espírito»  e da «vida», ( os remédios do oculto e do místico).

Pois assim sendo:

A missão do médico é dar os remédios que curam os males do corpo, e a missão de são Cipriano é dar os remédios que curam os males do espírito e os males da vida.

Pois então:

Conforme a missão do médico é administrar o remédio químico ao paciente, pois já a nossa missão é administrar os remédios do espírito, que são os remédios de abençoar ou amaldiçoar em são Cipriano, pois que esses são os remédios espirituais do santo para as doenças do amor, da sorte, das fortunas, das desventuras e da vida em geral.

Então:

Quem quer – de verdade – alcançar cura nas enfermidades e moléstias que afetam a vida – seja no amor, seja na prosperidade, seja seja na sorte, ou seja em que assunto for – então recorrei-vos dos verdadeiros e únicos remédios que com portento e de verdade podem dar solução e resolução assegurada no vosso assunto, e eis que esse são – sem sobra de duvida – os remédios e os trabalhos de são Cipriano.

Alguns mistérios são Cipriano

4 mistérios de são Cipriano

1-    Cipriano fez pacto com Lúcifer

Assim está escrito na obra de são Cipriano:

Eu, respondeu Lúcifer, aposso-me de Cipriano já que já morreu e ele é meu, em corpo e alma. Assim o temos ajustado

Obra de são Cipriano, Capitulo «são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, ficando são Gregório vencedor e são Cipriano derrotado», Pag 295

Mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

– (…) Respondeu Cipriano, não sabes que pertenço a Lúcifer, porque firmei pacto com ele, e por isso não posso entrar no céu, onde só entram (…)  aqueles que não seguem o caminho do inferno? Então retira-te da minha vista, quando não, usarei dos meus poderes e das minhas artes diabólicas

Obra de são Cipriano, Capitulo «são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, ficando são Gregório vencedor e são Cipriano derrotado», Pag 295

Pois assim sebe:

Cipriano tinha pacto com Lúcifer, e esse pacto é de corpo e alma, e dá poderes e artes infernais.

2-    são Cipriano foi salvo e resgatado por Deus do seu acordo demoníaco.

Embora são Cipriano tenha feito pacto com o demónio, porem dele o santo se livrou para ser um servo de Deus, pois que assim está escrito na obra de são Cipriano:

Dizia são Cipriano, num capítulo de seu livro, que numa sexta-feira, passando por lugar deserto, viu tantos fantasmas em volta de si, que tremeu de susto, e perdeu todas as forças para lhes poder resistir, porem os fantasmas eram bruxas que se queriam salvas.

Logo se chegou uma delas a Cipriano, e disse:

– Salva-nos (…)

– Como vos hei-de salvar?

– Como te salvaste tu, infame?

(…) Cipriano viu diante dele 14 bruxas (…) todas escravas de Lúcifer (…)

– Que desejas? – Perguntou Cipriano

– Queremos salvar-nos, e sermos como tu, escravas do Senhor – Responderam elasem coro

Obra de são Cipriano, versando sobre «Poderes Ocultos», capítulo 11º, Pag 184-185

Pois assim se sabe:

As bruxas são escravas de Lúcifer, e porem elas também podem ser escravas do Senhor se assim quiserem e forem salvas conforme são Cipriano o foi.

3-    são Cipriano se fez passar por clérigo – no seu caso por bispo – para poder praticar as suas artes sem impedimento

Ai! Ai!– disse o pastor – serás porventura o bispo de Cartagena, ou serás Cipriano, o feiticeiro?

Cipriano ouvindo estas palavras, disse para o pastor:

Sossega, sossega, pastor, que não sou o feiticeiro, mas o bispo de Cartagena.

(…)

– Segundo a nossa doutrina – disse no fim o falso bispo – perdoados estão os teus pecados (…) no fim da confissão, são Cipriano, fingindo-se bispo disse ao pastor

pag 288

São Cipriano fez-se passar por clérigo, para ganhar a confiança dos gentios, e assim poder operar as suas maravilhas, fossem de Deus, fossem do Oculto.

4-    O mistério de são Cipriano sobre os dois  deuses

Assim se pode ler na obra de são Cipriano:

o teu Deus é antigo o Rei dos Céus, e eu sou o rei dos infernos. Ele dá a lei aos seus vassalos, e eu dou-a aos meus

Obra de são Cipriano, Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do diabo, capitulo 7º, pag 260

Então: aqui se afirma que existem dois deuses, um deus do céu em um deus do inferno, ou seja, um deus do sol e um deus da lua e dos demais astros obscuros.

Mais assim se pode ler na obra de são Cipriano:

O deus que tu adoras é Lúcifer, e o que eu adoro é um Deus poderoso que criou o Céu e a Terra e tudo mais que o sol domina

Os mistérios da feitiçaria, são Cipriano e são Gregório tiveram um encontro no qual disputaram acerca da fé católica, pag 294

Então: o deus de são Cipriano é um deus, e disso não há dúvida, pois que até mesmo são Gregório o reconhece e o aceita, dizendo a são Cipriano: «o deus que tu adoras é Lucifer».

Já porem:

a questão é que o deus que são Cipriano adora quando diz que crê em Deus, poderá não ser o Deus dos cristãos, que é o Deus que tudo criou e que é o Deus do Céu e do Sol, mas antes é o Deus que domina sobre a lua, sobre os espíritos e sobre a magia, ao contrário do Deus que tudo criou e que é o Deus que – segundo são Gregório – domina sobre o Sol, ou seja, é o Deus da luz, e da Criação.

Assim sendo:

Quando são Cipriano diz crer e adorar a Deus, eis que se coloca um mistério:

ele está-se referindo ao Deus do Sol? – aquelede que fala são Gregório – ou ao Deus das trevas, da lua, dos mistérios do espirito e da feitiçaria?

Eis mistério que tem deixado muitos seculos de debates acalorados entre aquele que defendem que são Cipriano é mártir do Deus cristão, e outros que professam que são Cipriano é mártir de Deus, e porem não do mesmo Deus que os cristãos, ou seja, de um outro Deus, o segundo Deus.

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São Cipriano – O Mago dos magos

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São Cipriano – O Mago dos magos

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São Cipriano

O Mago dos Magos, o santo de Deus

Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia.

Antioquia era uma cidade antiga erguida na margem esquerda do rio Orontes, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seitareligiosa,  Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também aqui que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.

Historicamente, há quem defenda que São Cipriano Bispo de Cartago, ( Cartago, o coração do grande império fenício que existiu no Norte de Africa e que rivalizou com o império romano pelo controlo do mediterrâneo) e são Cipriano de Antioquia,( de cognome «o feiticeiro», ou «o mago dos magos»), nascido na cidade que existiu na zona entre Turquia e Síria, e que era chama «a mais bela cidade do oriente», são figuras históricas totalmente distintas. Ao contrario, muitas outras fontes afirmam que São Cipriano o Bispo de Cartago, e São Cipriano «o Feiticeiro», se tratam da mesma figura histórica, sendo que por motivos de ocultação da vida pecaminosa de São Cipriano antes da sua conversão, se procurou criar a ideia que o São Cipriano santificado era uma figura totalmente distinta do São Cipriano o bruxo, assim retirando de São Cipriano o Bispo e o Santo, a pesada macula de todos os seus anteriores pecados. São teses históricas, umas mais defensáveis que outras, mas que de qualquer das formas são unânimes em confirmar a existência de São Cipriano. Cremos pessoalmente, que tal como afirmam as mais ilustres obras que versam sobre São Cipriano, que Cipriano o Bispo de Cartago, e Cipriano o Bruxo, são a mesma pessoa.

Muitos perguntam: e porque é que acreditam nisso dessa forma? Respondemos sempre: porque não somos historiadores mas sim homens de fé!, e por isso acreditamos em são Cipriano não na perspectiva de historiadores nem de cientistas, mas sim  na perspectiva da fé!, da mesma forma que quem acredita em Jesus falá-lo-á não numa perspectiva da precisão histórica nem cientifica, mas sim na perspectiva da fé! È como a arte sacra que vemos nas igrejas, ou seja: essa arte não foi concebida para ser um retrato cientificamente preciso, mas sim para ser um ícone inspirador de fé! Não se pode por isso olhar para o tecto da capela Sistina como quem olha para um compêndio de ciências históricas!, pois aquela obra é suposto ser um ícone inspirador de fé!, e não um tratado de antropologia nem de física quântica!

Isto explicado:

Quanto a São Cipriano de Antioquia, o bruxo e santo:

Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por “Antioquia, a bela”, ou a “rainha do Oriente”, ( talera a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante), a população era maioritariamente romano -helénica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem eram famosas nesta cidade.

Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu, havendo sido admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos.

Filho de Edeso, ( pai), e Cledónia , ( mãe), Cipriano nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos. Assim, Cipriano dedicou a sua vida ao estudo das ciências ocultas, sendo que ficou conhecido pelo epíteto de o «feiticeiro». Cipriano alcançou grande fama e o seu nome foi reconhecido enquanto um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.

Cipriano nasceu em 250 d.C. Era descendente de uma prospera família e  filho de pais abastados e crentes das divindades pagas , que cedo o entregaram ao sacerdócio de Deuses.

Cipriano entrou assim em contacto com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, numerologia, etc.

são Cipriano - o mago dos magos

Cipriano é por isso conhecido pelo «mago da fenícia», ou o grande mago «fenício», pois que é nas artes da magia fenícia que Cipriano é instruído, e são essas artes de magia fenícia que são ministradas a Cipriano, ou seja, Cipriano fica desde jovem conhecedor dos segredos do culto aos Deuses fenícios conforme eles eram ministrados nos templos pagãos da Fenícia, templos esses a quem até Salomão havia prestado culto e aprendido com os seus segredos ocultos.

Cipriano não se limita aos seus estudos no sacerdócio de magia fenícia, e desejando aprofundar os seus estudos ocultos,viaja pelo Egipto e pela Grécia, angariando conhecimento com vários mestres e sacerdotes místicos; Cipriano estuda desde as mais ancestrais técnicas astrológicas, á numerologia hebraica, e demais artes místicas e mistérios sacrificiais.

A sede de conhecimento místico de Cipriano era insaciável, e por isso contam-se historias lendárias de como ainda sendo bruxo, Cipriano – não hesitando em fazer o que quer que fosse para aprender segredos místicos – Cipriano fez-se passar por clérigo para obter conseguir obter segredos mágicos de fieis tementes a Deus, numa sede imparável por saber oculto que não se refreava diante de nada para aprofundar o saber místico.

Cipriano é conhecido no seu tempo como o «mago da fenícia», ou «o grande mago fenício». O império fenício era um império essencialmente de natureza marítima e comercial, sendo que os fenícios eram os maiores e mais prósperos comerciantes do seu tempo. O império fenício expandiu-se em rotas comerciais que vão desde a antiga Canaã – nas zonas litorais do Líbano, Síria e norte de Israel – mais para norte – até Chipre e Turquia – e mais a sul por toda a costa mediterrânica, passando pelo litoral Egípcio, por Cartago, pela Itália, pela Grécia, por Marrocos, estendendo-se até á península hibérnica. O alfabeto fonético fenício é considerado o ancestral de todos os alfabetos modernos, assim se demonstrando o grau de elevação cultural deste povo. A civilização fenícia – tal como a Canaanita – era conhecedora de grande e profundos conhecimentos esotéricos, religiosos e místicos, sendo as mais conhecidas das suas cidades aquelas mencionadas na Bíblia, ou seja: Tiro, Sídon e Biblos. Os deuses fenícios foram adorados também pelo rei hebraico Salomão, que se diz ter ficado – tal como Cipriano – detentor dos seus segredos, e assim ter sido o mais próspero rei do seu tempo. Serve isto para explicar o meio histórico e religioso em que Cipriano viveu, e que lhe permitiu ter acesso aos grandes segredos místicos dos Fenícios, dos seus deuses e das suas práticas esotéricas e religiosas.

Por volta dos seus 30 anos, Cipriano encontra-se estabelecido na Babilónia, já depois de ter feito uma imensa peregrinação que o levou a passar pelo Egipto.

Nessa peregrinação em busca de sabedorias espirituais, Cipriano também viajou através das rotas comerciais fenícias,(que se estendiam do mar mediterrânico ao atlântico sul),  passando assim por importantes cidades e centros de conhecimento. Foi por isso mesmo que – dizem as lendas – Cipriano acabou por fazer uma passagem pela península ibérica, ( onde agora fica Portugal e Espanha), e onde Cipriano conheceu a bruxa Évora.

Estudando com ela, Cipriano desenvolve as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus.

Após o falecimento da Bruxa Évora, Cipriano herda os manuscritos esotéricos da Bruxa Évora, dos quais extrai muita da sua sabedoria oculta.

Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra, contactando demónios.

Diz-se que se tornou amigo íntimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.

Com os poderes infernais que lhe advinham que dialogar directamente com os demónio e pedir-lhes a concretização de favores, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama,  produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprecedível reputação de grande feiticeiro ou mago.

Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis.  São Cipriano viveu assim uma vida de bruxarias e riquezas, sendo que dizem certas lendas que São Cipriano foi dono de um fabuloso tesouro, onde se encontravam tanto os seus manuscritos secretos sobre assuntos místicos e bruxaria, como uma fortuna financeira incalculável, adquirida através do exercício das suas artes esotéricas.

Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos, e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido, quando foi contactado por um rapaz de nome «Aglaide», ( ou Adelaide).

O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela Cristã de nome Justina.

Aglaide tinha encontrado o consentimento dos pais de Justina quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza, oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo, Justina recusou-se casar.

São Cipriano, vida e obra

Desgostoso mas com forte determinação em possuir Justine, Adelaide encomendou os serviços de Cipriano, o «mago dos magos», grande estudioso e sabedor dos conhecimentos do oculto.

Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, levando-a a abrir-se  e oferecer-se a Aglaide, ao passo que renunciando á sua fé Cristã.

Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, e contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito.

Para espanto de Cipriano, todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações

Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim a leva-las a entrar pelos caminhos da luxúria, conquistando-as para si mesmo, ( a favor do diabo, a quem com a perversão lhes vendia as almas ), ou para as abrir a quem lhe encomendava os serviços de feitiçaria, Cipriano não consegue entender o que se estava a passar.

Ele encontrou muitas dificuldades, sendo que pediu ao demónio que perseguisse a jovem e bela Justina, ora lançando-lhe forte tentação e inflamando-a se desejo carnal, ora atormentando-a com visões e aparições, ora tentando-a vergar com todo um ardil diabólico, que ia de doenças, a todo o tipo de enfermidade. Noite após noite, a pedido de Cipriano, o demónio  visitava a jovem Justina com a sua infernal quantidade de seduções e castigos. Nada resultou.

Cipriano ficou desgostoso com o sucedido, e na altura não compreendeu porque é que as suas artes místicas que ate então tinham sempre funcionado tão forte e infalivelmente, porem agora viram-se derrotadas por uma mera donzela com fé em Deus e em Cristo, embora isso explicaremos mais adiante!

Aconselhado por Eusébio, ( um amigo seu), e observando o poder da fé de Justine, Cipriano concerteu-se ao Cristianismo.

Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu grande parte das suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como  ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.

Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente atormentado por espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas o pretendiam reconduzir aos caminhos da feitiçaria.

Cipriano viveu uma vida de castidade e virtude, vindo a ser ordenado sacerdote, e mais tarde alcançado a posição de Bispo de Cartagena.

A fama de Cipriano era contudo grande e as notícias da sua conversão ao cristianismo chegaram á corte do Imperador Diocleciano que á data tinha fixado residência na Nicomédia.

Cipriano e Justina foram perseguidos, aprisionados e lavados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar a sua fé. Naquele tempo, muitas das perseguições contra os cristãos visavam fazer os fiéis abjurar, ou seja, renunciar á fé em Cristo. A esses cristãos, cuja a vida era poupada, chamavam-se: lapsi 

Consta que Justina e Cipriano, foram por isso violentamente torturados, na tentativa de os levar á «abjuração».

Justina foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de pentes de ferro.

Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não renegou a sua fé, e Justina manteve-se sofredoramente fiel a Deus.

Conta a lenda, que outros grandes tormentos foram infligidos a Cipriano e Justina, sendo que ambos saíram ilesos, por obra de um milagre de Deus.

Perante a recusa de Cipriano e Justina em renunciar á sua fé, e enraivecido perante o milagre que teimava em salvar Cipriano e Justina das torturas, o imperador ordenou a sua condenação á morte.

Cipriano e Justina foram decapitados a 26 de Setembro de 304 d.C, juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade.

Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Um grupo de cristãos comovidos pela barbaridade, recolheu-os.

Mais tarde, o imperador Cristão Constantino, (272 – 337 d.C. ), ouviu falar de São Cipriano.

O imperador Constatino foi o primeiro imperador Romano a confirmar o cristianismo como religião oficial. Diz a lenda que na noite antes de uma batalha decisiva ás portas de Roma, o imperador sonhou com uma cruz e ouviu uma voz que lhe disse:«sob este símbolo vencerás».

Constantino interpretou o sonho como uma mensagem de Deus, e de facto venceu a batalha e conquistou o mais alto cargo de poder do império romano. Governou o império ate morrer.

Foi Constantino que convocou o concilio de Niceia, onde se fixou a data da Páscoa crista, assim como se decidiu sobre a natureza divina de Jesus. Foi também Constantino que através do Èdito de Constantino, fixou o domingo como dia de descanso cristão, o correspondente ao Sabbath judaico.

Constantino ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada na praça com o mesmo nome em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa. A basílica de São João de Latrão, (Archibasilica Sanctissimi Salvatoris), é a «mãe» de todas as igrejas, aquela na qual o Santo Padre exerce o seu mais alto oficio divino.

sao cipriano

A Basílica de São João de Latrão encontra-se localizada na praça de mesmo nome em Roma e é a Catedral do Bispo de Roma: o Papa. O seu nome oficial é «Arquibasílica do Santíssimo Salvador»,  e é considerada a “mãe” de todas as igrejas do mundo.

Foi na «Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput», ( mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo), que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.

Muitos dizem:

Na verdade Cipriano apenas se converteu a Deus para se livrar do falhanço das suas artes no caso de Justina.

A esses respondemos:

é verdade que as suas artes falharam com Justina, e que isso muito desiludiu o santo.

E porem:

as artes do santo falharam APENAS com Justina!, porque ela era uma santa destinada á santidade – conforme o acabou sendo – mas resultaram com Clotilde, com Adelaide , com Elvira, e com tantas outras centenas de casos historicamente documentados.

Então:

o santo não se entregou aos caminhos de Deus por hipocrisia, mas sim por ter entendido que Deus é o Senhor de todas as obras do espirito, e por isso Cipriano entendeu que com Deus todas as artes e caminhos do espirito são possíveis, e porem sem Deus não há nada que neste mundo possa vencer nem prevalecer.

Por isso se afirma:

Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino á vida humana no maior esplendor da sua existência, assim como toda a vida de são Cipriano é uma vida inteiramente dedicada ás obras do espirito e ao mistério da paixão pelos caminhos do espirito, e por isso olhai:

do Diabo a Deus, dos anjos aos demónios, da feitiçaria é fé crista, da magia negra á magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu.

Do pecado á virtude, da luxúria á santidade, da riqueza á pobreza, do poder á martirização, se alguém é digno de um percurso existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.

Controverso e polémico, em São Cipriano a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais, ( do mais profano excesso,  á mais sacrificada ascese), encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.

Outras figuras houveram como ele ao longo da história:

Maria Madalena amava profundamente a luxúria e era prostituta, uma mulher totalmente entregue ao prazer da carne, da vaidade e da luxúria, e que mais tarde viria a ser Santa; Paulo perseguia a matava homens e mulheres inocentes apenas por serem cristãos. Era um sanguinário predador de homens, um assassino que assistiu á morte de São Estêvão, (o primeiro mártir), e que perseguiu e matou cristãos na estrada que conduzia a Damasco, e que depois ascendeu a Santo; Maria Egípcia, viveu na Alexandria, ( Egipto), onde se tornou prostituta. Não vendia o corpo pensando em dinheiro, mas apenas pelo vício do prazer. A quem lhe queria pagar, ela recusava o dinheiro e dizia que se prostituía apenas para ter quantos homens fosse possível, fazendo de graça o que lhe dava prazer. Também ela se tornou Santa Maria do Egipto, a ermitã.

A história está repleta de santos que foram pecadores, e de grandes pecadores que se tornaram santos.

São Cipriano é também um desses exemplos da natureza humana em toda a sua complexa extensão:

– de pecador dedicado á feitiçaria, considerado o «mago dos magos», apelidado como o «discípulo preferido do Diabo», conquistando pela bruxaria belas mulheres para as entregar ás mãos do Diabo e da luxúria, e construindo fortuna com fundamento na pratica do ocultismo, chegou a santo na mais devota e redentora assunção do termo.

Muito mais que apenas um feiticeiro, ou apenas um santo: é um símbolo da mais íntima natureza humana, na sua ampla dualidade. São Cipriano, foi bruxo de grande poder, bispo de grande sabedoria e santo de grande nobreza. Por tudo isso, ( e tal como Maria Madalena, que foi pecadora e encontrou a luz em Cristo), São Cipriano foi um exemplo que redenção e salvação. Os seus saberes contudo, abrem as portas á magia negra mais poderosa, ou á magia branca mais celestial.  Cabe a cada um de nós, usar os saberes de São Cipriano em consciência, e de acordo com as nossas escolhas.

São Cipriano ficou famoso tanto pela sua vida de escândalos e luxúria, como pela pratica da mais poderosa bruxaria, ( que aprendeu tanto nos templos das Deusas da fertilidade, como com a famosa Bruxa Évora), como pelos muitos milagres que fez depois de se converter ao cristianismo, ( o que o levou a ser um dos mais bem sucedidos evangelizadores do seu tempo), e por ultimo pela sua morte como mártir em nome da Fé.

Contam as lendas que São Cipriano, através dos conhecimentos obtidos com a bruxa Évora,  terá feito um pacto com um demónio. Por causa desse pacto,  São Cipriano ter-se-ia entregue a uma vida de luxúria e pecado, por forma a satisfazer o demónio, entregando belas mulheres á perdição e perversão das seduções carnais. Desse pacto demoníaco celebrado por São Cipriano, conta-se que lhe advieram os extensos poderes mágicos com os quais o bruxo realizou incontáveis trabalhos místicos, que lhe renderam uma fama sem precedentes.

Dizem algumas fontes, que os manuscritos de São Cipriano ainda existentes, (que podem ser usados tanto para o bem, como para o mal), encontram-se conservados na Biblioteca do Vaticano, e que os livros que presentemente existem no mercado são excertos retirados dessas obras originais.

Nos saberes de São Cipriano, é claro de embora Cipriano haja renunciado á prática das artes da feitiçaria, ele por vezes podia ensina-la a quem se encontrava em perigo ou tormentos, a fim de auxiliar essa pessoa, se assim fazendo-o então o santo conquistasse mais uma alma para a salvação da cristandade, o que apenas atesta que magia usada para operar em Deus e a bem da salvação de uma alma cristã, é uma coisa boa e virtuosa.

Seja como for, São Cipriano é um Santo e Bruxo milagreiro, cujas as graças já favoreceram milhares de sofredores por todo o mundo, em todo o tipo de situações mais desesperadas. O dia de São Cipriano é celebrado a 2 de Outubro, sendo que na última noite desse mesmo mês, a 31 Outubro( para 1 Novembro, a noite mais longa do ano),  é celebrado o dia dos mortos, ou o dia das bruxas. O mês 9 de todos os anos, é um mês de profunda tradição na bruxaria.

E sobre são Cipriano, eis que muitos por isso perguntam:

Deve-se venerar a são Cipriano «antes» ou «depois» da sua conversão?

Responde-se:

Deve-se olhar a são Cipriano no seu «todo», ou seja, deve-se olhar para «todo» o homem e para «toda» a vida do santo, pois que da mesma forma que não é possível  partirum homem ao meio, então também não é possível conhecer ao santo dividindo-o em dois.

E por isso:

Como se poderá alguma vez compreender a mensagem e o ensinamento do santo, se não se olhar a «toda» a sua vida, e a «toda» a sua vivência?

Acaso será possível ter vinho negando as uvas? Ou acaso será possível fazer o pão desprezando ao grão da farinha? Como podereis edificar uma grande casa sem o pequeno tijolo?, pois acaso não é necessário um para construir ao outro?

E então: como podereis entender á vida de um santo se não olhardes a «toda» a sua vida?, e como podereis compreender á mensagem de um santo se não observardes «toda» a sua vivencial?, da mesma forma que como podereis entender um livro se apenas lerdes metade dele, e deitardes fora a outra metade do livro?

E na verdade: como poderia são Cipriano verdadeiramente ter compreendido que no mundo do espírito não há Senhor acima de Deus, se o santo não se aprofundasse nas mais obscuras e ocultas vivencias místicas?, de forma a em certo momento entender que até o Diabo, ( ele assim o confessou a são Cipriano), é um anjo submetido ao poder de Deus?, e que nem o poder do maior anjo ou do maior demónio conseguem vencer ao poder de Deus?, e que todas as coisas estão submissas e submetidas a Deus?, e que nada sucederá neste mundo se Deus não o permitir?, pois que o poder de Deus suplanta e supera todos os demais poderes?

E por isso: toda a vida do santo deve ser olhada, pois que o santo nem negou ás coisas do espírito, nem negou ás coisas da santidade; E o santo não negou nem ás coisas místicas, nem negou ás coisas de Deus; E antes porem, o santo tudo isso viveu, e tudo isso vivenciou, para deixar ao mundo um legado e uma mensagem de fé, e essa mensagem foi tal conforme já nas escrituras é anunciado, onde assim está escrito:

o SENHOR DOS ESPIRITOS (…) se manifestou

2 Macabeus 3,24

Pois então:

Deus é «Senhor dos espíritos», e «Deus» é «Senhor» de «todos os espíritos», e «Deus» é «Senhor» de «todas» as coisas do «mundo do espírito», e por isso no «mundo do espírito» nada dará fruto se Deus não quiser, e com Deus tudo dará fruto.

E no fundo, era esta uma das mensagens de são Cipriano, pois que ele que tantos prodígios conseguiu alcançar com as suas magias, porem acabou concluindo que as suas mais poderosas magias apenas davam fruto quando Deus permitia, e porem quando Deus não permitia então não havia fruto possível.

E por isso, eis que assim são Cipriano acabou observando na sua obra:

«(…) Disse o demónio –  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

Pois então:

Se não fosse «toda» a vida do santo, tanto antes como após a sua conversão, então jamais tamanha «chave» lhe teria sido dada, para que se lhe permitisse verdadeiramente vislumbrar as leis do mundo do espírito, e assim deixar um legado de sabedoria inigualável.

E por isso, assim se pode entender da mensagem de são Cipriano:

«Deus» é espírito, e «Deus» é o «Senhor» dos espíritos, e por isso todas as «coisas do espírito» são de «Deus», e todas as coisas do «mundo do espírito» são as coisas do «reino de Deus»; E por isso, todas as coisas do espírito são boas se vividas em Deus, e todas as coisas do espírito dão fruto se vividas com Deus, e porem sem Deus não há prodígios possíveis, e fora de Deus não há maravilhas.

E por isso, são Cipriano falando das suas artes mágicas e místicas, assim disse na sua obra:

«(…) havemos de notar que tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

Ou seja: assumiu são Cipriano que tudo quanto foi feito na sua obra, ( seja magia branca, ou magia negra, ou encantamento, ou feitiço, ou conjuração, ou invocação), tudo é feito em Deus, e com Deus; assume por isso são Cipriano, que a «magia» é coisa do «espírito», e que por isso toda a coisa da «magia» sendo coisa do «espírito» é coisa do «mundo do espírito», e o «mundo do espírito» é o «reino de Deus», e por isso não há «magia» que possa dar fruto fora de «Deus», e com «Deus» toda a «magia» é invencível.

Ou seja, sobre as artes do espírito, e sobre a magia, e sobre os misticismos, eis que são Cipriano acabou ensinando tal conforme assim está escrito:

tudo o que Deus criou é bom, e nada é desprezível se tomado com acção de graças, porque é santificado pela Palavra de Deus e pela oração

1 Timóteo 4,1;4

Pois então: todas as coisas do mundo do espírito são boas e nenhuma é desprezível, se elas foram vividas em Deus, e se praticadas com Deus.

E por isso, a todos aqueles que acusando o santo por causa das suas sabedorias místicas e do espírito, então julgam poder dividi-lo em «antes» e «depois» da sua conversão, então a esses as próprias escrituras lhes respondem como assim está revelado:

todas as coisas Te servem a Ti

Salmo 119,91

Pois então:

Deus é Senhor de todas as coisas, e por isso todas as coisas servem a Deus, e por isso todas as artes do espírito serão desaconselhadas se praticadas fora de Deus, e porem todas as artes do espírito, ( sejam elas de magias «negras», ou magias «brancas», ou qual for a sua «cor»), eis que todas as artes do espírito são boas e virtuosas se praticadas com Deus, e em Deus.

E assim sendo:

São Cipriano jamais renegou ás magias e aos portentosos prodígios que delas podem nascer; porem são Cipriano também não negou a Deus, e converteu-se, e morreu mártir pela fé em Cristo. E por isso, a lição do santo foi: as magias existem, e são coisas do espírito, e elas darão bom fruto se forem operadas na fé em Deus, por Deus, e jamais fora de Deus, pois que fora de Deus não há maravilhas do espírito.

São Cipriano veio assim servir um novo e diverso pão de esperança, e o santo veio oferecer um novo e amplo vinho de espiritualidade, e todo esse novo fruto reside no ensinamento de são Cipriano, e o ensinamento deve ser olhado no «todo» e não apenas na «parte».

Nalgumas doutrinas, são Cipriano é apontado enquanto o santo Padroeiro de magos, magas, bruxos, bruxas, necromantes, feiticeiras, espíritas, e de todos aqueles homens de fé que operam nas artes do espírito e do oculto.

Sendo o santo protector desta classe de homens de fé e ocultistas, são Cipriano assume-se como o santo protector dessas artes e de seus artificies, sendo que a são Cipriano se pede protecção e intercedência em todos os empreendimentos místicos e obras do espírito, procurando sempre que através da intercedência do santo, todos os processos espirituais sejam bem sucedidos, e porem sempre norteados pela luz de Deus, pois que como são Cipriano descobriu:

com Deus tudo é possível edificar no espírito, e sem Deus nenhum fruto florescerá no espírito.

Para saber muito mais, leia também: são Cipriano e bruxa Èvora

Altar Sao Cipriano - sao cipriano

Seis breves apontamentos sobre saberes gerais dos ensinamentos ocultos de S. Cipriano

I

Sobre a natureza da magia, assim dizem os saberes de S. Cipriano:

«A magia é a arte de submeter as potências da natureza á vontade humana. Entre essas potências, há as entidades invisíveis, espíritos, génios, demónios, evocados mediante fórmulas, orações, encantamentos, talismãs, Pentáculos, filtros, e outros agentes naturais»

Obra de S. Cipriano, pag 222, Capitulo «A Magia»

II

São 5 os tipos de orações que São Cipriano ensinou, e servem elas para:

«Para rogar a Deus pelas almas boas; Para esconjurar os espíritos maus; Para curar moléstias; Para conjurar encantos (…); Para se fechar uma morada ou um corpo (…)»

Obra de S. Cipriano, Pag. 37, capitulo «Instruções a todos os religiosos»

III

Sobre a oração, assim dizem os saberes de S. Cipriano:

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

Obra de S. Cipriano Pag 391

IV

Segundo os saberes de S. Cipriano, existem conjuros de Magia Negra, para fins de «mandar os espíritos tentar qualquer pessoa de quem desejamos qualquer coisa». Devem-se ao celebrar tais conjuros, respeitar cinco regras, e elas são:

«Não pode ir o conjurador com mais de duas pessoas; não se pode fazer (..) conjuração senão de noite das onze horas ás duas horas, e em lugares solitários. (…) o conjurador deverá ir vestido de preto e nenhuns dos cicunstantes deverá levar sinais sagrados»

Obra de S. Cipriano Pag 332, Capitulo «Grande Conjuração de Magia Negra»

V

Sobre a bruxaria, sua natureza, seus poderes e os seus limites, assim dizem os ensinamentos de S. Cipriano:

*

«Os bruxedos, (…) na sua forma mais pura, é uma tentativa de (…)  fazer aparecer espíritos benignos ou malignos (…)

Obra de S. Cipriano; Pag 41, Capitulo «Os bruxedos no tempo de São Cipriano»

*

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

*

«(…) Disse o demónio –  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

*

«O espírito das trevas não teve outra saída senão explicar francamente a situação (…) O sinal da cruz afastava qualquer demónio e era justamente aquele sinal que Justina se valia na hora das tentações e das tribulações»

Obra de S. Cipriano, Pag 28 Capitulo «Conversão de S. Cipriano»

VI

Dizem o saberes de S. Cipriano que uma amarração com recurso a magia negra, desperta sobre a sua vitima, tanto tentações como tribulações, conforme seja necessário para forçar uma certa criatura a aceitar um fim amoroso que ela não deseja. Desde infortúnios a tentações carnais, as astúcias demoníacas operam de diversas formas, conforme se pode ler:

«Aglaide resolveu apelar para outros recursos, e foi procurar Cipriano, o mago dos magos (…) Atendendo á solicitação, Cipriano valeu-se de todos os recurso da sua arte magica para satisfazer o moço enamorado (..) Cipriano fez com que jovem fosse presa de fortes tentações e ficasse apavorada durante noites com aparições (…) Foi aquele demónio a casa de Justina, procurando excitar-lhe o espírito e acender-lhe os desejos da carne(…) Perturbada pela influencia diabólica, Justina (..) sentia incendiar-se-lhe na carne a chama do desejo (…) a jovem (…) sentiu ímpetos de buscar amante fosse como fosse (..) o príncipe das trevas(…) vingou-se desencadeando (..) uma série de doenças de toda a sorte»

Obra de S. Cipriano, Pag.s 27-31, Capitulo « A Conversão de S. Cipriano»

Através dos seus saberes ocultos, S. Cipriano conseguiu alcançar grandes prodígios, apossando-se dos amores de Elvira e permitindo que uma bruxa alcançasse milagroso sucesso nos seus serviços à filha do conde Everaldo de Saboril.

Contra o seu poderio de artes magicas, apenas Santa Justina lhe resistiu pois que Deus não permitiu que o seu feitiço produzisse fruto. Contudo, mesmo assim está escritoque:

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor e serviriam futuramente (…) »

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

  1. Cipriano ensina nos seus escritos, que perante o tamanho poder do feitiço e do encantamento da bruxaria, apenas a Deus pode impedir o seu resultado, pois o santo assim mesmo o observou junto de Santa Justina. Há excepção disso, o saber oculto de S. Cipriano é capaz de abrir portas a um poderosíssimo contacto com os espíritos. Os saberes ocultos de S. Cipriano são por isso e reconhecidamente, uma inigualável fonte de ensinamentos místicos, que já operaram prodígios e favorecimentos por todo o mundo, através de uma das maiores autoridades históricas e espirituais no mundo esotérico.

O Mago dos Magos, o santo de Deus

Eis os 6 ensinamentos basilares que provem directamente da obra de são Cipriano, e ei-los:

1º Ensinamento:

sobre a fé.

Sobre a fé, na obra de são Cipriano podemos ler:

«O espírito mau segredou-lhe ao ouvido: tens ainda pouca fé no meu poder, e é por isso que não achas as pedras de que te falei.»

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 4º, pagina 251

Assim se fica sabendo que apenas tendo fé no espírito, é possível do espírito retirar a sua obra.

2º Ensinamento:

sobre a paciência

Sobre a paciência, na obra de são Cipriano podemos ler:

«[Implorou Siderol]: perdão, perdão, Lúcifer (…)

[Respondeu Lúcifer]: não te disse já, (…), que na minha lei também é preciso ter paciência? »

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 8º, pagina 260

Assim se fica sabendo que se desejamos entregar os destinos de um assunto ás mãos de um espírito, então assim o façamos para que o espírito dele se encarregue e por ele providencie. Porem, se não temos fé e paciência para entregar o destino desse assunto ás mãos de um espírito, e tendo-lhe entregue o assunto ainda assim persistimos em tomar o assunto em nossas mãos, então de que serviu entregar o problema ás mãos do espírito se persistimos ainda assim em tratar dele pelas nossas mãos? Uma vez entregue um assunto ao espírito, deixai então que ele trate do problema pelas suas mãos e não pelas nossas, porque das nossas mãos mortais nada colheremos, e sabendo deixar operar as mãos de um espírito ele assim vos dará a chave que abre a porta que não se vos abre.

3º Ensinamento:

sobre a sacrifico

Sobre sacrifico, na obra de são Cipriano podemos ler:

«Para que gozes da minha protecção, é necessário que faças algum sacrifício»

Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo, capitulo 7º, pagina 260

Pois assim sabemos que nenhum milagre, nem nenhum prodígio, nem nenhuma protecção do espírito cairá do céu sem algum sacrifício. E porem, esse sacrifício aliado á fé, será então o grão de areia que fará a montanha mover-se a vosso favor.

4º Ensinamento:

sobre Deus

Sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«(…) Disse o demónio –  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

 Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

Por isso assim se sabe que aquilo que Deus aceitar firmar ele firmará, porem aquilo que Deus não aceitar decretar ele não decretará, e esta é a lei. Assim ensina são Cipriano que quando desejais a mais forte das magias, lembrai-vos de Balaão e de são Cipriano, e assim não caia o vosso apelo em orações fúteis e fé mal guiada, mas antes dirigi-vos a um altar onde os santos de Deus são venerados, pois que apenas através de um santo de Deus podereis obter permissão para que tanto anjos, (magia branca), como demónios, (magia negra), actuem em vosso favor, pois que apenas através da autoridade de Deus se podem tais prodígios firmar, e todo o santo de deus apenas a Deus clama para abrir caminhos, seja na magia branca, ou na magia negra.

5º Ensinamento:

sobre a oração

Sobre a oração, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

Obra de S. Cipriano Pag 391

Pois assim se sabe que é na oração, proferida com fé numa casa de oração e num altar dedicado a um santo de Deus como é são Cipriano, em que muitas orações se juntam clamando em todo o seu poder, que todos os prodígios são possíveis, e fora da oração e da fé expressas numa casa de oração e num altar de um santo de Deus, pouco será alcançado pois que assim são Cipriano ensinou.

6º Ensinamento:

sobre as instruções

Sobre o cumprimento das instruções de um trabalho espiritual, assim diz a obra de são Cipriano:

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

Pois assim se sabe que apenas cumprindo com rigor as instruções de um espírito, então será possível colher o fruto da acção desse espírito. Respeitai a instrução e podereis ter o benefício do espírito, porem desrespeitai a instruções do espírito e nada vos será dado, mas apenas tirado.

Em resumo:

Ensinamento geral sobre os saberes de são Cipriano

Sobre os saberes de são Cipriano, assim diz a obra de são Cipriano:

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor»

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

Eis por isso que são portentosos e valorosos os saberes de são Cipriano, e se os usais conforme estas 6 regras, eis que eles vos responderão sem falhas, e sempre conforme estes 6 ensinamentos aqui revelados por são Cipriano.

Eis 4 breves sabedorias espirituais da obra de são Cipriano:

1- Sobre a magia, sobre o mundo do espírito e sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

[respondeu são Cipriano] Amanha, á nona hora, vai ter comigo ao templo dos cristãos, que te apresentarei ao presbítero Eugénio, para que te dê as aguas lustrais, e logo te direi o segredo que torna essa magia infalível (…)

De manha estando [ são Cipriano]  na igreja com o presbitério, viu entrar a bruxa que correu a beijar os pés do sacerdote. Em seguida foi baptizada, e no fim da cerimónia chamou-a Cipriano e deu-lhe um pergaminho quadrado onde estava escrita a seguinte oração: «faz 3 vezes o sinal da cruz (…)» (…) Logo que a feiticeira acabou de rezar a oração (…) o duque vestiu o fato defumado pela bruxa, prostrou-se aos pés da duquesa a pedir perdão pelas suas leviandades. No dia seguinte, tirou um olho á amante e desprezou-a

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º; Pag. 311

Ensina são Cipriano na sua obra que a oração, e o sinal da cruz, ( ou seja: o poder de Deus), é a chave que faz a magia operar os seus prodígios, e que se alguma magia for infalível ela apenas o é se o poder de Deus a firmar e sustentar;

E assim, eis que são Cipriano ensina que essa, ( a fé na oração e Deus),  é a chave para Deus poder aceitar firmar aquilo que é clamado, rogado e pedido numa magia, feitiço, conjuro ou encantamento, ensinando também que é em Deus que reside o poder de qualquer prodígio de magia branca ou negra, ou seja, de bênçãos ou maldições.

2- Em assuntos de amor ou de família, assim está revelado na obra de são Cipriano:

Pelas chagas de Cristo, juro que (…) se faço isto é pelo muito amor que lhe consagro e para que não tome afeição a outra mulher

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 1º

Pois assim se fica sabendo que quem procura magia branca ou negra em assunto de amor, se o fizer por bem e por amor, então não está ofendendo a Deus e está apelando ao seu imparável poder.

3- Em assuntos de males malignos que afectam as vidas do sofredor e lhe trazem apenas contratempos, padecimentos e tribulações, assim está revelado na obra de são Cipriano:

Os verdadeiros e eficazes remédios são os de que usa a igreja, e estes são: o sinal da cruz; a invocação dos santíssimos nomes de Jesus e Maria; os exorcismos; os jejuns; as orações; as esconjurações; as relíquias de santos; a bênção das casas; aspersões de água benta

Obra de são Cipriano; Remédios contra os espíritos; Pag 272

Pois assim se conhecem os verdadeiros remédios que no altar de são Cipriano são usados para ajudar todo aquele que vê a sua vida destruída pelo mal e o maligno que brota dos maus corações

4- Sobre como são Cipriano actua em Cristo e na cristandade, assim está escrito na obra de são Cipriano:

Socorro-te porque a minha religião que é a cristã, diz que todos são filhos do mesmo Deus Omnipotente, e que não se deve perguntar as crenças ao irmão que sofre (…) Sou Cipriano, o antigo feiticeiro, mas logo que senti a água do baptismo, não posso mais usar da magia; mas já que é para o bem e alcanço uma alma para a cristandade, dir-te-ei o modo como se faz essa coisa que em vão tens preparado

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º;pag311

Pois assim se sabe que mesmo já convertido ao cristianismo, pela cristandade são Cipriano acorreu aos que procuravam solução na magia e no mundo dos espíritos, ensinando-lhes os mais poderosos saberes, e porem evangelizando e afirmando sem equívocos que nenhum prodígio pode ocorrer sem que Deus o permita, e sem que Deus o aceite, pois apenas Deus tem poder sobre todas as coisas, ate mesmo sobre a magia branca e a magia negra.

Eis por isso que são Cipriano é fonte de portentosos saberes, e porem eis que o santo assim o ensinou que sem Deus, fora de Deus, sem a anuência de Deus, e sem a lei de deus…. nenhum prodígio ocorre nem sucederá.

Por isso ensina são Cipriano:

Se procurais auxílio nas magias brancas ou negras, procurai-o num santo de Deus, na intercedência do santo junto de Deus, e através da anuência de Deus, pois apenas no Senhor e na sua palavra revelada nas escrituras poderá um encantamento, feitiço, magia ou intercedência operar os seus fins.

 

quer um poderoso trabalho de magia?

quer um poderoso trabalho de bruxaria?

Escreva-nos!

Altar de São Cipriano

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Santeria – santos e orixás

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Santeria – santos e orixás

Santeria – santos e orixás

orixas1

Santos e Sincretismo na Santeria Ocidental

 

A Santeria embora sendo uma religião de natureza cristã, porem tal como outras correntes espirituais, ( tal como as religiões candomblé, umbanda, Vodu e quimbanda), propicia um dialogo mais aberto e liberal com aquilo que a Bíblia denomina como espíritos, como magia, como espiritismo e com todos os fenómenos espirituais em geral.

Tal como Umbanda e Candomblé professam os Orixás que são seres celestiais e divinos intermediários entre o homem e Olurum ( Deus), e tal como na religião Vudu Haitiana se professa que os Loa são os espíritos intermediários entre o homem e bon Dieu – Deus – pois na Santeria esse papel cabe aos santos, que são o pilar fundamental de comunicação entre o homem e mundo espiritual, entre o homem e o mundo transcendental, entre o homem e o mundo sobrenatural, enfim: entre o homem e Deus

Sincretismos da Santeria cristã de raiz Grego – Egípcia  – o ramo cristão greco-egípcio da Santeria

Os 6 sincretismos divinos fundamentais da Santeria Ocidentalizada

1

Deus – Pai, o Filho e o Espírito Santo – Olurum, Oxalá e Iemajá

Santeria - santos e orixás2Deus é tido com «El», o mesmo Deus criador citado em Génesis, (1,26; 33,20; 35,6; 46,3), e o Deus original da terra de Canaã, dos fenícios, dos babilónicos, dos sumérios, e ate mesmo dos primeiros e mais ancestrais hebreus. No culto Vudu haitiano é venerado por «Bom Dieu», e nas correntes de Candomblé e Umbanda por Olurum. È o Deus primordial, criador de homens e de seres celestiais. Na mitologia egípcia é Amon, o rei dos deuses e princípio criador da vida. Amon constitui uma família divina com sua consorte Mut e seu filho Khonsu. Nesta família celestial, encontra-se patente a «santa trindade» também venerada no cristianismo, na forma do «pai», do «filho» e do «espírito santo», que são a essência do princípio criador de todas as coisas. O nome de «Amon» significa “O escondido”, ou “O misterioso”, ou “O oculto”. Da mesma forma Ele foi conhecido pelos hebreus, que também crêem que Deus é invisível, que Deus é misterioso, e que O seu verdadeiro nome é desconhecido, sendo que ele apenas se manifestou como sendo «Eu sou aquele que sou», ou «Eu sou» ( Êxodo 3,13-14). O animal associado a Amon era o carneiro, podendo por isso o deus ser representado nessa forma, ou seja, como um carneiro com chifres curvos. O filho de Amon, (Khonshu), tinha por símbolo a lua crescente, e estava associado aos curandeiros, sendo que curas milagrosas ocorriam por onde ele passava, tal como curas milagrosas sucederam por onde Cristo passou, pelo que Khonshu é tido neste sincretismo como a mesma essência celestial de Cristo, um operador de curas e milagres curativos. Na religião egípcia,Khsonshu é representado por uma serpente que fecundou o ovo primordial da criação. Já Mut era a Deus primordial, e o seu nome significa «Mae». Mut, ou Amonet, é a Deusa associada com a água que é a raiz primordial da vida, e neste sincretismo julga-se que por ter sido a Deusa Mãe a abençoar o batismo de Jesus através da água, ( que é tido como seu Filho, ou seja, como parte da «santa trindade» que é plural e porem una), é que uma pomba se manifestou como sinal da santidade de Cristo, pois que a pomba é o símbolo do feminino e da Deusa Mãe. Eis que assim Mut é tida como a essência da Senhora do destino e da fortuna, senhora do sopro da vida, protetora de todo o coração de fé, e Senhora das águas. Pois da mesma forma a santíssima Trindade, em certas versões umbanda, poder encontrar paralelo em Olurum, o Deus criador; em Oxalá, filho de Deus; e em Iemanjá, deusa do mar, das aguas, da vida. Assim: neste sincretismo reside tanto a essência monoteísta da crença de Um Deus Uno, como porem nele se reflete a essência destes 3 atributos de Deus, que são o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

2

Santo Jesus – filho de Deus – Oxalá

Nas religiões Umbanda e Candomblé, o sincretismo de Jesus estabelece-se com o Orixá Oxalá, e na religião egípcia o sincretismo pode igualmente ser encontrado em Osíris o deus responsável pelo julgamento das almas, e era por isso através dele que uma alma atingia ao paraíso, tal como é por Jesus que uma alma é salva. Também Osíris morreu e voltou á vida como Jesus, e tal como Jesus foi crucificado em madeira numa cruz, igualmente o corpo de Osíris foi incrustado em madeira num cedro. O símbolo de Osíris era por isso uma coluna com  barras transversais que a cruzavam, tal como o símbolo de Jesus é a cruz. Osíris é o Deus benéfico que dando a sua vida pelo seu povo, era fonte de vida e salvação, tal como Jesus também dando a sua vida e vencendo a morte é fonte de vida e salvação. Assim: eis que as essências das diferentes manifestações destes seres celestiais são puras manifestações espirituais dos atributos da redenção, da ressurreição e do juízo pós-morte.Podemosencontrar o sincretismo do santo Jesus em Oxalá, filho de Deus, ou filho de Olurum.

3

São Cipriano e bruxa Évora – preto velho e a preta velha

Na religião egípcia o sincretismo pode ser estabelecido no deus Toth – o grande mago, aquele que é a ponte entre este mundo e o mundo do espírito através da sabedoria das coisas do espírito.  Tothé odeus da sabedoria É um deus lunar, onde residem os atributos da escrita, da aprendizagem  e da magia. Os hebreus entenderam e também conceberam esta essência celestial, pois que o seu calendário é lunar, e assim está escrito: Em cada lua nova, e em cada sábado, todo o mortal vira prostrar-se diante de Mim – Isaias 66,23 Pois assim: também para a espiritualidade hebraica eis que esta essência se manifestou, e se manifestou por isso a importância de olhar á lua e de respeitar os seus atributos de sabedoria, magia e espiritualidade. Toth possuía uma esposa cujo nome era Seshat. À Deusa Seshatpertenciam os atributos e a essência da escrita e dos escribas, assim como a entidade padroeira das ciências da arquitetura, astronomia, astrologia, engenharias. Construção de templos era algo reservadoás suas ciências e sabedoria, a fim que estes fossem alinhados com as regras astronómicas e astrológicas do universo.

No sincretismo das religiões africanas, o preto velho e preta velha podem encontrar reflexo tanto emToth e Seshat, como em são Cipriano e na Bruxa Évora, pois que são figuras idosas e sabias, que havendo falecido em suplicio agora acorrem a este mundo para guiar o sofredor através da sua profunda sabedoria.

4

Santa Maria madalena – pomba gira

Santeria - santos e orixás3Na religião egípcia o sincretismo pode ser estabelecido na Deusa Ísis, assim como na Deusa Hator. Tal como santa Maria Madalena foi o amor companheiro de Jesus, também na religião egípcia era Ísis era esposa de Osíris. Osíris era a deusa protetora da magia e da natureza, e era igualmente a deusa  dafertilidade, do amor e do casamento. Era a deusa piedosa para com escravos, pecadores e sofredores em geral. Foi Ísis que procurou o túmulo de Osíris tal conforme foi Maria Madalena que acorreu ao túmulode Jesus, e se foi Maria aquela que testemunhou em primeiro lugar a ressurreição de Jesus, pois também foi Ísis que participou na ressurreição de Osíris.

Por outro lado, Santa Maria madalena também encontra reflexo no culto da Deusa Hator, tal como o próprio culto de Osíris foi realizado em paralelo com o de Hator. A deusa Hator era a deusa da felicidade, do vinho, do amor, da sexualidade, das mulheres e do principio feminino criador. Há quem afirme que na Umbanda, Isis e santa Maria Madalena encontram paralelo em «Iyami-Ajé», que é a divindade onde residem os atributos da figura tanto da maternidade,  como da grande mãe feiticeira.

Há quem também creia que na Umbanda a deusa Hator pode encontrar paralelo em Pomba Gira e em todas as suas falanges ou faces e manifestações, pois que é a Deusa do feminino, da beleza feminina, da sedução feminina, do prazer feminino, do desejo feminino, e tal como Pomba Gira toma seus maridos, escravos e empregados, também Hator tomava seus sacerdotes para a cultuarem e venerarem a deusa fosse em todas as suas exigências, fosse nos seus sábios aconselhamentos aos que buscavam orientação. Algumas pombas giras preferem ser assentadas em terreiros junto de encruzilhadas, ao passo que outras preferem ser assentadas junto de cemitérios, ou de praias, ou de árvores.

5

São Joao do Porto – Exu

Exu é o consorte de Pomba gira, é o senhor da sexualidade masculina que tanto pode abrir caminho na virilidade e conquistas masculinas, como pode afrouxar, desmoralizar e fechar todo o caminho do homem em assunto amoroso.

Exu e toda a sua força de sexualidade, todo o vigor, todo o desejo, toda a ebriedade, e toda a devassidão que traz consigo, é associado ao deus Pã – ou Baco, ou Dionísio – da ancestral religião greco-romana. Na santeria ocidental, o seu sincretismo tende a vê-lo como são João do Porto, celebrado em noite de fogueiras e ebriedade, ate mesmo pelo seu aspeto selvagem e por vezes representado de forma análoga á do deus pagão Pã.

6

Nossa Senhora da Boa Morte – Nanã

Na religião greco-romana, o sincretismo com Nossa Senhora da Boa Morte pode ser encontrado em Hecate – deusa dos espíritos e do além, patrona das bruxas, senhora dos destinos das almas após a morte, dona do submundo e das riquezas que a terra tem para oferecer. No sincretismo Umbanda, há quem veja nesta figura celestial a imagem de  Nanã senhora da Morte, e responsável pelos portais de entrada ou da  reencarnação, assim como pelos da saída ou desencarne. Nanã é rainha e possui poder sobre os mortos, sobre espíritos, sobre magias e feitiços.

ReligiãoUmbanda, Candomblé, Quimbanda 

Sincretismos gerais

Santos e Orixás

Nas religiões de origem africana onde se estabeleceu um enorme sincretismo entre o cristianismo e as crenças indígenas dos povos de africa, eis que – muitos afirmam – assim se acabaram estabelecendo as seguintes correlações e sincretismo religioso:

Deus:

Deus é professado como Olorum, sendo que Olo significa «senhor», e Orum representa o conceito do «alem»,  ou do «lá do alto» . Assim sendo: Olurum – Olo + Orum – é Deus, é o senhor do alem, é o senhor do alto, é o senhor supremo que tudo criou e que está em todas as coisas, é o misterioso a que nenhum humano cabe conhecer, é o senhor supremo de todas as coisas e criador de todos os espíritos e divindades, é por isso o Senhor Deus que – tal como defendia o Judaísmo – não deve ser representado em estatuas nem imagens, pois que é invisível , é eterno, e é e misterioso, indescritível, inominável,supra-transcendente.

Orixás:

Orixás são divindades ou espíritos celestiais criados por Deus, e que são entendidos como os anjos ou os santos da religião hebraico-cristã, da mesma forma que as religiões politeístas os veem como deuses.

Tronos e sete linhas de Orixás na santeria ocidental:

trono masculino da fé – oxalá, divindade da luz, do sol, da iluminação, o oleiro que molda a criação de Deus – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Oxalá como o santo Jesus Cristo. Os locais de terreiro e assentamento de Orixá Oxalá são locais de paz e contemplação. Oxalá pode ser assentado em mirantes, campos abertos e bosques.

trono feminino da fé – oyá tempo – divindade do equilíbrio, aquela que governa os destinos do homem, aquela que abre as portas ao futuro –  em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Oyá-Tempo como santa clara chamada para resolver assuntos de clima ou de tempo. Tal como Orixá Oxalá, os locais de terreiro e assentamento de Orixá Oyá-Tempo são locais de paz, de luz, de contemplação. O assentamento de  Oyá-Tempo pode ser arriado e cultuado em mirantes, campos abertos e bosques.

trono masculino do amor – oxumaré, divindade do amor  – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Oxumaré como são Bartolomeu enrolado em uma cobra, cobra que é o símbolo fálico do amor masculino; ou santo António, padroeiro em causas de amor. Para Orixá Oxumaré, os locais de força onde a sua essência se manifesta na maior potência são cachoeiras, locais onde o sol cruzando com o vapor da água forma arco-íris, sendo que é no arco-íris que Oxumaré se manifesta.

trono feminino do amor – Oxum, divindade do amor  – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Oxum como nossa senhora da conceção, ou santa maria madalena . Os locais de força para Orixá Oxum são rios e cachoeiras. Terreiro de Oxum deve por isso aí ser firmado e assentado rara ser a Oxum cultuado.

trono masculino do conhecimento – oxossi, divindade da natureza – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Oxossi como são Sebastião. Os locais de força para Orixá Oxossi são as matas. Para Oxossi todo o elemento vegetal é oferenda do seu agrado pois que é entidade que se manifesta e rege o mundo vegetal.

trono feminino do conhecimento – obá, divindade da caça e da natureza – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Obá como santa Joana d’arc. Orixá Obá manifesta toda a sua força em locais de terra húmida e fértil, pois que conforme sua contraparte masculina Orixá Oxossi, Obá rege sobre a o mundo vegetal, e nele habita a essência de Obá.

trono masculino justiça – xangô, divindade do trovão, guerra, tempestades, maldições – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Xangô como são Jerónimo com as placas /tábuas da Lei de Moisés na sua mão. Orixá Xangô tem os seus locais de força em montanhas e pedreiras, sendo nesses pontos que se deve erigir terreiro e assentamento a Orixá Xangô.

trono feminino justiça – egunitá, divindade do fogo, purificadora, deusa do trovão, do vulcão e da fúria dos céus – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ve-la como santa Brígida. Orixá Egunitátem a sua essência no fogo, pois que Orixá Egunitá é fogo purificador implacável contra injustiças que faz par com Xangô.

trono masculino Lei – ogum, o divindade que aplica a lei do Pai criador de todos os deuses – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Ogum como são Jorge guerreiro, ou arcanjo Miguelcom sua espada. Orixá Ogum tem a sua essência no ar que corre pelos caminhos e que abre caminho a demandas. Suas cores são o azul e o branco, ou o vermelho e o branco. Suas oferendas podem ser bodes, galos, pombos ou patos, e porem: todas as oferendas a orixá Ogum devem sempre ser – exclusivamente – do sexo masculino.

O Orixá Ogum é dono dos montes e dos caminhos, pelos que nesses locais a sua essência pode manifestar-se com maior portento, e por isso aí lhe devem ser assentados trabalhos e prestado culto. Assentamento de Ogum pode por isso ser arriado em caminhos que conduzem a locais altos, onde o ar flui e abre todo o caminho da vida do homem.

trono feminino Lei – iansã, deusa que pune quem dá mau uso do dom da vida, pune más intenções, , justiça e verdade – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Iansã como santa barbara e seus trovões.

Iansã é orixá que faz par com Ogum, e também atua na justiça junto com Orixá Xangô, e na lei com Orixá Ogum.

As oferendas para orixá Iansã podem ser: abobora, manga, pêssego, morango, maçã, cacho uva (dôce), banana, pêra, laranja (dôce),  champagne (branca), velas laranja, rosa vermelha, leque, espelho, perfume,jóias, bombom vermelho, doce de batata doce, doce de abóbora, par de alianças, fitas, laços. Orixá Iansã tem o seu ponto de força em pedreiras.

trono masculino Evoluçao – obaluayê, divindade senhor das almas, governador com poder sob mundo dos desencarnados, cemitérios. Em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Obaluayê comosão lazaro ressuscitado  , ou são Rafael que cura. Orixá Obaluayê é rei das almas do Ayê.

Oferendas de sacrifico para orixá obaluayê saão galo, pato, bode e porco. Oferendas orixá obaluayê são pipoca, feijão preto, farofa e milho, com muito dendê. Frutas para orixá obaluayê são banana da terra, abacaxi. Ervas para orixá obaluayê são canela de velho, jurubeba, erva de bicho, picão. Locais de oferenda para orixá obaluayê são praias, cemitérios e grutas. Flores para orixá obaluayê pode ser qualquer flor, desde que seja de cor branca.

Obaluayê é o senhor das almas e do além. Orixá Obaluayê tem seu local de força na terra dos cemitérios, ou no mar.

trono feminino Evoluçao – nana buroquê,– divindade senhora do mundo dos desencarnados com poder sobre os espíritos, senhora de encantamentos, de caldeirão magico e de poções magicas – em santeria ocidental, seu sincretismo tende a ver Nanã Buroquê como santa Ana , velha senhora – velha bruxa – e sua paciência e sua sabedoria.

Oferendas para orixá nana buroquê são a cabra, o conquém, o arroz, o inhame, o mel, e a mostarda. A cor de orixá nana buroquê é o lilás, é o roxo, e é o branco rajado de azul.

Locais de assentamento de orixá nana buroquê são pântanos, lamaçais, lodo, lagos e cemitérios.

Orixá Nanã Buroquê ajuda a desencantar todos os males, e a destrancar todo o trancamento que atrasa na vida. Orixá Nanã Buroquê tem seu local de força nos lagos.

trono masculino Geração – omolu– divindade deus guardião que fica na porta do reino dos mortos, impedindo desencarnados de vir a este mundo e deixando apenas entrar aquele que chegou na sua hora. Em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver orixá Omulu como são roque ou são bento, e até mesmo são Pedro, com suas chaves para o mundo do espirito , ficando na porta do acesso ao mundo do espirito. Orixá Omulu tem seu ponto de força no cemitério, onde reina junto com Obaluayê. OrixáOmulu também encontra local de força mar.

yemanja

trono feminino geração – yemanjá, deusa mãe governadores dos mares e das aguas – em santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ve-la como nossa senhora dos navegantes.

Oferendas para orixá yemanjá são manjar branco, peixes de água salgada, frutos do mar com arroz e canjica branca, bolo de arroz, melancia.

A cor de orixá yemanjá é o prata transparente, o azul, o verde água e o branco.

Orixá yemanjá aprecia perfumes e rosas.

Orixá Iemanjá é Mãe, é força criadora, é força geradora.

Orixá Iemanjá tem seu local de força no mar.

trono masculino vitalidade – exu, divindade do tridente que representa o céu, a terra e mundo do espirito, e que da mesma forma assume a figura da varinha magica do mago; Orixá Exu representa o poder destruidor e de desordem – tal como Saturno na astrologia – Exu representa também a força da sexualidade e o órgão sexual masculino em todo o seu vigor e guiado pelo desejo de luxúria e de possuir, do prazer, da vontade de viver, da vitalidade, da potência, ou do seu oposto, o desanimo, a desmotivação e a perda de vontade de viver. Então: tudo isso é domínio de Orixá Exu, que pode nesses assuntos lidar no maior portento. Pois por isso – justamente – dele se costuma dizer:

Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro;

As oferendas agradáveis de Orixá Exu costumam  ser oferendas de bodes e galos.

Na santeria ocidental, o seu sincretismo tende a ver Orixá Exu como são João do Porto, celebrado em noite de fogueiras e ebriedade, ate mesmo pelo seu aspeto selvagem e por vezes representado de forma análoga á do deus pagão Pã.

A consorte ou contra parte feminina de Orixá Exu, é Pomba Gira.

Orixá Exu vitaliza e desvitaliza. Exu dá no que tira, assim como tira no que dá. Exu desacerta no que esta certo, e faz do acerto desacerto.

Em santeria ocidental Orixá Exu pode ser assentado em encruzilhada, local onde todos os caminhos veme se cruzam, assim como vão e se descruzam.

Em santeria ocidental Orixá Exu pode ser assentado em encruzilhada, pois que esse é ponto onde toda a linha de vida pode ser nesse ponto pelo ponto de Exu cosida como descosida, e pela linha de Exu cruzada como descruzada.

Orixá Exu é porteiro de todos os caminhos, e por isso todo o caminho de vida e do espirito poder ser por Exu trancado como destrancado.

Outro local de força para Orixá Exu é a savana, chamada também de Cerrado no Brasil, e de Anhara em Angola.

bruxo-sao-cipriano

são Cipriano e Santeria

São Cipriano na sua obra, faz alusões concretas a Orixás, conforme se pode observar na seguinte passagem que é conforme diz na obra do santo:

dizendo depois: (…) peço-vos eu Senhor, ( Oxalá), pelas três pessoas distintas da santíssima trindade, que não falteis á verdade, para galão, traga matão, avais o pauto a chião a molitão, posso separar para entregar a lucifer

Obra de são Cipriano, Orações e conjuros, cap 3º, Pag 175

Mais assim se pode ler nos escritos de são Cipriano:

abre-se uma garrafa de champanha, e com ela batiza-se o casal (…) em amarração, dizendo: «eu os batizo (…) os caso e amarro neste momento em nome da princesa Pomba-Gira» (Bombodjiro)

Obra de são Cipriano extraída de Flos Sanctorum, pag 44

Pois então:

Orixás são amplamente mencionados na obra de são Cipriano, onde se estabelecem descrições clarificadoras do sincretismo que existe entre essas entidades africanas, os santos cristãos e as divindades hebraicas, assim se abrindo caminho na compreensão sobre o mistério oculto dos espíritos.

As Sagradas Escrituras na Santeria Ocidental

No ramo da santeria ocidental – a doutrina de santeria com mais peso na influência europeia-cristã que na teologia puramente africana – as Sagradas Escrituras são seguidas com veneração, pois que se crê que nelas residem mensagens espirituais e místicas que são a chave para ocorrência dos prodígios do espírito e de Deus.

 

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Sabbat – o sabbath das bruxas

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Sabbat – o sabbath das bruxas

O sabbath

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tudo sobre o sabbat das bruxas

O Sabbath é um dia semanal de descanso ou repouso e adoração a uma divindade.

Na religião Judaico – Crista, o Sabbath corresponde ao ultimo dos dias da criação, no qual  Deus repousou.

Por assim ter sido, emana das sagradas escrituras, (e consta mesmo como um dos 10 mandamentos ditados a Moisés), que nesse dia em que Deus repousou, também o Homem deve cessar toda e qualquer actividade, para apenas se dedicar á adoração de Deus.

Muitas outras religiões possuem este conceito Sabbathiano, e praticam-no de acordo com as suas crenças teológicas.

Na Bruxaria, ( uma religião de natureza espírita e necromântica, tal como o Vodu, a Kimbanda e outras religiões Africanas), o Sabbath é um momento de reunião e comunhão religiosa entre bruxas, e que se pratica em torno celebração de uma comunicação com os seres espirituais de onde provem o seu poder e existência.

A maior parte das crenças comuns ao Sabbath concordavam que o demónio se encontrava presente aquando da realização de um Sabbath, geralmente incorporado na forma de um bode negro.

Também era comum acreditar-se que vários demónios presidiam e participavam na celebração desta cerimónia infernal de bruxaria.

Igualmente defendia-se que durante os Sabbath, as bruxas ofereciam os seus corpos á possessão de demónios que assim incorporavam nelas para festejarem os seus mais luxuriosos e depravados vícios em carne humana, como tanto lhe é agradável.

Acreditava-se igualmente que o Sabbath começava ás 00h00 e prolongava-se pela madrugada fora.

Sabbat - o sabbath das bruxas4

O Sabbath, é consumado em 5 grandes momentos,  ( tantos quantos os pontos da estrela de Baphomet), que se materializam em 5 rituais, que são:

I

A Procissão de Caim:

O ritual tem início com uma procissão. Nessa procissão todos os bruxos se unem em peregrinação realizada a caminho do templo onde será celebrado o Sabbath. Este momento representa o caminho que cada bruxo realiza ao longo da sua vida de servo do demónio, caminho esse que leva ao destino da sabedoria do oculto e do eterno poder da Magia Negra.

Uma das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa». Essa marca corporal confirma que a bruxa é na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou escolheu essa pessoa para ser seu servo e sacerdote. A «marca» é deixada pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo. A «Marca» é criada de diversas formas: ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca. A «marca» pode-se manifestar em diversas formas: Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.

As teses ocultistas mais actuais, tendem a identificar esta «marca do Diabo» não como um sinal físico presente no corpo da bruxa, mas antes como um «sinal» marcado na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», o nome com que bruxa viverá depois do pacto com o Diabo, e com o qual fará as suas bruxarias. O «nome espiritual» é o nome que o demónio concede a uma bruxa quando ela outorga o seu pacto infernal, e é a «marca» que identificará para sempre essa pessoa diante do Diabo, da mesma forma que o «nome de baptismo» Cristão identifica uma pessoa diante de Deus.

Seja como for, a «marca da bruxa», é também chamada a «marca de Caim».

Tal como Caim foi rejeitado por Deus e se tornou imortal por via do caminho das trevas, (Génesis 4, 10-15), também o bruxo é marcado pelo exemplo de Caim. Assim se acredita que todo aquele que entrou em pacto com e demónio, possui esse «selo» na carne, a «marca de Caim» ( Génesis 4,15).

Pois como o destino da vida de Caim, também é o destino da vida do bruxo, e por isso a «procissão de Caim» é representativa desse percurso de vida.

A procissão representa tanto a vida do bruxo, ( o seu caminho de vida dedicado á bruxaria e á submissão aos espíritos), como a sua morte, uma vez que depois de mortos os espíritos dos bruxos não abandonam este mundo terreno e aqui permanecem vagueando eternamente, aliciando novos bruxos, alimentando-se da carnalidade, semeando a feitiçaria, apadrinhando outros seguidores do oculto. Pois a procissão também representa esse caminho no mundo terreno, que se perpetua na vida eterna.

A procissão é feita em nome de Caim, aquele que sendo filho de Eva e Lúcifer foi desprezado e assim induzido ao pecado. Por ser um filho de Lúcifer e de uma humana, Caim foi humilhado, renegado  e condenado á desolação. Sobre Caim caiu a maldição da vida eterna, uma vida eterna a vaguear pelos caminhos deste mundo. Assim como Caim é eterno, também o bruxo alcança a eternidade espiritual neste mundo pela sua aliança infernal. Caim é o padroeiro deste ritual.

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II

A ceia dos 21:

Precede a procissão, a consumação de uma ceia demoníaca, ou seja: um grandioso banquete celebrado com os mais tortuosos excessos. No banquete, pão azeite e sal estão totalmente proibidos, pois são substancias detestadas pelo diabo, e todo e pecado da gula é celebrado ao excesso mais pervertido.

Neste ritual simboliza-se a eterna união e a infernal aliança, estabelecida desde o início dos tempos, entre os demónios e as bruxas.

Da mesma forma como Jesus se uniu em aliança aos seus 12 discípulos na última ceia, também bruxas e demónios se unem pela carne e pelo sangue nesta ceia. Este banquete é realizado numa mesa cerimonial, na qual se encontram 21 sacerdotes e sacerdotisas.

Ao centro da mesa, a ceia é presidida por um demónio encarnado.

O demónio é possuidor do cálice de Lúcifer, por onde cada um dos 21 sacerdotes e sacerdotisas beberão a essência da vida eterna através da bruxaria

.Com esse cálice e essa essência liquida, é celebrado o dia em que cada um dos 21 assumiu o seu pacto com o demónio e assim passou a ser embaixador dos espíritos neste mundo, através da aliança Luciferiana.

O filho do Diabo, é o padroeiro deste ritual.

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III

A Missa Negra

Ao banquete  segue-se  uma missa negra.

A mesma celebrada é em missais Luciferianos orados em  Latim, acompanhada de liturgias infernais realizadas sob os corpos nus de acólitos femininos ou jovens indicadas nas artes satânicas.

È neste momento que é realizada a admissão e iniciação, na sociedade infernal,  denovas bruxas recém recrutadas e já instruídas nas artes da bruxaria. Na missa negra são conjurados os espíritos demoníacos, e a hóstia de Satã é servida numa  forma de grande perversão.

Na missa negra lêem-se as escrituras Luciferianas, Satânicas e Infernais, assim como os oráculos do príncipe deste mundo revelados pela boca dos seus profetas infernais. Ancestrais fórmulas de invocação demoníaca são recitadas, velhos oráculos são relidos, místicas liturgias são celebradas, profanas orações são proferidas, tudo para agrado dos espíritos.

A missa negra representa o momento em que Lúcifer desejou Eva, e por isso a contactou. Em troca do prazer, Lúcifer ofereceu a Eva o fruto da árvore do conhecimento. A Missa Negra representa o momento em que Lúcifer e Eva se contactaram, em que Lúcifer possuiu Eva e em que o Homem recebeu em troca a sabedoria sobre a ciência e a magia. A Missa Negra representa por isso o contacto com os espíritos, e através dela os espíritos são chamados a contactar com as bruxas.

Lúcifer é o padroeiro deste ritual.

Sabbat - o sabbath das bruxas6

IV

O Festim da possessão

Finalmente o Sabbath termina em êxtase carnal, numa celebração ritualista do pecado manifestada em todos os envolvidos na Missa.

Nesse festim de pecados, os demónios conjurados ao longo de todo o Sabbath incorporam nos fiéis demoníacos, e tanto na forma de corpo humano masculino, como de corpo humano feminino, eles praticam a carnalidade mais pecaminosa, celebrando assim a corrupção e perversão que os demónios tanto amam.

Este é o momento da possessão, no qual os demónios entram no corpo daqueles que voluntariamente se lhes oferecem. Este é um momento altamente perigoso, pois uma possessão que não seja adequadamente produzida, conduzida e depois desencarnada de uma pessoa, tem terríveis e totalmente irreversíveis efeitos, sendo que a pessoa jamais conseguirá abandonar o estado de possessãodemoníaca,  podendo acabar em condições psicológicas miseráveis ou mesmo morta. Por isso, apenas os filhos das trevas podem participar neste tipo de festim, uma vez que pessoas normais não possuem força espiritual para conseguir aguentar uma possessão demoníaca e controlar o processo. No entanto, pela boa celebração deste perigoso ritual, os demónios concedem os seus favores aos fiéis de Satã, ou seja: as bruxas.

O festim da possessão representa o momento em que Satã e os seus 199 anjos abandonaram os céus e amaram as filhas dos homens, (Génesis 6) no acto de bruxaria e possessão primordial. A padroeiro deste ritual é Astaroth, demónio do desejo e da luxúria que conduziram tanto Lúcifer e o seu exercito seguidor , como mais tarde Satã e os seus 199 anjos,  ao exílio e condenação. Astaroth é um dos demónios da trindade infernal constituída por si mesmo, Lúcifer e Satã.

Sabbat - o sabbath das bruxas

V

O convénio dos 200 anjos

Por ultimo, após a realização de todos os citados processos, ( a Procissão de Caim, A Ceia dos 21, a Missa Negra e o Festim da Possessão ), os bruxos reúnem-se em convénio para trocar entre si e com os seus novos membro iniciados, conhecimentos, ensinamentos, Grimórios e saber oculto.

Assim se cumpre a perpetuação das artes ocultas, sendo o conhecimento partilhado, renovado e eternizado tanto pela tradição escrita como pela tradição oral.

O convénio representa o momento da queda dos 200 anjos que se unindo ás mulheres dos homens, em troca ofereceram á humanidade o conhecimento, ou seja: tanto as ciências, como a bruxaria.

O padroeiro deste ritual é Satã, o demónio que por desejo da mulher desceu á terra e se condenou á perdição.

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Altar de São Cipriano

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Rituais – trabalhos de magia

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Rituais – trabalhos de magia

Altar Místico de São Cipriano. ©

bruxaria - feitiçaria - magia

 

CULTO RELIGIOSO aos SANTOS. SANTERIA. DULIA. MAGIA NEGRA – MAGIA BRANCA

Santuário e casa de oração sem fins lucrativos. Altar privado de culto religioso, místico, espiritual e esotérico.

Todos os direitos reservados.

© Estatutos, fundação e constituição  segundo «Manifesto Doutrinário», constante de registo em Oficio nº 5244-MC; av.Reg Nº 2063/2009

Actividade religiosa exercida, regulada e fundamentada ao abrigo de:  Lei n.o 16/2001 de 22-7

CULTO RELIGIOSO aos SANTOS. RELIGIÃO DE SANTERIA. DULIA. CULTO AOS SANTOS E CRENÇA NOS ESPÍRITOS, APARIÇÕES E ASSOMBRAÇÕES.

MAGIA NEGRA – MAGIA BRANCA

MISSAS ESOTERICAS e RITUAIS a SÃO CIPRIANO.

Auxílios espirituais, conforme a doutrina de São Cipriano e saberes sálmicos e bíblicos.

Celebram-se:

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Desde 2005 a interceder com fé e pelos saberes de S. Cipriano e pelos ensinamentos espirituais sálmicos e bíblicos no amor, na família, no trabalho, na morte e na vida.

 

O mal pode infestar, perseguir, cercar e destruir a sua vida de todas as formas:

Má sorte, divórcio, desemprego, separações, falência, ruína, empecilhos constantes, enguiços persistentes, rompimento amoroso, destruição do lar, desmembramento da família, rotura amorosa, tribulações, acidentes, abatimento, perdas, angustia, opressão.

E porem a fé e os santos de Deus tudo podem restituir, reconstruir, reedificar e restabelecer, pois isto é garantido:

O senhor virá para ser glorificado nos seus SANTOS

Tessalonicenses1,10

Pois então:

Venha aos santos de Deus, venha a são Cipriano, venha a santa Maria Madalena, pois é-vos assegurado que o Senhor virá a vós por meio dos seus SANTOS, e que Deus vos responderá através dos seus SANTOS.

Veja os Testemunhos/relatos veridicos.

Sobre os santos de Deus, ( como o é são Cipriano), assim está escrito:

Moisés (…) Deus tornou-o glorioso como os SANTOS

Eclesiástico 45,1-2

E também assim está escrito:

O senhor elevou Araão a um SANTO (…) estabeleceu com ele uma aliança eterna (…) os sacrifícios oferecidos por ele consumam-se inteiramente duas vezes por dia, sem interrupção

Eclesiástico 45, 6-14

Pois nisto se fundamenta a nossa fé, pois que a nossa fé é em Deus e nos SANTOS de Deus, pois que os «santos do Senhor» ,(Eclesiástico42, 17), habitam junto do Senhor e são por Ele muito amados, e por tudo aquilo que um SANTO de Deus interceder, será por Deus estabelecido e edificado como se pelo próprio senhor.

Seja a bênção de Deus, (a chamada magia branca), ou a maldição de Deus, (a chamadamagia negra), tudo se estabelece, vence e prevalece quando pela fé se procura um santo de Deus.

No caminho dos santos e da adoração dos santos, existem 2 caminhos espirituais e eles são o a magia branca, ( o caminho das bênçãos), e o da magia negra, ( o caminho das maldições).

Ambos são caminhos de Deus, pois que fazem recurso ás bênçãos ou ás maldições que são estabelecidas através da intercedência de um SANTO de Deus, e contudo ambas operam por caminhos diferentes, da mesma forma que Deus agiu por caminhos diferentes ao amaldiçoar o faraó do Egipto com 10 pragas através de um dos seus santos, ( Moises –Êxodo 3, 19), ou ao abençoar pessoas através de outro dos seus santos, (Abraão),  e assim curando-as, como sucedeu a Abimelec e toda a sua família(Génesis 20,17)

Pois são estes os 2 caminhos de Deus, ( o das bênçãos ou das maldições, o da magia branca ou da magia negra), que através da veneração a são Cipriano e da adoração a santa Maria Madalena, se praticam no altar de são Cipriano em todos os casos e maleitas que atingem aquele que sofre e que, tendo fé no seu coração, procura uma solução de fé e pela fé.

Celebram-se rituais e orações para:

Maldições de amarrações amorosas por são Cipriano

Uniões no amor pela bênção de santa Maria Madalena

Rituais de bênçãos para assuntos de fertilidade 

Bênçãos de União de caminhos no amor por magia branca 

Bênçãos em assuntos de família

Bênçãos em assuntos de casamentos

Bênçãos em assuntos de trabalho

Bênçãos em assuntos de dinheiro ou negócios

Maldições em assuntos de inimigos ou pessoas indesejáveis

Conjuros em assuntos de malefícios e bruxaria

Esconjuros em assuntos de inveja, mau-olhado, pragas, maldições, quebranto, enguiços

Técnicas espirituais usadas na magia negra celebrada conforme o saber de são Cipriano,

 do «caminho dos santos»:

Assim diz a obra de são Cipriano:

Porque Deus permite que o demónio atormente as criaturas (…)

1º È para que o homem, obstinado, em culpas, sirva de terror aos outros homens

2º È para que os que não são obstinados, sejam só castigados neste mundo[ e não no próximo] pelas suas culpas

3º É para que o homem, vendo-se castigado pelo demónio, fuja de ofender a Deus

4º É para castigar alguma culpa ( …) da qual se quer satisfazer a justiça de Deus

5º É para os que estão em graça, não caiam dela

6º É para que se arrependam os pecadores, vendo com os seus olhos a justiça de Deus

7º É para mostrar a santidade de algumas criaturas

8ºÉ para purificar os seus escolhidos

9º È para que tenham o purgatório neste mundo, e se confundam, vendo que dos seus males resultam as criaturas tantos bens

Obra de são Cipriano; sobre poderes ocultos, orações e esconjuros; capitulo  1º

Pois existem 9 motivos pelos quais Deus pode permitir que demónios e espíritos maus vão e atormentem as almas das criaturas, ou seja, 9 motivos pelos quais pode ocorrer com pleno sucesso a chamada «magia negra».

E na magia negra conforme praticada pelo caminho dos santos e segundo os saberes de são Cipriano, tais motivos que Deus firmou, são os motivos através dos quais as maldições de Deus, (a magia negra), são chamadas a perseguir uma alma, ou seja: de forma a que seja alcançada justiça contra o injusto, ou de forma a que os de corações obstinados cedam e se submetam, ou por forma a que aquele que outrem feriu então sinta o castigo, etc.

E porque vias e manifestações opera a magia negra conforme são Cipriano a ensinou?

Assim diz a obra de são Cipriano:

Nomes dos demónios que atormentam as criaturas, porque Deus as consente que elas as mortifiquem (…) [e] quantas castas há de demónios (…):

Há obsessos, possessos, malificiados.

Os obsessos são aqueles que o demónio atormenta estando do lado de fora

Os possessos são aqueles que tem o demónio dentro do corpo

Os malificiados são aqueles que o demónio apoquenta ou molesta (…) por concurso de alguma feitiçaria ou trabalho

Os malificiados e possessossão os que estão enfeitiçados e juntamente possuídos pelo demónio

Os malificiados obsessos são aqueles a quem o demónio persegue na parte de fora

Os repticios são os que o demónio suspende ou arremessa pelo ar, que são os que tem um pacto

Os fitonicos são os que tem espírito que adivinha

Os lunáticos são os que nos crescentes ou minguantes de lua são atormentados

Os fascinados são aqueles a quem o demónio move a trabalhar ou falar, sem que saibam o que fazem ou falam

Obra de são Cipriano; sobre poderes ocultos, orações e esconjuros; capitulo  2º

Pois estas são as 7 castas de espíritos maus que Deus pode permitir que infestem uma criatura tal como o Senhor o fez a Saul para que esse fosse infestado, e estas são as 9 formas como a criatura pode ser infestada pelos espíritos que Deus permitir que ali se alojem, tal como Deus permitiu que sucedesse a Job ou ao rei Acab. E eis que assim conforme são Cipriano ensina, e dentro dos mais ocultos saberes religiosos, a magia negra se pode operar de terríveis formas, porem e sempre ao serviço de Deus.

Por assim ser, se magia branca ou negra é neste altar e casa de oração praticada, ela porem não o é em nome da «magia», mas sim em nome de «Deus», e apelando á sua bênção ou maldição, e porém sempre assim se fazendo em nome de Deus, pois que assim ensinou são Cipriano:

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, para não se exporem ásmaldições do Criador, isso, porque havemos de notar que tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

Pois sobre como são Cipriano actua em Cristo e na cristandade, assim está escrito na obra de são Cipriano:

Socorro-te porque a minha religião que é a cristã, diz que todos são filhos do mesmo Deus Omnipotente, e que não se deve perguntar as crenças ao irmão que sofre (…) Sou Cipriano, o antigo feiticeiro, mas logo que senti a água do baptismo, não posso mais usar da magia; mas já que é para o bem e alcanço uma alma para a cristandade, dir-te-ei o modo como se faz essa coisa que em vão tens preparado

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º;pag311

Pois assim se sabe que são Cipriano agiu como são Paulo, que assim escreveu:

Com os judeus, comportei-me como judeu, a fim de ganhar o maior número possível; com os que estão sujeitos á Lei, comportei-me como se estivesse sujeito á Lei (…) a fim de ganhar aqueles que estão sujeitos á Lei. Com aqueles que vivem sem Lei, comportei-me como se vivesse sem a Lei (…) para ganhar aqueles que vivem sem Lei. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo.

1 Coríntios 9,20-23

E porque assim foi revelado por são Paulo, pois sabemos que o mesmo fez são Cipriano, pois que mesmo já convertido ao cristianismo, pela cristandade são Cipriano acorreu aos que procuravam solução na magia, desde que por esse meio se ganhassem almas para Cristo.

E assim agiu são Cipriano, pois que mesmo já convertido ao cristianismo, pela cristandade são Cipriano acorreu aos que procuravam solução na magia e no mundo dos espíritos, ensinando-lhes os mais poderosos saberes, e porem ao mesmo tempo evangelizando e afirmando sem equívocos que nenhum prodígio pode ocorrer sem que Deus o permita, e sem que Deus o aceite, pois apenas Deus tem poder sobre todas as coisas, ate mesmo sobre a magia branca e a magia negra.

Eis por isso que são Cipriano é fonte de portentosos saberes, e porem eis que o santo assim o ensinou que sem Deus, fora de Deus, sem a anuência de Deus, e sem a lei de deus….nenhum prodígio ocorre nem sucederá.

Por isso ensina são Cipriano: se procurais auxílio nas magias brancas ou negras, procurai-o num santo de Deus, na intercedência do santo junto de Deus, e através da anuência de Deus, pois apenas no Senhor e na sua palavra revelada nas escrituras poderá um encantamento, feitiço, magia ou intercedência operar os seus fins.

Sobre os altares, eis que assim está revelado:

Noé construiu um altar a Deus, tomou animais e aves de toda a espécie pura e ofereceu holocaustos sobre o altar. Deus aspirou o perfume, e disse consigo: «Nunca mais amaldiçoarei a terra»

Génesis 8,20-21

Assim é revelado que um altar consagrado aos santos de Deus e a Deus, onde oferendas e adoração se Lhe prestam, é coisa agradável a Deus e que pode apelar ás suas bênçãos, (a magia branca), assim como decidir sobre as suasmaldições, ( a magia negra).

Sobre os santos de Deus e os seus milagres, eis que assim está revelado:

Deus disse a Moisés: «(…)vou realizar diante do teu povo maravilhas(…) todo o povo que te rodeia verá a obra (…) que Deus vai realizar por teu intermédio

Êxodo 34,10

Assim é revelado que através dos santos de Deus,( como o foi Moisés, e como é são Cipriano ), e por intermédio dos santos do Senhor, se podem operar as maravilhas de Deus, seja na forma das suasbênçãos ,( a magia branca), ou maldições, ( amagia negra)

Sobre os ALTARES e CASAS DE ORAÇAO erguidas a um santo de Deus ou ao Senhor, assim está revelado:

Os seus sacrifícios serão aceites com agrado no meu altar, porque a minha casa será chamada CASA DE ORAÇAO para todos os povos

Isaías 56,7

Pois assim se sabe que aqueles que procuram um santo de Deus, ( como o foi Isaías, e o é são Cipriano), e a Deus através de um altar onde ali adoração se presta conforme as escrituras mandam, ( em orações, libações, oblações, oferendas e rituais), então a esse local chamar-se-á «casa de oração», e essa casa será motivo de agrado para Deus, que responderá firmando as suas bênçãos, (a chamada «magia branca»), ou as suas maldições, (a chamada «magia negra»), aos que ali as procuram.

Este é o motivo de existência deste altar, que é uma «casa de oração» onde se procuram invocar as bênções de um santo de Deus, ( chamada «magia branca»), ou maldições de um santo de Deus, (a chamada «magia negra»), e por isso em ultima instancia se procuram invocar todas as maravilhas que,  por um caminho ou por outro,  Deus pode operar nas nossas vidas através dos seus santos.

E neste altar onde oferendas, oblações, libações e rituais se prestam, e nesta casa de oração onde preces missas esotéricas se celebram, ( rituais de natureza mística), pretende-se que seja motivo de fé, esperança e inspiração aos que nela procuram os santos de Deus para ajudar nos seus tormento.

Venha por isso inspirar a sua vida e entregar o seu tormento aos santos de Deus, num altar a eles dedicado, e pela magia branca ou magia negra ali celebrada, apelando ás bênçãos ou maldições do santo e de Deus….faça novamente o resultado da esperança brilhar firme na sua vida

Eis os 6 ensinamentos basilares e as 6 regras sobre trabalhos espirituais, e que provem directamente da obra de são Cipriano, e ei-los:

1º Ensinamento: sobre a fé.

Sobre a fé, na obra de são Cipriano podemos ler:

«O espírito mau segredou-lhe ao ouvido: tens ainda pouca fé no meu poder, e é por isso que não achas as pedras de que te falei.»

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 4º, pagina 251

Assim se fica sabendo que apenas tendo fé no espírito, é possível do espírito retirar a sua obra.

 

+

1º Ensinamento: sobre a paciência

Sobre a paciência, na obra de são Cipriano podemos ler:

«[Implorou Siderol]: perdão, perdão, Lúcifer (…)

[Respondeu Lúcifer]: não te disse já, (…), que na minha lei também é preciso ter paciência? »

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 8º, pagina 260

Assim se fica sabendo que se desejamos entregar os destinos de um assunto ás mãos de um espírito, então assim o façamos para que o espírito dele se encarregue e por ele providencie. Porem, se não temos fé e paciência para entregar o destino desse assunto ásmãos de um espírito, e tendo-lhe entregue o assunto ainda assim persistimos em tomar o assunto em nossas mãos, então de que serviu entregar o problema ás mãos do espírito se persistimos ainda assim em tratar dele pelas nossas mãos? Uma vez entregue um assunto ao espírito, deixai então que ele trate do problema pelas suas mãos e não pelas nossas, porque das nossas mãos mortaisnada colheremos, e sabendo deixar operar as mãos de um espírito ele assim vos dará a chave que abre a porta que não se vos abre.

 

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3º Ensinamento: sobre a sacrifico

Sobre sacrifico, na obra de são Cipriano podemos ler:

«Para que gozes da minha protecção, é necessário que faças algum sacrifício»

Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo,capitulo 7º, pagina 260

Pois assim sabemos que nenhum milagre, nem nenhum prodígio, nem nenhuma protecção do espírito cairá do céu sem algum sacrifício. E porem, esse sacrifício aliado á fé, será então o grão de areia que fará a montanha mover-se a vosso favor.

 

+

4º Ensinamento: sobre Deus

Sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«(…) Disse o demónio –  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

Por isso assim se sabe que aquilo que Deus aceitar firmar ele firmará, porem aquilo que Deus não aceitar decretar ele não decretará, e esta é a lei. Assim ensina são Cipriano que quando desejais a mais forte das magias, lembrai-vos de Balaão e de são Cipriano, e assim não caia o vosso apelo em orações fúteis e fé mal guiada, mas antes dirigi-vos a um altar onde os santos de Deus são venerados, pois que apenas através de um santo de Deus podereis obter permissão para que tanto anjos, ( magia branca), como demónios, ( magia negra), actuem em vosso favor, pois que apenas através da autoridade de Deus se podem tais prodígios firmar, e todo o santo de deus apenas a Deus clama para abrir caminhos, seja na magia branca, ou na magia negra.

 

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5º Ensinamento: sobre a oração

Sobre a oração, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

Obra de S. Cipriano Pag 391

Pois assim se sabe que é na oração, proferida com fé numa casa de oração e num altar dedicado a um santo de Deus como é são Cipriano, em que muitas orações se juntam clamando em todo o seu poder, que todos os prodígios são possíveis, e fora da oração e da fé expressas numa casa de oração e num altar de um santo de Deus, pouco será alcançado pois que assim são Cipriano ensinou.

 

+

6º Ensinamento: sobre as instruções

Sobre o cumprimento das instruções de um trabalho espiritual, assim diz a obra de são Cipriano:

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

Pois assim se sabe que apenas cumprindo com rigor as instruções de um espírito, então será possível colher o fruto da acção desse espírito. Respeitai a instrução e podereis ter o benefício do espírito, porem desrespeitai a instruções do espírito e nada vos será dado, mas apenas tirado.

 

+

Em resumo:

Ensinamento geral sobre os saberes de são Cipriano

Sobre os saberes de são Cipriano, assim diz a obra de são Cipriano:

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor»

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

Eis por isso que são portentosos e valorosos os saberes de são Cipriano, e se os usais conforme estas 6 regras, eis que eles vos responderão sem falhas, e sempre conforme estes 6 ensinamentos aqui revelados por são Cipriano.

 

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Papa Bento XVI – sobre São Cipriano

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Papa Bento XVI – sobre São Cipriano

St Cyprian 3.cdr

PAPA BENTO XVI

AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 6 de Junho de 2007

Papa Bento XVI, discursando sobre são Cipriano

São Cipriano

Queridos irmãos e irmãs!

Na série das nossas catequeses sobre as grandes personalidades da Igreja antiga, chegamos hoje a um excelente Bispo africano do século III, São Cipriano, que “foi o primeiro bispo que na África conseguiu a coroa do martírio”.

Em primeiro lugar a sua fama como afirma o diácono Pôncio, o primeiro que escreveu a sua vida está relacionada com a produção literária e com a actividade pastoral dos treze anos que decorrem entre a sua conversão e o martírio (cf. Vida 19, 1; 1, 1).

Nascido em Cartagena numa família pagã rica, depois de uma juventude dissipada Cipriano converte-se ao cristianismo com 35 anos.

Ele mesmo narra o seu percurso espiritual: “Quando ainda jazia como que numa noite escura”, escreve alguns meses depois do baptismo,”parecia-me extremamente difícil e cansativo realizar o que a misericórdia de Deus me propunha… Estava ligado a muitíssimos erros da minha vida passada, e não pensava que me podia libertar, porque cedia aos vícios e favorecia os meus maus desejos… Mas depois, com a ajuda da água regeneradora, foi lavada a miséria da minha vida precedente; uma luz soberana difundiu-se no meu coração; um segundo nascimento restaurou-me num ser totalmente novo. De modo maravilhoso começou então a dissipar-se qualquer dúvida… Compreendia claramente que era terreno o que antes vivia em mim, na escravidão dos vícios da carne, e era ao contrário divino e celeste o que o Espírito Santo já tinha gerado em mim” (A Donato, 3-4).

Logo depois da conversão, Cipriano não sem invejas nem resistências é eleito para o cargo sacerdotal e para a dignidade de Bispo. No breve período do seu episcopado enfrenta as primeiras duas perseguições sancionadas por um edito imperial, o de Décio (250) e o de Valeriano (257-258). Depois da perseguição particularmente cruel de Décio, o Bispo teve que se comprometer corajosamente para reconduzir a comunidade cristã à disciplina.

De facto, muitos fiéis tinham abjurado, ou contudo não tinham tido um comportamento correcto diante da prova. Eram os chamados lapsi isto é “que caíram” que desejavam ardentemente reentrar na comunidade.

O debate sobre a sua readmissão chegou a dividir os cristãos de Cartagena em laxistas e rigorosos.

A estas dificuldades é necessário acrescentar uma grave peste que assolou a África e colocou interrogações teológicas angustiantes quer no interior da comunidade quer em relação aos pagãos.

Por fim, é necessário recordar a controvérsia entre Cipriano e o Bispo de Roma, Estêvão, sobre a validez do baptismo administrado aos pagãos por cristãos hereges.

Nestas circunstâncias realmente difíceis Cipriano revelou dotes eleitos de governo:

foi severo, mas não inflexível com os lapsi, concedendo-lhes a possibilidade de perdão depois de uma penitência exemplar;

perante Roma foi firme na defesa das tradições sadias da Igreja africana;

foi muito humano e repleto do mais autêntico espírito evangélico ao exortar os cristãos a ajudar fraternalmente os pagãos durante a peste;

soube manter a medida justa ao recordar aos fiéis demasiado receosos de perder a vida e os bens terrenos que para eles a verdadeira vida e os verdadeiros bens não são deste mundo;

foi irremovível ao combater os costumes corruptos e os pecados que devastavam a vida moral, sobretudo a avareza.

“Passava assim os seus dias”, narra a este ponto o diácono Pôncio, “quando eis que por ordem do pró-cônsul chegou improvisamente à sua cidade o chefe da polícia” (Vida, 15, 1). Naquele dia o santo bispo foi preso, e depois de um breve interrogatório enfrentou corajosamente o martírio no meio do seu povo.

Cipriano compôs numerosos tratados e cartas, sempre ligados ao seu ministério pastoral.

Pouco inclinado para a especulação teológica, escrevia sobretudo para a edificação da comunidade e para o bom comportamento dos fiéis.

De facto, a Igreja é o tema que lhe é mais querido.

Distingue entre Igreja visível, hierarquia, e Igreja invisível, mística, mas afirma com vigor que a Igreja é uma só, fundada sobre Pedro.

Não se cansa de repetir que “quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual está fundada a Igreja, ilude-se de permanecer na Igreja” (A unidade da Igreja católica, 4). Cipriano sabe bem, e formulou-o com palavras fortes, que “fora da Igreja não há salvação” (Epístola 4, 4 e 73, 21), e que “não pode ter Deus como pai quem não tem a Igreja como mãe” (A unidade da Igreja católica, 4).

Característica irrenunciável da Igreja é a unidade, simbolizada pela túnica de Cristo sem costuras (ibid., 7): unidade da qual diz que encontra o seu fundamento em Pedro (ibid., 4) e a sua realização perfeita na Eucaristia (Epístola 63, 13). “Há um só Deus, um só Cristo”, admoesta Cipriano, “uma só é a Igreja, uma só a fé, um só povo cristão, estreitado em firme unidade pelo cimento da concórdia: e não se pode separar o que é uno por natureza” (A unidade da Igreja católica, 23).

Falámos do seu pensamento em relação à Igreja, mas não se deve descuidar, por fim, o ensinamento de Cipriano sobre a oração.

Eu amo particularmente o seu livro sobre “o Pai Nosso”, que muito me ajudou a compreender melhor e a recitar melhor a “oração do Senhor”: Cipriano ensina como precisamente no “Pai Nosso” é proporcionado ao cristão o modo correcto de rezar; e ressalta que esta oração está no plural, “para que quem reza não reze unicamente para si.

A nossa oração escreve é pública e comunitária e, quando nós rezamos, não rezamos por um só, mas por todo o povo, porque com todo o povo somos uma coisa só” (A adoração do Senhor 8). Assim oração pessoal e litúrgica mostram-se robustamente ligadas entre si. A sua unidade provém do facto que elas respondem à mesma Palavra de Deus. O cristão não diz “meu Pai”, mas “Pai nosso”, até no segredo do quarto fechado, porque sabe que em cada lugar, em cada circunstância, ele é membro de um mesmo Corpo.

“Portanto, rezemos irmãos amadíssimos”, escreve o Bispo de Cartagena, “como Deus, o Mestre, nos ensinou.

É oração confidencial e íntima rezar a Deus com o que é seu, elevar aos seus ouvidos a oração de Cristo.

Reconheça o Pai as palavras de seu Filho, quando dizemos uma oração: aquele que habita interiormente no ânimo esteja presente também na voz… Quando se reza, além disso, adopte-se um modo de falar e de rezar que, com disciplina, mantenha a calma e a discrição. Consideremos que estamos diante do olhar de Deus. É preciso ser agradáveis aos olhos divinos tanto com a atitude do corpo como com a tonalidade da voz… E quando nos reunimos juntamente com os irmãos e celebramos os sacrifícios divinos com o sacerdote de Deus, devemos recordar-nos do temor reverencial e da disciplina, não dispersar as nossas orações com vozes descompostas, nem fazer com tumultuosa verbosidade um pedido que deve ser recomendado a Deus com moderação, porque Deus ouve não a voz, mas o coração (non vocis sedcordis auditor est)” (3-4). Trata-se de palavras que permanecem válidas também hoje e nos ajudam a celebrar bem a Santa Liturgia.

Em conclusão, Cipriano coloca-se nas origens daquela fecunda tradição teológico-espiritual que vê no “coração” o lugar privilegiado da oração.

Segundo a Bíblia e os Padres, de facto, o coração é o íntimo do homem, o lugar onde habita Deus.

Nele se realiza aquele encontro no qual Deus fala ao homem, e o homem escuta Deus; o homem fala a Deus, e Deus ouve o homem: tudo isto através da única Palavra divina.

Precisamente neste sentido fazendo eco a Cipriano Smaragdo, abade de São Miguel em Mosa nos primeiros anos do século IX, afirma que a oração “é obra do coração, dos lábios, porque Deus não vê as palavras, mas o coração do orante”(O Diadema dos monges, 1).

Caríssimos, façamos nosso este “coração em escuta”, do qual nos falam a Bíblia (cf. 1 Rs 3, 9) e os Padres: temos disso tanta necessidade!

Só assim poderemos experimentar em plenitude que Deus é o nosso Pai, e que a Igreja, a santa Esposa de Cristo, é verdadeiramente a nossa Mãe.

* * *

Saudações

Uma saudação especial aos peregrinos vindos de Portugal, especialmente o grupo de jovens do Arciprestado de Carrazeda de Ansiães, e do Brasil um grupo de visitantes. Que a visita à cidade onde foram martirizados os Apóstolos São Pedro e São Paulo reavive a vossa fé em Cristo Jesus, que por amor nos redimiu e nos chamou a ser filhos de Deus e a viver como irmãos na justiça e na paz. A todos, de coração, dou a minha Bênção, que faço extensiva aos vossos familiares e amigos.

Fonte:  Vaticano, O santo padre, audiências do Santo Padre

 

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